28 de dez. de 2015

INFIDELIDADE CONJUGAL! NÃO SE PENSA NA DOR DO PRÓXIMO!


Quando o homem e a mulher decidem casar-se, assumem o compromisso de cultivar a fidelidade por toda a vida, mas muitos não o cumprem. Este número é bem maior entre os homens do que entre as mulheres. Na atualidade, o percentual de homens infiéis é bem maior do que o dos fiéis.
Em muitos casos, a infidelidade não traz maiores problemas, mas, em alguns, provoca situações verdadeiramente dramáticas, não só em relação à mulher, como também ao homem, com repercussões para o resto da vida.
A vítima da infidelidade, seja homem ou mulher, fica seriamente lesada em sua sensibilidade.
Algumas se desestruturam totalmente, outras entram em depressão profunda ou se desequilibram completamente, necessitando de tempo mais ou menos longo para readquirir o equilíbrio. E o causador contrai um débito perante a justiça divina.
As conseqüências do ato infeliz, muitas vezes, se estendem às existências futuras, porquanto não se rompe impunemente um compromisso afetivo.
Por mais que tente, o infiel não consegue evitar mudanças no relacionamento conjugal, em virtude de sentir a consciência culpada. Como pode um homem que teve relacionamento íntimo com uma amante ser terno com a esposa, como se lhe fosse totalmente fiel? Da mesma forma, como pode a mulher ser carinhosa com o marido, após ferir a própria consciência num ato de infidelidade?
infiel lesa moralmente o cônjuge e a si próprio. Nesta época em que vivemos, não é somente por questões psicológicas, espirituais ou morais que se deve conservar a fidelidade, mas também por razões de saúde, porquanto há várias doenças transmitidas sexualmente que a comprometem. Entre elas, a mais grave é a AIDS, para a qual ainda não existe tratamento eficiente.
Quais são as causas da infidelidade?
São bastante variadas e dependem da formação moral da pessoa e de determinadas circunstâncias.
O homem, que tem uma formação moral deficiente e com forte tendência para a infidelidade, costuma romper com os compromissos matrimoniais logo nos primeiros anos de vida conjugal. A educação deficitária, sob o ponto de vista cristão, lhe permite considerar como natural a experiência extraconjugal para o homem. É o pensamento marcadamente machista que predominou até recentemente. De acordo com esta concepção, o homem tinha o direito de ser infiel, mas a mulher não podia sequer pensar nisto.

Não são, entretanto, apenas estes tipos de homem que estão sujeitos à infidelidade. Também os que têm uma melhor formação, porquanto são muitas as oportunidades no mundo moderno. Só os que têm princípios muito bem consolidados resistem a tais arrastamentos.
Contribuem para este tipo de deslize as crises na vida conjugal, as brigas constantes, a indiferença, etc. esta situação leva os cônjuges a se sentirem infelizes, o que cria condições para o rompimento dos compromissos conjugais. Encontrando, então, uma pessoa que lhe dê atenção e carinho, o homem corre o risco de ceder, de se envolver afetivamente. Também a mulher está sujeita a seguir o mesmo caminho, se a vida a dois não vai bem. Em nossa sociedade, porém, ela resiste por mais tempo e é mais reservada. Ela se expõe menos. A maioria das mulheres tende a se resignar e rejeita sistematicamente a ideia de se tornar infiel. Prefere sacrificar-se e conservar os seus princípios. Muitas, porém, encontrando um homem mais atencioso, que lhes dê carinho, acabam cedendo.
Uma parcela significativa dos homens se tornam infiel depois que os filhos já estão criados. Para isto contribui não só a redução das preocupações com eles, como também a diminuição dos encantos da mulher, no aspecto físico. Isto para os homens que valorizam quase que exclusivamente a aparência da mulher, esquecendo-se de suas qualidades intelectuais e morais. Com a mulher costuma ocorrer diferente.
Ela valoriza mais as qualidades do homem que os seus dotes físicos.
Concorre também para criar as condições favoráveis para a infidelidade a convivência com outra pessoa, de forma mais íntima, seja no trabalho ou em outras atividades, inclusive as de natureza religiosa.
Há muitos casos de religiosos que se envolveram afetivamente desta forma. De modo geral, quando descobrem, já estão comprometidos emocionalmente, necessitando de uma potente força de vontade para se desvincularem. O sentimento vai crescendo sorrateiramente, sem que o percebam. Isto não constitui motivo para que um homem e uma mulher não convivam no trabalho ou na atividade espiritual, porquanto existe uma medida eficaz para evitar que isto aconteça: é não permitir o relacionamento exclusivista e universalizar o sentimento; é um encarar o outro como companheiro de trabalho ou de atividade religiosa.
Um aspecto do problema que não pode ser esquecido é o do conquistador ou conquistadora, que procuram identificar a carência do outro e atacam por este ponto. O dom-juan usa esta tática. Ele procura envolver a mulher que deseja conquistar pelo seu ponto fraco. Se percebe que ela é carente de atenção, procura se tornar extremamente atencioso. Se descobre que é carente de carinho, envolve-a com este tipo de afeto até conquistá-la.

Não podemos deixar de citar também a influenciação dos encarnados por espíritos obsessores, que procuram incentivar o envolvimento emocional das pessoas, muitas vezes com o objetivo de desarticular os seus lares, ou de um deles.

Vida Conjugal – Umberto Ferreira

Observação de Divaldo Franco: "O adultério é coabitar (viver) com alguém e aventurar-se simultaneamente (ao mesmo tempo) com outrem. Não nos parece legal nem moral esse comportamento."

26 de dez. de 2015

O MUNDO SÓ É UMA DROGA PARA QUEM SE DROGA NO MUNDO!


Vimos atender o pedido de diversos jovens e pais que chegam até nós, solicitando um esclarecimento sobre as drogas. Comecemos então, pela definição do termo: droga é qualquer substância estranha ao nosso corpo, que, estando dentro dele, nos cause alterações fisiológicas ou psíquicas, assim, droga é aquele remédio que você toma para sarar da gripe ou a vacina que você tomou quando era pequeno... mas não pára por aí, pois também pode ser utilizada para deprimir, estimular ou perturbar nossa atividade cerebral, por isso são chamadas drogas psicotrópicas.

