Este espaço foi criado com o objetivo de falar um pouco a respeito do Espiritismo, trazer alguns esclarecimentos a respeito desta doutrina tão consoladora.
30 de jun. de 2013
Palestra: Espalhamento Obsessivo, Raul Teixeira - PARTE 01
Uma palestra que nos ensina a viver melhor em cada dia de nossas vidas, nos mostrando a resposta de várias perguntas que temos.
26 de jun. de 2013
Os Tipos de Passe
Segundo explicação de Allan Kardec no Capítulo XIV, item 33 do livro A Gênese, existem três tipos de passes:
Passes Magnéticos
Passes Espirituais
Passes Mistos
Vejamos seus respectivos conceitos conforme o livro Técnicas de Passes do autor Luiz Dallarosa:
Passes Magnéticos:
O passe magnético é aplicado sem o auxílio de entidade espiritual; pois é transmitido pelas mãos ou pelo sopro do fluido humano, daquele que aplica o passe para o doente, sem a presença do espírito desencarnado, embora, como se sabe, dificilmente o médium se encontra sozinho nessas ocasiões.
Tanto Allan Kardec como André Luiz dizem que, por si mesmo, o passista pouco pode realizar em comparação com aqueles que, ao mesmo tempo, servem de intermediário de espíritos especialistas em imposição de mãos. Em o Livro dos Médiuns, Allan Kardec afirma que há pessoas dotadas de força magnética aumentada pela ação dos espíritos, mesmo à sua revelia e conhecimento.
Não é aconselhável, portanto, os centros espíritas adotarem esse tipo de passe, porque há perigo do "endeusamento" do passista, e ele crer-se possuidor de dons especiais, superiores aos que realmente tem, advindo-lhe sérios prejuízos e comprometendo a idoneidade da própria instituição.
Passes Espirituais:
Denominamos aqui de passe espiritual ao que é efetuado, diretamente, pelo espírito desencarnado, sobre o enfermo, utilizando fluidos mais puros, mais finos do que os do magnetismo humano. Segundo Allan Kardec e André Luiz, essa assistência do plano espiritual realiza-se tendo sempre como base o mérito do paciente, em consequência da lei de causa e efeito.
Há autores que o denominam de passe espiritual direto. Muitas vezes, respondendo evocações e preces formuladas por encarnados e desencarnados, o passe é feito pelos protetores espirituais, mesmo sem a presença de médiuns.
O espírito emite sobre o doente um conjunto de radiações, que são:
1º- fluidos emanados de seu sentimento, seja de natureza boa ou má;
2º- radiações de sua aura individual, mais ou menos, benéfica, de acordo com seu próprio grau de evolução;
3º- fluidos que podem captar, em qualquer lugar e em volume, conforme as necessidades da ocasião.
André Luiz, em suas obras, relata muitos casos desse tipo, em que o plano invisível realiza nas sessões espíritas ou nos lares e, principalmente à hora da prece, quando as pessoas sentem os fluidos, cuja origem ignoram.
Também os benfeitores espirituais ou familiares distantes, comumente, realizam emanações fluídicas, em benefício de encarnados doentes.
Passes Mistos:
Allan Kardec em A Gênese, cap. XIV, denomina essa sessão magnética de "magnetismo misto", "semiespiritual", ou "humano-espiritual". Esse passe resulta da combinação de fluido humano do médium com o fluido espiritual do espírito.
Há outras denominações, qual seja, passe espírita ou passe espiritual indireto, que é o passe que se pratica normalmente nos centros espíritas.
O próprio Allan Kardec diz que "não é na fórmula que está a eficácia da prece, mas na fé", do mesmo modo a execução do passe, quanto à sua eficácia, depende das condições de cooperação entre espírito, médium e doente, para que todos os recursos, magnéticos individuais e da Natureza possam, efetivamente, estabelecer um intercâmbio de elevado nível, onde a boa vontade e a fé sejam as pilastras básicas de todo o transcorrer da operação: o Passe.
Por sua vez, André Luiz explica que o passista (médium), embora forneça seus fluidos próprios, é, na realidade, um intermediário entre o espírito que o assiste, que é o verdadeiro magnetizador, e o enfermo. Porém, nem o encarnado, nem o desencarnado são possuidores do dom, nem doadores; apenas são transmissores de qualidades que fluem de uma entidade e outra, cuja única fonte e orientação vem do Alto.
A função do médium é movimentar os fluidos com a supervisão dos amigos espirituais, dependendo da necessidade espiritual e orgânica do enfermo.
Trecho de texto retirado do livro:
Técnica de Passes
de Luiz Dallarosa e colaboradores
Págs. 156, 157 e 158
Passes Magnéticos
Passes Espirituais
Passes Mistos
Vejamos seus respectivos conceitos conforme o livro Técnicas de Passes do autor Luiz Dallarosa:
Passes Magnéticos:
O passe magnético é aplicado sem o auxílio de entidade espiritual; pois é transmitido pelas mãos ou pelo sopro do fluido humano, daquele que aplica o passe para o doente, sem a presença do espírito desencarnado, embora, como se sabe, dificilmente o médium se encontra sozinho nessas ocasiões.
Tanto Allan Kardec como André Luiz dizem que, por si mesmo, o passista pouco pode realizar em comparação com aqueles que, ao mesmo tempo, servem de intermediário de espíritos especialistas em imposição de mãos. Em o Livro dos Médiuns, Allan Kardec afirma que há pessoas dotadas de força magnética aumentada pela ação dos espíritos, mesmo à sua revelia e conhecimento.
Não é aconselhável, portanto, os centros espíritas adotarem esse tipo de passe, porque há perigo do "endeusamento" do passista, e ele crer-se possuidor de dons especiais, superiores aos que realmente tem, advindo-lhe sérios prejuízos e comprometendo a idoneidade da própria instituição.
