29 de jan. de 2013

EMMANUEL E LÍVIA - Há dois mil anos.



Como ser feliz se os problemas familiares nos impedem de amar os filhos, o cônjuge e outros membros da família?
Divaldo responde: Não há problema que nos impeça de amar. Exceto se nosso amor é muito frágil. Onde qualquer perturbação esfacela. Se nós vivemos numa família desestruturada, estamos numa prova. Aí é que nosso amor deve manter a sua legitimidade. Aí é que devemos experimentar o amor, exatamente onde ele é necessário. Quando eu li o livro “HÁ 2000 MIL ANOS” meditei no calvário de Lívia Lentulus, a mulher de Emmanuel, que na época chamava-se Públius Lentulus. Ela foi vítima de uma calúnia (traição) onde ele se afastou do leito conjugal por 25 anos. E ela, cristã, manteve a dignidade. Isso que é o cristianismo: ela nunca reclamou; nunca lhe perguntou “por que” e nunca o hostilizou. Mas ele, (apesar de não estar no livro), permitiu-se licenças com outras companhias (saía com outras mulheres). Mas ela manteve-se fiel até o dia que ela trocou de roupa com Ana, a escrava que estava presa no circo romano, e mandou que se fosse para morrer na arena no lugar da escrava para testemunhar Jesus. Públius estava sentado ao lado do imperador e quando as feras (leões) avançaram pela a arena ela olha para ele e ele a reconhece. Era tarde. Então, ele gastou alguns séculos para reconquistá-la renascendo após algumas provações. No livro “50 ANOS DEPOIS” ele narra uma; em “AVE-CRISTO” ele narra outra; depois em “RENÚNCIA”; até quando ele reencarna no Brasil como Manuel da Nóbrega. E na Bahia, ao lado de Anchieta ele dá a vida pelos povos silvícolas (os índios) e morre de beribéri para mais tarde assumir esta tarefa grandiosa do missionário do Evangelho. Ninguém desbravou o Evangelho com tanta beleza como Emmanuel pela psicografia do apóstolo Chico Xavier.
Um dia, Emmanuel contou a Chico Xavier que aos domingos ele reservava-se para visitar Lívia que estava num plano muito elevado e também para desintoxicar-se dos fluidos da Terra. Por que Lívia nunca mais reencarnou. Então, valeram os 25 anos. As nossas resistências são muito frágeis. Qualquer coisa nos desequilibra, mas a nossa fé deve ser robusta para nos tornar resistentes à todos os desafios e problemas.

Observação de Rudymara: Vemos muitos cristãos, mas poucas atitudes cristãs. No primeiro deslize do cônjuge ou de alguém de sua convivência “revida” ou “paga com a mesma moeda”. Isto não é uma atitude cristã. O Cristo pediu que perdoássemos sempre e o revide é sinal que ainda não aprendemos a perdoar. O Cristo também ensinou a dar a outra face quando alguém ferir uma delas, ou seja, quando alguém mostrar a face da violência, do orgulho ferido, da vaidade mesquinha, da promiscuidade, do vício, oferece-lhe a face da paz, da confiança no bem, da vitória do amor, do equilíbrio, da dignidade. O Cristo pediu que retribuíssemos o mal que nos fazem com o bem. Porque, um deslize perante as leis divinas pode acarretar séculos de reparação como aconteceu com Emmanuel.

AS 3 REVELAÇÕES DE DEUS.

 

Jesus disse: "Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas vós não o podeis suportar agora." (Jo 16,12)
Nossa ignorância quanto à vida no mundo espiritual é como um véu que nos oculta a realidade, impedindo-nos de conhecer e entender o que ali se passa.
As informações que a respeito nos vêm do mundo espiritual são chamadas de revelações, porque levantam um pouco esse véu (revelar = tirar de sob o véu). E a Providência Divina as enseja, sempre que os seres humanos precisam saber algo indispensável ao seu progresso, mas não o conseguiriam sozinhos, pela sua própria inteligência ou percepção espiritual. Vejamos as 3 revelações:

 A 1ª REVELAÇÃO: OS 10 MANDAMENTOS QUE CHEGOU ATRAVÉS DE MOISÉS
Deus, Pai misericordioso e bom, sabia que estava no momento de mandar para os homens a 1ª Revelação Divina, através de um homem. Este homem chamou-se Moisés, que quer dizer: “SALVO DAS ÁGUAS.”
Ele recebeu este nome, porque naquele tempo, no Egito, havia um rei muito malvado que mandou matar todas as criancinhas israelitas.
Então, quando ele nasceu, sua mãe o colocou num cestinho no rio Nilo. Uma princesa encontrou-o e o “salvou das águas”, e resolveu criá-lo.
Moisés viveu no palácio do rei. Recebeu inspiração para subir ao Monte Sinai e pegar duas pedras. Lá no alto do Monte, através de sua mediunidade, apareceram os 10 mandamentos da Lei de Deus.
OBS: Mediunidade é a capacidade inata de comunicar-se com Espíritos desencarnados.
Os 10 mandamentos são:
1 – Amar a Deus sobre todas as coisas
2 – Não tomar o nome de Deus em vão
3 – Santificar o dia de Sábado
4 – Honrar Pai e Mãe
5 – Não matarás
6 – Não furtarás
7 – Não adulterarás
8 – Não dirás falso testemunho
9 – Não desejarás a mulher do próximo
10- Não cobiçarás

2ª REVELAÇÃO: A LEI DE AMOR QUE CHEGOU ATRAVÉS DE JESUS
Depois disso, muitos séculos se passaram e ainda faltava amor no coração das pessoas. Deus mandou então um Espírito já evoluído, de mais luz, para nos ensinar a amar os nossos pais, irmãos, primos, conhecidos e desconhecidos, até aqueles que nos prejudicam.
Esse Espírito encarnou como um homem chamado: JESUS.
Ele trouxe a 2ª Revelação Divina e resumiu as Leis que Moisés havia escrito por conta própria nos livros (Gênese, Êxodo, Levítico, Número e Deteuronomio), por apenas duas Leis: “AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO.”  Estes 5 livros escritos por Moisés era chamado de: A LEI
Jesus ensinava, consolava os aflitos, curava muitos doentes e dizia: “Não vim destruir A LEI.”
Como as pessoas respeitavam A LEI, Jesus quis explicar que Ele não veio para destruí-las, mas para continuar o que Moisés deixou. Principalmente os 10 mandamentos, que são as leis de Deus.

Explicando melhor: A LEI ( Gênese, Êxodo, Levítico, Número e Deteuronômio), são leis escritas por Moisés para controlar o povo da época, que era muito rebelde e teimoso. E os 10 MANDAMENTOS são leis escritas por Deus e recebidas por Moisés.

Devido às muitas curas realizadas por Jesus e seus ensinamentos de fraternidade, honestidade, as pessoas egoístas, desonestas e más quiseram crucificá-Lo. As palavras Dele incomodavam; não gostavam do que Ele falava, porque Ele chamava a atenção das pessoas más.
Mas não podiam crucificá-lo sem a permissão de Pilatos, que era representante do imperador romano.
Prenderam Jesus e O levaram a Pilatos. Este não via nada de mau em Jesus. Achava-O Bom e Justo. Então, Pilatos deixou o povo escolher um prisioneiro para ser solto. Colocou Jesus e Barrabás, um homem mal. Mas aquelas pessoas queriam crucificá-lo de qualquer maneira, então, escolheram Barrabás para ser solto. Pilatos não entendeu. Mas, com medo do povo se revoltar contra ele, lavou as mãos, para dizer: “não posso fazer mais nada.”
Pregaram Jesus numa cruz de madeira. Ali ele morreu. Mas suas últimas palavras foram: “Pai, perdoai-os porque eles não sabem o que fazem.”  Seu corpo morreu na cruz, mas Ele continua amparando as crianças e todas as pessoas. Com o tempo, muitos homens, por vaidade e orgulho, modificaram os ensinamentos de Jesus.

3ª REVELAÇÃO DIVINA: O ESPIRITISMO QUE CHEGOU ATRAVÉS DE MÉDIUNS, ORGANIZADO POR KARDEC E CUJA INFORMAÇÕES VIERAM DE ESPÍRITOS SUPERIORES
Como a humanidade precisava continuar seguindo o que Jesus ensinou para haver fraternidade, Deus então escolheu um homem bom, honesto e estudioso para publicar o que algumas pessoas do outro lado da vida (desencarnados) escreviam para as pessoas da vida em que nós estamos (encarnados), lerem. As pessoas precisavam despertar para a vida espiritual. Saber que a vida não começa no berço e não termina no túmulo. Enfim, saber que que ninguém morre. E que, se não seguirmos a lei divina teremos que renascer até quitarmos nossos débitos com ela. E esse homem encarnou com o nome de: HIPPOLYTE LÉON DENIZARD RIVAIL. Mais tarde ficou conhecido como Allan Kardec.
Ele e os Espíritos de Luz, através da mediunidade de psicografia trouxeram a 3ª Revelação Divina: O ESPIRITISMO.

O que é psicografia?
É a mediunidade que foi utilizada para os Espíritos responderem às perguntas que Kardec fazia. No começo, duas meninas seguravam uma cestinha com um lápis na ponta, e ela (a cestinha) escrevia textos científicos que nunca tinham aprendido. Depois, retiraram a cestinha e as médiuns passaram a segurar o lápis com as mãos, e as respostas eram dadas por escrito. O Espírito impulsiona as mãos da médium para escrever. Então, Kardec fez perguntas e muitos Espíritos responderam através das médiuns. Foi aí que nasceu o primeiro livro da codificação: O Livro dos Espíritos. Kardec não os escreveu, apenas organizou, questionou, mas as informações vieram de Espíritos mensageiros de Deus.  

SUICÍDIO: Desgosto da Vida


Na questão 943, de O Livro dos Espíritos, Kardec indagava qual seria a causa do desgosto pela vida que se apoderava de certas pessoas sem causa aparente. Ao que os Espíritos responderam: “Efeito da ociosidade, da falta de fé, e, às vezes, da saciedade (...).” Analisemos individualmente cada item:

OCIOSIDADE: começa pela atitude mental invigilante, uma vez que, ao mantermos a mente vazia de pensamentos nobres, estaremos oferecendo vasto campo a expressões mentais intrusas de baixo teor, mormente aquelas que sinalizam para o desprezo pelo maravilhoso dom da vida. Ociosidade no campo mental que se transforma facilmente em inércia física, tornando a vida um campo infértil tomado por ervas daninhas como os obsessores. Eis a razão pela qual as estatísticas demonstram que a incidência do suicídio é maior entre pessoas desempregadas ou voluntariamente entregues a inação (falta de ação, de trabalho, é a inércia). Joanna de Ângelis nos recomenda que: “Tomemos cuidado com a hora vazia, sem objetivo, sem atividade. Cabeça ociosa é perigo a vista. Mãos desocupadas facultam o desequilíbrio que se instala. Preenche-a com uma leitura salutar, ou uma conversação positiva, ou trabalho que aguarda oportunidade para execução, ou uma ação que te proporcione prazer . . . O homem, quanto mais preenche os espaços mentais com as idéias do bem, mediante o estudo, a ação ou a reflexão, mais aumenta a sua capacidade e conquista mais amplos recursos para o progresso. Estabelece um programa de realizações e visitas para os teus intervalos mentais, nas tuas horas vazias, e te enriquecerás de desconhecidos tesouros de alegria e paz. Hora Vazia, nunca!”