São depressores : álcool ; soníferos ou hipnóticos (barbitúricos); ansiolíticos (acalmam, inibem a ansiedade) as principais drogas pertencentes a essa classificação são os benzodiazepínicos (diazepam, lorazepam, etc); opiáceos (aliviam a dor e dão sonolência) como a morfina, heroína, codeína e meperidina; inalantes ou solventes (colas, tintas, removedores, etc).

São estimulantes : anorexígenos (diminuem a fome), como as anfetaminas; cocaína ; rebites (utilizados por caminhoneiros, para atravessarem as noites sem dormir).

São perturbadores : mescalina (do cacto mexicano), THC (substância ativa da maconha), psilocibina (de certos cogumelos), lírio , LSD , ecstasy , anticolinérgicos .

O tabaco não provoca grandes alterações cerebrais, portanto não é classificado como psicotrópico. Um dos grandes portais para o vício é a facilidade de se obter a droga. No contexto legal, as drogas se dividem em drogas lícitas e ilícitas. Drogas lícitas são aquelas vendidas legalmente, controladas ou não, como: álcool, cigarro, cola de sapateiro, moderadores de apetite, estimulantes (rebites), morfina, éter, benzina, barbitúricos, xaropes (opióides) e tranqüilizantes. Ilícitas são as drogas comercializadas ilegalmente, como a maconha, cocaína, heroína, crack, LSD e tantas outras.

Independentemente de ser lícita ou não, a droga causa diversos males ao organismo (alguns irreversíveis), dependendo do modo que ela é utilizada. É destes males e o porquê vamos atrás das drogas.



Vamos agora refletir um pouco sobre os grandes prejuízos que as drogas (de qualquer espécie) trazem ao espírito e ao perispírito. Como já dissemos, tudo que fazemos, absorvemos ou emanamos energia, positiva ou negativa, dependendo do quê estivermos fazendo/pensando. Ao consumirmos uma droga, uma tragada no cigarro, um gole na bebida alcoólica, uma injetada, aspirada, seja lá como consumirmos, liberamos uma grande quantidade de energia, como se fosse uma fumaça, que fica à nossa volta. Imagine que esta fumaça fosse um perfume que lhe agrada. Você se sente bem ao lado de quem está usando, então, procura ali permanecer. Assim funciona no mundo invisível: ficamos envoltos por energias negativas, espíritos imperfeitos, a fim de aproveitarem aquele "barato" também, se aproximam de nós e absorvem esta energia. Quando o efeito passa, eles, querendo mais, influenciam nossas idéias, a fim de que consumamos mais e mais. "Mas e o meu livre arbítrio???", pergunta aquele manézinho. Pois é, temos nosso livre arbítrio para escolher entre consumir ou não. Porém, estas influências espirituais atingem nosso subconsciente, e por muitíssimas vezes, o que pensamos que é nossa idéia ou vontade é a ideia ou vontade de um espírito que está ao nosso lado, nos influenciando positiva, ou negativamente.

Quando nosso organismo está em desequilíbrio fisiológico, nosso perispírito tenta "sugar" aquele "mal" acumulado naquela parte do corpo, bombardeando aquela região com energia positiva. Porém, quando isto acontece por muito tempo, o perispírito se desgasta tanto, que se machuca também, aí passamos aquele problema para nosso corpo espiritual. Que problema? Aos fumantes, uma mancha negra na região do pulmão, aos alcoólatras, geralmente uma mancha negra na região do fígado, aos usuários de drogas psicotrópicas, geralmente uma mancha negra na região da cabeça, lembrando, no perispírito. Daí provém as dores que os espíritos de viciados dizem sentir no Plano Espiritual, e a maioria das doenças que nos afetam desde nosso nascimento ao reencarnarmos, pois quando o perispírito está em desequilíbrio energético, a matéria tenta absorver este problema, resultando em males no corpo físico.

E quando nos drogamos, além do "barato" que sentimos, ganhamos de brinde vários "amigos" espirituais, geralmente de ex-viciados, que como não possuem mais um corpo físico, consomem as drogas através de nós. Aí rola a famosa obsessão, quando os espíritos inferiores nos influenciam ao uso das drogas.

Por isso, a melhor saída é a famosa frase "orai e vigiai", pois quando acompanhados de bons espíritos, estamos sujeitos a boas influências.

Não deixe de ler : O Livro dos Espíritos , livro II, cap. IX, de Allan Kardec; Nós os jovens , pelo espírito Rosângela; Não pise na bola , de Richard Simonetti; Um roqueiro no além , pelo espírito Zílio. Existem diversas obras de estudo e romances que tratam sobre as drogas. Consulte uma boa livraria espírita e desenvolva o tema em sua Mocidade!

Randal Juliano

24 de dez. de 2015

Mensagem de Natal e Ano Novo



Um momento doce e cheio de significado para as nossas vidas. É tempo de repensar valores, de ponderar sobre a vida e tudo que a cerca. É momento de deixar nascer essa criança pura, inocente e cheia de esperança que mora dentro de nossos corações. É sempre tempo de contemplar aquele menino pobre, que nasceu numa manjedoura, para nos fazer entender que o ser humano vale por aquilo que é e faz, e nunca por aquilo que possui.
Noite cristã, onde a alegria invade nossos corações trazendo a paz e a harmonia.
O Natal é um dia festivo e espero que o seu olhar possa estar voltado para uma festa maior, a festa do nascimento de Cristo dentro de seu coração. Que neste Natal você e sua família sintam mais forte ainda o significado da palavra amor, que traga raios de luz que iluminem o seu caminho e transformem o seu coração a cada dia, fazendo que você viva sempre com muita felicidade.
Também é tempo de refazer planos, reconsiderar os equívocos e retomar o caminho para uma vida cada vez mais feliz. Teremos outras 365 novas oportunidades de dizer à vida, que de fato queremos ser plenamente felizes. Que queremos viver cada dia, cada hora e cada minuto em sua plenitude, como se fosse o último. Que queremos renovação e buscaremos os grandes milagres da vida a cada instante.
Todo Ano Novo é hora de renascer, de florescer, de viver de novo. Aproveite este ano que está chegando para realizar todos os seus sonhos!
Feliz Natal e um próspero Ano Novo!

