24 de out. de 2013

Informativo: Outubro

“Estudo, disciplina, trabalho e
amor ao próximo”



INFORMATIVO


Boletim informativo do Grupo Espírita Caminho de Damasco – Ano XV nº177, outubro de 2013.


Editorial

O Informativo GECAD mês de outubro, mês que comemoramos o nascimento do Codificador Allan Kardec, prestamos homenagem ao missionário da terceira revelação, trazendo um pequeno artigo sobre o seu trabalho, intitulado “Codificação Espírita”.
O presente número do informativo conta também com os artigos: “Limpeza”, “Sinal Espírita” e “A melhor higiene mental”, para sua leitura e reflexão.
Parabenizamos igualmente a todos os discípulos do Codificador pela continuidade de sua tarefa de romper os véus que encobriam a realidade espiritual.
Muita Paz.





CODIFICAÇÃO ESPÍRITA

Para a orientação dos seguidores do Espiritismo, Allan Kardec editou cinco livros básicos, conhecidos como Pentateuco Kardequiano. São eles: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese. Neles, reuniu os ensinamentos da Espiritualidade superior, analisando-os e codificando-os, de forma a ficarem claros e interessantes.

O Livro dos Espíritos (1857): É uma obra de caráter filosófico, que procura explicar de forma racional o porquê da vida. Divide-se em quatro tópicos: “As causas primárias”; “Mundo espírita ou dos Espíritos”; “As leis morais”; e “Esperanças e consolações”. É tido como a espinha dorsal do Espiritismo, pois todas as outras obras partem de seus princípios.
O Livro dos Médiuns (1861): Orienta a conduta prática das pessoas que exercem a função de intermediar o mundo espiritual com o material. Mostra aos médiuns os inconvenientes da mediunidade, suas virtudes e os perigos provindos de uma faculdade descontrolada. Ensina a forma de se obter contatos proveitosos e edificantes junto à Espiritualidade. A obra demonstra ainda as consequências morais e filosóficas decorrentes das relações entre o invisível e o visível.
O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864): Trata-se da parte moral e religiosa da Doutrina Espírita. Ensina a teoria e a prática do Cristianismo, através de comentários sobre as principais passagens da vida de Jesus, feitos por Allan Kardec e pelos Espíritos superiores. Mostra que as parábolas existentes no Evangelho, que aos olhos humanos parecem fantasias, na verdade exprimem o mais profundo código de conduta moral de que se tem notícia.
O Céu e o Inferno (1865): Neste livro, através da evocação dos Espíritos, Allan Kardec apresenta a verdadeira face do desejado “céu”, do temido “inferno”, como também do chamado “purgatório”. Põe fim às penas eternas, demonstrando que tudo no Universo evolui e que as teorias sobre o sofrimento no fogo do inferno nada mais são do que uma ilusão. Comunicações de Espíritos desencarnados, de cultura e hábitos diversos, são analisadas e comentadas pelo Codificador, mostrando a situação de felicidade, de arrependimento ou sofrimento dos que habitam o mundo espiritual.
A Gênese (1868): Este livro é um estudo a respeito de como foi criado o mundo, como apareceram as criaturas e como é o Universo em suas faces material e espiritual. É a parte científica da Doutrina Espírita. Explica a Criação, colocando Ciência e Religião face a face. A Gênesis bíblica é estudada e vista como uma realidade científica, disfarçada por alegorias e lendas.
Os sete dias narrados nas Escrituras Sagradas são mostrados como o tempo que o Criador teria gasto com a formação do Universo e da Terra; eras geológicas, que seguem a ordem cronológica comprovada pela Ciência em suas pesquisas.
Os “milagres”, realizados por Jesus, são explicados como sendo produto da modificação dos elementos da natureza, sob a ação de sua poderosa mediunidade.





LIMPEZA

Onde o bem se mostre por edificação do bem de todos, a limpeza comparece na base de todos os serviços.
A fim de que produza, com segurança, a gleba aguarda o concurso da enxada contra o crescimento da erva daninha.
O laboratório reclama instrumentos esterilizados para que o remédio alcance os fins a que se destina.
O lar espera faxina diária, na preservação da saúde dos moradores.
O livro, verdadeiramente nobre, demanda rigorosa triagem para que se lhe evite, no texto, o prejuízo dos termos chulos.
Nas providências mais simples da vida, surpreendemos semelhante necessidade. Alimento sadio requisita seleção de produtos.
Água, para servir, quer filtragem. Vias públicas solicitam esgotos.
Nas mesmas circunstâncias, diante das posições desagradáveis da alma, que, de fato, equivalem a perturbações e moléstias obscuras da mente, é necessário saibamos usar a lixívia da paciência, aclarando raciocínio e renovando emoções, definindo atitudes e policiando palavras, na certeza de que toda cura espiritual exige a limpeza do pensamento.





SINAL ESPÍRITA

Quando a pessoa entrou no Espiritismo, é fácil verificar: basta perquirir um fichário ou escutar uma indicação. Entretanto, a fim de positivar se o Espiritismo entrou na pessoa, é indispensável que a própria criatura faça menção disso, através de manifestações evidentes.
Vejamos dez das inequívocas expressões do sinal espírita na individualidade, que sempre se representa pelo designativo "mais", nos domínios do bem:
mais serviço espontâneo e desinteressado aos semelhantes;
mais empenho no estudo;
mais noção de responsabilidade;
mais zelo na obrigação;
mais respeito pelos problemas dos outros;
mais devotamento à verdade;
mais cultivo de compaixão;
mais equilíbrio nas atitudes;
mais brandura na conversa;
mais exercício de paciência.
Ser espírita de nome, perante o mundo, decerto que já significa trazer legenda honrosa e encorajadora na personalidade, mas, para que a criatura seja espírita, à frente dos Bons Espíritos, é necessário apresentar o sinal espírita da renovação interior, que, ante a Vida Maior, tem a importância que se confere na Terra às prerrogativas de um passaporte ou ao valor de uma certidão.




A melhor higiene mental


Quando falamos de higiene mental, costumamos imaginar um ambiente calmo, quase idílico, onde poderemos relaxar e nos harmonizar com a vibração do Criador, ouvindo o canto dos pássaros e melodias sublimes. Mas eu pergunto: isso é possível nos dias de hoje? A resposta é, quase sempre, não. Dificilmente podemos nos dar a esse luxo nos dias atuais, ainda mais nós jovens, obrigados a dar conta de diversas coisas ao mesmo tempo (trabalho, estudo, família etc.). Chego mesmo a dizer que a situação acima descrita é inverossímil hoje: para que você, leitor, tenha uma ideia, estou escrevendo este texto imerso em uma série de preocupações, problemas e tarefas das quais tenho de dar conta, o que me leva a um estudo psicológico que, definitivamente, não é de higiene mental. Assim como acontece comigo, o estresse toma conta da cabeça de milhões de pessoas mundo afora, numa condição que é inerente à vida contemporânea, nas metrópoles cada vez mais congestionadas em que vivemos.

O grande desafio está, sem dúvida, em conseguirmos um estado mental satisfatório no meio de todo esse caos. Para tanto, a busca por nos higienizarmos mentalmente deve ser constante. Mas por onde começar: primeiro, elencando as prioridades nas quais você quer colocar a sua mente para trabalhar. Afinal, tentar cuidar de tudo ao mesmo tempo tende a gerar um curto-cicuito psicológico, uma vez que tal condição não é do ser humano. Fomos feitos para resolver nossas questões uma de cada vez, e atuar dessa maneira nos leva a uma sensação de bem-estar, uma vez que só começamos a resolver um problema depois que o anterior foi solucionado.

Outro ponto importante está em, aconteça o que acontecer, criarmos um tempo na agenda para nós mesmos. Isto não tem nada a ver com egoísmo; tem a ver, sim, com a reserva necessária de um momento só nosso, para desfrutarmos minimamente de algum prazer. E não é preciso ser rico para fazer isso: aquele sorvete predileto do qual tanto gostamos, ou aquele disco da nossa banda favorita que estamos namorando há tanto tempo, já servem. A vida é feita de pequenos momentos, e se não adicionarmos prazer, bom humor e alegria a eles, os antidepressivos estarão nos esperando, mais cedo ou mais tarde; digo isso por experiência própria. A melhor higiene mental é aquela que não nos isola do mundo, e sim nos preserva daquilo que ele tem de estressante e daninho. Algo que nos remete àquela famosa expressão de Paulo de Tarso, o Apóstolo dos Gentios; ”estar no mundo sem ser do mundo”.


"I" Até a próxima!

22 de out. de 2013

Vinte Serviços que o Espiritismo faz por Você



01 Integra você no conhecimento de sua posição e criatura eterna e responsável, diante da vida.

02 Expõe o sentido real das lições do Cristo e de todos os outros mentores espirituais da Humanidade, nas diversas regiões do Planeta.

03 Suprime-lhe as preocupações originárias do medo da morte provando que ela não existe.

04 Revela-lhe o princípio da reencarnação, determinando o porquê da dor e das aparentes desigualdades sociais.

05 Confere-lhe forças para suportar as maiores vicissitudes do corpo, mostrando a você que no instrumento físico nos reflete as condições ou necessidades do espírito.