Passes Espirituais:
Denominamos aqui de passe espiritual ao que é efetuado, diretamente, pelo espírito desencarnado, sobre o enfermo, utilizando fluidos mais puros, mais finos do que os do magnetismo humano. Segundo Allan Kardec e André Luiz, essa assistência do plano espiritual realiza-se tendo sempre como base o mérito do paciente, em consequência da lei de causa e efeito.
Há autores que o denominam de passe espiritual direto. Muitas vezes, respondendo evocações e preces formuladas por encarnados e desencarnados, o passe é feito pelos protetores espirituais, mesmo sem a presença de médiuns.
O espírito emite sobre o doente um conjunto de radiações, que são:
1º- fluidos emanados de seu sentimento, seja de natureza boa ou má;
2º- radiações de sua aura individual, mais ou menos, benéfica, de acordo com seu próprio grau de evolução;
3º- fluidos que podem captar, em qualquer lugar e em volume, conforme as necessidades da ocasião.
André Luiz, em suas obras, relata muitos casos desse tipo, em que o plano invisível realiza nas sessões espíritas ou nos lares e, principalmente à hora da prece, quando as pessoas sentem os fluidos, cuja origem ignoram.
Também os benfeitores espirituais ou familiares distantes, comumente, realizam emanações fluídicas, em benefício de encarnados doentes.
Passes Mistos:
Allan Kardec em A Gênese, cap. XIV, denomina essa sessão magnética de "magnetismo misto", "semiespiritual", ou "humano-espiritual". Esse passe resulta da combinação de fluido humano do médium com o fluido espiritual do espírito.
Há outras denominações, qual seja, passe espírita ou passe espiritual indireto, que é o passe que se pratica normalmente nos centros espíritas.
O próprio Allan Kardec diz que "não é na fórmula que está a eficácia da prece, mas na fé", do mesmo modo a execução do passe, quanto à sua eficácia, depende das condições de cooperação entre espírito, médium e doente, para que todos os recursos, magnéticos individuais e da Natureza possam, efetivamente, estabelecer um intercâmbio de elevado nível, onde a boa vontade e a fé sejam as pilastras básicas de todo o transcorrer da operação: o Passe.
Por sua vez, André Luiz explica que o passista (médium), embora forneça seus fluidos próprios, é, na realidade, um intermediário entre o espírito que o assiste, que é o verdadeiro magnetizador, e o enfermo. Porém, nem o encarnado, nem o desencarnado são possuidores do dom, nem doadores; apenas são transmissores de qualidades que fluem de uma entidade e outra, cuja única fonte e orientação vem do Alto.
A função do médium é movimentar os fluidos com a supervisão dos amigos espirituais, dependendo da necessidade espiritual e orgânica do enfermo.
Trecho de texto retirado do livro:
Técnica de Passes
de Luiz Dallarosa e colaboradores
Págs. 156, 157 e 158
Passes em Gestantes
A chegada de um bebê é algo muito especial. As Mamães florescem de felicidade e a casa irradia o amor. Porém, sabemos que nem todas as gestações compartilham de momentos assim e por isso, nós passistas temos que ter uma atenção muito em particular ao espírito que está sendo gerado no ventre da mãe na hora do passe.
PASSES EM GESTANTES
(Apostila cedida gentilmente pelos orientadores do CELD)
Maternidade
"É que o trabalho da maternidade assemelha-se a delicado processo de modelagem, requisitando, por isso, muita cautela e harmonia para que a tarefa seja perfeita." André Luiz - Missionários da Luz
Reencarnação
A Alma, que não alcançou a perfeição durante a vida corpórea, pode acabar de depurar-se sofrendo aprova de uma nova existência.
Depurando-se, a alma indubitavelmente experimenta uma transformação, mas para isso necessária lhe é a prova da vida corporal.
Todos contamos muitas existências. Os que dizem o contrário pretendem manter-vos na ignorância em que eles próprios se encontram. Esse é o desejo deles.
No livro Missionários da Luz de André Luiz, encontramos relatos de todo o trabalho da espiritualidade durante o preparo para o reencarne do espírito, a miniaturização do perispírito, a letargia do espírito, os compromissos e as dificuldades enfrentadas pelos envolvidos (pais e reencarnate). Casos de gravidez interrompidas (aborto) por incompatibilidade morais e vitórias conquistadas com o cumprimento do projeto assumido na pátria espiritual.
Passe em Gestantes
A gestação é sem dúvida nenhuma o momento mais importante da vida de uma mulher, momento este que necessita cuidados físicos de todas as espécies, como: repouso, boa alimentação (saudável), acompanhamento médico (pré-natal), compreensão familiar, não ingerir bebidas alcóolicas, não fumar e etc. Mas, nós espíritas temos a coinciência de que um dos mais importantes cuidados a se verificar durante a gravidez, é com a questão espiritual, tanto da mamãe, quanto do bebê (espírito reencarnante), para que esta gestação transcorra com a maior transquildiade possível.
É indicado que a mulher, receba durante este período, uma atenção ainda mais especial nos trabalhos mediúnicos de uma casa espírita. É importante que após passar pelo atendimento fraternno, ela receba uma orientação séria e transparente de todo o processo espiritual existente neste acontecimento.
Como sabemos, a gravidez, é o instrumento da divindade, pelo qual se realizam os processos reencarnatórios, ou seja, é aonde normalmente temos a oportunidade de reencontrar desafetos de vidas passadas e com eles buscarmos o resgate e o crescimento evolutivo de ambos. O problema é que nem sempre as coisas acontecem de maneira tão fácil, muitas vezes, durante este processo já se observa a certa altura, uma intensa sintonia vibratória com grande intercâmbio de campos energéticos. Sucede que estas vibrações trocadas podem ser doentes (espiritualmente falando) ou sadias. As vivências das encarnações anteriores, indelevelmente registradas nos arquivos energéticos do espírito, são núcleos de emanações de ondas que exercem influências sobre a gestante. As experiências de sofrimentos ainda não resolvidas psicológica mente os ressentimentos mantidos, são concentrações de força a irradiar sobre a estrutura psico-física materna. As experiências comuns entre mãe e filho, vividas em estâncias passadas, se enconatram agora com anestesia apenas parcial, podendo acontecer casos de repulsas tão graves, que acabam por motivar o aborto por parte da mãe, agravando ainda mais a situação espiritual de amboos. Quando se consegue vencer estas barreiras, Deus coloca este companheiro espiritual, na figura de um lindo bebê, para que a mãe possa, tomada pela imagem frágil, vencer todas as barreiras morais existentes entre ambos.