23 de dez. de 2015

SUICÍDIO! VAMOS PENSAR NO TEMA?


O suicídio é considerado um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. É preocupante o número de autoextermínios, que, em 90% dos casos, está associado a patologias de ordem mental diagnosticáveis e tratáveis. 
 
A informação é a melhor forma para se salvarem vidas. Pensando assim, o jornalista e professor André Trigueiro, 48, escreveu “Viver é a Melhor Opção”.
O livro analisa as causas que levam as pessoas a colocarem fim às próprias vidas, traz estatísticas, cita fatores de risco e aborda a visão espírita, ampliando os horizontes de investigação sobre o assunto.
“Não importa a corrente filosófica, humanista ou espiritualista, à qual estejam vinculados os suicídios. A luta em favor da vida é a causa comum, o que empresta sentido ao conceito de civilização”, diz o escritor.
Trigueiro era católico e se converteu ao espiritismo em 1987, quando tinha 21 anos. “Fiquei encantado pela forma como essa filosofia espiritualista explica as leis que regem a vida e o universo. Acho muito interessante também o fato de não ser uma doutrina proselitista, ao afirmar que ‘fora da caridade não há salvação’ (independentemente do credo), e de não se apresentar como o único caminho que leva a Deus”, comenta.
Para ele, dentre todas as grandes religiões e tradições espiritualistas do Ocidente e do Oriente, a doutrina espírita parece ser a que disponibiliza mais informações sobre a realidade do suicida no plano espiritual.
“Para os espíritas, em nenhuma hipótese o suicídio representa alívio ou solução para os problemas. Pelo contrário, agrava-se a situação de quem, pelos mais variados motivos, malbaratou a oportunidade de aproveitar a existência para avançar na senda evolutiva. Somos reencarnacionistas, e para nós não existem penas eternas. Mas o período de desequilibro que sucede o autoextermínio pode ser mais ou menos longo (dependendo de cada caso) e invariavelmente doloroso”, explica o jornalista. 
Motivos não faltam àqueles que ceifam suas vidas. Muitas vezes acredita-se que o suicida pode ter agido sob a influência de um espírito obsessor.
“Quando não se conhece devidamente a doutrina espírita, pode-se ‘terceirizar’ com muita facilidade os nossos erros, responsabilizando os obsessores. Em outras tradições, culpa-se o diabo. E nós nessa história? Somos apenas vítimas?”, questiona Trigueiro.
Segundo ele, o espírito de Marcelo Ribeiro, que ditou belas mensagens e textos para o médium Divaldo Pereira Franco, disse certa vez que “nós não somos outros espíritos. Somos os algozes do passado travestidos de vítimas do presente”.
“A lei de causa e efeito, uma das leis de Newton, é um dos fundamentos importantes do espiritismo. Quem semeia o mal colhe o mal, quem semeia o bem colhe o bem. Obsessores, quando aparecem, se percebem no suposto direito de fazer ‘justiça’. E atrapalham a existência daqueles que sofrem suas influências. Não se dão conta do erro que cometem, e do quanto essa postura atrasa suas jornadas evolutivas. Importa que o obsidiado perceba o que acontece e peça sinceramente perdão pelos erros do passado”, observa Trigueiro.  
Para a doutrina espírita, o desligamento do corpo de um suicida ocorre de forma muito dolorosa. “Ele encontra dificuldades em se afastar do corpo físico logo após o desencarne, gerando grande aflição, pois sofrerá as impressões do que venha a acontecer ao cadáver durante o processo de decomposição da matéria orgânica”, assinala Trigueiro.
Perispírito
Violência. O autoextermínio produz estragos importantes na matriz espiritual do suicida, no perispírito, que, em alguns casos, podem levar mais de um século para serem sanados.
Dependentes de álcool e tabagistas são suicidas

A leitura que a doutrina espírita faz do suicídio é bastante abrangente. É interessante ressaltar que para os espíritas não existe a morte, ou seja, o espírito que pratica o autoextermínio considera que vai ceifar sua vida, mas isso não acontece, porque o espírito continua vivo do lado de lá.

“O primeiro grande choque se dá quando o suicida percebe-se vivo, quando descobre que a morte não existe e que a dor que o afligia foi potencialmente agravada pelas consequências de seu ato. Para quem procurava uma solução, o desapontamento é evidente”, comenta o jornalista André Trigueiro.

Mas existe outra forma de autoextermínio, que os espíritas chamam de suicídio indireto, que é menos conhecida.

“Suicídio é também tudo que se faz conscientemente para apressar a extinção das forças vitais. O mais importante objetivo da vida é evoluir, e, para isso, dispomos de um poderoso combustível chamado fluido vital. Quando desperdiçamos vigorosamente esse fluido com atividades desimportantes e comprometedoras para a resiliência do organismo, precipitamos o retorno à pátria espiritual”, pondera Trigueiro.

Segundo ele, no livro “Nosso Lar”, psicografado por Chico Xavier, o espírito de André Luiz desencarna mais cedo que o previsto por complicações causadas pelo tabagismo, pela bebida e pelas noitadas. “De acordo com a obra, ele passou oito anos padecendo no umbral pela culpa de ter consumido suas preciosas energias vitais de forma tão displicente e irresponsável”.

MAGIA NEGRA, POSSESSÃO OU LOUCURA? A ANÁLISE DE UM ESPÍRITA!




Recentemente, em São Paulo, um jovem de 19 anos foi morto por sua própria mãe, provavelmente, por força de um ritual de magia negra. Quando foi presa, estava em crise psicótica (loucura? ou possessão?); falava sobre demônios e assuntos satânicos, e seis policiais foram necessários para dominar aquela senhora que pertencia a comunidades religiosas não convencionais da internet que adotam o sacrifício humano. Conforme investigação policial, ela teria dito que o filho tinha que ser morto por um "bem maior"(...!?...) Em os Atos dos Apóstolos, lemos o seguinte "e o homem que estava possesso do espírito mau pulou sobre eles com tanta violência, que tiveram de fugir daquela casa, sem roupas e cobertos de ferimentos."