06 Tranqüiliza você com respeito aos desajustes da parentela, esclarecendo que o lar recebe não somente os afetos, mas também os desafetos de existências passadas, para a necessária regeneração.

07 Demonstra-lhe que o seu principal templo para o culto da Presença Divina é a consciência.

08 Liberta-lhe a mente de todos os tabus em matéria de crença religiosa.

09 Elimina a maior parte das suas preocupações acerca do futuro além da morte.

10 Dá-lhe o conforto do intercâmbio com os entes queridos, depois de desencarnados.

11 Entrega-lhe o conhecimento da mediunidade.

12 Traça-lhe providências para o combate ou para a cura da obsessão.

13 Concede-lhe o direito à fé raciocinada.

14 Destaca-lhe o imperativo da caridade por dever.

15 Auxilia você a revisar e revalorizar os conceitos de trabalho e tempo.

16 Concede-lhe a certeza natural de que, se beneficiamos ou prejudicamos alguém, estamos beneficiando ou prejudicando a nós próprios.

17 Garante-lhe serenidade e paz diante da calúnia ou da crítica.

18 Ensina você a considerar adversários por instrutores.

19 Explica-lhe que, por maiores sejam as suas dificuldades exteriores, intimamente você é livre para melhorar ou agravar a própria situação.

20 Patenteia-lhe que a fé ilumina o caminho, mas ninguém fugirá da lei que manda atribuir a cada qual segundo as obras pessoais.


Essas são vinte das muitas bênçãos que o Espiritismo realiza em nosso favor. Será curioso que cada de nós pergunte a si mesmo o que estamos nós a fazer por ele.



Autor: André Luiz
Psicografia de Waldo Vieira, em 22-10-65, em Uberaba, Minas Gerais

Na Hora do Silêncio



Quando te encontrares em qualquer dificuldade emocional, recorda o silêncio como instrumento divino de construção e paz.

Confuso, ele te ajudará a encontrar soluções adequadas.

Indeciso, ele te ajudará a fortalecer a idéia de maior equilíbrio.

Desacreditado, ele te ajudará a reconhecer que o mais importante é acreditares em ti mesmo.

Perseguido, ele te ajudará a compreender os perseguidores.

Injuriado, ele te ajudará a continuar apesar dos espinhos.

Vencido, ele te ajudará no refazimento de tuas forças.

Revoltado, ele te ajudará a entender o valor da resignação no processo de auto-aperfeiçoamento.

Ressentido, ele te ajudará a lutar contra o melindre.

Injustiçado, ele te ajudará a perceber que o perdão rompe a cadeia do mal.

Incompreendido, ele te ajudará a sustentar a paciência.

Toda vez que te sentires em dificuldades emocionais, pensa um pouco mais antes de qualquer atitude impetuosa e recorda que, diante de Pilatos, o silêncio de Jesus representou, para sempre, a vitória do bem imperecível sobre a incompreensão transitória.



Autor: André Luiz
Psicografia de Antônio Baduy Filho

Perante o Sexo



Nunca escarneça do sexo, porque o sexo é manancial de criação divina, que não pode se responsabilizar pelos abusos daqueles que o deslustram.

Psicologicamente, cada pessoa conserva, em matéria de sexo, problemática diferente.

Em qualquer área do sexo, reflita antes de se comprometer, de vez que a palavra empenhada gera vínculos no espírito.

Não tente padronizar as necessidades afetivas dos outros por suas necessidades afetivas, porquanto o amor seja luz uniforme e sublime em todos, o entendimento e posição do amor se graduam de mil modos na senda evolutiva.

Use a consciência, sempre que se decidir ao emprego de suas faculdades genésicas, imunizando-se contra os males da culpa.

Em toda comunicação afetiva, recorde a regra áurea: "não faça a outrem o que não deseja que outrem lhe faça".


O trabalho digno que lhe assegure a própria subsistência é sólida garantia contra a prostituição.


Não arme ciladas para ninguém, notadamente nos caminhos do afeto, porque você se precipitará dentro delas.


Não queira a sua felicidade ao preço do alheio infortúnio, porque todo desequilíbrio da afeição desvairada será corrigida, à custa da afeição torturada, através da reencarnação.


Se alguém errou na experiência sexual, consulte o próprio íntimo e verifique se você não teria incorrido no mesmo erro se tivesse oportunidade.

Não julgue os supostos desajustamentos ou as falhas reconhecidas do sexo e sim respeite as manifestações sexuais do próximo, tanto quanto você pede respeito para aquelas que lhe caracterizam a existência, considerando que a comunhão sexual é sempre assunto íntimo entre duas pessoas, e, vendo duas pessoas unidas, você nunca pode afirmar com certeza o que fazem; e, se a denúncia quanto à vida sexual de alguém é formulada por parceiro ou parceira desse alguém, é possível que o denunciante seja mais culpado quanto aos erros havidos, de vez que, para saber tanto acerca da pessoa apontada ao escárnio público, terá compartilhado das mesmas experiências.


Em todos os desafios e problemas do sexo, cultive a misericórdia para com os outros, recordando que, nos domínios do apoio pela compreensão, se hoje é seu dia de dar, é possível que amanhã seja o seu dia de receber.



Autor: André Luiz
Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Do livro: Sinal Verde

Decálogo do Aperfeiçoamento




1. Diminua as próprias necessidades e aumente as suas concessões.

2. Intensifique o seu trabalho e reduza as quotas de tempo inaproveitado.

3. Eleve as idéias e reprima os impulsos.

4. Liberte o "homem do presente", na direção de Jesus e aprisione o "homem do passado" que ainda vive em você.

5. Vigie os seus gestos, entendendo os gestos alheios.

6. Persevere no estudo nobre, reconhecendo na vida a escola sagrada de nossa ascensão para Deus.

7. Julgue a você mesmo e desculpe indistintamente.

8. Fale com humildade, ouvindo com atenção.

9. Medite realizando e ore servindo.

10. Confie no Amor do Eterno e renda culto diário às obrigações em que Ele mesmo nos citou.




Autor: André Luiz
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

Meu Coração é uma Estrela



"O lírio que floresce no lodo é uma estrela de Deus que brilhando no charco, jamais se contamina."




Meu coração é uma estrela, e eu fui criado para o bem e para a luz!...


Não fui criado para o mal, nem para a corrupção.


Não recebi uma alma para transfigurá-la em espectro do lodo.


Não fui feito para o vício e a degradação.


Meu corpo é santuário sagrado criado para a exteriorização do amor e da luz.


Meus sentimentos são pérolas que não devo dividir com a imundície.


Meu pensamento é matéria sutil que devo dirigir para as criações superiores.


Minha vontade é alavanca que deseja meu Deus me projete no rumo da paz e da glória.


Situou-me Ele no mundo para que eu me livre do animal que ainda sou e não que o perpetue em mim.


Preparou-me Ele o espírito para a perfeição da angelitude e não para a degradação infamante da forma.


Soprou-me na mente o progresso e não o gelo da estagnação.


Portanto, estou no mundo em aprendizado e não em escravidão; em busca da luz e não das trevas; forjando a sublimação e não o retrocesso.


Situa-me, Senhor, dentro desta verdade, e me ampara os caminhos para que eu não ceda às tentações do mundo.


Que eu sirva quanto esteja em mim servir; que eu ame quanto possa; que estenda as mãos e ampare sempre; que esteja próximo quando necessitado; que eu caminhe distribuindo o melhor de mim; que possam contar comigo todos os irmãos do mundo, mas te peço Pai:


não permite que eu me iluda, me vicie e me perca nele, por ingenuidade ou invigilância, e assim, cego, equivocadamente substitua valores e me afaste de Ti, cada vez mais, para meu próprio prejuízo e infelicidade!...


Assim seja!


Autor: André Luiz
Psicografia de Chico Xavier

Espiritismo e você



Se, perante as dificuldades naturais que a vida lhe apresenta, como imperativo da evolução, você ainda:

irrita-se com facilidade;

desespera-se nos momentos de provação;

encoleriza-se com freqüência;

não reprime a palavra descaridosa;

responde com aspereza;

age com agressividade;

não sustenta a harmonia do ninho doméstico;

anuncia-se como arauto do pessimismo;

mostra-se como tropeço na realização das boas obras;

revolta-se contra a Vontade Divina, quando contrariado em suas aspirações;

em verdade, embora você esteja participando ativamente do Espiritismo, assoberbado em tarefas e estudos, direção e assistência, é justo reconhecer que, nessas condições, o Espiritismo ainda não participa de você.





Autor: André Luiz
Psicografia de Chico Xavier

Caridade do Tempo



Amplia-se na vida, segundo as nossas necessidades, o tema sempre novo da caridade.

Ninguém calcula a importância do pão que socorre o faminto, nem o valor do remédio que alivia o doente.

Outras expressões de beneficência, contudo, vão surgindo imperiosas.

Uma delas, que raramente refletimos, baseia-se na dádiva das horas – caridade do tempo, ao alcance de todos.