FALTA DE FÉ: A fé é perseverante, remove montanhas de dificuldades, estimula esperança, calma, paciência, sabe esperar porque apóia na inteligência e na compreensão das coisas; e a falta dela produz incerteza, hesitação, revolta, enfraquece diante dos adversários e obstáculos; sem ela a pessoa nem procura os meios de vencer os obstáculos, porque não crê na possibilidade de vitória, na continuidade da vida após a desencarnação e nem na infalibilidade das leis divinas.
Na Suíça, o suicídio assistido foi legalizado, que consiste no seguinte: alguém que sofre de um mal irreversível qualquer solicita o auxílio de um médico, que, então, lhe prescreve determinado medicamento, em expressiva dosagem, que lhe permita desencarnar “suavemente” em alguns poucos minutos. A única condição que a lei impõe para esse tipo de suicídio é que o próprio paciente ministre em si mesmo o medicamento letal. Ou seja, o médico deve se limitar a assistir passivamente a morte lenta e gradual daquele cuja vida ele deveria preservar. Dados estatísticos demonstram que, em dez anos dessa prática vergonhosa, o número de suicídios simplesmente triplicou naquele país, já que pessoas de nações vizinhas têm se deslocado até a Suiça para se matarem em “grande estilo”.

SACIEDADE: A ONU publicou recentemente um documento em que situou a Suécia (seguida da Noruega e da Finlândia) como o país que oferece a melhor qualidade de vida da Terra, já que, por lá, questões como desemprego, fome e miséria são praticamente inexistentes. Contudo, aqueles três países registram, na ordem referida, os maiores índices de suicídio do planeta. MAS, POR QUE RAZÃO? Vejamos: A revista Isto É, edição de 28/01/2004, publicou uma reportagem bastante interessante sobre uma norueguesa de nome Clara Karoliussem que, após viver por mais de cinco anos em Santos (SP), preparava-se para retornar ao seu país de origem, curiosamente, contra sua vontade, pois afirmava que, no Brasil, ela comemorava cada vitória, fruto de muito trabalho, o que não ocorria em seu país de origem, onde, em suas palavras, tudo vêm de mãos beijadas, razão pela qual não existe a satisfação íntima da conquista.
Pode-se dizer, então, que as altas taxas de suicídio verificadas naquele país decorrem da saciedade mal vivenciada de alguém que, tendo conquistado tudo que a vida pode lhe oferecer, no sentido material, passa a sentir um desconcertante vazio, decorrente da falta de perspectivas para o futuro. De fato, a saciedade material, destituída de um certo respaldo espiritual, é uma das grandes causas do desgosto pela vida.
Ressalte-se que o Brasil, com tantas mazelas sociais, surge no cenário mundial das estatísticas do suicídio apenas na 71ª (septuagésima primeira) posição, certamente em decorrência do profundo sentimento de religiosidade dos brasileiros. Então, podemos dizer que, o vínculo com uma religião é importante para desenvolvermos o respeito pela vida do próximo e pela nossa também.
E a Doutrina Espírita, na condição de Consolador Prometido por Jesus, nos alerta sobre as gravíssimas conseqüências do suicídio, no plano espiritual e nas vidas sucessivas, auxiliando-nos a repelir sugestões infelizes, tão logo se apresentem em nossa tela mental. Oferece-nos, ainda, depoimentos mediúnicos dos próprios suicidas, que nos atestam a grande frustração pela qual passaram ao se defrontarem, no além, com uma realidade muito mais terrível do que aquela que vivenciavam na Terra, justamente por terem cometido o grande engano de julgar que, ao darem fim às suas vidas carnais, estariam, também, eliminando a inextinguível essência divina que somos todos nós. Portanto, não se mate, você não morre.

Biografia: ANÁLIA FRANCO

 


Nascida na cidade de Resende, Estado do Rio de Janeiro, no dia 1o. de fevereiro de 1856, e desencarnada em S. Paulo, no dia 13 de janeiro de 1919.
Seu nome de solteira era Anália Emília Franco. Após consorciar- se em matrimônio com Francisco Antônio Bastos, seu nome passou a ser Anália Franco Bastos, entretanto, é mais conhecida por Anália Franco.
Com 16 anos de idade entrou num Concurso de Câmara dessa cidade e logrou aprovação para exercer o cargo de professora primária. Trabalhou como assistente de sua própria mãe durante algum tempo. Anteriormente a 1875 diplomou- se Normalista, em S. Paulo.
Foi após a Lei do Ventre Livre que sua verdadeira vocação se exteriorizou: a vocação literária. Já era por esse tempo notável como literata, jornalista e poetisa, entretanto, chegou ao seu conhecimento que os nascituros de escravas estavam previamente destinados à "Roda" da Santa Casa de Misericórdia. Já perambulavam, mendicantes, pelas estradas e pelas ruas, os negrinhos expulsos das fazendas por impróprios para o trabalho. Não eram, como até então "negociáveis", com seus pais e os adquirentes de cativos davam preferência às escravas que não tinham filhos no ventre. Anália escreveu, apelando para as mulheres fazendeiras. Trocou seu cargo na Capital de São Paulo por outro no Interior, a fim de socorrer as criancinhas necessitadas. Num bairro duma cidade do norte do Estado de S. Paulo conseguiu uma casa para instalar uma escola primária. Uma fazendeira rica lhe cedeu a casa escolar com uma condição, que foi frontalmente repelida por Anália: não deveria haver promiscuidade de crianças brancas e negras. Diante dessa condição humilhante foi recusada a gratuidade do uso da casa, passando a pagar um aluguel. A fazendeira guardou ressentimento à altivez da professora, porém, naquele local Anália inaugurou a sua primeira e original "Casa Maternal". Começou a receber todas as crianças que lhe batiam à porta, levadas por parentes ou apanhadas nas moitas e desvios dos caminhos. A fazendeira, abusando do prestígio político do marido, vendo que a sua casa, embora alugada, se transformara num albergue de negrinhos, resolveu acabar com aquele "escândalo" em sua fazenda. Promoveu diligências junto ao coronel e este conseguiu facilmente a remoção da professora. Anália foi para a cidade e alugou uma casa velha, pagando de seu bolso o aluguel correspondente à metade do seu ordenado. Como o restante era insuficiente para a alimentação das crianças, não trepidou em ir, pessoalmente, pedir esmolas para a meninada. Partiu de manhã, à pé, levando consigo o grupinho escuro que ela chamava, em seus escritos, de "meus alunos sem mães". Numa folha local anunciou que, ao lado da escola pública, havia um pequeno "abrigo" para as crianças desamparadas. A fama, nem sempre favorável da novel professora, encheu a cidade. A curiosidade popular tomou- se de espanto, num domingo de festa religiosa. Ela apareceu nas ruas com seus "alunos sem mães", em bando precatório. Moça e magra, modesta e altiva, aquela impressionante figura de mulher, que mendigava para filhos de escravas, tornou- se o escândalo do dia. Era uma mulher perigosa, na opinião de muitos. Seu afastamento da cidade principiou a ser objeto de consideração em rodas políticas, nas farmácias. Mas rugiu a seu favor um grupo de abolicionistas e republicanos, contra o grande grupo de católicos, escravocratas e monarquistas.
Com o decorrer do tempo, deixando algumas escolas maternais no Interior, veio para S. Paulo. Aqui entrou brilhantemente para o grupo abolicionista e republicano. Sua missão, porém, não era política. Sua preocupação maior era com as crianças desamparadas, o que a levou a fundar uma revista própria, intitulada "Álbum das Meninas", cujo primeiro número veio a lume a 30 de abril de 1898. O artigo de fundo tinha o título "Às mães e educadoras". Seu prestígio no seio do professorado já era grande quando surgiram a abolição da escravatura e a República. O advento dessa nova era encontrou Anália com dois grandes colégios gratuitos para meninas e meninos. E logo que as leis o permitiram, ela, secundada por vinte senhoras amigas, fundou o instituto educacional que se denominou "Associação Feminina Beneficente e Instrutiva", no dia 17 de novembro de 1901, com sede no Largo do Arouche, em S. Paulo.
Em seguida criou várias "Escolas Maternais" e "Escolas Elementares", instalando, com inauguração solene a 25 de janeiro de 1902, o "Liceu Feminino", que tinha por finalidade instruir e preparar professoras para a direção daquelas escolas, com o curso de dois anos para as professoras de "Escolas Maternais" e de três anos para as "Escolas Elementares".
Anália Franco publicou numerosos folhetos e opúsculos referentes aos cursos ministrados em suas escolas, tratados especiais sobre a infância, nos quais as professoras encontraram meios de desenvolver as faculdades afetivas e morais das crianças, instruindo- as ao mesmo tempo. O seu opúsculo "O Novo Manual Educativo", era dividido em três partes: Infância, Adolescência e Juventude.
Em 1o. de dezembro de 1903, passou a publicar "A Voz Maternal", revista mensal com a apreciável tiragem de 6.000 exemplares, impressos em oficinas próprias.
A Associação Feminina mantinha um Bazar na rua do Rosário n.o. 18, em S. Paulo, para a venda dos artefatos das suas oficinas, e uma sucursal desse estabelecimento na Ladeira do Piques n.o. 23.
Anália Franco mantinha Escolas Reunidas na Capital e Escolas Isoladas no Interior, Escolas Maternais, Creches na Capital e no Interior do Estado, Bibliotecas anexas às escolas, Escolas Profissionais, Arte Tipográfica, Curso de Escrituração Mercantil, Prática de Enfermagem e Arte Dentária, Línguas (francês, italiano, inglês e alemão); Música, Desenho, Pintura, Pedagogia, Costura, Bordados, Flores artificiais e Chapéus, num total de 37 instituições.
Era romancista, escritora, teatróloga e poetisa. Escreveu uma infinidade de livretos para a educação das crianças e para as Escolas, os quais são dignos de serem adotados nas Escolas públicas.
Era espírita fervorosa, revelando sempre inusitado interesse pelas coisas atinentes à Doutrina Espírita.
Produziu a sua vasta cultura três ótimos romances: "A Égide Materna", "A Filha do Artista", e "A Filha Adotiva". Foi autora de numerosas peças teatrais, de diálogos e de várias estrofes, destacando- se "Hino a Deus", "Hino a Ana Nery", "Minha Terra", "Hino a Jesus" e outros.
Em 1911 conseguiu, sem qualquer recurso financeiro, adquirir a "Chácara Paraíso". Eram 75 alqueires de terra, parte em matas e capoeiras e o restante ocupado com benfeitorias diversas, entre as quais um velho solar, ocupado durante longos anos por uma das mais notáveis figuras da História do Brasil: Diogo Antônio Feijó.
Nessa chácara fundou Anália Franco a "Colônia Regeneradora D. Romualdo", aproveitando o casarão, a estrebaria e a antiga senzala, internando ali sob direção feminina, os garotos mais aptos para a Lavoura, a horticultura e outras atividades agropastoris, recolhendo ainda moças desviadas, conseguindo assim regenerar centenas de mulheres.
A vasta sementeira de Anália Franco consistiu em 71 Escolas, 2 albergues, 1 colônia regeneradora para mulheres, 23 asilos para crianças órfãs, 1 Banda Musical Feminina, 1 orquestra, 1 Grupo Dramático, além de oficinas para manufatura de chapéus, flores artificiais, etc., em 24 cidades do Interior e da Capital.
Sua desencarnação ocorreu precisamente quando havia tomado a deliberação de ir ao Rio de Janeiro fundar mais uma instituição, idéia essa concretizada posteriormente pelo seu esposo, que ali fundou o "Asilo Anália Franco".
A obra de Anália Franco foi, incontestavelmente, uma das mais salientes e meritórias da História do Espiritismo.