Considerando o trágico episódio, deliberei acessar um site que divulga essas práticas de magia negra. Observei que há advertências ameaçadoras do tipo: "não se meta em aventuras" - "os perigos espreitam..." - "tem que estar preparado(a), os riscos são muito grandes..." - "não faça nada sem ajuda de um mago".(!!!!) No site, sem colorido agradável, encontrei ainda o seguinte trecho: "existem em nós forças vivas não utilizadas, e muitas influências não controladas, que podem ser usadas em tudo. 

Forças, que podem ser usadas para vosso beneficio desde agora, e servir para vos conduzir nos caminhos do grande sucesso, nos campos afetivo, profissional e financeiro, além da resolução dos mais diversos problemas que se nos apresentam no dia a dia, contudo, devo chamar a atenção para as graves consequências, isto se não souber lidar com tais influências, que além de outras coisas nos podem levar à loucura e perdição total". Lendo essas advertências na Internet, senti-me vivendo os densos ares medievais, em que pese nossa pujante era cibernética.

Na ameaçadora home Page, tive que ler: "ainda hoje se realizam as famosas missas negras e os participantes, são em geral pessoas cultas e de formação superior. O satanismo tem cada vez mais iniciados, e tudo isso faz parte de um mundo que não é visto com bons olhos, porque ninguém acredita ..!mas...como são grandes e inúmeros os problemas resolvidos diariamente com a magia e solicitados pelas mais diversas classes sociais. Viva a magia, a feitiçaria e tudo o mais que rodeia o oculto." 
Regurgita o "mago" coordenador do macabro site. Ressalte-se que nas práticas kardecistas, conforme os ensinamentos dos Espíritos, não se fazem sacrifícios humanos, não se interrogam astros, adivinhos e magos para se informar de qualquer "revelação"; não se usam objetos, medalhas, talismãs, fórmulas sacramentais, e nem se escolhem lugares lúgubres e horários específicos para atrair ou afastar Espíritos.

Na sociedade medieval, temerosa dos poderes espirituais ocultos, a doença mental era encarada como resultado da presença demoníaca, da força maligna na sua plena ação. O louco era submetido a sessões de tortura física e psicológica; não havia compreensão e um sentimento de ódio e temor rondavam a relação entre os sãos e os doentes. O desconhecimento quase que completo, levou à busca de tratamentos dolorosos aos doentes. A trepanação - matriz das modernas lobotomias - consistia em abrir buracos nos crânios dos doentes de 2,5 a 5 cm de diâmetro, sem anestesia ou assepsia adequadas. Os "doutores" buscavam remover a pierre de folie (pedra da loucura) que acreditavam existir nos cérebros dos doentes. O que acontecia de fato é que eram feitas verdadeiras mutilações que exauriam as forças dos doentes e, por vezes, acabavam por deixar os pacientes privados de certos movimentos.

A partir do século XIX, com o nascimento da psicanálise e as importantes contribuições de Freud, a psiquiatria, como um dos braços da medicina, pôde avançar em alguns pontos no tratamento da loucura, mas não suficientemente. "Há desordens patológicas, que são meras conseqüências e contra as quais nada adiantam os tratamentos médicos, enquanto subsiste a causa originária. Dando a conhecer essa fonte, donde provém uma parte das misérias humanas, o Espiritismo indica o remédio a ser aplicado: atuar sobre o autor do mal que, sendo um ser inteligente (espírito), deve ser tratado por meio da inteligência." 

A psiquiatria tem estado atada pelos limites do cérebro, pelas barreiras do corpo material, fonte que, sabemos, não é a origem principal da doença, mas sim a manifestação de algo que é externo a ele. Vejamos agora no que o Espiritismo contribuiu para o entendimento dessa questão. Allan Kardec e os Espíritos da Codificação nos apresentaram um elemento primordial para o entendimento do ser humano na sua essência: o Espírito. O ser imortal; aquele que viveu e viverá inúmeras existências através das reencarnações. A loucura - ou a doença mental, como preferir - deve ser também encarada sob esse prisma, como reflexo de erros assumidos no passado. Como se manifesta de uma forma negativa, trazendo sofrimento, tanto para o doente, como para a família, há que se concluir que seja reflexo de uma falta anterior.

Outro aspecto que temos de considerar é a loucura desencadeada por um processo obsessivo ou possessivo, que, também, tem por causa um ato anterior. Um histórico de disputas e relações não resolvidas envolvem vítima e algoz, agora, em papéis invertidos. O obsessor ou "possessor" acredita que sua má influência, como vingança ao ofensor encarnado, o livrará da dor que carrega, influência essa que pode, inclusive, levar o obsidiado ou possesso a um diagnóstico equivocado de deficiência mental.

Não cremos no poder irrestrito das forças dos espíritos maus em face de pacto de magia negra com os mesmos. Há, no entanto, pessoas (encarnadas) perversas, no limite da loucura, que simpatizam com os Espíritos inferiores (ignorantes) e pedem que eles pratiquem o mal, ficando, então, obrigados a servi-los, porque estes, também, precisam da "recompensa" pelo empenho no mal. Nisso, apenas, é que consiste o pacto. É como explicam os Benfeitores: "por exemplo - queres atormentar o teu vizinho e não sabes como fazê-lo; chamas então os Espíritos inferiores que, como tu, só querem o mal; e para te ajudar querem também que os sirva com seus maus desígnios. Mas disso não se segue que o teu vizinho não possa se livrar deles, por uma conjuração contrária ou pela sua própria vontade."

Objetivamente falando, a possessão pode ser promovida, também, por um Espírito bom. "A possessão pode ser o feito de um bom Espírito que quer falar e, para fazer mais impressão sobre os seus ouvintes, toma emprestado o corpo de um encarnado, que este lhe cede voluntariamente tal como se empresta uma roupa. Isto se faz sem nenhuma perturbação ou incômodo e, durante este tempo, o Espírito se encontra em liberdade como num estado de emancipação e freqüentemente se conserva ao lado de seu substituto para o ouvir."