Não há criatura impedida de exercê-la. Em qualquer clima social, semelhante cooperação é fundamento do bem.

Um dia de trabalho gratuito no levantamento das boas obras. . .

Uma semana tomada às férias para concurso desinteressado às instituições que reúnem doentes menos felizes. . .

Um horário de serviço puramente fraterno na esfera profissional para os que nos reclamam a experiência. . .

Um momento de tolerância e respeito para os que se extraviam na cólera. . .

Um minuto a mais de atenção para a conversa de alguém que ainda ignora o processo de resumir. . .

Uma hora para a visita espontânea ou solicitada em que sejamos úteis. . .

Todos podemos calar para que outros falem, extrair alguns instantes dos apertos do dia a dia para atividades edificantes, empregar retalhos de repouso no estudo para conseguir esclarecer ou ensinar, suprimir um passeio ou uma distração para a felicidade de servir. . .

Não nos esqueçamos de articular oportunidades em auxílio de outrem.

Caridade do tempo, fonte de amor e luz. É com ela e por ela que a própria Sabedoria Divina nos ampara e nos reergue, corrige e aprimora, usando paciência infinita conosco, através das reencarnações.


Autor: André Luiz
Psicografia de Waldo Vieira

Programa de Paz



Cumprir o próprio dever. Ninguém tranquiliza ninguém, sem trazer a consciência tranquila  Usar boas palavras e bons modos.

Qualquer viajante da estrada sabe afastar-se do pé de laranja azeda. Desconhecer ofensas.

A vida não constrange criatura alguma a passar recibo numa serpente para atormentar-se com ela. Auxiliar indistintamente.

Se a fonte escolhesse os elementos a que prestar benefício, decerto que a Terra seria, francamente, um planeta inabitável.

Não censurar.

A crítica nos traça a obrigação de fazer melhor do que aqueles que nós reprovamos.

Abençoar sempre.

Qualquer trato de solo agradece o adubo que se lhe dê. Jamais vingar-se. Pessoa alguma consegue ajudar a um doente, fazendo-se mais doente ainda.

Amar os inimigos.

A obra-prima de escultura nasce no sonho do artista que a concebe, mas não dispensa o concurso do buril que lhe dá forma.

Não se lastimar por fracasso do caminho.

O Sol, em cada hemisfério do mundo, começa a trabalhar de novo diariamente.

Saber cooperar, a fim de receber cooperação.

O próprio Cristo não consegue sozinho realizar a obra de redenção da Humanidade e, em iniciando o seu apostolado na Terra, procurou doze companheiros que lhe serviram de base à divina missão.



Autor: André Luiz
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

17 de out. de 2013

Um erro atrás do outro




A discussão sobre o aborto no País voltou à tona no último mês, não só quando abordado em cena da novela Amor à Vida, que foi ao ar recentemente, conforme tratamos nas páginas 2 e 3 desta edição, mas também em programas como o Na Moral, que tem na liderança o jornalista Pedro Bial.

“Pela ausência de planejamento familiar no Brasil, vemos famílias decidindo pelo aborto”, declararam alguns convidados. “Mas isso é possível, e com segurança, apenas para quem tem dinheiro”, disse o médico Drauzio Varella, consultor de Saúde da TV Globo. “No Brasil, política pública feita exclusivamente para os pobres não dá certo”, completou.

Ninguém discute que o Estado tem um papel fundamental nesse processo e que deveria dar acesso a métodos contraceptivos a todo e qualquer cidadão, garantindo, rapidamente, que qualquer um que quisesse, seguindo a lei, pudesse fazer uma laqueadura ou vasectomia, no caso dos homens. O Brasil está, realmente, muito longe de um modelo de saúde como no chamado Primeiro Mundo.

Mas não podemos, de forma alguma, em função da inoperância desse mesmo Estado, sacrificar vidas humanas. Um erro não pode justificar o outro, ou seja, não se pode considerar o aborto algo normal, ou passar a usá-lo como método contraceptivo, porque uma mãe ou uma família não tem condições, por qualquer motivo, de criar uma criança e o Estado não a ajuda em seu planejamento familiar.

Se o alto índice de gravidez é comum na periferia brasileira, como apontou o dr. Drauzio Varella, deveríamos estar discutindo e cobrando do Estado a intensificação de políticas públicas e a melhoria da saúde. Não a adoção da pena de morte para aqueles que não têm como se defender.

Se muitos acreditam que cabe à mulher ter o direito de decidir, também cabe a ela e ao seu companheiro a responsabilidade sobre seus atos. Em Na Moral, ouvimos mulheres declarando que engravidaram porque esqueceram de tomar anticoncepcionais, que não usavam camisinha porque seus companheiros não gostavam, que não se sentiam bem usando contraceptivos. Então é mais fácil abortar?

Mais uma vez reiteramos. O aborto é, sim, um crime, um ato contra a vida. E as mulheres ouvidas ao término do programa, na maioria, concordam com isso. Não devemos nos deixar levar por discursos abortistas. Devemos estar atentos para que a mentira não se sobressaia à verdade e o Brasil não manche seu solo com o sangue oficial de vítimas inocentes.

Retirado do site www.folhaespirita.com.br

Por que medicina e espiritualidade?



Abaixo o pensamento de Marlene Nobre - presidente da Associação Médico Espírita do Brasil (AME-Brasil) e da AME-Internacional, palestrante que esteve presente na jornada da AME-Sergipe, realizada em Aracaju, 18 a 20 de maio de 2012.

Qual o papel das AMEs?

Divulgar o paradigma médico-espírita, sua visão holística da saúde, que considera todos os processos mórbidos como sendo essencialmente mentais, comandados pelo Espírito. Nessa visão integral, compete à alma metabolizar e integrar todos os fenômenos – físicos, biológicos, sociais, culturais e espirituais – que a influenciam.

Mas, além disso, tem procurado também dialogar com colegas do Brasil e do exterior, engajados na mesma causa de Saúde e Espiritualidade, porque entendemos que o médico deve dar exemplo de verdadeiro ecumenismo, respeitando as crenças e descrenças de seus pacientes, para assisti-los da maneira mais ampla e integral possível. Esta compreensão não pode ser diferente em relação às crenças e descrenças de seus próprios colegas. E esta atitude é mais bem compreendida, nos dias de hoje, no âmbito deste movimento abrangente que propõe uma nova medicina para um novo milênio.

Ciência versus religião: novos rumos ao progresso humano

Lamentavelmente, nos últimos quatro séculos, houve um aprofundamento do fosso entre ciência e religião. Ante a atitude religiosa de incompreensão, a maioria das comunidades científicas preferiu demarcar, nitidamente, seu próprio território, distanciando-o dos assuntos vinculados à fé, comumente considerados incompatíveis com os objetivos da ciência. Infelizmente, porém, ao elegerem o paradigma materialista, reducionista como seu pilar de sustentação, alguns cientistas têm se revelado, em determinadas questões, tão dogmáticos e sectários quanto os religiosos.
É lamentável que esta separação entre fé e razão ainda persista porque é extremamente danosa ao progresso humano. Com esse descompasso, há o predomínio do egoísmo e do orgulho, o que favorece o recrudescimento do hedonismo, da violência, da ambição sem freios, dos vícios, da intolerância religiosa e científica, das grandes desigualdades e calamidades sociais. Felizmente, porém, já se constata que, nas quatro últimas décadas, ao lado desta corrente majoritária, cresce o número de “minorias criativas”, conforme previu o historiador Arnold Toynbee, que pensam diferentemente do modelo predominante, e que oferecem novos rumos ao progresso humano.

Estão na base dessa nova visão do ser e do mundo as mudanças conceituais que revolucionaram a Física, desde as primeiras décadas do século XX. Com o advento da Teoria da Relatividade e da Física Quântica, surgiram novos e revolucionários conceitos sobre matéria e energia, que já deveriam ter mudado o paradigma materialista dos cientistas.

A cada dia, mais pessoas enxergam o ser humano de forma integral, corpo e espírito, conectado a uma imensa teia invisível, que engloba micro e macrocosmo. Na área da saúde, essas “minorias” têm trabalhado incansavelmente visando à aliança definitiva entre fé e razão.

Esse movimento novo vem ocorrendo, particularmente, na última década, com a introdução do fator Espiritualidade nos estudos, pesquisas, e na própria práxis médica. O termo Espiritualidade tem sido empregado com a conotação que lhe deu William James, o de sentimento mais elevado, mais nobre, que une a criatura ao Criador. Assim utilizam-no médicos e profissionais da saúde das mais diversas confissões religiosas ou mesmo os que simplesmente creem no Ser Supremo, sem os liames de uma religião formal.

Fonte de pesquisa: Entrevista a revista Cultura Espírita de fev 2012

A idade do espírito e sua importância na vida social


Por Raul Franzolin Neto

O espiritismo como doutrina filosófica só tem sentido de existir para gerar grandes avanços na reforma íntima dos indivíduos e, consequentemente, na melhor convivência dos homens em sociedade.