O Passe no Processo de Gravidez
Como sabemos, durante a gestação, o períspirito do reencarnante afeta o equilíbrio perispiritual da mamãe, sendo assim o passe de cura é um importante instrumento de reequilíbrio da mãe e do bebê. Quando o passista, movido de bons sentimentos e principalmente ciente de que é um instrumento da Espiritualidade Superior (equilíbrio moral), aplica o passe, ele realiza no momento da dispersão a retirada das energias negativas desta incompatibilidade, colocando no momento da magnetização, fluídos positivos que reequilibram as energias de ambos.
Este acompanhamento deve ser efetuado com a aplicação semanal do passe, durante todo o período gestacional, até o nascimento do bebê, quando será realizado este passe especial por apenas mais uma vez, aonde a mamãe recebe o passe com o bebê no colo. A partir daí, ambos passam a receber o passe durante as reuniões públicas.
Tratamento Espiritual Durante a Gestação
No primeiro trimestre:
Em virtude da pequena área perispiritual do embrião (reencarnante), deve-se magnetizar o mesmo, com mais profundidade (fluído terapia com o toque e muito amor), em virtude de existir uma maior necessidade de se vencer as barreiras físicas (pele, gordura, útero e placenta), pois, nós passistas ainda não possuímos uma vibração suficientemente forte para alcançar o embrião.
O passe magnético deve ser efetuado nos outros centros de força.
No segundo e terceiro trimestre:
Neste período da gestação, acontecem muitas cólicas, azias enjoos dores e inchaços nas pernas (circulação) e nas costas.
Deve-se neste período, trabalhar os plexos gástrico, esplênico, os membros inferiores (pernas) e uma atenção especial na coluna e nos nervos das costas, devido a carga sofrida por esta região em virtude do peso carregado. Devemos realizar passes na região das mamas (sem a necessidade do toque), para estimular a produção do leite materno para a cirança.
Gravidez de Risco
Não há nenhuma alteração na forma de aplicação do passe, até porque o mesmo só irá ajudar no processo. No caso de aborto espontâneo é importante que se realize pelo menos mas uma aplicação para auxiliar na reestruturação perispiritual e física da mamãe. O passe na gestação de gêmeos não tem nenhuma diferença, apenas de que você irá trabalhar dois espíritos reencarnantes ao invés de um.
Médium Grávida, algum impedimento ao trabalho?
Gravidez não é doença, por isso não há nenhum proibição em realizar trabalhos mediúnicos, desde que os mesmos não acarretem em esforços demasiados para a mãe.
Não podemos esquecer da figura paterna, pois ele não é apenas um coadjuvante no processo e sim parte extremamente envolvida no processo reencarnatório, devendo ele, auxiliar sua companheira de jornada e se possível, os futuros papais devem ser encaminhados as aulas de evangelização na casa espírita em que frequentam, para que juntos, encarnados e reencarnantes possam obter instrução educandárias dos nossos amigos espirituais.
HOMEM NO CORPO DE MULHER
Eu fui lésbica. Dentro do meu corpo de mulher, sentia-me um homem.
Desde pequena, os meus pendores foram todos masculinos. Menina, e os meus companheiros de peraltagem eram os meninos, tanto que minha mãe repetia: Não sei a quem me saiu a Laurinha; é peralta como um menino, está sempre no meio deles; coisa feia.
E assim era: em qualquer reunião raramente me encontrava entre minhas amiguinhas. Porém, nos grupos de rapazes, lá estava eu, não como mulher, mas como homem, que intimamente me parecia ser.
Veio-me a menstruação; sofri horrores que se repetiam mês após mês. Completei 15 anos. Eu era bonita de rosto, conquanto desgraciosa de corpo. E os meus pais chamaram-me em particular:
— De agora em diante, evita estar tanto entre os moços; tens coleguinhas... porquê isso?
— Mas, mamãe, não gosto das conversas delas, de vestidos, de modas, de sapatos, de batons, de penteados, de namoradinhos. Eu, por mim, cortaria os meus cabelos como homem, e vestiria calças.
A minha resposta desgostou-os. Mudei: apaixonava-me facilmente por meninas e mulheres casadas. Deliciava-me freqüentar o vestiário de meu clube; contemplando aqueles corpos nus, lavando-se, esfregando-se, enxugando-se, muitas vezes, surpreendia-me exclamando: Ah, se eu fosse homem! Viciei uma prima; além do prazer que ela me proporcionava, dava-me a sensação de ser verdadeiramente um homem. Descobriram-me, e passei a ser vigiada. Evitam-me. O meu pai tratava-me com rispidez.
Uma fria solidão envolvia-me. Mesmo assim, casei-me. Não lhes descreverei o horror do sofrimento íntimo que senti na minha noite de núpcias; foi pasmoso. O meu esposo tinha-me nos braços e acariciava um corpo de mulher, dentro do qual se escondia o espírito de um homem. E durante as carícias, enlaçada pelo meu marido, que me abraçava e me beijava, quantas vezes tive ímpetos de repeli-lo e gritar: Eu também sou um homem! Jamais ele o percebeu; fui-lhe fiel até ao fim. A nossa união durou 15 anos; não tivemos filhos.