No trágico caso que estamos analisando, podemos também inferir sobre um processo de subjugação profunda, lembrando que a possessão é sempre temporária e intermitente, porque um Espírito desencarnado não pode tomar, definitivamente, o lugar de um encarnado, pelo simples fato de que a união molecular do perispírito com o corpo só se opera no momento da concepção. No caso de posse momentânea do corpo do encarnado, o Espírito se serve dele como se seu fora: fala pela sua boca, vê pelos seus olhos, opera com seus braços, conforme faria se estivesse vivo. Não é como na mediunidade psicofônica, em que o Espírito encarnado fala, transmitindo o pensamento de um desencarnado; no caso da possessão é mesmo o espírito "possessor" quem fala e age. Servindo-se dos órgãos e dos membros da infeliz vítima, blasfema, injuria e maltrata os que a cercam; entrega-se a excentricidades e a atos que apresentam todos os caracteres da loucura furiosa, inclusive homicídio.

Cabe lembrar que o encarnado pode, também, por sua vontade, lançar uma carga de fluidos mórbidos sobre uma pessoa, e se esse magnetismo inferior encontrar sintonia em quem está sendo alvo dessa má intenção, os efeitos poderão ser maléficos. Um Espírito desencarnado também pode fazê-lo, com consequências iguais às do encarnado. Ora, os trabalhos feitos (despachos), "macumbas" ou magia negra nada mais são do que o movimento de baixo magnetismo, realizado por homens e Espíritos perversos.

Para libertar alguém que esteja sendo vítima desse mal, não é necessário o uso de qualquer objeto material, ou ritual, como acontece em terreiros. Porém, é importante um preparo moral e intelectual mínimo. O tema "magia negra" ainda não foi estudado de forma abundante pelos pesquisadores espíritas, isto é, pelos seguidores da Doutrina Espírita, codificada por Kardec. Há confrades que não acreditam na possibilidade da existência dos conjuros, ou trabalhos feitos, como é conhecida a Magia Negra. No entanto, um estudo cuidadoso da teoria de O Livro dos Espíritos, e de algumas citações feitas por Allan Kardec na Revista Espírita, mostram que essas manobras mediúnicas, com a finalidade de prejudicar o próximo, são perfeitamente possíveis. 

Como citei acima, na questão 549, Kardec pergunta - Há alguma coisa de verdadeiro nos pactos com os maus Espíritos? Na resposta, o Espírito de Verdade demonstra, de maneira muito clara, que é possível uma criatura evocar maus Espíritos para ajudá-la a causar mal a outra pessoa. A resposta esclarece, ainda, que esse ato pode ser realizado por uma sequência de procedimentos conhecidos como conjuração. Vai mais adiante, dizendo que a pessoa atingida pelo malefício poderá se livrar dele, por uma vontade poderosa ou por uma conjuração contrária àquela que foi usada, com maus propósitos, para prejudicá-la. Um desconjuro, que nos terreiros se chama: "desmanche".

Aquilo que pode fazer um espírito encarnado, dardejando seu próprio fluido sobre uma pessoa, um desencarnado pode, igualmente, fazer, desde que tenha o mesmo fluido. Desse modo, pode magnetizar e, dependendo de ser bom ou mau o fluido emitido, sua ação será benéfica ou malfazeja".

Na pergunta 551, Kardec indaga se alguém poderia fazer mal ao seu próximo, com auxílio de um Espírito mau que lhe fosse devotado. A resposta é clara: "Não, Deus não o permitiria." Aprofundando a questão, vejamos: Na questão 557, Os Espíritos explicam: "Deus não ouve uma maldição injusta". Isso pode significar que permite uma maldição justa, ou seja, quando o homem de alguma forma, ou por alguma razão, mereça aquele mal. A assertiva 552, de O Livro dos Espíritos, permite-nos compreender que: "...algumas pessoas têm um poder magnético muito grande, do qual podem fazer mau uso, se seu próprio Espírito for mau. Nesse caso, poderão ser secundadas por maus Espíritos". Numa situação inversa ao que utilizamos nos centros espíritas, pessoas de mentalidade doentia, cheias de maus pensamentos, dotadas de grande poder magnético, com más intenções, secundadas por maus Espíritos, podem arremessar cargas fluídicas negativas sobre aqueles a quem querem prejudicar.

Os maus Espíritos pululam ao redor da Terra, em consequência da inferioridade moral de seus habitantes. Sua ação malfazeja faz parte dos flagelos, aos quais a Humanidade está exposta neste mundo. O Espiritismo considera a gênese do fenômeno da possessão uma faculdade mediúnica desgovernada e trata esse tipo de manifestação através do diálogo com o Espírito possessor, buscando compreender suas razões para esclarecê-lo e libertá-lo da sua própria ignorância e confusão mental. 

Nas reuniões de Magia Negra os objetos materiais e os rituais são utilizados para fortalecer a fé nos maus propósitos projetados àqueles contra os quais se deseja prejudicar. A assistência espiritual é de Espíritos inferiores, que se identificam com seres encarnados, também, de qualidades morais inferiores, desejosos por afligir e enfermar o próximo ou, ainda, ver realizados os interesses de ordem material. Se as criaturas visadas estiverem sintonizadas em faixas de equivalência vibratória, não tenhamos dúvidas de que serão atingidas por elas. É bem verdade que os bons Espíritos nos protegem destes malefícios, mas temos que ter merecimento para isso. É a sintonia. Alguém duvida disso?

Jorge Hessen

21 de dez. de 2015

IMPRESSÕES DIGITAIS PODERIAM PROVAR A REENCARNAÇÃO?



"Mamãe, eu morri num rio...." a frase dita a alguns anos por Felipe (nome adotado para este relato) ao passar sobre uma ponte, chocou sua mãe, que aqui chamaremos de Amélia. O menino, que desde muito cedo manifestava um grande medo do mar, tinha na ocasião apenas dois anos de idade e a família morava em Santos, litoral de São Paulo. Hoje, Felipe tem treze anos e mora com a família na cidade paulista de Jarinu. Já não se lembra mais dos detalhes da estória que contava aos atônitos pais : a de que havia vivido em Campos de Jordão, que se chamava na ocasião Augusto Ferreiro, que mexia com ferragens e cavalos e que havia morrido num acidente em que um automóvel Gol cor de vinho caberá num rio. Quando pequeno, o menino contava ainda detalhes da cidade serrana que não poderia conhecer – como o clima frio e a grande quantidade de flores azuis (hortênsias) nas ruas – já que a sua família atual jamais estivera ali.