O homem para viver melhor certamente deve buscar os conhecimentos necessários que envolvem a vida como um todo. Para se jogar bem xadrez, por exemplo, devemos primeiramente conhecer as suas regras e em seguida aprender a jogar e com o exercício da prática ir melhorando a cada nova jogada. O estudo é essencial para traçar as estratégias imediatas, raciocinando a cada nova jogada. Grandes lances são feitos em uma jogada onde várias outras possibilidades futuras já foram planejadas. Um deslize com uma jogada precipitada e mal planejada, pode significar enorme esforço do jogador para corrigir o erro e colocar-se em vantagem novamente.

Muitas vezes a partida pode ter sido definida numa jogada não raciocinada. Evidentemente um leigo que desejasse jogar com um profissional não teria a menor chance de vencê-lo. Mas se essa for a vontade dele, começará a seguir as etapas iniciais e passando a praticar com intensidade, após muito planejamento e raciocínio, ele mesmo poderá jogar de igual para igual com aquela mesma pessoa ou mesmo vencê-la. Tudo depende da dedicação e do esforço de cada um na arte de cumprir uma tarefa.

Conhecendo que a evolução espiritual é eterna e perfeita como todas as Leis Divinas, nada é impossível. Não importa se uma determinada tarefa foge da nossa capacidade de solucioná-la no momento, pois poderemos fazê-la ainda melhor no futuro, mas outras estão disponíveis ao nosso alcance. Somente com o conhecimento das regras a que estamos sujeitos é possível desenvolver uma vida mais saudável e harmoniosa. Para isso é fundamental o desenvolvimento criterioso da razão, sem cautelas, preconceitos e fanatismo. O espiritismo é capaz de nos colocar no caminho do raciocínio constante, em cada passo que damos na vida, e aprender com os exemplos do dia a dia com base nos ensinamentos que adquirimos do plano espiritual. O fundamental de tudo é ter confiança no futuro de que a vida é eterna e continuamente fruto do trabalho constante através das reencarnações e aprimoramento espiritual.
Uma das regras fundamentais da evolução espiritual que cada um deve ter consciência é o respeito entre as pessoas, ou melhor, respeito ao Espírito. Quando falamos pessoas, imediatamente, distribuímos diferenças existentes entre elas, sejam pelas classes sociais, raciais, locais de residências regionais, idades (crianças, jovens, adultos, velhos, etc.) e outras. Mas se falarmos em espírito, não poderemos identificar essas diferenças observadas no momento, pois envolve várias reencarnações e outras formas de vida que ele pode ter passado.

Hábitos de convivências em família, sociedades, países, etc. são difíceis de serem analisados, pois os espíritos estão fortemente sujeitos às suas influências. Porém tudo isso também faz parte do estado natural das coisas. As evoluções dos espíritos são independentes e sempre existirão espíritos que não concordam com o tipo de vida que levam nas sociedades. Conflitos são observados de todos os tipos e diferentes maneiras.

A relação de respeito entre as pessoas promove marcas duradouras no espírito. Uma das fases marcantes na vida do espírito encarnado é a fase que chamamos de adaptação do espírito reencarnante no planeta, ou seja, a fase da infância. As crianças muitas vezes são tratadas com total desrespeito pelos jovens, adultos e velhos e negligenciadas como se fossem pessoas isentas de direitos morais na sociedade. É comum verificarmos o desprezo da sociedade como um todo pelas crianças em qualquer atividade que ela possa desenvolver.

Quando uma criança, por exemplo, entra numa casa comercial para comprar uma mercadoria, embora esteja com pouca idade de vida e mesmo com o dinheiro suficiente fornecido pelos pais, via de regra, o atendente não lhe dá atenção e é comum vermos as outras pessoas passarem na sua frente no caso de uma fila. Muitos ainda dizem: “sai para lá garoto!”. Certamente se os pais virem a cena não irão gostar, pois aprendem a amar seus filhos e veem o grande potencial que existe dentro deles. Outro caso é o desprezo que ocorre com os velhos e muito embora muitas pessoas dizem respeitá-los, não é isso que muitas vezes ocorre. No fundo o adulto se julga o auge da evolução do espírito. A inocência da criança e a falta de agilidade do velho são desconsideradas.

Estamos falando em vida em sociedade e isso não ocorre com muitas pessoas, pois sabemos que isso depende do grau de evolução de cada um. Não podemos de maneira alguma conhecer a real idade de cada espírito encarnado, pois desconhecemos as suas várias reencarnações anteriores e o tempo vivido no próprio plano espiritual. Podemos sim perceber pelos indicativos de evolução espiritual o possível ponto evolutivo da criança. Dessa forma, a criança de agora poderá ser muito mais velha em idade real que um velho agora e ser muito mais evoluída. Isso é apenas uma questão da necessidade reencarnatória individual e, portanto, de quanto tempo e quando se vai reencarnar. A idade do indivíduo de hoje fica assim, completamente desnecessária e inútil em se tratando da importância para a vida real. Cada um deverá sentir o seu melhor desempenho com o avanço de sua idade terrena.

Uns gostam e relembram com saudades o seu tempo bem vivido na infância, ou na adolescência, na fase adulta. Muita gente tem pavor do envelhecimento e tudo fazem para manter-se na idade que mais apreciam. Inegavelmente todas as fases são importantes para o espírito encarnado e a cada uma delas as dificuldades devem ser superadas da melhor maneira possível. Na Terra é assim, em outros planetas as características da reencarnação podem ser completamente diferentes.

Em cada fase de nossa vida marcamos os sentimentos positivos e negativos vividos. O desrespeito é um dos sentimentos mais marcantes. Já mesmo encarnados é possível com pequeno esforço mental lembrar-se de fatos negativos marcantes em nossa infância e o causador do desrespeito está em nossa mente e é um problema evolutivo a ser solucionado. A vaidade está também ligada ao desrespeito e a todos os outros sentimentos negativos do homem. Às vezes uma professora ou professor, por exemplo, não trabalha com os sentimentos nobres de amor, respeito, paciência, etc. A criança passa por traumas e não se sente feliz, quando por ventura torna-se famosa, a professora diz com orgulho: “Eu fui sua professora, lembra-se?”.

É preciso definitivamente compreender que cada ser tem suas características evolutivas marcantes que formam a sua personalidade ao longo do tempo. Não há explicação coerente e racional na formação de dois indivíduos nascidos e criados na mesma família, portanto, no mesmo ambiente, obtendo dos pais os mesmos tratamentos e amor, e serem completamente diferentes em personalidades. A assimilação pela criança dos conceitos oferecidos pelos pais ou por qualquer pessoa depende inexoravelmente do seu grau evolutivo.

Afinidades, antipatias ou nenhum desses são importantes na aceitação ou na negação naturais das práticas do comportamento humano. Aceitação ou negação naturais significam não aquelas em que são impostas pela força e desarmonia. Vamos burilando nosso espírito, ou nossa personalidade, lentamente, dia após dia, encarnação após encarnação e devemos ter isso em mente para podermos compreender as relações humanas. Que maravilha é a felicidade de uma mãe ou pai ao ter uma grande afinidade com seu filho ou filha! Há uma compaixão e compreensão mútua, crescimento, progresso e alegrias. Mas o grande desafio se faz em desenvolver uma vida produtiva em relações de antipatias ou baixas afinidades. Não estamos no momento discutindo sobre a melhor maneira de educar os filhos. Essa é uma área de grande interesse e deve ser estudada com muita dedicação e seriedade tendo em vista todas as características envolvidas no processo da reencarnação e da evolução espiritual. Mas o respeito à vida individual de cada ser em todas as suas fases do desenvolvimento deve ser o nosso objetivo primordial rumo à felicidade eterna.

Publicado no Boletim do GEAE Nº 391

Fora do centro espírita




Wellington Balbo – Bauru – SP – escritor e palestrante
Milhares de pessoas sofrem por desconhecimento dos princípios básicos da constituição divina. Ignoram leis como ação e reação, influência dos espíritos na vida dos encarnados, importância da prece e de manter o padrão vibratório em sintonia com a espiritualidade maior e etc.

Milhares de pessoas transitam pela Terra sem nem sequer imaginar o que estão fazendo aqui, desconhecem, portanto, os objetivos da existência humana, ou seja, de sua própria existência. Vivem por viver, portam-se como autênticas máquinas biológicas; alimentam-se, dormem, acordam e trabalham completamente alheias a outras circunstâncias da vida.

Essa falta de ciência das leis divinas é extremamente prejudicial para o progresso do espírito que temporariamente está reencarnado.

E por isso são inúmeras pessoas que se suicidam direta ou indiretamente. Diretamente quando desalentadas aniquilam o corpo físico. Indiretamente quando minam a golpes de irreflexão o envoltório carnal que lhes serve de instrumento sagrado para o progresso.

E em face desta realidade é que se torna fundamental estender as idéias reveladas pelos Espíritos para além das paredes do centro espírita.

A questão não se resume a retirar pessoas de determinada religião e transformá-las em espíritas, mas sim modificar corações e esclarecer mentes por meio das realidades trazidas a nós pelos imortais.

E como, então, estender as lições da espiritualidade para além do horizonte do centro espírita, de modo a deixá-las mais acessíveis ao maior número de pessoas?