O meu marido enviuvou, e contraiu segundas núpcias, desta vez com uma autêntica mulher, de corpo e alma. Desencarnado, compreendi o porquê dessa encarnação como mulher; porque eu, um espírito masculino, fora embutido — sim, embutido é o termo certo —, num corpo feminino. Por quatro encarnações consecutivas, eu erigira o sexo como o supremo fim de um homem. A mulher para mim era um objeto, um mero instrumento de prazer, de gozo. Quando uma me saciava, atirava-a para um canto qualquer, e servia-me de outra. Jamais lhes respeitava a dignidade. Jamais as reconhecera como mães, esposas, irmãs. E nos intervalos de minhas encarnações, em vez de me corrigir, freqüentando as escolas correcionais da Espiritualidade, para o que não me faltaram convites, associava-me a hordas maléficas, cujo escopo era implantar o domínio do sexo. Até que, por ordem superior, encaminharam-me de forma compulsória aos engenheiros maternais, que me agrilhoaram a um corpo feminino a fim de que eu aprendesse a valorizar a mulher. Felizmente tão dolorosa experiência valeu-me.
Corrigi-me. Não só aprendi a valorizar a mulher como a divinizá-la no seu papel de mãe, de esposa, de irmã. Voltei à minha forma masculina. Trabalho agora no sector de socorro aos náufragos do sexo. Quando soar a hora, tornarei à Terra no corpo de homem normal, e saberei respeitar a mulher no altar sagrado do casamento. Claro que o meu carma não será tranqüilo, e as vicissitudes que por certo virão, em que pese gerar aflições, serão lições valiosas. E ao depararem com homens e mulheres transviados do sexo, compaixão, muita compaixão para com eles.
fonte: Revista de Espiritismo,
nº 39, abr-mai-jun1998, do autor Luiz de Almeida-
E assim era: em qualquer reunião raramente me encontrava entre minhas amiguinhas. Porém, nos grupos de rapazes, lá estava eu, não como mulher, mas como homem, que intimamente me parecia ser.
Veio-me a menstruação; sofri horrores que se repetiam mês após mês. Completei 15 anos. Eu era bonita de rosto, conquanto desgraciosa de corpo. E os meus pais chamaram-me em particular:
— De agora em diante, evita estar tanto entre os moços; tens coleguinhas... porquê isso?
— Mas, mamãe, não gosto das conversas delas, de vestidos, de modas, de sapatos, de batons, de penteados, de namoradinhos. Eu, por mim, cortaria os meus cabelos como homem, e vestiria calças.
A minha resposta desgostou-os. Mudei: apaixonava-me facilmente por meninas e mulheres casadas. Deliciava-me freqüentar o vestiário de meu clube; contemplando aqueles corpos nus, lavando-se, esfregando-se, enxugando-se, muitas vezes, surpreendia-me exclamando: Ah, se eu fosse homem! Viciei uma prima; além do prazer que ela me proporcionava, dava-me a sensação de ser verdadeiramente um homem. Descobriram-me, e passei a ser vigiada. Evitam-me. O meu pai tratava-me com rispidez.
Uma fria solidão envolvia-me. Mesmo assim, casei-me. Não lhes descreverei o horror do sofrimento íntimo que senti na minha noite de núpcias; foi pasmoso. O meu esposo tinha-me nos braços e acariciava um corpo de mulher, dentro do qual se escondia o espírito de um homem. E durante as carícias, enlaçada pelo meu marido, que me abraçava e me beijava, quantas vezes tive ímpetos de repeli-lo e gritar: Eu também sou um homem! Jamais ele o percebeu; fui-lhe fiel até ao fim. A nossa união durou 15 anos; não tivemos filhos.
O meu marido enviuvou, e contraiu segundas núpcias, desta vez com uma autêntica mulher, de corpo e alma. Desencarnado, compreendi o porquê dessa encarnação como mulher; porque eu, um espírito masculino, fora embutido — sim, embutido é o termo certo —, num corpo feminino. Por quatro encarnações consecutivas, eu erigira o sexo como o supremo fim de um homem. A mulher para mim era um objeto, um mero instrumento de prazer, de gozo. Quando uma me saciava, atirava-a para um canto qualquer, e servia-me de outra. Jamais lhes respeitava a dignidade. Jamais as reconhecera como mães, esposas, irmãs. E nos intervalos de minhas encarnações, em vez de me corrigir, freqüentando as escolas correcionais da Espiritualidade, para o que não me faltaram convites, associava-me a hordas maléficas, cujo escopo era implantar o domínio do sexo. Até que, por ordem superior, encaminharam-me de forma compulsória aos engenheiros maternais, que me agrilhoaram a um corpo feminino a fim de que eu aprendesse a valorizar a mulher. Felizmente tão dolorosa experiência valeu-me.
Corrigi-me. Não só aprendi a valorizar a mulher como a divinizá-la no seu papel de mãe, de esposa, de irmã. Voltei à minha forma masculina. Trabalho agora no sector de socorro aos náufragos do sexo. Quando soar a hora, tornarei à Terra no corpo de homem normal, e saberei respeitar a mulher no altar sagrado do casamento. Claro que o meu carma não será tranqüilo, e as vicissitudes que por certo virão, em que pese gerar aflições, serão lições valiosas. E ao depararem com homens e mulheres transviados do sexo, compaixão, muita compaixão para com eles.
fonte: Revista de Espiritismo,
nº 39, abr-mai-jun1998, do autor Luiz de Almeida-
Clamor social: o clímax e a indiferença dos governantes
Quando as injustiças sociais atingem o clímax e a indiferença dos governantes pelo povo que estorcega nas amarras das necessidades diárias, sob o açodar dos conflitos íntimos e do sofrimento que se generaliza, nas culturas democráticas, as massas correm às ruas e às praças das cidades para apresentar o seu clamor, para exigir respeito, para que sejam cumpridas as promessas eleitoreiras que lhe foram feitas...
Já não é mais possível amordaçar as pessoas, oprimindo-as e ameaçando-as com os instrumentos da agressividade policial e da indiferença pelas suas dores.
O ser humano da atualidade encontra-se inquieto em toda parte, recorrendo ao direito de ser respeitado e de ter ensejo de viver com o mínimo de dignidade.