O tempo passou e a família de Felipe nunca teve oportunidade de verificar a veracidade da estória. Até que, em dezembro passado, ao assistir ao programa "Espiritismo Via Satélite", hoje "Visão Espirita", no canal executivo da Embratel, dona Amélia conheceu o entrevistado daquele domingo, Dr. João Alberto Fiorini de Oliveira, delegado titular do Serviço de Registros Policiais para Investigações em Curitiba - Paraná. E quando soube que ele realiza pesquisas de casos de reencarnação, utilizando-se de técnicas avançadas de investigação, não teve duvidas: mandou um fax contando sua estória e pedindo o auxilio do perito.

O Dr. Fiorini interessou-se pelo caso e saiu a campo para investigar. Foi a campos de Jordão na semana do Natal de 2000 e, depois de muito procurar por pistas do tal Augusto Ferreiro – individuo que Felipe dizia ter sido em encarnação anterior – não logrou êxito. Consultou registros na Prefeitura , delegacia, cemitério, hospitais... e nada . Nenhum sinal daquele senhor. Até que, passando próximo ao teleférico num ponto de charretes (que em Campos de Jordão desempenham a função de táxi), decidiu parar e indagar aos carreteiros mais idosos.
- "Perguntei a um deles, chamado seu Antônio, se havia conhecido um tal de Augusto Ferreiro. Ele respondeu:" - conheço !, conta Fiorini. "Fiquei perplexo". Tudo indicava, portanto, tratar-se de um caso de paranormalidade, mas não de reencarnação já que Augusto Ferreiro continuava vivo. Fiorini, então, telefonou para a mãe de Felipe e relatou-lhe o fato. Ela por sua vez, contou a estória ao seu filho, que teve uma reação inusitada: entrou em um estado de profunda agitação, quase de pânico, ao se lembrar do verdadeiro Augusto Ferreiro.

Diante disso, Fiorini decidiu ir à procura desse personagem que, nesta altura dos acontecimentos, era a única pessoa capaz de decifrar o enigma. Voltou, então, ao ponto de charretes e, retomados os contatos, foi levado a residência daquele senhor.
Ali, numa casa simples, distante sete quilômetros do teleférico, Fiorini encontrou um ancião de 80 anos que o atendeu com cortesia, mas bastante desconfiado. Soube, então, que Augusto Ferreiro era um apelido. Sue nome verdadeiro é José Chagas, embora ninguém o conheça como tal, ganhara o apelido de Augusto ainda bebê, quando uma outra criança que havia nascido no mesmo dia que ele – esta sim chamada de Augusto – falecera dois dias depois. O "sobrenome" Ferreiro só veio muito mais tarde, quando passou a trabalhar com charretes, metais, ferraduras.... Feitas as apresentações, travou-se o seguinte dialogo:


  • Eu trouxe aqui um documento – principiou Fiorini, entregando-lhe o fax que a mãe de Felipe lhe havia enviado com o relato da historia - e gostaria que o senhor o visse e me desse algumas informações.
Augusto Ferreiro dispôs-se a colaborar.
  • Esse menino – prosseguiu o delegado – esta dizendo que é o senhor. É claro que está enganado ! Mas existe alguém na sua família que morreu afogado num rio ?
  • Não, foi a resposta categórica – não existe.
  • Bem, então como explica que um menino que nunca ouviu falar do senhor saiba seu nome, a cidade onde mora e como é essa cidade, mesmo nunca tendo estado aqui ?
  • Eu não sei – respondeu, sincero, o distinto senhor - Eu não sei nada sobre esse assunto- finalizou .
Fiorini agradeceu e se despediu, frustrado. Mas, a perplexidade não havia sido só dele, soube-o mais tarde . Naquele dia, o velho Augusto Ferreiro não consegui conciliar o sono. Disse, posteriormente, que custou a dormir e, quando pegou no sono, sonhou com um neto seu, Fernando, que ele não via há quase quinze anos. Fernando era filho de uma de suas filhas, Cidinha, que morava em Ubatuba, litoral norte de São Paulo. O que intrigou o senhor Augusto foi o fato de que o menino, no sonho, só lhe aparecia de costas. E, segundo ele, quando uma pessoa aparecia de costas - num sonho - era porque essa pessoa estava morta.

No dia seguinte, Augusto Ferreiro reuniu os filhos e contou-lhes a estória toda: o aparecimento em sua casa, na véspera, de um sujeito estranho contando uma estória igualmente estranha, de um menino que dizia ser ele e que havia morrido afogado. Depois, emendou o relato do impressionante sonho que tivera com Fernando, que há muito tempo não via, e perguntando-lhes se estavam escondendo algo sobre o neto.
Os filhos ficaram horrorizados. Entre confusos e encabulados, contaram ao pai que seu neto, Fernando, realmente havia falecido há vários anos - afogado - no rio do Boi, em Ubatuba, dragado por um tubo, ao cair de uma ponte que o próprio Augusto havia ajudado a construir. Na ocasião, a família deliberou esconder o fato do avô, para que ele não sofresse. Sim, era verdade, disseram-lhe os filhos, Fernando não estava mais entre eles.

Foi uma comoção geral e Augusto Ferreiro decidiu procurar o estranho que lhe visitara na véspera para contar-lhe o ocorrido. Mas, onde encontra-lo ? Decidiu, então, dirigir-se ao ponto de charretes e deixar recado para Fiorini procurá-lo, caso ele voltasse a passar por ali.
E foi o que ocorreu. No dia de Natal, Fiorini - que havia feito amigos entre os charreteiros - voltou para presenteá-los com panetones e vinhos. Foi quando recebeu o recado de Augusto Ferreiro e voltou a procurá-lo, ouvindo de sua boca a estória toda:
  • Há quinze anos, minha filha Cidinha teve um problema de tuberculose e eu fui buscá-la para fazer tratamento aqui em Campos. Ela veio e trouxe o filho, Fernando, que ficou comigo durante o período em que ela se tratava . Na época, um outro filho meu tinha um carro Gol cor-de-vinho e eles passeavam bastante pela cidade; só que esse carro não caiu no rio, não; foi destruído, tempos depois, num incêndio. Eu fazia carrinhos e brinquedos de boi para Fernando, que se afeiçoou bastante a mim, e eu a ele. Foi nessa época que ele conheceu o frio e as flores da cidade. Quando a mãe melhorou, voltaram para Ubatuba e, depois disso, eu nunca mais vi Fernando. Meus filhos contaram, agora, que pouco tempo depois de voltar para casa, meu neto - brincando num rio - foi dragado por um tubo, debaixo de uma ponte que eu ajudei a construir e morreu afogado. Eles esconderam essa estória de mim e só agora eu soube de tudo.
Mesmas digitais

A estória de Felipe, aparentemente, termina aqui. Fiorini gostaria de ter as impressões digitais de Fernando, o neto de Augusto Ferreiro, mas isso não será possível. Fernando faleceu aos seis anos de idade. Dois anos mais tarde, reencarnou em Santos, onde recebeu o nome de Felipe. Se fosse possível confrontar as digitais das duas crianças... Fiorini está convencido de que elas seriam idênticas. E esta seria a prova definitiva da realidade da reencarnação.