COMBUSTÃO ESPONTÂNEA NA VISÃO ESPÍRITA - Divaldo Franco



Divaldo, fale sobre a combustão espontânea.

Resposta: São expiações, que experimentam indivíduos, supomos, que exerceram a impiedade nos dias inquisitoriais, que cremaram criaturas vivas e trazem as matrizes de que se utilizam aquelas pretensas vítimas, que são as reais. Existe, no entanto, a faculdade, qual utilizava Daniel Dunglas Home, que produzia fenômenos de combustão espontânea, mas que não era auto-combustão que não o queimava. Em uma experiência memorável diante do Imperador Napoleão III, antes de Allan Kardec, no mês de abril de 1852, convidado às Tulherias por aquele, deu as maiores demonstrações de mediunidade, porque o Imperador gostava de prestidigitação (ilusionismo) e acreditava que os fenômenos produzidos por Daniel e por outros, eram de ilusionismo, de malabarismo. Entre as manifestações notáveis que Daniel produziu naquela noite, uma foi tomar de uma folha de papel, atritá-la, atirando-a nas labaredas da lareira, dizendo: - "Não queime". - e a folha de papel permaneceu intacta. Ele afastou-se alguns metros, e ordenou: - "Pode queimar". - e ela ardeu. Constatamos que ele a havia impregnado de energia anti-combustiva e, ao dar-lhe a ordem, a energia desgastada, não isolou o papel. Normalmente, essa faculdade é expiatória, para nos chamar a atenção para a realidade dos nossos atos, já que somos autores dos nossos destinos.

Observação:
Este fato contado por Divaldo do médium Daniel Douglas Home sobre combustão espontânea lembra a passagem do Antigo Testamento onde uma planta espinhosa chamada Sarça pegou fogo e, apesar de estar pegando fogo este não a consumia, não a queimava. E foi em meio a este fogo que "Deus" apareceu á Moisés para orientá-lo sobre sua missão. Este fato ficou conhecido como SARÇA ARDENTE.

JESUS FOI CRIADO PURO E PERFEITO? - Richard Simonetti


HOUVE REENCARNAÇÕES ANTERIORES DE JESUS?
Jesus, para alcançar sua evolução, reencarnou muitas vezes como qualquer outro Espírito, mas, isso ocorreu em outro planeta. Quando estava em grau elevado de evolução, recebeu a incumbência de ser o governador de nosso planeta. Ele participou da formação da Terra e aqui viveu uma única encarnação.

NÃO ERA, ENTÃO, VINCULADO À HUMANIDADE?
Ninguém mais vinculado que ele. É, conforme revela Emmanuel, em A Caminho da Luz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ele é o governador de nosso planeta. Tem a tarefa de conduzir as coletividades que aqui evoluem.

DESDE QUANDO?
Segundo Emmanuel, desde que a Terra desprendeu-se do Sol, massa de fogo incandescente, há aproximadamente 4 bilhões e quinhentos milhões de anos. Preposto de Deus, Jesus foi convocado pelo Criador para essa elevada missão.

ENTÃO ELE NÃO FOI CRIADO PURO E PERFEITO?
Seria injustiça Deus criar Espíritos puros e perfeitos, enquanto nós outros, na Terra, vimos labutando (trabalhando) há milênios. Jesus está onde chegaremos um dia, mas esteve, um dia, onde estagiamos hoje. Viveu seu aprendizado alhures, em outros mundos.

HÁ QUEM DIGA QUE JESUS EVOLUIU EM LINHA RETA, SEM OS DESVIOS QUE CARACTERIZAM O COMPORTAMENTO HUMANO. NÃO ESTARIA AÍ A ORIGEM DE SUA ELEVADA POSIÇÃO JUNTO AO CRIADOR?
Os desacertos fazem parte de nosso aprendizado. Aprendemos com os próprios erros, observada a lei de causa e efeito. Um Espírito a “subir em linha reta” sugere que não foi criado simples e ignorante, como está em O Livro dos Espíritos; pressupõe que há algo que o distingue dos demais. Isso é tão absurdo quanto a teoria das graças, da teologia ortodoxia, segundo a qual Deus teria seus eleitos.

SE JESUS É O NOSSO GOVERNADOR, ESPÍRITO PURO E PERFEITO, PREPOSTO DE DEUS, POR QUE DEIXOU SUAS ELEVADAS ATRIBUIÇÕES E SUBMETEU-SE ÀS LIMITAÇÕES IMPOSTAS PELA ENCARNAÇÃO? NÃO PODERIA ENVIAR MENSAGEIROS QUE ORIENTASSEM A HUMANIDADE EM SEU NOME?
Isso ele tem feito sempre. Os Espíritos iluminados que vêm à Terra, vanguardeiros do Bem e da Verdade, são enviados seus, a pontificarem no seio de todas as culturas e de todas as religiões.

POR QUE ELE VEIO?
A mensagem cristã sintetiza-se no Amor, lei suprema de deus. Foi o momento culminante na história humana. Natural, portanto, que o governador do planeta decidisse trazê-la pessoalmente, a fim de apresentá-la e exemplificá-la em plenitude.

NÃO SERIA OPORTUNO JESUS ENCARNAR JUNTO AOS QUE DETINHAM OS PODERES DO MUNDO? COMO FILHO DE CÉSAR POR EXEMPLO, NÃO HAVERIA MAIOR FACILIDADE PARA FAZER ECOAR SUA MENSAGEM NA ALMA DOS POVOS?
É inútil fazer propaganda do amor ou pretender impô-lo de cima para baixo, a partir das cátedras e dos palácios. Para ser disseminado ele pede a força do exemplo e infinita capacidade de doar-se em favor do bem comum. Foi junto ao povo, vivendo seus dramas, condoendo-se de suas limitações, que Jesus pôde demonstrar a força redentora do amor. Por isso, será lembrado para sempre como a figura maior da Humanidade, alguém muito grande que se fez pequeno para ensinar que amar é sinônimo de servir.

MEDIUNIDADE É MISSÃO? - Por Therezinha Oliveira


Missionário é o espírito que, sem nada dever à humanidade terrena nem ter mais nada a aprender neste mundo, aceita nascer na Terra com um encargo, uma tarefa em especial, para ajudar o progresso dos que aqui vivem.
Neste sentido, poucos serão os verdadeiros missionários na Terra, que é um planeta de espíritos ainda sujeitos a provas e expiações.

Mas qualquer pessoa que recebe um encargo, uma tarefa para realizar, pode dizer que está "incumbido de uma missão".

Neste sentido, todo médium, mesmo sendo uma criatura imperfeita, tem sua missão, isto é, um trabalho a fazer, um papel a desempenhar: o de intermediário entre o plano invisível e o material, colocando a verdade espiritual ao alcance das criaturas.

É uma pena que algumas pessoas com mediunidade não entendam o valor da sua faculdade e não queiram exercitá-la devidamente, alegando: "Tenho medo de lidar com os espíritos", "Dá muito trabalho e ocupa muito tempo", "Não vou poder viver a minha vida como gosto", etc.

Não empregando sua faculdade mediúnica, o médium não se livra da presença e atuação dos espíritos em geral. Pelo contrário, fica mais a mercê dos maus espíritos por lhe faltar autoridade moral e o exercício no bem, que podia mas não quer fazer.

A mediunidade é abençoada oportunidade de serviço
, através do qual o médium resgata dívidas do passado, aprende muito sobre a vida espiritual e pode progredir mais depressa moralmente.
Para trabalhar como médium, não é preciso renunciar a uma vida normal, na família, no estudo, na profissão ou socialmente. Basta renunciar apenas aos excessos, à indisciplina, à rebeldia, aos vícios, e se interessar pelas atividades espirituais superiores.

Depende do médium achar que sua faculdade mediúnica é uma obrigação constrangedora ou considerá-la uma pequenina, abençoada missão e executá-la com satisfação íntima.

Procure o médium aceitar a sua mediunidade, embora as dificuldades e problemas com que se apresente; cultive-as com carinho, respeite sua finalidade superior. E terá as mais sublimes compensações pela tarefa que executar como intermediário entre o Céu e a Terra.

Mas não se julgue nunca um espírito missionário, na verdadeira acepção do termo, nem dispute esse título. A não ser que seja bom, tão verdadeiro e tão realizador para o bem como aqueles que Deus nos envia em missão.

BOCEJAR AO APLICAR O PASSE - Carlos Baccelli


Por que algumas pessoas bocejam quando aplicam passe?
Baccelli: um sem-número de vezes, é porque estão com sono ou porque, antes do passe, se alimentaram excessivamente, tendo ingerido algo de difícil digestão.
Algumas vezes, é porque o médium, na transmissão do passe, igualmente funciona como catalisador dos fluidos e das energias nocivas que estão impregnadas naquele que está sendo espiritualmente assistido.
Ainda pode ser (e este caso não é tão raro assim) que o médium passista, na ação do passe, sofra a influência de algum espírito infeliz que esteja vampirizando o irmão amparado pelas forças que lhe estão sendo transfundidas.
Em qualquer caso, porém, o médium carece controlar-se, evitando bocejos e gesticulações excessivas que, inclusive, podem causar negativa impressão.
Finalizando, precisamos considerar que o chamado hábito do bocejo no médium passista pode também ser um indício revelador da natureza dos pensamentos com os quais ele próprio tem-se intoxicado, ocorrendo então, naquele momento, a "queima" das formas-pensamentos criadas e sustentadas por sua invigilância.