Não há mais lugar na cultura moderna, para o absurdo de governos arbitrários, nem da aplicação dos recursos que são arrancados do povo para extravagâncias disfarçadas de necessárias, enquanto a educação, a saúde, o trabalho são escassos ou colocados em plano inferior.
A utilização de estatísticas falsas, adaptadas aos interesses dos administradores, não consegue aplacar a fome, iluminar a ignorância, auxiliar na libertação das doenças, ampliar o leque de trabalho digno em vez do assistencialismo que mascara os sofrimentos e abre espaço para o clamor que hoje explode no País e em diversas cidades do mundo.
É lamentável, porém, que pessoas inescrupulosas, arruaceiras, que vivem a soldo da anarquia e do desrespeito, aproveitem-se desses nobres movimentos e os transformem em festival de destruição.
Que, para esses inconsequentes, sejam aplicadas as corrigendas previstas pelas leis, mas que se preservem os direitos do cidadão para reclamar justiça e apoio nas suas reivindicações.
O povo, quando clama em sofrimento, não silencia sua voz, senão quando atendidas as suas justas reivindicações. Nesse sentido, cabe aos jovens, os cidadãos do futuro, a iniciativa de invectivar contra as infames condutas... porém, em ordem e em paz.
Divaldo Franco
Já não é mais possível amordaçar as pessoas, oprimindo-as e ameaçando-as com os instrumentos da agressividade policial e da indiferença pelas suas dores.
O ser humano da atualidade encontra-se inquieto em toda parte, recorrendo ao direito de ser respeitado e de ter ensejo de viver com o mínimo de dignidade.
Não há mais lugar na cultura moderna, para o absurdo de governos arbitrários, nem da aplicação dos recursos que são arrancados do povo para extravagâncias disfarçadas de necessárias, enquanto a educação, a saúde, o trabalho são escassos ou colocados em plano inferior.
A utilização de estatísticas falsas, adaptadas aos interesses dos administradores, não consegue aplacar a fome, iluminar a ignorância, auxiliar na libertação das doenças, ampliar o leque de trabalho digno em vez do assistencialismo que mascara os sofrimentos e abre espaço para o clamor que hoje explode no País e em diversas cidades do mundo.
É lamentável, porém, que pessoas inescrupulosas, arruaceiras, que vivem a soldo da anarquia e do desrespeito, aproveitem-se desses nobres movimentos e os transformem em festival de destruição.
Que, para esses inconsequentes, sejam aplicadas as corrigendas previstas pelas leis, mas que se preservem os direitos do cidadão para reclamar justiça e apoio nas suas reivindicações.
O povo, quando clama em sofrimento, não silencia sua voz, senão quando atendidas as suas justas reivindicações. Nesse sentido, cabe aos jovens, os cidadãos do futuro, a iniciativa de invectivar contra as infames condutas... porém, em ordem e em paz.
Divaldo Franco
18 de jun. de 2013
Informativo: Junho
“Estudo, disciplina, trabalho e
amor ao próximo”
|
INFORMATIVO
|
Boletim informativo do Grupo Espírita Caminho de
Damasco – Ano XV nº173, junho de 2013.
Editorial
O
Informativo GECAD deste mês de junho traz para os queridos leitores, uma
série de artigos para reflexão e divulgação.
Assuntos
como a pouca frequência nas casas espíritas, evangelização infantil nas
instituições, a culpa e nossa responsabilidade perante os nossos atos, e
mediunidade, são trazidos ao debate por autores espíritas conhecidos e
interessados em nos auxiliar a entender os múltiplos problemas que
enfrentamos em nossa vida pessoal e em sociedade.
Boa
leitura e aproveitem!
|
Centros Espíritas vazios
Extraído do Jornal O Verbo –
junho/2013.
“Companheiros, com justa razão, têm manifestado preocupação com
alguns Centros Espíritas vazios, ou seja, pouco frequentados”. Evidentemente
que não se pode generalizar, já que muitos outros apresentam excelente média
de frequentadores em suas concorridas reuniões. Contudo, quais os motivos de,
talvez, a maioria dos grupos Espíritas não estar conseguindo agregar, em suas
reuniões, significativo número de frequentadores regulares? De minha parte,
apenas com o propósito de colaborar com os que vêm estudando o assunto,
naturalmente preocupados com o futuro do Movimento, tomarei a liberdade de
enumerar algumas das razões que consigo vislumbrar: 1 – Falta de
exemplificação da Mensagem por parte de suas lideranças, que mantêm
|
considerável distância dos frequentadores da Casa – às vezes, sequer
os cumprimenta.
2 – Dirigentes centralizadores, que, por ciúme de seus cargos, não
concedem espaço para trabalhar àqueles que estão chegando pela agora.
3 – Reuniões excessivamente teóricas, priorizando a prática
mediúnica em detrimento à prática das tarefas assistenciais, que consideram
secundárias.
4 – Ausência de intercâmbio com outros grupos e seareiros, na
crítica sistemática contra médiuns e oradores com opiniões divergentes de seus
diretores personalistas.
5 – Falta de incentivo aos jovens na Mocidade Espírita, que,
praticamente, está se extinguindo.
6 – Pouco ou quase nenhum apoio à Evangelização Infantil, à qual
não se destina indispensável investimento humano e espiritual.
7 – Diretores que não se preocupam em formar novos colaboradores
da Causa.
8 – Ingerência dos Órgãos Unificadores que apontam o problema, mas
não se dispõem auxiliar para que sejam devidamente solucionados.
9 – Carência de verdadeira fraternidade nas reuniões, promovendo
necessária abertura aos companheiros que se dedicam à Arte Espírita, tornando a
referidas reuniões menos cansativas e rotineiras.
10 – Falta de palestras doutrinárias cujos temas, deixando de ser
maçantes e repetitivos, sejam apresentados com certa leveza, interessando a
todos.
11 – Buscar a periferia, na certeza de que somente o trabalho na
periferia fortalece o Centro.
Foi assim que o Espiritismo cresceu no Brasil!