Essa, alias, é a polemica tese do Dr. João Fiorini : a de que carregamos as mesmas impressões digitais de uma encarnação à outra quando o intercurso – tempo decorrido entre uma encarnação e a seguinte – é relativamente curto.
Sabe-se que não existem dois seres humanos com as mesmas impressões digitais. Fiorini cita os estudos do medico Almeida Jr., já falecido, que foi professor de Direito da Faculdade do largo São Francisco, em São Paulo, e de Medicina Forense da Escola Paulista de Medicina. De acordo com esses estudos, numa relação sexual existem cerca de dezessete milhões de espermatozóides se debatendo para fecundar um dos óvulos da mulher. Isso resulta na espantosa cifra de possibilidades de combinações diferentes. Daí a improbabilidade de duas pessoas terem as mesmas digitais.

Não obstante, lembra Fiorini, existe - nos Estados Unidos - um serviço centralizado de cadastramento de pessoas com cinqüenta milhões de indivíduos registrados, todos com suas digitais. Pois bem, sempre que ocorre uma repetição de digitais, uma das pessoas envolvidas no episodio já faleceu. Jamais a digital se repete entre pessoas vivas. Como os americanos, de maneira geral, não acreditam na reencarnação, tudo para eles não passa de uma fortuita coincidência.
Segundo Fiorini, quando o período entre as encarnações é longo, as digitais acabam por sofrer a influência genética dos pais do reencarnado. Mas, se a reencarnação ocorre pouco tempo depois de desencarne anterior, a possibilidade de o períspírito manter as digitais inalteradas é bastante acentuada.
Neto de si mesmo.

Entre os casos que estão sendo pesquisados pelo perito, está o de uma criança de Maceió, Alagoas, que segundo a família seria a reencarnação do próprio avô. Também, neste caso, as evidências são significativas. A estória é a seguinte: um advogado de 80 anos de idade faleceu e, em sonhos de vários familiares, avisou que retornaria como seu próprio neto. Ocorre que esse advogado, quando tinha dezoito anos, sofreu um acidente durante uma caçada  quando a espingarda que utilizava disparou por acaso e diversos chumbos alojaram-se em sua mão direita. Todos os chumbos foram removidos, menos um, que se instalara na junta do polegar direito; o que resultou numa deformidade local: seu dedo ficou torto puxando para a palma da mão.

O advogado faleceu em 1977 e depois dos avisos em sonho - de que voltaria - em 1999 nasceu seu neto, hoje com três anos de idade. Atualmente, a criança começa a apresentar o mesmo defeito de que seu avô era portador no polegar da mão direita. A família enviou para o Dr. Fiorini as impressões digitais do menino, tiradas rudimentarmente com batom, e xerox de um documento do advogado com sua digital. Numa analise preliminar, Fiorini – que é especialista em identificação – encontrou algumas semelhanças intrigantes, mas como a digital que existe no documento do advogado é aparentemente o polegar esquerdo – talvez devido à sua deformidade na mão direita – os sinais correspondentes na impressão digital da criança estão "espelhados", já que foi tirada da mão direita. Agora, Fiorini aguarda novas impressões digitais do menino, tiradas com maior técnica, para verificar se há - realmente - as tais correspondências.



Lembranças da guerra

Na cidade paulista de Riberão Preto, um outro caso curioso esta sendo investigado pelo delegado Fiorini. O menino Geraldo, (nome fictício) quando tinha apenas três anos e quatro meses de idade, voltou-se para sua avó e disse "Vó, quando eu era grande e você era pequenininha, eu era seu pai"... A frase, dita assim de supetão, deixou a pobre senhora abismada.
Hoje, Geraldo tem oito anos e, nesse período, muitas outras revelações sobre supostas vidas passadas foram feitas por ele, como a de que algumas das marcas de nascença que carrega no corpo são resultado de tiros que teria levado em outras vidas.
  • Ele vive tendo pesadelos, sempre relativos a guerra – diz Fiorini que, após investigações, descobriu que o bisavô de Geraldo, efetivamente, participou de uma luta armada, a Revolução Constitucionalista de 1932, quando levou um tiro na perna.
Geraldo traz uma marca de nascença na parte posterior da perna esquerda e outras quatro marcas semelhantes às de tiros; duas menores, como se os projéteis tivessem entrado por ali e, duas maiores, como se marcassem a saída dos disparos. Essas marcas maiores estão posicionadas na parte oposta da perna e em diagonal.
Uma informação dada pelo garoto, no entanto, parece não fazer muito sentido. Ele fala da sua participação numa guerra em 1968. Ora, a única guerra que acontecia naquela época, que se saiba, era a do Vietnã. Fiorini levanta uma hipótese:
  • Supostamente, ele teria sido um norte-americano nessa encarnação. Como o bisavô de Geraldo morreu em 1950  e a guerra do Vietnã aconteceu em 1968, portanto dezoito anos depois, é possível que Geraldo, realmente, tenha participado dela, já que a idade para alistamento militar nos Estados Unidos é de dezesseis anos. Nesse caso, essa seria uma encarnação intermediária entre a de Geraldo e de seu bisavô.
Analisando as digitais de Geraldo, de sua avó e de seu tio, Fiorini chegou a uma coincidência no tipo de "arco" dos dedos médio e indicador da mão esquerda de todos. Mas, para concluir a pesquisa, Fiorini precisa comparar as digitais do menino com as de seu bisavô. Em quanto isso não ocorre – as buscas estão em andamento -  a expectativa permanece.