Dentre as tantas maneiras de massificar a Doutrina Espírita uma boa sugestão é programar palestras espíritas para espaços neutros, tais como, escolas, casas de cultura, ginásios, clubes e etc.

Tenho comparecido a muitas cidades para palestras e constatado que a realização de eventos espíritas em espaço neutro contribui para que mais pessoas se façam presentes.

Óbvio que fica a curiosidade:

Por qual razão o público não espírita comparece em maior número quando a palestra é fora do centro espírita?

Difícil saber ao certo. Contudo podemos citar como algumas razões os chamados modelos mentais obsoletos que muita gente tem do centro espírita e o famigerado preconceito que, quer queiramos ou não, ainda existe.

No entanto para quebrarmos esse paradigma e oferecermos ao público o que é de fato o Espiritismo é imperioso trabalhar com criatividade. E não podemos deixar de concordar que promover palestras e outros eventos espíritas além do universo espírita é fazer uso da criatividade.

A propósito a USE Intermunicipal Bauru realizou recentemente a feira do livro espírita em uma praça no centro da cidade de Bauru, bem em frente a tradicional igreja. Foi sucesso total, muita gente saia da missa e procurava a barraca de livros para se informar mais sobre o Espiritismo.

Buscavam livros de conforto e esclarecimento; queriam saber se é possível reencontrar os entes amados que se foram e tantas outras inquietações que deixam o coração humano em sobressaltos.

Outra experiência de sucesso e que certa vez tive o prazer de participar é a feira do livro espírita da cidade de Jaú, realizada em Shopping Center da cidade. Que maravilha! Quanta gente nova que ouviu falar de Espiritismo numa iniciativa desse quilate.

Citei as duas cidades, porém sei que empreendimentos como esses espalham-se por todo o território nacional.

Peço licença para narrar uma experiência. Em uma das localidades pelas quais passei recentemente pude verificar na palestra uma quantidade grande de pessoas que se declarava não espírita. Acharam interessante o tema e compareceram para saber de que se tratava. Estiveram presentes católicos e praticantes de diversas outras filosofias de vida.

Todos saíram do recinto curiosos para saber mais sobre Allan Kardec, André Luiz, Emmanuel, Jerônimo Mendonça e tantas figuras históricas de nossa doutrina.

Por isso deixo para sua análise, caro dirigente: pense seriamente na possibilidade de promover palestras e outros eventos espíritas em ambientes neutros. Vale lembrar que não faço apologia contra o centro. O centro é nossa escola e oficina de trabalho, jamais o abandonaremos! Todavia, considere a idéia de estreitar os laços com sua comunidade.

A iniciativa indubitavelmente será excelente para a sociedade, pois em posse de informações como a imortalidade da alma, comunicabilidade dos espíritos, pluralidade dos mundos habitados, lei de ação e reação e etc., certamente muitos desvios comportamentais, suicídios, abortos e crimes serão evitados.

Um romantismo descabido e ingênuo de minha parte?

Creio que não. É só termos paciência e semearmos o bem divulgando as leis da vida enunciadas pela nossa incomparável Doutrina Espírita.

E em futuro não muito distante poderemos não ter os centros espíritas abarrotados de gente, todavia teremos um planeta repleto de pessoas conscientes de seu papel na sociedade e certas de que a vida, seja aqui ou além, não cessa jamais.

A reencarnação está mais do que provada



Por Gerson Monteiro

A reencarnação não é uma invenção do Espiritismo. Todos os espíritos criados por Deus estão submetidos a ela, como lei natural. Entre os judeus, a crença da reencarnação era geral. Textos do Velho e do Novo Testamento aludem à reencarnação com o nome de ressurreição. A reencarnação, segundo a Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec, é à volta do espírito a um novo corpo que nada tem a ver com o anterior.

A alma, que não se depurou em uma única vida, recebe a prova de uma nova existência, durante a qual dá mais um passo na senda do progresso. É por essa razão que passamos por muitas existências até chegarmos à perfeição, a mesma alcançada por Jesus.

O parapsicólogo indiano Hamendra Baner$pesquisou mais de 1.200 casos de pessoas que tinham nítidas lembranças do que foram em vidas anteriores, ou seja, desde o local onde tinham vivido no passado até nomes de parentes, apelidos e fatos acontecidos com elas. Esses dados foram checados por Banerjee, comprovando a reencarnação.

Um fato observado por Banerjee, na época diretor de pesquisas do Instituto Indiano de Parapsicologia, trata da reencarnação em sexos opostos. Gnana, com três anos de idade, afirmava ter sido o menino Tiillekeratne, que morrera aos 11 anos. Quando levada à casa em que morara na outra vida, a menina ficou muito contente ao reconhecer a irmã e manifestou aversão ao irmão, com quem brigara pouco antes de morrer.

Outro caso pesquisado foi o de Nejati, que dizia ser Nagib Budak. O morto e o reencarnado moravam a uma distância de 75 quilômetros um do outro. Nagib fora assassinado com uma punhalada. O menino Nejati nasceu com a marca do ferimento da punhalada recebida na encarnação anterior, além de também reconhecer casas e parentes da sua vida passada. Tal material pesquisado, com ilustrações comprovando a reencarnação, está em meu novo livro, “Reencarnação — É Possível Provar”, que autografarei no próximo sábado, dia 19, às 10h, na Novo Ser Editora: Av. João Ribeiro, 1.125 — Bento Ribeiro — 3017-2333.

Gerson Simões Monteiro

vice-Presidente da Funtarso



e-mail: gerson@radioriodejaneiro.am.br

Ser feliz ou estar feliz?





Felicidade

Será possível sermos felizes, em um mundo tão infeliz?

Um mundo onde mais da metade da população vive abaixo do nível da pobreza?

Um mundo onde há terremotos, tsunamis, furacões, inundações e seca?

Um mundo injusto, onde pouco mais de mil pessoas possuem riqueza, igual ou superior, à riqueza do conjunto de países onde vive 59% da Humanidade?

É possível ser feliz num mundo assim? É possível ser feliz em um país como o Brasil, onde 46% da riqueza nacional está nas mãos de apenas cinco mil famílias?

Uma privilegiada cabeça brasileira, ao analisar a questão, separou a felicidade em dois tempos: o tempo vertical e o tempo horizontal.

O tempo vertical é o momento intenso, vibrante, de uma realização.

Pode ser a conquista de um título num campeonato, o ter passado no vestibular, o primeiro encontro amoroso, o nascimento de um filho.

Nesse tempo vertical, a pessoa está feliz. É um momento especial, mas passageiro.

Assim, pode-se estar atravessando intensas dores, graves problemas e estar feliz em alguns momentos: pelo diploma conquistado pelo filho, pelo emprego tão aguardado que se anuncia, pela viagem sonhada que se concretiza.

O tempo horizontal é o do dia a dia. Assim, a paixão, o ideal do amor eterno que faz a pessoa desejar estar com o outro é o tempo vertical, de estar feliz.

No relacionamento a dois, na rotina em que, por vezes, se transforma o casamento, há um desgaste natural.

Nesse momento, é que entra o diálogo, a tolerância, a renúncia,o cultivo da ternura, sem o que o amor esfria, até virar indiferença.

Nesse momento a pessoa pode ser feliz. Feliz se tiver a capacidade de romper a rotina: inventar um programa, sair com amigos, ir ao teatro.

Inventar e reinventar cada dia.

Feliz se tiver a sabedoria para descomplicar as questões, acolher os limites, compreender e superar dificuldades.

Dessa forma, podemos estar felizes no dia que ganhamos uma promoção, um aumento de salário compensador.

Podemos estar felizes quando nosso filho volta ao lar, depois de longa viagem ou alguém muito querido nos visita.

São momentos intensos, vibrantes.

O ser feliz é o estado prolongado, sempre recriado e alimentado.

É a sabedoria de viver.

A felicidade, pois, é uma conquista. Podemos sorvê-la, em grande dose em um momento, em um dia e estarmos felizes.

Podemos sorvê-la em gotas homeopáticas, a cada dia, e sermos felizes.

Podemos, pois, escolher, como desejamos a nossa felicidade: em tempo vertical ou em tempo horizontal.

Desejamos estar felizes ou ser felizes?

* * *
Vives momentos de felicidade dos quais não te apercebes.

Diante dos teus olhos estão paisagens ricas de beleza e cor.

Seguem contigo as bênçãos de Deus, que ainda não sabes valorizar.

As ocasiões de amar e ser amado se multiplicam.

Rompe a carapaça que te impede o claro discernimento e aprende a ser feliz.

(Redação do Momento Espírita, com base em texto extraído do livro Dialética da felicidade (3 tomos), de Pedro Demo, 2001 e na apresentação do livro Momentos de felicidade, pelo Espírito Joanna de Angelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal).