12 – Tornar o próprio ambiente físico do Centro mais agradável –
iluminado e florido, por exemplo! Reunião espírita não é velório!
13 – Não falar em Kardec sem falar em Jesus, e não falar em Jesus
e Kardec sem falar em Chico Xavier.
14 – Não pregar moralismo.
15 – Semear e semear,
incansavelmente, sem ter pressa de colher.
RELIGIÃO NA EDUCAÇÃO E
EVANGELIZAÇÃO
|
Educar, segundo Allan Kardec, é
criar caracteres, ou seja, caráter para ser empregado no dia-a-dia
precavendo-se das distorções ético-morais e espirituais.
Evangelizar é ministrar os ensinamentos
contidos nos Evangelhos de Jesus, o Cristo, que em última instância, são os
mandamentos naturais contidos no Código Divino, pulverizados no seio da
humanidade em doses homeopáticas desde quando o ser humano surgiu na face da
Terra.
Pelo exposto é imperioso que antes de
evangelizar, tem-se que educar.
No plano material, dentre os espíritos
encarnados, a função primordial dos pais de família é educar. Entendo família
como esse cadinho de amor onde o Pai da vida coloca seus filhos sob a
orientação educacional dos pais para que educadores e educados quando
regressarem à Pátria Maior, no mais além, cheguem lá melhores do
que quando vieram para cá, no aquém.
Nessas circunstâncias, surge então uma
recíproca entre direitos e deveres familiares.
Os genitores, por serem os educadores
titulares, têm o dever de dar aos
rebentos: guarda, proteção, sustentação, segurança, equilíbrio e
educação, inclusive religiosa. Eles têm o direito a tudo isso.
Entretanto, quando atingirem a madureza, se seus pais estão em
dificuldades, o compromisso inverte. Agora são os filhos que têm o dever de
lhes proporcionarem as condicionantes elencadas com exceção da educação. Em
lugar desta poderá entrar a instrução, se for o caso.
Nesse raciocínio, não é exagero
admitir-se que na educação familial, a religião exerce papel muito importante.
O que vale dizer, que seria ideal se a família elegesse uma religião para
complementar a educação dada a quem de direito. Agora vêm as
tradicionais perguntas.
Uma: - Qual seria a melhor religião, indicada para
essa importante tarefa?
A resposta é simples e direta: “aquela cuja filosofia vier
de encontro às necessidades educacionais, disciplinares, éticas e morais dos
pais, de acordo com seus conhecimentos, e que venha auxiliar na
convivência fraterna dentre os integrantes do clã”.
Quanto à denominação e origem, ficam
subordinadas ao propósito filosófico a que elas direcionem suas atividades cuja
condicionante imperativa é a união em torno dos mandamentos contidos na
Lei do Amor.
Outra pergunta: - Quando seria o momento para falar ou levar
o filho nas casas religiosas?
O exemplo é a melhor forma de educar e evangelizar.
Para ensinar religião não exige necessariamente que os pais
sejam religiosos ou freqüentem tal ou qual templo. Todavia, é de bom
costume e tradição que se pertença uma agremiação religiosa que ensina e
pratica o bem, a caridade e o amor.
Culpa e Responsabilidade
Dr. Alírio de Cerqueira Filho
|
A culpa que sentimos é resultado de séculos de condicionamento
dentro do pensamento judaico-cristão, aliás uma distorção do pensamento
cristão, que intrinsecamente, não estabelecia a culpa e a punição como
posteriormente acabou acontecendo. Por esse pensamento tudo o que fazemos e que
não está dentro dos padrões rígidos dessa pseudomoral instituída é um pecado e
deve ser punido violentamente. Durante séculos esse pensamento oriundo do
judaísmo; do olho por olho, dente por dente, manipulado e distorcido pelas
doutrinas "cristãs" por interesse próprio vem imperando dentro da
cultura ocidental. Eu digo distorcido, pois se observarmos os Evangelhos, o
Cristo jamais se referiu ao erro dessa forma como as várias religiões cristãs
durante séculos pregaram, a do pecado e da punição por ele. Basta analisar as
passagens na qual ele se refere a mulher adúltera, quando ele disse que
atirasse a primeira pedra aquele que não tinha pecados, o momento de encontro
com a mulher hemorroísa, a sua postura com Maria de Magdala e perceberemos que
ele via o erro de uma maneira natural, fazendo parte das experiências de
evolução do ser humano..
Mas
infelizmente as suas palavras foram distorcidas e durante séculos este
pensamento deturpado tem imperado, como ainda hoje, na cultura ocidental a
ponto do mesmo ainda estar imerso no inconsciente coletivo da nossa cultura.
Isso faz com que a culpa esteja impregnada em nós mesmos.
Analisemos
as razões para isso, à luz da psicologia transpessoal. Esta ciência tem
estudado inúmeras questões que tem atormentado o ser humano durante séculos as
quais não se encontram explicações dentro da ciência materialista/reducionista.
A explicação mais plausível para a culpa que muitas pessoas trazem e que são
inexplicáveis no momento atual, pois estas não fizeram nada que justifique ou
explique estas culpas é que elas cometeram estas ações pelas quais sentem culpa
em seu passado espiritual. Pelos estudos que tem sido feito pelos pesquisadores
no mundo inteiro a reencarnação é um fato. Isso explicaria estas culpas imensas
que muitas vezes as pessoas sentem, sem razão aparente. Isso acontece devido a
séculos passando por experiências, nas quais vivenciamos muito intensamente,
este paradigma judáico-cristão distorcido. Por isso a culpa ainda persegue
muita gente, mesmo quando temos tudo, teoricamente, para nos libertar dela.