VERDADEIRO SENTIDO DA CARIDADE - O Livro dos Espíritos


Qual é o verdadeiro sentido da palavra caridade como a entendia Jesus?
Benevolência com todos, indulgência com as imperfeições dos outros, perdão das ofensas. (questão 886 do O Livro dos Espíritos) 

O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, porque amar ao próximo é fazer todo o bem que está ao nosso alcance e que gostaríamos que nos fosse feito. Esse é o sentido das palavras de Jesus:
“Amai-vos uns aos outros como irmãos”.
A caridade, para Jesus, não se limita à esmola. Ela abrange todas as relações com nossos semelhantes, sejam inferiores, iguais ou superiores. Ensina a indulgência, porque temos necessidade dela, e não nos permite humilhar os outros, ao contrário do que muitas vezes se faz. Se uma pessoa rica nos procura, temos por ela mil atenções, mil amabilidades; se é pobre, parece não haver necessidade de nos incomodar. Porém, quanto mais lastimável sua posição, mais se deve respeitar, sem nunca aumentar sua infelicidade pela humilhação. O homem verdadeiramente bom procura elevar o inferior aos seus próprios olhos, diminuindo a distância entre ambos.

21 de jan. de 2013

AUMENTO DA POPULAÇÃO - Divaldo Franco


Como se explica o aumento da população e o número de Espíritos necessários para atendê-las?

Resposta: A divindade cria sempre e sem cessar. A criação é dinâmica. Partindo-se das premissas de que vivemos num universo habitável e de que na Terra existe migração dos povos, logicamos haver também migração de Espíritos entre planetas. E não poderia ser diferente, porque Jesus afirmou, conforme João, 14:2 – “Na casa de meu Pai há muitas moradas.” É justo os residentes dessas moradas periodicamente se transfiram para outra, vindo também habitar temporariamente na Terra.

OBSERVAÇÃO: Emmanuel, em seu livro A Caminho da Luz, nos dá informações valiosas a respeito da chamada raça adâmica, assunto que foi tratado igualmente por Kardec em A Gênese. Nesta obra, o Codificador, depois de aludir à questão das emigrações e imigrações coletivas de Espíritos de um mundo para outro, faz clara referência à raça adâmica no cap. XI, item 38: “De acordo com o ensino dos Espíritos, foi uma dessas grandes imigrações, ou se quiserem, uma dessas Colônias de Espíritos, vinda de outra esfera, que deu origem à raça simbolizada na pessoa de Adão e, por essa razão mesma, chamada raça adâmica. Quando ela aqui chegou, a Terra já estava povoada desde tempos imemoriais, como a América, quando aí chegaram os europeus”.

"VIVE-SE, NA TERRA, A HORA DO SEXO" - Manuel Philomeno de Miranda


No livro “Sexo e Obsessão”, psicografado por Divaldo Pereira Franco, o Espírito Manuel Philomeno de Miranda diz:

"(...) Eminentes estudiosos da sexologia vêm procurando desmistificar as funções sexuais, que a ignorância medieval vestiu de fantasias e de pecados, gerando perturbações emocionais muito graves nas criaturas humanas. Como decorrência da nobre proposta, a liberação sexual, exagerando as suas licenças morais, vem trazendo transtornos graves e desarmonias profundas em muitos indivíduos que vivem conflitivamente em razão das dificuldades para se adaptarem às exigências comportamentais do momento.
É natural que, num momento de transição de valores, campeiem o absurdo e o fantasioso, tentando adquirir cidadania moral, ao tempo em que empurrem os cidadãos na direção do fosso da promiscuidade e do desespero, da fuga pelo tabaco, pelo álcool, pelas drogas aditivas, pela alucinação, pelo suicídio.
Torna-se indispensável quão imediata uma nova ética-moral, a fim de que os valores nobres granjeados pela sociedade no curso dos milênios, não se percam no chafurdar das paixões e no desprestígio das instituições, como o matrimônio, a família, a castidade, a castidade, a saúde comportamental, o grupo social.
O matrimônio e a monogamia são conquistas valiosas logradas pelo ser humano após torpes experiências de convivência do passado, é uma aventura macabra cujas conseqüências são imprevisíveis para a própria sociedade.
Vive-se, na Terra, a hora do sexo. O sexo vive na cabeça das pessoas, parecendo haver saído da organização genética de onde se situa.
Desvios sexuais, aberrações nas práticas do sexo, condutas extravagantes e desarticulações das funções estabelecidas pelas Leis da Vida, geram perturbações de longo curso, que não se compõem com facilidade, senão ao largo de dolorosas reencarnações expungitivas e purifidadoras.
Tormentos da libido e da função sexual têm suas matrizes nos comportamentos anteriores que o Espírito se permite, quando em outras encarnações, abusou da faculdade procriativa, aplicando-a no prazer exorbitante, ou explorou pessoas que se lhe tornaram vítimas, estimulou abortamentos e se permitiu experiências perversas e anormais, ou derrapou nos excessos com exploração de outras vidas...Todas essas condutas arbitrárias fixaram-se nos tecidos sutis do perispírito, impondo necessidades falsas, que agora os pacientes procuram atender, ampliando o complexo campo de problemas íntimos.
O respeito e a consideração pelas funções sexuais constituem a melhor terapia preventiva para a manutenção das saúde moral, assim como o esforço para a recomposição do caráter, quando alguém já se permitiu corromper, ao lado da terapêutica especializada, fazem-se imprescindíveis para a conquista da harmonia.
Ninguém se engane quanto aos compromissos do sexo perante a vida e cuide de não enganar a outrem.
Cada um responde sempre pelo que inspira e pelo que faz.
O sexo não foi elaborado para o prazer vulgar, senão para as emoções superiores na construção das vidas, ou para as sensações compensativas quando amparadas pelas dúlcidas vibrações do amor, mantendo a afetividade e a alegria de viver(...)"

SEXO DESENFREADO - Divaldo Franco

 

Dado o desenfreado comportamento sexual dos nossos dias, qual a conduta adequada?

Divaldo responde: Colocar o sexo no seu lugar e manter a cabeça onde está. Um dia perguntaram ao Sadu Sundar Singh, o eminente apóstolo da Índia, se a sua paz era um equívoco do coração e ele respondeu: “Quando Deus colocou o cérebro acima do sentimento (coração), foi para a razão dirigir a afetividade.” Ocorre que a problemática do sexo não reside no aparelho reprodutor, mas na mente viciada. Educando-se a mente, educa-se o uso do órgão genésico.

(...) Criou-se o mito que a vida foi feita para o sexo, e não o sexo para a vida. Depois da revolução sexual dos anos 60, o sexo saiu do aparelho genésico e foi para a cabeça. Só se pensa, fala respira sexo. E quando o sexo não funciona, por exaustão, parte-se para os estimulantes, como mecanismos de fuga, o que demonstra que o problema não é dele, e sim, da mente viciada. Se o problema fosse do sexo, as pessoas ‘saciadas’ seriam todas felizes, o que, realmente não se dá. Ou se disciplina o estômago, ou se morre de indigestão. Ou a criatura conduz o sexo, ou este a arruína.

JESUS E VOCÊ - André Luiz

Nosso Mestre não se serviu de condições excepcionais no mundo para exaltar a Luz da Verdade e a Bênção do Amor.
Em razão disso, não aguarde renovação exterior na vida diária, para ajudar.
Comece imediatamente a própria sublimação.
Jesus não tinha uma pedra onde recostar a cabeça. Se você dispõe de mínimo recurso, já possui mais que Ele.
Jesus, em seu tempo, não desfrutou qualquer expressão social. Se você detém algum estudo ou título, está em situação privilegiada.
Jesus esperou até os trinta nos para servir mais decisivamente. Se você é jovem e pode ser útil, usufrui magnífica oportunidade.
Jesus partiu aos trinta e três anos. Se você vive na idade amadurecida e dispõe do ensejo de auxiliar, agradeça ao Alto, dando mais de si mesmo.
Jesus não contou com os familiares nas tarefas a que se propôs. Se você convive em paz no recinto doméstico, obtendo alguma cooperação em favor dos outros, bendiga sempre essa dádiva inestimável.
Jesus não encontrou ninguém que o amparasse na hora difícil. Se você recebe o apoio de alguém nos momentos críticos, saiba ser grato.
Jesus nada pôde escrever. Se você consegue grafar pensamentos na expansão do bem, colabore sem tardança para a felicidade de todos.
Vemos, assim, que a vida real nasce e evolui no Espírito eterno e não depende de aparências para projetar-se no rumo da perfeição.
Jesus segue à frente de nós. Se você deseja acertar, basta apenas segui-lo. Sigamo-lo, pois.
Do livro O Espírito da Verdade, cap. VI, obra psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier.

JESUS NA VISÃO ESPÍRITA.



Nós acreditamos que Jesus evoluiu como qualquer outra pessoa, mas em outro planeta.
E, quando ele alcançou o patamar de Espírito puro, Deus o incumbiu de ser o Governador do nosso planeta. Ele, então, participou da formação de tudo.
Como explica Emmanuel: "(...) Jesus, já se reuniu, nas proximidades da Terra, para a solução de problemas decisivos da organização e da direção do nosso planeta, por duas vezes no curso dos milênios conhecidos. A primeira reunião, aconteceu quando nosso planeta estava sendo formado, quando o orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar, a fim de que se lançasse, no Tempo e no Espaço, as balizas do nosso sistema cosmogônico e os pródomos da vida na matéria em ignição, do planeta; e a segunda, foi quando se decidia a vinda do Senhor à face da Terra, trazendo à família humana a lição imortal do seu Evangelho de amor e redenção."
Mas, muitos séculos antes de sua vinda, Jesus destinou outros Espíritos, embaixadores de sua sabedoria e misericórdia para ensinar a Regra Áurea: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Por isso encontramos ensinamentos parecidos com os de Jesus antes mesmo dele vir à Terra. Veja alguns exemplos:
Diziam os gregos: “Não façais ao próximo o que se vos faça.”
Afirmavam os persas: “Fazei como quereis que se vos faça.”
Declaravam os chineses: “O que não desejais para vós, não façais a outrem.”
Recomendavam os egípcios: “Deixai passar aquele que fez aos outros o que desejava para si.”
Doutrinavam os hebreus: “O que não quiserdes para vós, não desejeis para o próximo.”
Insistiam os romanos: “A lei gravada nos corações humanos é amar os membros da sociedade como a si mesmo.”
Mas, apesar dos povos receberem a lei de ouro do Cristo, os profetas, administradores, juízes e filósofos procederam, muitas vezes, de maneira diferente da que pregavam. Então, Jesus nasceu entre nós. E, desde a infância viveu indiferente à sua própria felicidade, pois seus sonhos e ideais só objetivavam a felicidade alheia. Além de ensinar exemplificou, não com virtudes parciais, mas em plenitude de trabalho, abnegação e amor, nas praças públicas, revelando-se aos olhos da Humanidade inteira.
Ele veio nos mostrar o caminho da “salvação”. E só através da vivência de seus ensinamentos estaremos "salvos" ou "livres" do mal que ainda se encontra dentro de muitos de nós. E é assim, que Ele aguarda que surja o homem novo (citado por Paulo de Tarso), a partir do homem velho (que somos nós).
Respeitamos os que escolheram outros iluminados como instrutores espirituais: Buda, Maomé, Confúcio, Zoroastro, Moisés, etc., mas, acreditamos que todos eles foram trabalhadores de Jesus enviados por Ele.
Por isso, Jesus é para o espírita “o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem, para lhe servir de guia e de modelo.”