Porque creio que Chico foi Kardec






Carlos A. Baccelli






Carlos Baccelli

Os motivos que me levam a uma convicção pessoal de que Chico Xavier tenha sido a reencarnação de Allan Kardec tão numerosos e distintos são que passarei a expor alguns deles, sem o menor propósito de polemizar em torno do assunto.
Tendo convivido com o médium por mais de 25 anos, não observei diferença significativa entre a sua personalidade e a do Codificador. Consideremos, segundo nos é dado depreender das informações prestadas pelos principais biógrafos de Kardec e dos escritos de sua própria lavra, que ambos eram, quando necessário, austeros e amáveis, determinados e bons.
Chico Xavier – creio que todos concordam a respeito – foi o legítimo continuador de Kardec, no que tange ao desdobramento da codificação e à tarefa de difundi-la, através da palavra e do exemplo.
Após o 2 de Abril de 1910, data do nascimento de Chico, o espírito de Allan Kardec não mais estabeleceu, ele mesmo, qualquer contato mediúnico confiável com os encarnados.
O Espírito Verdade, coordenador espiritual de imensa equipe que o assessorava e um dos seus Protetores, havia lhe informado, em mais de uma ocasião, que, dentro de pouco tempo, ele tornaria a reencarnar para dar seqüência à obra encetada.
O próprio Kardec, elaborando os cálculos, deduziu que a sua volta à Terra se daria no final daquele século ou no começo do outro.
Chico Abraçou a mediunidade aos 17 anos de idade; os Espíritos haviam dito a Allan Kardec que, quando ele voltasse à Terra seria em condições que lhe permitissem trabalhar desde cedo.
Emmanuel, um dos Espíritos Codificadores, foi ao lado do Dr. Bezerra de Menezes e tantos outros, o coordenador da tarefa mediúnica de Chico Xavier.
O Mentor da “Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas” fundada por Kardec era São Luis; o do Centro Espírita de Pedro Leopoldo, fundado por Chico Xavier, é São Luis Gonzaga.
Se Chico não foi a reencarnação do Codificador, conclui-se naturalmente que ele não reencarnou e que, portanto, o Espírito Verdade se enganou no que lhe disse, o que – convenhamos – colocaria em questão a sua condição espiritual.
Se a espiritualidade superior tivesse mudado de planos – o que é inconcebível, depois de anunciá-los -, porque o grande silêncio de Allan Kardec, através da maior antena psíquica do século: Chico Xavier?
Chico, com freqüência, se referia a Jesus e aos Espíritos amigos, mas pouco mencionava o nome de Allan Kardec.
Para os íntimos, Chico revelava um conhecimento da vida do Codificador que não encontramos em nenhuma de suas biografias. Contou a mim e a outros, por exemplo, que um de seus sobrinhos, após o seu desenlace, entrou na justiça reivindicando parte dos direitos autorais das obras da Codificação, o que, segundo o médium, atrasou a divulgação da Doutrina em 50 anos: Coincidência ou não, Chico teve um sobrinho que lhe criou sérios problemas, em caluniosa difamação plenamente infundada.
Chico não se casou e, embora Kardec tenha se consorciado, segundo o médium, ele e D. Amélie Gabrielle Lacomb Bouded, que era 9 anos mais idosa do que ele, cultivavam um amor puro: ela nutria por ele verdadeiro zelo maternal. Isto me foi dito pelo próprio Chico, conforme a Dra. Marlene Rossi Severino Nobre, que também estava presente na ocasião, escreveu em um artigo da “Folha Espírita”.
Outras “coincidências” nos fazem pensar: Kardec desencarnou em 31 de março e foi sepultado no dia 2 de abril, data do nascimento de Chico Xavier, tendo o seu corpo ficado exposto à visitação pública durante 48 horas; o mesmo pedido foi feito por Chico Xavier aos seus amigos.
Era hábito de Kardec efetuar doações financeiras a amigos em dificuldades, encaminhando-as em nome dos Bons Espíritos; o mesmo fazia Chico Xavier, inclusive empregando a mesma terminologia do Codificador. Diga-o quem, neste sentido, tenha sido beneficiado pelo médium.
Existem fotos de Kardec e Chico que poderiam ser sobrepostas, tal a semelhança de postura entre os dois; é espantosa a semelhança revelada entre as mãos de um e de outro, além do costume de Chico sempre usar paletó, mesmo sendo o Brasil um país de clima tropical.
Em Uberaba, e acreditamos em outras cidades, vários médiuns confirmavam que Chico era a reencarnação de Allan Kardec, inclusive notável medianeira Antusa Ferreira Martins, que era surda-muda e analfabeta, portanto incapaz de ser influenciada por especulações neste sentido.
Entre os que contestam ser Chico a reencarnação de Kardec, há os que afirmam que o Codificador não teria sido tão tolerante quanto Chico o foi com o que lhe sucedia ao redor, envolvendo irmãos de ideal e outros, esquecendo-se de que, em “Obras Póstumas”, o Codificador não hesita ao confessar que a “Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas” havia se transformado em um foco de intrigas contra ele e que enfrentara inúmeros dissabores inclusive traição.
Chico jamais confirmou ser a reencarnação de Allan Kardec; ao contrário quando não fazia questão de negá-lo, inclusive em entrevistas, respondia reticentemente em torno do assunto.
Poderiam, perfeitamente, ser de Chico Xavier as seguintes palavras de Allan Kardec: “Sentia que não tinha tempo a perder e não perdi; nem em visitas inúteis, nem em cerimônias estéreis. Foi a obra de minha vida. Dei-lhe todo o meu tempo, sacrifiquei-lhe o meu repouso, a minha saúde, porque diante de mim o futuro estava escrito em letras irrecusáveis.
Chico e Kardec eram assim: “Aos domingos – escrevia ainda Leymarie -, sobretudo nos últimos dias de sua vida, convidava amigos para jantar em sua Vila Ségur (Chico os convidava aos sábados, para almoçar). Então, o grave filósofo, depois de haver batido os pontos mais difíceis e mais controvertido da Doutrina, esforçava-se para entreter os convidados. Mostrava-se expansivo, espalhando bom-humor em todas as oportunidades”.
Kardec e Chico, acima de tudo, tinham e têm um acendrado compromisso com o Evangelho de Jesus, em sua obra e em sua vida.

Ao terminar, esclareço que, sendo adepto de uma doutrina de livre expressão, qual é o Espiritismo, reivindico para mim o direito de pensar como penso e deixo exarado neste testemunho, sem, evidentemente, negar a qualquer outro o direito de discordar de minhas convicções, sem que me sinta, necessariamente constrangido a transformar o assunto em polêmica sem proveito, com responder a objeções que o tempo, e somente o tempo, haverá de fazer.



Matéria contida na revista “Goiás Espírita” Ano7 – nº 23 – 2003.

4 de out. de 2013

HÁ VIDA EM OUTRO PLANETA? O QUE DIZ A DOUTRINA ESPÍRITA





No livro "Pelos Caminhos da Mediunidade Serena", a médium Yvonne A. Pereira fala, numa entrevista, sobre o meio de transporte usado pela Legião dos Servos de Maria, no Vale dos Suicidas.


ALTIVO PANPHIRO PERGUNTA PARA A MÉDIUM YVONNE A. PEREIRA: "Na obra "Memórias de um Suicida", a senhora fala sobre as carruagens, o meio de transporte usado pela Legião dos Servos de Maria para transportar os espíritos suicidas.


Poderia adicionar alguns comentários sobre isso?" YVONNE A. PEREIRA RESPONDE: "Com relação aos meios de transporte, eu os vi de duas espécies. O primeiro tipo de veículo é para retirar os espíritos daquele vale, verdadeiro antro, que é quase a Terra. Quem retirava aqueles espíritos dali eram os servidores da colônia.


Para isso, utilizavam um veículo redondo, cheio de janelinhas ao redor, no qual se subia por meio de uma pequena escada. Mas nem todos subiam. Alguns ficavam aos gritos do lado de fora, sem entrar. No interior, era todo acolchoado, muito bonito e muito cômodo. Parecia recoberto por cetim ou seda, pois o tecido reluzia. Os espíritos sentavam-se ali e ficavam muito bem acomodados. Eu acredito que esse conforto era, antes de tudo, um primeiro ato de caridade, para aqueles espíritos se consolarem. Em cada detalhe percebíamos a ação da misericórdia divina.


Aqueles veículos subiam no ar e rodavam, como dizem que fazem os discos voadores. Quando eles chegavam na entrada da colônia, os passageiros desciam e entravam por um portão. Parecia um castelo fortificado. Havia muita desarrumação naquele pátio enorme. Eu tinha intuição de que ainda estava em construção. Todos, ao descerem, preenchiam uma espécie de ficha, onde se anotava tudo: o nome, o local em que viveram, o gênero de suicídio que tiveram, o grau da instrução, a orientação religiosa etc.


Dali é que eles seguiam, finalmente, para a colônia propriamente dita. Ali era só a entrada. Nesse momento é que mudavam os meios de transporte, quando surgiam as tais carruagens, muito bonitas, muito artísticas."Certa vez, Chico Xavier, contou ao amigo Divaldo P. Franco que, quando estava psicografando, André Luiz levou-o (durante o sono) para que conhecesse Nosso Lar.