O que fazer
para se libertar da culpa? Só existe um caminho para libertar a nossa
consciência; assumindo a responsabilidade pela nossa vida. É necessário
refletir que o erro faz parte da evolução natural de todas as pessoas. Quando
cometemos um erro, analisando-se aqui o erro, como sendo algo que contraria a
lei de amor, isto é, uma atitude de desamor ou pseudo-amor, por nós mesmos ou a
outras pessoas, a natureza, o cosmos. Muitas vezes dentro do paradigma
judáico-cristão distorcido, muitas coisas que são tidas como erros ou pecados,
não o são, dentro da lei de amor. Então quando cometemos um erro, estamos
assumindo uma postura egóica. Esta atitude errada pode acontecer por ignorância
ou por desprezo ao que é correto, que está dentro dos princípios da lei de
amor. Toda atitude equivocada tem a sua conseqüência.
Torna-se
fundamental para a libertação da culpa, que é uma atitude inconseqüente, pois
não corrigimos com ela o erro cometido, assumir a responsabilidade pelo erro e
buscar reparar as suas conseqüências. Com isso estaremos aprendendo com o erro
e isso faz com que evoluamos, diferentemente da culpa e da punição que lhe é
conseqüente, na qual a pessoa simplesmente se pune pelo erro e se acha uma
vítima por tê-lo cometido, sem assumir o aprendizado dele decorrente.
Resumindo,
todas as vezes que sentirmos culpa por algo que tenhamos feito ou que
simplesmente nos achemos culpados mesmo que não haja uma razão aparente, é
necessário refletir fazendo a nós mesmos estas perguntas: o que posso tirar de
aprendizado desta experiência? como posso agir para reparar as conseqüências
dos meus atos? Com isso estaremos assumindo a responsabilidade pela nossa vida
e conquistando a nossa felicidade.
Outro efeito importante da meditação é a paz
interior, um refúgio onde você pode escapar da turbulência do seu dia-a-dia. O
hábito de meditar diariamente vai lhe ajudar a desligar-se do estresse e trará
calma e energia para você enfrentar melhor os desafios que têm em sua vida.
DE QUEM É
A MEDIUNIDADE?
Wilson
Focássio
|
Muitas pessoas portadoras de
mediunidade se encontram em dúvida sobre a necessidade ou não de desenvolver
essa aptidão.
A
mediunidade poderá ser comparada a um rio perdido na planície, como explica
E.Armond. Se ele continuar solto, sem destino, poderá causar enchentes e
provocar distúrbios ao meio ambiente. Entretanto, se
prudentemente alargamos suas margens, desviarmos seu trajeto fazendo-o tão
somente correr no seu leito, ele ficará forte e poderá, agora, organizado,
gerar energia, fazer irrigação, em fim, ser útil à coletividade. Assim é a
mediunidade. Uma força que está dentro do médium que poderá ser desenvolvida ao
“deus dará”, porém por prudência, seria melhor que organizássemos esse
desenvolvimento, pois só assim poderias ter certeza que seria uma faculdade
responsável. Muitas pessoas possuem essa aptidão já em fase adiantada de
desenvolvimento e procuram se afastar dos locais onde devem usar essa aptidão
exatamente porque temem que indo uma primeira vez, não podem deixar de ir
jamais. Vale lembrar que a mediunidade não é um atributo das doutrinas, ou seja,
nenhuma doutrina é dona da mediunidade. Ela é de propriedade do médium, das
pessoas que a porta, pois foi a própria pessoa que antes de encarnar pediu essa
faculdade a fim de lhe auxiliar no progresso nesta atual encarnação. Qualquer
religião poderá fazer uso da mediunidade como um excelente acessório de
desenvolvimento do ser humano.
As pessoas
mal informadas acham que a mediunidade pertence à doutrina Espírita. Na
realidade o espiritismo aproveita as pessoas que tem essa aptidão a fim de
elaborar um trabalho social de intercâmbio com o Plano Espiritual, com a
finalidade de dar um consolo a quem estiver necessitado. A Igreja Católica vale
lembrar, até o ano 325 d.C. praticava a mediunidade, pois essa era a orientação
dos seguidores do Cristo. Depois do concílio de Nicea, no citado ano, a cúpula
da igreja resolveu não se utilizar mais dessa excelente ferramenta de trabalho,
e passou a nortear os passos dos seus fiéis sob outra ótica religiosa. É
oportuno salientar que uma ambulância poderá ser útil se colocada a serviço do
bem, nos hospitais no transporte a doentes, entretanto, se ela ficar jogada à
margem da estrada, certamente ficará a mercê de ferrugem e de ladrões. Existem
dois tipos de mediunidade:
Mediunidade
tarefa e mediunidade natural, esta conquistada.
O homem do
futuro, aquele que habitará a Terra quando esta for elevada da categoria de
REGENERADA, será um médium por excelência. Todos serão médiuns no futuro. A
conquista da mediunidade é algo demorada, pois demanda muito desenvolvimento
psíquico e, principalmente moral. Por isso a mediunidade natural
é mais difícil e é rara por estes momentos. Já a mediunidade tarefa é mais
comum, pois ela nos é ofertada pelo Plano Espiritual para que possamos, através
do bom senso, mais rapidamente liquidarmos nossos débitos das vidas passadas e,
quiçá os deslizes desta própria encarnação. Essa mediunidade, tarefa, por ser
“emprestada” não só nos será tirada, como também nos será cobrado o seu bom uso
enquanto esteve sob nosso domínio. Portanto, lembramos aos senhores médiuns
que, antes de encarnar essa aptidão foi pelos senhores solicitada ao Plano
Espiritual para que com maior rapidez e segurança pudessem estabelecer a tomada
de seu próprio crescimento. As restrições que o nosso cérebro sofre enquanto
estamos encarnados não nos permite lembrarmos daquilo que é tratado em outro
plano de vida. Em vista de tal esquecimento, o jovem que chega a maturidade, ou
seja, quando chega o momento de usar tal ferramenta, vê-se cercado pelos
compromissos da vida material e coloca sua aptidão mediúnica de lado. O simples
esquecimento não o liberta do compromisso, por isso sempre será prudente que as
pessoas que possuem uma sensibilidade mais aguçada procurem saber se possuem ou
não a faculdade mediúnica. A mediunidade é uma coisa muito simples, não
exigindo maiores preocupações aos seus portadores, porém, assim como o rio é
simples, há der se dar atenção para ela, pois se assim não for, através do
sofrimento a cobrança certamente virá. Para encerrar este
comentário, enfatizam-se outras doutrinas praticam a mediunidade e que ela não
é um atributo exclusivo da Doutrina Espírita.