 

Compilação feita por Rudymara retirada dos livros: "A Caminho da Luz"; "O livro dos Espíritos"; "Caminho, Verdade e Vida"; "O Evangelho segundo o Espiritismo"; "Em busca do homem novo".












DEUS NA VISÃO ESPÍRITA.


QUE É DEUS?
“Deus é a inteligência suprema, a causa primária de todas as coisas”, ou seja, Deus é a inteligência maior do Universo e o causador de todas as coisas que há e acontece nele.
A IGREJA É A CASA DE DEUS?
Não. Jesus disse: “Há muitas moradas na casa de meu pai”, então entendemos que a casa de Deus é o Universo.
ONDE DEVEMOS ADORAR DEUS?
Jesus respondeu esta pergunta para a samaritana dizendo: “(...) Virá a hora em que não será nem neste templo (que ficava na cidade da Samaria), nem em Jerusalém que adorareis o Pai. Deus é espírito e em espírito e verdade é que o devem adorar os que o adoram.” Em nosso relacionamento com Deus, julgamos que haveremos de encontrá-lo nos templos religiosos. Mas, se Deus é espírito, Ele está em todos os lugares, dentro e fora dos templos. E agradá-Lo, não é freqüentar templos religiosos, em dias e horas certas, ou então, utilizando práticas exteriores, e esquecer o fundamental, que é o combate às nossas imperfeições, no esforço de renovação íntima que marca a verdadeira religiosidade. Temos que ser verdadeiros (diante dos ensinamentos evangélicos) em todos os lugares, dentro e fora dos templos, no lar, no trabalho, na rua, no trânsito, etc . . . Nos templos buscamos o entendimento e o fortalecimento para enfrentarmos os problemas, as dores, as aflições que apareçam em nossas vidas.
JESUS FOI DEUS ENCARNADO?
Não. Em vários momentos Jesus deixou claro que ele não era Deus. E um desses momentos foi quando em seu momento final na Terra disse: “Pai, nas suas tuas mãos entrego meu Espírito.” Mesmo após a sua morte e ressurgimento espiritual, Jesus continua a demonstrar, com suas palavras, que permanece a dualidade e desigualdade entre ele e Deus: "Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus." - (Jo 20:17)
DEUS CASTIGA?
Não. Deus não julga cada ato das pessoas. Deus faz leis que regem a vida universal e, para cada ato há uma conseqüência que vem naturalmente e automático. Por exemplo: As leis dos homens são elaboradas pelos deputados. Quando alguém transgride alguma dessas leis e é condenado à prisão, ninguém diz: “Os deputados me castigaram!” Assim acontece com a lei divina. Deus fez leis que devem ser seguidas, mas quando transgredimos uma delas e sofremos as conseqüências não devemos dizer: “Deus me castigou!” Na verdade estamos sendo julgados pela lei Dele, ou melhor, colhendo o que plantamos.
O PAPA É REPRESENTANTE DE DEUS NA TERRA?
Não. Alguém auto-eleger-se como representante de Deus, estando na sua condição de humanidade, sujeito às vicissitudes não deixa de ser um salto muito audacioso, porque ao representar Deus, de alguma forma, assume-Lhe a postura. Nós o consideramos o chefe da Igreja, o chefe político, o chefe ideológico, o chefe social, mas um cidadão, embora nobre, igual a qualquer um de nós.
NÓS VEREMOS DEUS APÓS A DESENCARNAÇÃO?
"Ninguém jamais viu a Deus", afirma João em sua epístola (I 4:12). Por que não? Porque "Deus é Espírito" (assim ensinou Jesus à mulher samaritana, em Jo 4:24) e, como tal, não pode ser percebido pelos sentidos comuns, materiais. Não podemos ver Deus com os olhos do corpo. Embora nos seja invisível, Deus não nos é totalmente desconhecido. Se não se mostra aos olhos do corpo, Ele se faz evidente ante nossa compreensão por todas as suas obras (a Criação) e podemos senti-Lo espiritualmente, nas vibrações do seu infinito amor. Quanto mais desenvolvermos nosso conhecimento e sensibilidade espiritual, mais "veremos" a Deus, percebendo, entendendo e sentindo sua divina presença e ação em tudo o que existe, em tudo o que acontece. "Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus." (Jesus -Mt 5:8)
ONDE PODEMOS ENCONTRAR A PROVA DA EXISTÊNCIA DE DEUS?
Nesta frase usada pelos cientistas: NÃO HÁ EFEITO SEM CAUSA. Procuremos a causa de tudo o que não é obra do homem, e a nossa razão nos responderá. Para acreditar em Deus, basta lançarmos os olhos sobre as obras da criação. O universo existe, portanto ele tem uma causa. Duvidar da existência de Deus seria negar que todo efeito tem uma causa e admitir que o nada possa fazer alguma coisa.
DÊ UM EXEMPLO DESSE EFEITO PARA QUE POSSAMOS ACREDITAR EM QUEM O CAUSOU.
Explica o cientista dr. Cressey Morrison: se, por acaso, o fundo do mar fosse mais baixo dois metros apenas não haveria a vida na superfície da Terra, pois a água do mar absorveria o oxigênio e o gás carbônico e os seres vivos não poderiam respirar. Se, por acaso, a atmosfera da Terra, que mede 60 quilômetros, fosse menor, a vida seria totalmente impossível porque diariamente caem sobre a Terra milhões de aerólitos, pedaços de planeta. Se a atmosfera da Terra não houvesse sido necessariamente calculada, eles destruiriam a vida e provocariam milhões de incêndios diariamente. Logo, alguém pensou sobre isso!


Compilação de Rudymara retirado dos livros: O livro dos Espíritos; Levanta-te!; e de entrevistas de Divaldo Franco; Therezinha Oliveira e algumas observações de Rudymara.

13 de jan. de 2013

Colônias Espirituais sobre o Brasil.






 Existem inúmeras colônias espirituais espalhadas sobre nosso País, em vários estados como : Minas Gerais - Goiás - Mato Grosso e parte de São Paulo, algumas são muito antigas e trazem na sua superfície o registro de milhões de anos atrás. Essas colônias ficam localizadas em sua grande maioria, dentro da Atmosfera terrestre e em muitas delas os habitantes ainda estão presos ao carma planetário. Necessitando pois, das nossas melhores vibrações para que o trabalho dentre delas, possa transcorrer de forma harmoniosa e eficiente. O conhecimento da existência de cidades espirituais somente foi aceito, entendido amplamente - na nossa era e na sociedade ocidental - a partir dos gregos com a existência do Olimpo - a Morada dos Deuses - local onde seres espirituais viviam, moravam, trabalhavam, sonhavam, conspiravam. Quem ainda não ouviu falar sobre a Colônia Nosso Lar? Com certeza o livro mais lido do espirito André Luiz. Nosso Lar, Cidade espiritual na Esfera Superior, consagrada à educação e ao reajustamento da alma. (...) Antiga fundação de portugueses distintos, desencarnados no Brasil, no século XVI.A colônia, que é essencialmente de trabalho e realização, divide-se em seis Ministérios, orientados, cada qual, por doze Ministros. Há os Ministérios da Regeneração, do Auxílio, da Comunicação, do Esclarecimento, da Elevação e da Divina. Os quatro primeiros estão próximos das esferas terrestres, os dois últimos próximos ao plano superior, visto que a cidade espiritual é zona de transição Os serviços mais grosseiros localizam-se no Ministério da Regeneração, os sublimes no da União Divina. As tarefas de Auxílio são laboriosas e complicadas, os deveres no Ministério da Regeneração constituem testemunhos pesadíssimos, os trabalhos na Comunicação exigem alta noção da responsabilidade individual, os campos do Esclarecimento requisitam grande capacidade de trabalho e valores intelectuais profundos, o Ministério da Elevação pede renúncia e iluminação, as atividades da União Divina requerem conhecimento justo e sincera aplicação do amor universal. A Governadoria, por sua vez, é sede movimentada de todos os assuntos administrativos, numerosos serviços de controle direto, como por exemplo, o de alimentação, distribuição de energias elétricas, trânsito, transporte e outros. Nela, em verdade, a lei do descanso é rigorosamente observada, para que determinados servidores não fiquem mais sobrecarregados que outros; mas a lei trabalho é também rigorosamente cumprida. No que concerne ao repouso, a única exceção é o próprio Governador, que nunca aproveita o que lhe toca nesse terreno. A verdade é que existem milhares de colônias em torno da Terra em determinada faixa de vibração e em torno de todo o planeta. Cada uma numa faixa vibratória, tanto que nem todas as colônias podem servir de hospitais, ou escolas de ensino, algumas há, que foram construídas por espíritos inferiores, lembrando sempre que o espirito pode ter inclinação má e nem por isso deixar de ser inteligente e que tudo é feito com a permissão de Deus, que construíram verdadeiros monumentos em torno de suas inclinações ao mal, como é o Caso da conhecida cidade de A Cruzada, relatada no livro Francisco de Assis, Miramez (João Nunes Maia). A Cruzada, é uma cidade espiritual diferente. Para que o Cristo descesse à Terra, era necessário que engenheiros siderais limpassem a atmosfera do planeta, para que os atentados contra a Boa Nova do Reino de Deus não viessem a gerar alterações. Uma falange de Anjos assomou à Terra, tirando dela dois bilhões de Espíritos inferiores, cuja animalização atingia até as raias do impossível. As Cruzadas e depois a Inquisição, foram instituídas no planeta por esses Espíritos. A Cidade era assim chamada porque sua planta era em forma de cruz, que se quebrava nas suas quatro hastes, sendo que, em cada uma delas foi criado um reino, cada qual comandado por um príncipe e um imediato. Eles mesmos se organizaram, por haver no meio daquela multidão seres de alta envergadura intelectual, grandes magos, desenhistas habilidosos, artistas consagrados, muitos deles dados à lavoura, à pecuária e a outras atividades. Foi edificada na linha do Equador, para que o Sol cooperasse com eles. Hitler, foi talvez um dos últimos príncipes que ajudaram a governar a grande cidade das almas nos céus do Equador, foi uma das feras enjauladas por mil anos que, ao assumir o controle do Estado Germânico, tinha uma tarefa odienta com a sua consciência e os seus comandados preguiçosos, reencarnados como judeus, objetivando eliminar toda a raça. E ele, como símbolo, traz a grande cruz aberta nas hastes, planta da cidade das sombras, chamada A Cruzada, cuja quarta parte comandara com rigidez e orgulho.