Divisor das águas

Além destes casos, Fiorini investiga outros igualmente intrigantes, como por exemplo, um que lhe chegou ao conhecimento por meio do conferencista espirita Henrique Rodrigues, de Belo Horizonte. É a estória de um sujeito Italiano chamado Giuliano Bonomi que, certa feita, procurou um pesquisador também Italiano, o professor Rancanelli, para lhe dizer que seu nome verdadeiro era Edward Schimit, que era um cidadão americano e que "durante um combate", entre 1939 e 1945, "dormiu" e depois "acordou" pequenino, numa casa Italiana, onde recebeu o nome com que agora era conhecido". Bonomi forneceu a Rancanelli os nomes dos atuais pais Italianos e dos pais americanos. O professor, que era católico e não acreditava em reencarnação, apenas anotou os dados numa ficha e anexou os retratos dos dois personagens: o italiano e o de sua suposta personalidade anterior, o americano.
Bonomi nasceu em Consenza, ao sul da Itália, em 1972. de posse dessas informações, Fiorini pretende dirigir-se aos dois paises, Itália e Estados Unidos, para pesquisar "in loco" este caso.


Com a documentação dos casos que já investigou e com as que se encontram em andamento, o delegado João Fiorini pretende escrever um livro que, acredita, será um divisor de águas na historia das pesquisas científicas de identificações. A comprovação documental da reencarnação, sem duvida, dará em salto qualitativo não só na investigação policial, como também – e principalmente – em outras áreas do conhecimento científico com ênfase para a Medicina e a Psicologia.

Dr. João Fiorini

20 de dez. de 2015

QUEM SÃO OS ESPIRITEIROS? MAIS AÇÃO E MENOS VAIDADE!



Este brilhante texto de Richard Simonetti, chamou minha atenção por perceber que cada dia que passa, surgem muitos dirigentes espíritas preocupados apenas em encher as casas espíritas, oferecendo serviços em troca. Troca-se presença por passe, água fluidificada e eternos tratamentos espirituais. Muitos não usam o verdadeiro motivo da doutrina espírita ter sido trazida pelos espíritos, que é abrir a mente, ampliar a compreensão, buscar a reforma íntima e não permanecer na teimosa mania de buscar a qualquer custo encher as casas, buscando mais quantidade do que qualidade. Feliz a Casa Espírita que investe em estudos, palestras e a busca constante pelo esclarecimento doutrinário, tudo isso, acrescido de muitas oportunidades de trabalho na caridade. 
Temos a obrigação como divulgadores da doutrina, de buscarmos dar racionalidade a ela, preenchendo o vazio que percebo muitas vezes nos nossos frequentadores e médiuns. 

Leiam a maravilhosa visão do Richard e tirem suas conclusões. 

Espiriteiro é uma palavra nova que não se encontra no dicionário. Ela define as pessoas que se ligam ao Centro Espírita, mas são desligadas das finalidades do Espiritismo. Espiriteiro é o “papa passes”, que comparece às reuniões apenas para receber sua “hóstia”depuradora, representada pela transfusão magnética.

Frequentador assíduo de “consultórios do Além”,grupos mediúnicos que se formam apenas para receber favores espirituais, não consegue compreender que o Espiritismo não é mero salva-vidas para acidentes existenciais nascidos de sua própria invigilância.

Refratário a qualquer compromisso que imponha disciplinas de horário e assiduidade, alega absoluta falta de tempo, sem atentar a um princípio elementar tempo é uma questão de preferência.
Kardec fala dos espiriteiros, em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, no capítulo XVII:

“(...) Nalguns, ainda muito tenazes são os laços da matéria para permitirem que o Espírito se desprenda das coisas da Terra; a névoa que os envolve tira-lhes a visão do infinito, donde resulta não romperem facilmente com os seus pendores nem com seus hábitos, não percebendo haja qualquer coisa melhor do que aquilo de que são dotados. Têm a crença nos Espíritos como um simples fato, mas que nada ou bem pouco lhes modifica as tendências instintivas. Numa palavra: não divisam mais do que um raio de luz, insuficiente a guiá-los e a lhes facultar uma vigorosa aspiração, capaz de lhes sobrepujar as inclinações. Atêm-se mais aos fenômenos do que a moral, que se lhes afigura cediça e monótona. Pedem aos Espíritos que incessantemente os iniciem em novos mistérios, sem procurar saber se já se tornaram dignos de penetrar Os arcanos do Criador. Esses são os espíritas imperfeitos, alguns dos quais ficam a meio caminho ou se afastam de seus irmãos em crença, porque recuam ante a obrigação de se reformarem, ou então guardam as suas simpatias para os que lhes compartilham das fraquezas ou das prevenções (...)”


A intenção de transferir para um futuro remoto nossas realizações espirituais é algo um tanto irracional, porque o contato com a verdade implica em compromisso com ela. Com o conhecimento espírita, não haverá justificativa para a omissão. Partindo da afirmativa evangélica de que muito será pedido ao que muito recebe, concluímos que nós, espíritas, estaremos sempre em débito com a Doutrina, porquanto o empenho de uma vida será pouco, ante a gloriosa visão de realidade espiritual que ela desdobra aos nossos olhos. 

Companheiros que se manifestam (após a desencarnação) nos Centros Espíritas a que estiveram vinculados, reportam-se a esse problema.
Não tiveram dificuldade em reconhecer sua nova condição, bafejados pelo conhecimento doutrinário.

Habilitam-se à proteção de benfeitores amorosos, ligados que estiveram a atividades no campo da fraternidade humana. Reportam-se a indescritíveis emoções, no reencontro com familiares queridos.

Mas, com freqüência, revelam indefinível tristeza, por não terem aproveitado integralmente as oportunidades recebidas.
Guardam a nostalgia do ideal espírita não realizado.

Embora as conquistas alcançadas como espíritas, não conseguem furtar-se à penosa impressão de que estiveram mais para espiriteiros... 

Richard Simonetti

Aos nossos médiuns, busquem estar sempre abertos ao aprendizado, nunca abram mão desta opção de crescimento e principalmente, não se deixem levar pela soberba e vaidade, não sei deixem crer seres acima do bem e do mal.

Renato Mayrink