Chico tomou o AERÓBUS - que é um dos veículos que ali se utiliza - e que viaja em correntes aéreas muito especiais, semelhantes as da Terra, tendo verdadeiras estradas e pontos de parada, onde descem e sobem os Espíritos, como nos nossos pontos de ônibus. Explicou-me que o mesmo faz lembrar um grande cisne, contendo o que seria uma escada rolante, que se projeta para fora e pela qual os Espíritos se adentram.


Tal veículo era necessário, por causa das várias camadas psíquicas e magnéticas da Terra, nas quais o Espírito, que não tem habilidade para volitar (flutuar), não conseguiria atravessá-las, semelhante a uma barreira atmosférica para nós outros, os encarnados.
No livro "Transição Planetária", o Espírito Manoel Philomeno de Miranda conta no cap. 8 "Socorros Inesperados" que interrompeu um diálogo porque "naquele instante, havia parado a regular distância um veículo do qual saltaram alguns lidadores do Bem que se aproximaram(...)Diversos desses operários da caridade adentraram-se em nosso campo de socorro e passaram a assistir os sofredores, conduzindo-os, um a um, ao transporte que pairava no ar, a um metro, mais ou menos, acima do solo(...)O responsável pela condução agradeceu ao nosso mentor e, de imediato, a nave decolou com velocidade, seguindo o roteiro estabelecido."




Estas curiosidades nos fazem pensar: "Será que, o que alguns vêem no espaço, identificando como Discos Voadores não são estes veículos utilizados pelo plano espiritual para transportar Espíritos desencarnados?"

Como vemos, não podemos responder categoricamente se os OVNIs existem ou não, por ausência de provas definitivas, porém, devemos seguir o bom senso de Allan Kardec, que dizia: "quando uma ou algumas pessoas dizem estar vendo algo, é perfeitamente possível que elas estejam enganadas. Quando muitas pessoas no mesmo local dizem estar vendo algo, é possível que estejam enganadas.


Mas quando milhares ou milhões de pessoas estranhas entre si, em épocas diferentes e de todas as partes do mundo (no caso dos OVNIs, muitas delas seguidoras de ideologias dogmáticas e contrárias à existência de vida fora da Terra) dizem estar vendo a mesma coisa, há uma grande possibilidade de estarem vendo algo real." Mas alerta Richard Simonetti:


"É preciso cuidado na apreciação dessas experiências, principalmente quando relatadas por curiosos que se propõem a evocar extraterrestres em locais ermos (desertos), sem nenhum conhecimento a respeito do intercâmbio com o além, sem compreender que há mistificadores desencarnados dispostos a alimentar nossas fantasias.


" Sendo o Espiritismo uma religião de livre pensamento e bom senso, pede-se deixar este estudo para a Ciência, porque sabemos que"há mistérios que 'ainda' não nos será revelado devido ao nosso grau evolutivo, mas que não é impossível sua confirmação."

DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS! FOME, MORTE E GRAVES COMPROMISSOS ASSUMIDOS PARA A REENCARNAÇÃO.






O número equivale a 1,3 bilhão de toneladas de alimentos que são jogados fora anualmente. O número do desperdício, nos países industrializados, é de 670 milhões de toneladas, enquanto que nos países em desenvolvimento fica um pouco abaixo, nos 630 milhões de toneladas


Redação ÉPOCA, com Agência EFE


1,3 bilhão de toneladas de alimentos produzidos para o consumo humano são desperdiçados anualmente, segundo aponta um novo estudo divulgado nesta quarta-feira (11) pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO). O número equivale a cerca de 1/3 de tudo o que é produzido, e a quantidade desperdiçada é semelhante tanto para países desenvolvidos - desperdiçam apenas um pouco mais - quanto para nações em desenvolvimento.


A pesquisa da FAO, entitulada Global Food Losses and Food Waste (Perdas e Desperdício de Alimentos no Mundo), foi encomendada pelo instituto sueco de alimentos e biotecnologia (SIK). O estudo faz uma diferenciação entre perdas de alimentos (que podem acontecer nas fases de produção, colheita ou processamento) e desperdício, um problema mais presente nos países industrializados, causado na maioria dos casos tanto pelo comércio no varejo como por consumidores que jogam mantimentos ainda comestíveis no lixo.


"A produção total de alimentos per capita para o consumo humano se situa em cerca de 900 quilos anuais nos países ricos, mais do que o dobro dos 460 quilos produzidos nas regiões mais pobres", afirma a FAO na nota.
O número do desperdício, nos países industrializados, é de 670 milhões de toneladas, enquanto que nos países em desenvolvimento fica um pouco abaixo, nos 630 milhões de toneladas. Quando considerado só o desperdício feito pelos consumidores, ao jogar fora alimentos ainda próprios para o consumo, o número se aproxima de toda a produção líquida da África Subsaariana - são 222 milhões de toneladas desperdiçadas pelos ricos e 230 milhões produzidas pelos africanos.


"Nos países em desenvolvimento, 40% das perdas ocorre nas fases de pós-colheita e processamento, enquanto nos países industrializados mais de 40% das perdas se dá no nível das vendas a varejo e do consumidor", diz a nota.
Frutas e hortaliças, assim como raízes e tubérculos, são os alimentos mais desperdiçados, e a quantidade de mantimentos que se perde ou desperdiça a cada ano equivale a mais da metade da colheita mundial de cereais (2,3 bilhões de toneladas em 2009-2010).


"Em nível da venda a varejo também se desperdiçam grandes quantidades de alimentos devido às normas de qualidade que dão excessiva importância à aparência. As pesquisas indicam que os consumidores estão dispostos a comprar produtos que não cumpram as exigências de aparência caso não sejam nocivos e tenham um bom sabor", afirma a agência das Nações Unidas.


A FAO aposta ainda pela educação nas escolas e iniciativas políticas que mudem a atitude dos consumidores nos países ricos, para que planejem de forma mais adequada suas compras de alimentos.
LH


Matéria publicada na Revista Época, em 11 de maio de 2011.



Normalmente, quando nos deparamos com notícias alarmantes sobre a fome e a miséria, logo nos questionamos se a causa não será o crescimento excessivo da população, principalmente nos países em desenvolvimento.


A notícia acima destacada vem nos mostrar que não.
Os espíritos amigos que trabalharam na codificação já nos alertavam, inclusive, que o aumento da população não chegaria a ser excessiva na Terra, conforme resposta da questão 687, de O Livro dos Espíritos. Vejamos:


687. “Indo sempre a população na progressão crescente que vemos, chegará tempo em que seja excessiva na Terra?”


Resposta: “Não, Deus a isso provê e mantém sempre o equilíbrio. Ele coisa alguma inútil faz. O homem, que apenas vê um canto do quadro da Natureza, não pode julgar da harmonia do conjunto.”


A questão que surge, portanto, é: se nós, seres humanos, produzimos tanto, porque tanta pobreza, miséria e fome? A resposta para esta nossa pergunta pode ser encontrada, muitas vezes, em uma análise fria e racional do nosso modo de agir: somos egoístas.
Nós desperdiçamos muito.


Analisemos detalhadamente a matéria: “Quando considerado só o desperdício feito pelos consumidores, ao jogar fora alimentos ainda próprios para o consumo, o número se aproxima de toda a produção líquida da África Subsaariana - são 222 milhões de toneladas desperdiçadas pelos ricos e 230 milhões produzidas pelos africanos”.


Percebe-se dessa forma que o desperdício não é apenas das indústrias, fábricas, produtores e transportadores. É nossa também, dos consumidores comuns. Eu, você, sua família, pessoas normais que convivemos diariamente uns com os outros.
Devemos, dessa forma, procurar nos educar, porque, às vezes, a ignorância nos leva a desconhecer atos simples, mas que podem ajudar nossos irmãos que passam fome. Lembremo-nos aqui da questão 642, de O Livro dos Espíritos:


642. “Para agradar a Deus e assegurar a sua posição futura, bastará que o homem não pratique o mal?”


Resposta: “Não; cumpre-lhe fazer o bem no limite de suas forças, porquanto responderá por todo mal que haja resultado de não haver praticado o bem”.
Assim, todos nós, devemos nos esforçar para praticar o bem. Será que desperdiçar comida, quando temos inúmeros irmãos passando fome, não será um mal? Como vimos na resposta acima, devemos praticar “o bem no limite de nossas forças”.


Devemos, portanto, nos educar, acabar com o egoísmo em nós, pararmos de desperdiçar. Fazer a nossa parte. Devemos parar de culpar apenas governos pelos males que afligem a sociedade e começarmos a agir para erradicar o egoísmo em nós mesmos. Como nos ensina Pascal, espírito, em O Evangelho Segundo o Espiritismo (Cap. XI, item 12.):


“O egoísmo é a negação da caridade. Ora, sem a caridade não haverá descanso para a sociedade humana. Digo mais: não haverá segurança. Com o egoísmo e o orgulho, que andam de mãos dadas, a vida será sempre uma carreira em que vencerá o mais esperto, uma luta de interesses, em que se calcarão aos pés as mais santas afeições, em que nem sequer os sagrados laços da família merecerão respeito”. – Pascal. (Sens, 1862.)