Para saber mais leia : Nosso Lar- Chico Xavier, pelo espirito André Luiz. Cidade no Além- André Luiz Libertação- André Luiz Assine : Grupo de discussão Espírita Clara Luz clara_luz-subscribe@yahoogrupos.com.br Conheça: www.conscienciahumana.weblogger.com.br


Nosso Lar tem a forma de uma estrelade seis pontas, localizando-se a Governadoria no centro do círculo em que está inscrita a estrela.
NOSSO LAR(PLANO PILOTO)

Mencione-se, desde logo, que existem dois desenhos, o primeiro que abrange apenas a estrela, onde se localiza a Governadoria e os conjuntos habitacionais, inscritos dentro dela, destinados aos trabalhadores de cada Ministério; o segundo já engloba mais além, os conjuntos residenciais que, conquanto ainda afetos aos trabalhadores do Ministério, podem ser adquiridos por estes, através de "bonus-horas" e são suscetíveis de transmissão hereditária. Também nele se vê a grande muralha protetora da cidade

A cidade tem a forma de uma estrela de seis pontas, localizando-se a Governadoria no centro do círculo em que está inscrita a estrela.Da Governadoria partem as coordenadas que dividem a cidade em seis partes distintas, afetas, cada uma, ao mesmo número de organizações especializadas, em que desdobra a administração pública, representadas, como já se disse, pelos Ministérios da Regeneração, do Auxílio, da Comunicação, do Esclarecimento, da Elevação e da União Divina.Assim, a cidade está dividida em seis módulos, cada um deles partindo da Governadoria, junto à qual se eleva a torre de cada ministério, configurando-se como um centro administrativo.À frente deles está a grande praça que os circunda e que, para que se avalie o seu tamanho, está apta para receber, comodamente, um milhão de pessoas. A médium (Heigorina Cunha) descreve-a como belíssima, como piso semelhante ao alabastro, com muitos bancos ao seu redor, sendo que, nos espaços em que se vê o encontro dos vários vértices das bases dos triângulos, por detrás dos bancos, existem fontes luminosas multicoloridas, e em torno delas, flores graciosas e delicadas.Além da praça temos os núcleos residenciais em forma de triângulo e que, como já se disse, se destinam aos trabalhadores de cada Ministério, sendo que os mais graduados residem mais próximos às praças e, portanto, ao centro administrativo. Essas casas pertencem à comunidade e se um trabalhador se transfere para outro Ministério, deve mudar-se também para residir junto ao seu local de trabalho. Os quadros que se vêem desenhados dentro do triângulo, e junto à muralha, são quadras onde se erguem as residências.Nos espaços que medeiam entre um núcleo habitacional e outro, seja e, direção à muralha, seja em direção ao núcleo correspondente ao Ministério vizinho, existem grandes parques arborizados onde se erguem outras construções que foram detalhadas na planta, destinados ao lazer ou serviços aos habitantes. Vê-se, por exemplo, no parque do Ministério da Regeneração, a locação do seu Parque Hospitalar; no Ministério da União Divina. o Bosque das Águas e, no Ministério da Elevação, o Campo da Música, todos referidos no livro Nosso Lar.Cada núcleo residencial é cortado, no centro, por ampla avenida arborizada que o liga à praça principal e à Governadoria, e que se inicia junto à muralha.Entre os núcleos em forma de triângulo e a muralha, estão os núcleos residenciais destinados aos Espíritos que, por seus méritos, podem adquirir suas casa mediante pagamento em bonus-hora, que é a unidade monetária padrão, correspondente a uma hora de trabalho prestado à comunidade. Estas casas, pertencendo aos que as adquiriram podem ser objeto de herança. Na planta aparecem umas poucas quadras, mas na verdade são muitas quadras, a perderem-se de vista e que se alongam até a muralha.Circundando toda a cidade, está a grande muralha protetora, onde se acham assestadas as baterias de proteção magnética, para defesa contra as arremetidas dos Espíritos inferiores, o que não deve estranhar porque, como sabemos, a cidade está situada numa esfera espiritual de transição, abrigando espíritos que ainda devem reencarnar.Por fora da muralha estão os campos de cultivo de vegetais destinados à alimentação pública.


A planta da cidade, no entanto, carece de medidas que nos propiciem uma exata compreensão de seu tamanho.Mas podemos imaginar sua magnitude pelas referências que André Luiz nos faz.É uma cidade amplamente disposta, para um milhão de habitantes.O "aeróbus", correndo numa velocidade que não permite fixar os detalhes da paisagem e com paradas de três em três quilômetros, demora quarenta minutos para ir da Praça da Governadoria até o Bosque das Águas, que está localizado na planta



Em síntese, é o que nos mostra o plano piloto da cidade, configurado na planta que nos veio ao conhecimento por intermediação de nossa irmã Heigorina Cunha.
Do livro "CIDADE NO ALÉM"Pelos Espíritos Lúcius e André Luiz,Médiuns: HEIGORINA CUNHA (desenhos da cidade via desdobramento) e FRANCISCO CÂNDIDO XAVIEREditora
: IDE



Observações de André Luiz sobre "NOSSO LAR"
1 - O irmão Lucius fez quanto pôde, a fim de trazer, aos amigos domiciliados no Plano Físico, alguns aspectos de Nosso Lar, a colônia de trabalho e reeducação a que nos vinculamos na Espiritualidade, especialmente o plano piloto que lhe diz respeito.Para isso, encontrou a dedicação da médium Heigorina Cunha, na cidade de Sacramento, em Minas Gerais, no Brasil.
2 - Terá conseguido transmitir, minuciosamente, toda a imagem do vasto contexto residencial a que nos referimos?Decerto que não, mas estamos à frente de uma realização válida pelas formas e idéias básicas que o mencionado amigo alinhou, cuidadosamente, através do intercâmbio espiritual.
3 - Justo lembrar aqui os mapas que Cristóvão Colombo desenhou, por influência de Mentores e Amigos Espirituais, antes de desvelar a figura da América.Semelhantes esboços não continham a realidade total, no entanto, demonstram, até hoje, que o valoroso navegador apresentava a configuração do Novo Continente, em linhas essenciais.


4 - Convém esclarecer que Nosso Lar é uma colônia-cidade, habitada por homens e mulheres, jovens e adultos, que já se desvencilharam do corpo físico.Outras colônias-cidades espirituais, porém, existem, às centenas, em torno da Terra, obedecendo às leis que lhe regem os movimentos de rotação e translação.
5 - Nas colônias-cidades ou colônias-parques que gravitam em torno do Plano Físico, para domicílio transitório das inteligências desencarnadas, é natural que a luta do bem para extinguir o mal ou o desequilíbrio da mente, continue com as características que lhe conhecemos na Crosta da Terra.


ANDRÉ LUIZUberaba, 17 de junho de 1983.( Anotações recebidas pelo médium Francisco Cândido Xavier, em Uberaba, Minas Gerais)

Umbral.

 Segundo o Novo Aurélio – O Dicionário da Língua Portuguesa(1), a palavra umbral foi tomada do espanhol e significa soleira, limiar, entrada, ou seja, a faixa mínima de piso que se acha entre as laterais de uma porta, portão ou passagem, e serve de limite entre um cômodo e outro numa construção.Em 1943, André Luiz, o médico que se tornou conhecido psicografando livros pela mediunidade de Francisco Cândido Xavier, trouxe a público o significado dado à palavra na colônia espiritual “Nosso Lar”, onde passou a viver alguns anos depois de seu desencarne.Em seu livro também chamado Nosso Lar(2), ele conta como ouviu falar do Umbral pela primeira vez, quando o enfermeiro Lísias lhe dava as primeiras informações sobre a colônia e descreveu-o como região onde existe grande perturbação e sofrimento e para a qual a colônia dedicava atenção especial. Vejamos o que diz o enfermeiro:“Quando os recém-chegados das zonas inferiores do Umbral se revelam aptos a receber cooperação fraterna, demoram no Ministério do Auxílio; ...”E mais adiante, acrescenta:“... A não ser em obediência a esse imperativo, o Governador vai semanalmente ao Ministério da Regeneração, que representa a zona de “Nosso Lar” onde há maior número de perturbações, dada a sintonia de muitos dos seus abrigados com os irmãos do Umbral. ...”Não foi sem razão que André Luiz teve seu interesse despertado para essa região chamada Umbral. Sem entender bem do que se tratava, voltou a insistir com Lísias para saber mais detalhes e, no capítulo seguinte, narra novo diálogo com o enfermeiro, em que este lhe deu maiores detalhes desta região do astral, não sem antes perguntar como ele poderia não conhecer o Umbral se havia ficado lá por tantos anos. Vejamos o que diz Lísias:“O Umbral – continuou ele, solícito – começa na crosta terrestre. É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram a atravessar as portas dos deveres sagrados, a fim de cumpri-los, demorando-se no vale da indecisão ou no pântano dos erros numerosos.”Mais adiante, diz também:“... O Umbral funciona, portanto, como região destinada a esgotamento de resíduos mentais; uma espécie de zona purgatorial, onde se queima, a prestações, o material deteriorado das ilusões que a criatura adquiriu por atacado, menosprezando o sublime ensejo de uma existência terrena.”E em outro parágrafo, Lísias complementa:“O Umbral é região de profundo interesse para quem esteja na Terra. Concentra-se aí tudo o que não tem finalidade para a vida superior. ... Representam fileiras de habitantes do Umbral, companheiros imediatos dos homens encarnados, separados deles apenas por leis vibratórias. (grifo nosso)... Lá vivem, agrupam-se, os revoltados de toda espécie. ... Pois o Umbral está repleto de desesperados. Por não encontrarem o Senhor à disposição dos seus caprichos,..., essas criaturas se revelam e demoram em mesquinhas edificações. “Enfim, desde então, a palavra Umbral, escrita com letra maiúscula, como o fez André Luiz no livro Nosso Lar, tomou significado especial, principalmente entre os espíritas, designando a região espiritual imediata ao plano dos encarnados, para onde iriam e onde estariam todos os espíritos endividados, perturbados e desequilibrados depois da vida. Com esta conotação, a palavra difundiu-se muito e transformou-se num quase sinônimo do Inferno e do Purgatório dos católicos, com localização geográfica, tamanho, etc., conceito este que o próprio Allan Kardec, codificador do Espiritismo, já havia desmitificado em suas obras, mais de 80 anos antes, especialmente em O Livro dos Espíritos(3), nas seguintes perguntas:“1011. Um lugar circunscrito no Universo está destinado às penas e aos gozos do Espíritos, segundo o seus méritos?“- Já respondemos a essa pergunta. As penas e os gozos são inerentes ao grau de perfeição do Espírito. Cada um traz em si mesmo o princípio de sua própria felicidade ou infelicidade. (grifo nosso). E como eles estão por toda a parte, nenhum lugar circunscrito ou fechado se destina a uns ou a outros. Quanto aos Espíritos encarnados, são mais ou menos felizes ou infelizes segundo o grau de evolução do mundo que habitam.“1012. De acordo com isso, o Inferno e o Paraíso não existiriam como os homens representam?“- Não são mais do que figuras: os Espíritos felizes e infelizes estão por toda a parte. Entretanto, como já o dissemos também, os Espíritos da mesma ordem se reúnem por simpatia. (grifo nosso). Mas podem reunir-se onde quiserem, quando perfeitos.”Como vemos pelas respostas dos espíritos a Kardec, o Inferno e o Paraíso não passam de estados de espírito, condição moral de sofrimento ou felicidade a que estão sujeitos os espíritos por suas próprias atitudes, pensamentos e sentimentos durante a vida encarnada e depois dela. E é bom lembrar que espíritos somos todos, encarnados e desencarnados, vivendo cada um o seu inferno e o seu paraíso particulares.

O que nos diferencia dos espíritos desencarnados é apenas o fato de estarmos temporariamente presos a um corpo denso de carne. De resto, somos absolutamente iguais a eles, com desejos, opiniões, frustrações, alegrias, defeitos e qualidades.Na verdade, a figura geográfica e espacial do Inferno dos católicos serviu de molde aos espíritas para que melhor visualizassem o que seria o Umbral. Assim como o Inferno da Igreja Católica foi tomado emprestado e adaptado do Inferno dos povos não cristãos (chamados pagãos), para compor os mitos de Inferno e Paraíso. Pelo que dizem os espíritos a Kardec, podemos concluir que cada um de nós traz, em si mesmo, o inferno e o paraído que merece, de acordo com o que pensa, sente e faz durante sua vida espiritual, incluídos aí também os períodos em que nos encontramos encarnados.Se não existe Inferno ou Purgatório, por que haveria de existir o Umbral com localização, medidas, coordenadas, etc.?

Tudo o que existe no plano espiritual é criado pela mente dos espíritos encarnados e desencarnados. Sempre que pensamos, nossa mente dispara um processo pelo qual somos capazes de moldar as energias mais sutis do universo, criando formas que correspondem exatamente àquilo que somos intimamente.

Extremamente apegados ao mundo material, nada mais natural que, mesmo estando fora dele, queiramos tê-lo novamente quando desencarnados. É aí que nossa mente entra em ação, criando tudo o que desejamos ardentemente. E várias mentes, desejando a mesma coisa juntas, têm muito mais força para criar.

A grande diferença é que, no mundo físico, podemos embelezar artificialmente o nosso ambiente e a nossa aparência, enquanto que no plano astral isso não é possível, pois lá todos os nossos defeitos, mazelas, falhas, paixões, manias e vícios ficam expostos em nossa aura, exibindo claramente quem somos como consciências e, não, como personalidades encarnadas.

No Umbral, tudo o que está fora de nós é consequência do que está dentro. Tudo o que existe em nosso mundo pessoal e nos acontece é reflexo do que trazemos na consciência. Assim, o Umbral nada mais é que uma faixa de frequência vibratória a que se ligam os espíritos desequilibrados, cujos interesses, desejos, pensamentos e sentimentos se afinizam. É uma “região” energética onde os afins se encontram e vivem, onde podem dar vazão aos seus instintos, onde convivem com o que lhes é característico, para que um dia, cansados de tanto insistirem contra o fluxo de amor e luz do universo, entreguem-se aos espíritos em missão de resgate, que estão sempre por lá em trabalhos de assistência.Alguns autores descrevem o Umbral como uma sequência de anéis que envolvem e interpenetram o planeta Terra, indo desde o seu núcleo de magma até várias camadas para fora de seus limites físicos. O que acontece é que os espíritos se reúnem obedecendo, apenas e unicamente, à sintonia entre si e acabam formando anéis energéticos em torno do planeta, ou melhor, em torno da humanidade terrena, pois ela é parte da humanidade espiritual que o habita e é também o foco de atenção de todos os desencarnados ligados a ele.

As camadas descritas em alguns livros são mais um recurso didático para facilitar o entendimento e o estudo do mundo espiritual, pois não há limites precisos entre elas, assim como não há divisas exatas entre um bairro e outro de uma mesma cidade, ainda que eles sejam de classes sociais bem diferentes.

É exatamente o que nos diz Lancellin, em seu livro Iniciação - Viagem Astral(4), pela psicografia de João Nunes Maia:“As pessoas, como os espíritos desencarnados, se reúnem por simpatia, por atração daquilo que pensam e sentem, pois se sentem felizes por estarem com os seus iguais, tanto na Terra como no mundo espiritual.”Esse mesmo mecanismo de sintonia é o que cria regiões “especializadas” no Umbral, como o Vale dos Suicidas, descrito por Camilo Castelo Branco, pela psicografia de Yvonne A. Pereira, em seu livro Memórias de um Suicida(5). Espíritos com experiências de suicídio, vivendo os mesmos dramas, sofrimentos, dificuldades, agrupam-se por pura afinidade e formam regiões vibratórias específicas.Assim também acontece com faixas energéticas ligadas às drogas, ao aborto, aos distúrbios psíquicos, às guerras, aos desequilíbrios sexuais, etc. Em seu livro Driblando a Dor(6), pela psicografia de Irene Pacheco Machado, o espírito Luiz Sérgio, jovem desencarnado em acidente de automóvel na década de 70, conta o trabalho de sua equipe junto a grupos de drogados e traficantes.Em outro de seus livros, Deixe-me Viver(7), pela psicografia da mesma médium, ele fala mais especificamente da situação dos espíritos abortados e aborteiros, vivendo lado a lado na faixa vibratória de seus atos.

No livro O Abismo(8), de R. A. Ranieri, orientado por André Luiz, vamos encontrar uma descrição dramática dos espíritos que vivem ligados ao subsolo do planeta, em condições terríveis de degradação moral e perispiritual.

O Prof. Wagner Borges, pesquisador de projeção astral e fundador do IPPB – Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas, também nos traz diversos relatos e psicografias importantes sobre o assunto. Em seu livro Viagem Espiritual(9), em duas mensagens orientadas pelo espírito Rama, ele descreve imagens do Umbral, vistas pelos olhos de um padre desencarnado dedicado a ajudar e resgatar espíritos que vivem ali.

No livro O Céu e o Inferno(10), de Allan Kardec, encontramos também diversos relatos de espíritos desencarnados que se apresentam pela psicofonia e descrevem as condições em que se encontram no mundo espiritual. Ali, além do relato de vários espíritos perturbados, vamos também encontrar relatos de espíritos relativamente felizes, alguns apenas algumas horas após o seu desencarne, demonstrando que céu e inferno são condições espirituais íntimas, alcançadas por merecimento, que acompanham o espírito onde quer que ele esteja e se mantêm e intensificam pela sintonia com outros espíritos nas mesmas condições.

Apesar de toda perturbação e desequilíbrio dos espíritos que vivem no Umbral, não devemos nos iludir. Existe muita disciplina, organização e hierarquia nos ambientes umbralinos. É o que nos mostra, por exemplo, o espírito Ângelo Inácio, pela psicografia de Robson Pinheiro, em seu livro Tambores de Angola(11), e o espírito Nora, pela psicografia de Emanuel Cristiano, em seu livro Aconteceu na Casa Espírita(12).Vemos ali o quanto esses espíritos podem ser inteligentes, organizados, determinados e displinados em suas práticas negativas, criando instituições, métodos, exércitos e até cidades inteiras para servir aos seus propósitos.É preciso que compreendamos que todos nós já estamos vivemos numa dessas “camadas” de Umbral que envolvem a Terra e que todos nós criamos o nosso próprio Umbral particular sempre que contrariamos as leis divinas universais, as quais podem ser resumidas numa única expressão: amor incondicional.Em seu segundo livro, Os Mensageiros(13), André Luiz conta a história de vários moradores de “Nosso Lar” que passaram pelas “zonas inferiores”. Todos eles saíram da colônia cheios de esperanças, de amigos, de auxílio e orientação. Eram, portanto, espíritos relativamente esclarecidos, amparados, iluminados. Muitos deles passaram anos na colônia estudando antes de reencarnar com missões definidas na mediunidade. No entanto, mesmo assim, vários eles se deixaram levar por seu lado ainda imperfeito e falharam novamente. Todos voltaram para “Nosso Lar” depois de desencarnados, mas não sem antes passar pelo Umbral, para drenar energias negativas acumuladas numa encarnação de descaso e irresponsabilidade com a própria consciência e a de outros.Isso é necessário para o bem do próprio espírito, a fim de que ele possa se livrar de energias espirituais altamente tóxicas que desequilibram e bloqueiam sua mente para energias mais sutis e saudáveis, e também perturbariam os ambientes mais equilibrados, como o de colônias como “Nosso Lar”, caso fossem levados para lá nesse estado.É importante notar que não se trata de punição ou banimento, mas de tratamento justo, necessário e amoroso. Sim, o Umbral é criação de amor e justiça divinos, onde espíritos desviados e profundamente desequilibrados encontram um meio onde conseguem viver e, ao mesmo tempo, aprender, enquanto se recuperam.Muitos perguntam se não é pior o espírito ficar tanto tempo convivendo com tantas energias negativas semelhantes às suas próprias, agravando e intensificando seu próprio desequilíbrio. No entanto, não podemos nos esquecer que, muitas vezes, os espíritos desencarnam em tal estado de alheamento e perturbação, que não resta outro recurso a não ser deixar que a natureza siga seu curso e faça o trabalho necessário de depuração, colocando-os com seus semelhantes para que, juntos, filtrem, uns dos outros, as energias que os envenenam, e para que, observando as atitudes uns dos outros, possam compreender onde erraram e queiram reiniciar o processo de melhoria interior.Mas o Umbral não é um mundo só de desencarnados. Muitos projetores conscientes (pessoas encarnadas que fazem projeções astrais conscientes), narram passagens por regiões escuras e densas, semelhantes às descrições de André Luiz em Nosso Lar.