A matéria nos traz ainda que a FAO aposta na educação nas escolas como um dos meios de combater o desperdício. Kardec também era dessa opinião. Porém, não apenas “a educação intelectual, mas a educação moral. Não nos referimos, porém, à educação moral pelos livros e sim à que consiste na arte de formar os caracteres, à que incute hábitos, porquanto a educação é o conjunto dos hábitos adquiridos. (...) Quando essa arte for conhecida, compreendida e praticada, o homem terá no mundo hábitos de ordem e de previdência para consigo mesmo e para com os seus, de respeito a tudo o que é respeitável, hábitos que lhe permitirão atravessar menos penosamente os maus dias inevitáveis. A desordem e a imprevidência são duas chagas que só uma educação bem entendida pode curar. Esse o ponto de partida, o elemento real do bem estar, o penhor da segurança de todos”. (O Livro dos Espíritos, questão 685-a, nota de Kardec.)


Portanto, procuremos nos educar para saber como combater o desperdício, mas eduquemo-nos, também, moralmente, procurando ajudar aqueles que sofrem com aquilo do que nos sobra. Sejamos melhores, sejamos caridosos, visando, a partir dos pequenos atos de cada um, tornar o mundo, um mundo melhor. Não pensemos que nossos pequenos atos não ajudam. Ajudam e muito. Vale sempre tentarmos, afinal, como nos disse John Lennon, em uma poesia em forma de música:


“Imagine que não ha posses
Eu me pergunto se você pode
Sem a necessidade de ganância ou fome
Uma irmandade dos homens

Imagine todas as pessoas
Partilhando todo o mundo

Você pode dizer que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Espero que um dia você junte-se a nós
E o mundo viverá como um só”.


Luiz Gustavo C. Assis é psicólogo, trabalhador do Centro Espírita Maranhense, em São Luís do Maranhão, e da equipe do Espiritismo.net.

2 de out. de 2013

ANOREXIA NA VISÃO ESPÍRITA! REFLEXO DE COMPLEXOS PESSOAIS!!




A jovem francesa Isabelle Caro, após sofrer todo tipo de constrangimentos físicos e morais, desencarnou  no dia 17 de novembro de 2010. Caro foi a “modelo” que se tornou mundialmente conhecida após mostrar seu corpo “esqueleticamente nu” para as imagens midiáticas, na tentativa altruística de advertir as jovens das passarelas da moda sobre as consequências da anorexia, doença que sofria desde os 13 anos.

Segundo o informe do Instituto Nacional de Saúde Mental Norte Americano (NIMH), as desordens alimentícias apresentam as taxas de mortalidade mais altas de todas as patologias mentais. Na década de 1970, Karen Carpenter, cantora do grupo Carpenters, também desenvolveu anorexia nervosa. Ela tentou, em 1982, tratamento com renomados psicanalistas americanos, porém, no ano seguinte, Karen, com 32 anos, desencarnou em decorrência de uma parada cardíaca.

Escrevemos para a Revista Eletrônica O Consolador um artigo sobre o drama de Terri Schiavo, uma mulher da Flórida-EUA, que esteve em estado vegetativo por longos 15 anos e que foi desconectada do tubo que a alimentava, depois de um intenso debate entre seus familiares, o governo americano e os tribunais. Embora não seja citado no artigo, Schiavo sofreu um ataque cardíaco em 1990, decorrente de anorexia, o que a levou ao dramático estado de coma.

Nos anos que vão de 1200 a1500, na Europa Medieval, muitas mulheres faziam prolongados jejuns, e por se conservarem vivas apesar do seu estado de inanição, eram tidas como santas ou milagrosas. O termo "anorexia santa" foi cunhado por Rudolph Bell que, valendo-se de uma moderna teoria psicológica que explicava o jejum, classificou-o como sintoma de anorexia. Sob o pretexto de que as mulheres alcançariam posição espiritual mais elevada, conservando-se distantes dos prazeres sexuais e comprometendo-se com Deus, a Idade Média as forçou a praticar o jejum. O registro da manifestação da anorexia, no entanto, não teve início nesse período, mas este é, sem dúvida, um momento de capital importância no estudo dos possíveis paralelos entre as diversas culturas históricas.

A anorexia nervosa é um transtorno alimentar cujo quadro psiquiátrico é de 95% dos casos em mulheres adolescentes e adultas jovens, que perdem o senso crítico em relação à imagem corpórea. Sua etiologia, na essência, é pouco conhecida. Pode ser determinada por diversos fatores que interagem entre si de modo complexo para produzir, e muitas vezes perpertuar, a enfermidade. Fatores genéticos, psicológicos, sociais, culturais, nutricionais, neuroquímicos e hormonais atuam como predisponentes, desencadeantes ou precipitantes e mantenedores do quadro patológico.

Os transtornos alimentares também costumam ter como desencadeante algum evento significativo como perdas, separações, mudanças, doenças orgânicas, distúrbios da imagem corporal (como a insatisfação da semelhança corporal da mãe), depressão, ansiedade e até mesmo traumas de infância. Na anorexia nervosa, traços como baixa autoestima ou auto-avaliação negativa, obsessividade, introversão e perfeccionismo são comuns e geralmente permanecem estáveis mesmo após a recuperação do peso corporal.

Sob o ponto de vista espírita, afirmamos que a causa do distúrbio dessa “doença nervosa” pode ter a sua matriz nos arcanos profundos do inconsciente. Aí estão registrados com som, imagens e movimentos os históricos de vida de cada um. Nesse sentido, a anorexia é um reflexo dos complexos adquiridos em vidas pregressas e/ou concomitante aos registros das experiências de período infantil da vida atual. 

Os dardos magnéticos acondicionados no “corpo espiritual” (termo usado por Paulo de Tarso), são projetados na indumentária física, desarranjando, por conseqüência, as funções endocrínicas e neurológicas, culminando no aparecimento de doenças físicas e psicológicas de muitos realces que desafiam a medicina contemporânea. Ainda sob a perspectiva kardeciana, podemos afirmar que o maior agravante de qualquer doença é a obsessão espiritual, hoje uma verdadeira pandemia na Terra.


A sociedade vem sofrendo processos obsessivos preocupantes. A influência do materialismo cresce incessantemente. Os valores morais estão sendo corrompidos com espantosa velocidade. Nunca o mundo precisou tanto dos ensinos espíritas como nos tempos atuais, em que anoréxicos definham seus corpos até a morte. Vivenciamos instantes em que se aguça o individualismo, enodoando o tecido social, e nos vendavais da tecnologia somos remetidos aos acirramentos das desigualdades e isolamentos, estabelecendo-se níveis de conforto e exclusão sociais nunca antes experimentados.

Nesse autêntico amálgama, usando e abusando do livre arbítrio, cada qual vai colhendo vitórias ou amargando derrotas, segundo o grau de experiência conquistada. Uns riem hoje, para chorarem amanhã, e outros que agora se exaltam, serão humilhados depois. Devemos interrogar a própria consciência, passando em revista os atos cotidianos, para a identificação dos desvios do deveres que deveriam ter sido cumpridos e dos motivos alheios de queixa por conta dos nossos atos. 

Revisemos periodicamente nossas quedas e deslizes no campo moral, ativando a memória para nos lembrarmos dos tantos espinhos que já trazemos cravados na "carne do espírito", tal como ensina o “convertido de Damasco”. Estes espinhos nos lembrarão a nossa condição de enfermos em estágio de longa recuperação, necessitados de cautela.

Na anorexia de matizes nervosas a cura não é fácil e exige apoio familiar, porque é uma patologia com raízes sociomentosomático e espiritual. O primeiro passo, e o mais importante, é convencer o anoréxico que está doente, que deve ser tratado antes que seja tarde demais. Não obstante, o emprego de fármacos para o tratamento ter poucos efeitos concretos, motivo pelo qual seu uso tem sido limitado. Todavia – graças a Deus! – o mal não é invencível; pelo contrário! Nos centros espíritas, podem-se encontrar tratamentos eficazes através do passe magnético, da água fluidificada, do atendimento fraterno, da desobsessão.

A revista Reformador, da FEB, entrevistou o Dr. Elias Barbosa e o indagou se, na condição de dirigente espírita ou psiquiatra, teve oportunidade de interagir com o Chico Xavier para o atendimento de pessoas em desequilíbrio. O médico espírita explicou que “em todos os casos gravíssimos, geralmente de esquizofrenia e anorexia nervosa, sempre solicitava ao Chico para que o ajudasse no Sanatório, às vezes com a simples imposição das mãos sobre os enfermos.”.

Buscar o perfeito equilíbrio entre o corpo físico e o espiritual é tarefa que compete a cada um de nós, porque, por intermédio do primeiro temos ensejo de realizar atividades no bem na matéria; por intermédio do segundo depuramos aquele e chegamos a planos mais evoluídos da Criação. Não esquecendo que Deus tem Suas leis regendo todas as nossas ações. Se as violamos, assumimos os ônus. “Indubitavelmente, quando alguém comete um excesso qualquer, Deus não profere contra ele um julgamento. Ele traçou um limite. As enfermidades e, muitas vezes a morte, são consequência dos excessos. Eis, aí, a punição; é o resultado da infração da lei. Assim é tudo".

Jorge Hessen
http://jorgehessen.net