Todos os encarnados desprendem-se do corpo físico durante o sono e circulam pelo mundo espiritual. Esse é um fenômeno absolutamente natural e inerente a todo espírito encarnado. Uma grande parte continua a dormir em espírito, logo acima de onde está descansando o corpo físico. Outros limitam-se a passear inconscientes pelo próprio quarto ou casa, repetindo, mecanicamente, o que fazem todos os dias durante a vigília. E há os que saem de casa e vão além.Dentre estes, uma pequena parte procura manter uma conduta ética elevada, 24h por dia, tentando sempre melhorar-se como pessoa, buscando sempre ajudar e crescer, e, muitas vezes, é levada ao Umbral em missão de resgate ou assistência, trabalhando com espíritos mais preparados, doando suas energias pelo bem de outros espíritos, como também informa Wagner Borges, em seu livro Viagem Espiritual II(14), dizendo:“O sono dá ao espírito encarnado a oportunidade do desprendimento temporário do seu envoltório carnal. E nisto reside a sua grande chance de se sentir útil perante a vida, pois, fora do corpo, ele é levado por seus amigos espirituais às pessoas necessitadas, físicas e extrafísicas, onde a sua energia conciencial é de grande ajuda.“Mediante processos específicos de transmissão de energia, os amparadores extrafísicos usam o projetor como doador de energia para a pessoa enferma (na maioria das vezes já desencarnada e sem se aperceber disso).”Mas há um grande número dos que conseguem sair de seu próprio lar durante o sono e vão para o Umbral por afinidade, em busca daquilo que tinham em mente no momento em que adormeceram, ou obedecendo a instintos e desejos inferiores que, embora muitas vezes não estejam explícitos na vigília, estão bem vivos em sua mente e surgem com toda força quando projetados. Essas pessoas, muitas vezes, acabam sendo vítimas de espíritos profundamente perturbados ligados ao Umbral, que as vampirizam e manipulam, em alguns casos chegando até a interferir em sua vida física, criando problemas familiares, doenças, perturbações psicológicas, dificuldades profissionais e financeiras, etc.Esse é o caso da jovem viciada Joana, narrado no livro O Transe(15), também da dupla Ângelo Inácio e Robson Pinheiro. É também o que acontece com Erasmino, no livro Tambores de Angola.Vemos, assim, que o Umbral, de que falam André Luiz e tantos outros autores encarnados e desencarnados, está mais próximo de nós, encarnados, do que muitos de nós imaginam. E, o que é mais importante, somos nós mesmos que ajudamos a manter esse mundo denso com nossos pensamentos e sentimentos menos elevados. Somos nós que damos aos espíritos perturbados, que se encontram ligados a essa faixa vibratória, grande parte da matéria-prima de que se valem para sutentar seu mundo de trevas e sofrimento.

O Umbral está em todo lugar e em lugar nenhum, pois está dentro de quem o cria para si mesmo e acompanha o seu criador para onde quer que ele vá. Toda vez que nos deixamos levar por impulsos de raiva, agressividade, ganância, inveja, ciúmes, egoísmo, orgulho, arrogância, preguiça, estamos acessando uma faixa mais densa desse Umbral. Toda vez que julgamos, criticamos ou condenamos os outros, estamos nos revestindo energeticamente de emanações típicas do Umbral. Toda vez que desejamos o mal de alguém, que nos deprimimos, que nos revoltamos ou entristecemos, criamos um portal automático de comunicação com o Umbral. Toda vez que nos entregamos aos vícios, à exploração dos outros, aos desejos de vingança, aos preconceitos, criamos ligações com mentes que vibram na mesma faixa doentia e estão sintonizadas com o Umbral.

O Umbral só existe, porque nós mesmos o criamos, e só continuará existindo enquanto nós mesmos insistirmos em mantê-lo com nossos desequilíbrios.É por essa razão que Jesus nos aconselha a vigiar e orar, indicando que, para termos paz de espírito e equilíbrio, é necessário estarmos sempre atentos aos próprios impulsos e ligados a mentes iluminadas que possam nos inspirar sentimentos e pensamentos elevados.

O Umbral é nosso também, faz parte do nosso mundo, e não podemos renegá-lo ou simplesmente ignorá-lo. Assim como não podemos também fingir que não temos nada a ver com ele. Lá estão também algumas de nossas próprias criações mentais, de nossos sentimentos inferiores, de nossos pensamentos mais densos. E lá vivem espíritos divinos como nós, temporariamente desviados do caminho de luz em que foram colocados por Deus.Por isso é importante que não vejamos o Umbral como um lugar a ser evitado ou uma idéia a não ser comentada, mas como desequilíbrio espiritual temporário de espíritos como nós, que, muitas vezes, só precisam de um pouco de atenção e orientação para se recuperarem e voltarem ao curso sadio de suas vidas.

É comum encontrarmos médiuns e doutrinadores que têm medo ou aversão ao trabalho com espíritos do Umbral, evitando atendê-los, ignorando-os friamente, ou tratando-os como criminosos sem salvação, que não merecem qualquer compaixão ou respeito. Estas pessoas esquecem-se de um dos preceitos básicos da espiritualidade: a caridade.

É preciso estender a mão espiritual a estas entidades para que possam sair dessa sintonia e possam também colaborar com o trabalho gigantesco de resgate há ser feito nas regiões umbralinas. Além de retirar espíritos dessa sintonia, os trabalhos de desobsessão e orientação a desencarnados de grupos mediúnicos bem orientados, equilibrados, livres de preconceitos, prestam um grande serviço à própria humanidade terrena, na medida em que recuperam muitos obsessores e assediadores que lá vivem e se ocupam de perseguir espíritos encarnados.Independentemente disso, todos nós podemos contribuir individualmente para a melhoria de toda a humanidade, encarnada e desencarnada, inclusive do Umbral, emitindo pensamentos de luz, amor, paz e harmonia por todo o planeta e tudo o que nele existe. Da mesma forma que contribuímos para a existência do Umbral, podemos contribuir para reduzir o sofrimento que existe nele, bem como a influência negativa que o mesmo exerce sobre os encarnados.Os habitantes do Umbral não são nossos inimigos, mas espíritos que precisam de compreensão e ajuda. Não são irrecuperáveis, mas perderam o rumo do crescimento espiritual. Não estão abandonados por Deus, mas não sabem disso e desistem de procurar orientação. Não são diferentes de nós, mas tão semelhantes, que vivem lado a lado conosco, todos os dias, observando nossos atos, analisando nossos pensamentos, vigiando nossos sentimentos, prestando atenção às nossas atitudes. E, se não queremos ir ao Umbral por afinidade, que nos ocupemos de nos tornarmos seres humanos melhores, mais dignos, mais éticos, 24h por dia. Desse modo, nossa passagem pelo Umbral será sempre na condição de quem leva ajuda sem medo, sem preconceito e sem sofrimento, e não de quem precisa de ajuda para superar seus próprios medos, preconceitos e dores.

(Maísa Intelisano em artigo para a edição no. 16, ano 2, da revista Espiritismo e Ciência, da Editora Mythos)

Notas: Bibliografia citada:1. Novo Aurélio – O Dicionário Eletrônico da Língua Portuguesa – Lexikon Informática e Editora Nova Fronteira2. Nosso Lar – Francisco Cândido Xavier (médium) e André Luiz (espírito) – FEB3. O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – LAKE4. Viagem Astral – Iniciação ¬– João Nunes Maia (médium) e Lancellin (espírito) – Fonte Viva5. Memórias de um Suicida – Yvonne A. Pereira (médium) e Camilo Castelo Branco (espírito) – FEB6. Driblando a Dor – Irene Pacheco Machado (médium) e Luiz Sérgio (espírito) – Recanto7. Deixe-me Viver – Irene Pacheco Machado (médium) e Luiz Sérgio (espírito) – Recanto8. O Abismo – R. A. Ranieri (médium) – orientação de André Luiz (espírito) – Fraternidade9. Viagem Espiritual – Wagner Borges (médium e projetor) – Yogananda, Rama, Ramatis e Aïvanhov (espíritos) – Universalista10. O Céu e o Inferno – Allan Kardec – LAKE11. Tambores de Angola – Robson Pinheiro (médium) e Ângelo Inácio (espírito) – Casa dos Espíritos12. Aconteceu na Casa Espírita – Emanuel Cristiano (médium) e Nora (espírito) – CEAK13. Os Mensageiros – Francisco Cândido Xavier (médium) e André Luiz (espírito) – FEB14. Viagem Espiritual II – Wagner Borges (médium e projetor) e autores diversos (espíritos) – Universalista15. O Transe - Robson Pinheiro (médium) e Ângelo Inácio (espírito) – Casa dos EspíritosBibliografia complementar sugerida:1. Pérolas do Além – Francisco Cândido Xavier (médium) e Emmanuel (espírito) – FEB2. Obreiros da Vida Eterna – Francisco Cândido Xavier (médium) e Emmanuel (espírito) – FEB3. Mãos Estendidas – Irene Pachedo Machado (médium) e Luiz Sérgio (espírito) - Recanto4. Além da Matéria – Robson Pinheiro (médium) e Joseph Gleber (espírito) – Casa dos Espíritos5. O que Encontrei do Outro Lado da Vida – Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho (médium) – espíritos diversos – Petit6. Diálogo com as Sombras – Hermínio C. Miranda – FEB7. Histórias que os Espíritos Contaram – Hermínio C. Miranda – LEAL8. O Guardião da Meia-Noite - Rubens Sarraceni (médium) e Pai Benedito de Aruanda (espírito) MadrasIndicação de sites correlatos:http://www.espirito.org.br/portal/publicacoes/esp-ciencia/003/umbral.html http://www.guia.heu.nom.br/umbral.htm http://www.pedroozorio.com.br/espirita/o_umbral.htm http://www.consciesp.org.br/?pg=sos_regresso http://www.pedroozorio.com.br/espirita/cidades_do_alem.htm http://www.livroluz.com.br/msg/vidanotur.htm http://www.portaluz.com.br/padrao_RESUMO_21.htm http://www.celd.org.br/arquivos/p260201.dochttp://www.mkow.hpg.ig.com.br/suicidio.htm