A mediunidade pertence a quem a
porta e não a uma doutrina.
"I" Até a próxima!
12 de jun. de 2013
ADULTÉRIO E PROSTITUIÇÃO
Atire-lhe a primeira pedra aquele que estiver isento de pecado, disse Jesus.
Esta sentença faz da indulgência um dever para nós outros porque ninguém há que não necessite, para si próprio, de indulgência.
Ela nos ensina que não devemos julgar com mais severidade os outros, do que nos julgamos a nós mesmos, nem condenar em outrem aquilo de que nos absolvemos.
Antes de profligarmos a alguém uma falta, vejamos se a mesma censura não nos pode ser feita.
Do item 13, do Cap. X, de O Evangelho Segundo o Espiritismo.
É curioso notar que Jesus, em se tratando de faltas e quedas, nos domínios do espírito, haja escolhido aquela da mulher, em falhas do sexo, para pronunciar a sua inolvidável sentença: "aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra".
Dir-se-ia que no rol das defecções, deserções, fraquezas e delitos do mundo, os problemas afetivos se mostram de tal modo encravados no ser humano que pessoa alguma da Terra haja escapado, no cardume das existências consecutivas, aos chamados "erros do amor".
Penetre cada um de nós os recessos da própria alma, e, se consegue apresentar comportamento irrepreensível, no imediatismo da vida prática, ante os dias que correm, indague-se, com sinceridade, quanto às próprias tendências.
Quem não haja varado transes difíceis, nas áreas do coração, no período da reencarnação em que se encontre, investigue as próprias inclinações e anseios no campo íntimo, e, em sã consciência, verificará que não se acha ausente do emaranhado de conflitos, que remanescem do acervo de lutas sexuais da Humanidade.
Desses embates multimilenares, restam, ainda, por feridas sangrentas no organismo da coletividade, o adultério que, de futuro, será classificado na patologia das doenças da alma, extinguindo-se, por fim, com remédio adequado, e a prostituição que reúne em si homens e mulheres que se entregam às relações sexuais, mediante paga, estabelecendo mercados afetivos.
Qual ocorre aos flagelos da guerra, da pirataria, da violência homicida e da escravidão que acompanham a comunidade terrestre, há milênios, diluindo-se, muito pouco a pouco, o adultério e a prostituição ainda permanecem, na Terra, por instrumentos de prova e expiação, destinados naturalmente a desaparecer, na equação dos direitos do homem e da mulher, que se harmonizarão pelo mesmo peso, na balança do progresso e da vida.
Note-se que o lenocínio de hoje, conquanto situado fora da lei, é o herdeiro dos bordéis autorizados por regulamentação oficial, em muitas regiões, como sucedia notadamente na Grécia e na Roma antigas, em que os estabelecimentos dessa natureza eram constantemente nutridos por levas de jovens mulheres orientais, direta ou indiretamente adquiridas, à feição de alimárias, para misteres de aluguel.
Tantos foram os desvarios dos Espíritos em evolução no Planeta – Espíritos entre os quais muito raros de nós, os companheiros da Terra, não nos achamos incluídos - que decerto Jesus, personalizando na mulher sofredora a família humana, pronunciou a inesquecível sentença, convocando os homens, supostamente puros em matéria de sexualidade, a lançarem sobre a companheira infeliz a primeira pedra.
Evidentemente, o mundo avança para mais elevadas condições de existência.
Fenômenos de transição explodem aqui e ali, comunicando renovação.
E, com semelhantes ocorrências, surge para as nações o problema da educação espiritual, para que a educação do sexo não se faça irrisão com palavras brilhantes mascarando a licenciosidade.
Quando cada criatura for respeitada em seu foro íntimo, para que o amor se consagre por vínculo divino, muito mais de alma para alma que de corpo para corpo, com a dignidade do trabalho e do aperfeiçoamento pessoal luzindo na presença de cada uma, então os conceitos de adultério e prostituição se farão distanciados do cotidiano, de vez que a compreensão apaziguará o coração humano e a chamada desventura afetiva não terá razão de ser.
Psicografia : Francisco Cândido Xavier Livro : Vida e Sexo
Tratamento espírita para animais
Donos de animais com fraturas, câncer ou que sofrem de ansiedade têm encontrado no centro espírita Vicente Cerverizo, na Vila Medeiros, na Zona Norte de São Paulo, uma ajuda para atravessar o momento difícil.
O lugar é o único do Brasil que se tem notícia que oferece tratamento espiritual a animais de estimação. A afirmação é do veterinário Marcel Benedeti, presidente da Associação Espírita Amigos dos Animais (Asseama).
Segundo ele, quaisquer animais são passíveis de tratamento espírita “uma vez que todos são seres que merecem atenção. Não importa se são cães, gatos, aves, suínos, bovinos ou eqüinos”, afirma Benedeti, que, apesar de ser veterinário, não mistura o trabalho do médico com o do espírita.
“Não é permitido tocar no assunto relacionado à medicina veterinária nem que alguém ali no trabalho é veterinário. Não lemos receitas e nem damos opiniões a respeito de tratamentos médicos que os animais recebem. Portanto, ali dentro, não existem veterinários e pacientes veterinários, mas apenas espíritos necessitados de auxílio”, esclarece.
Benedeti conta que todos no grupo espírita são vegetarianos. Os donos dos animais são chamados de tutores. “Não chamamos de donos, pois acreditamos que os animais não são objetos para terem donos”, justifica.
Em busca de quê
O perfil dos mascotes que são levados ao centro é bem parecido. Eles chegam lá depois de terem passado por diversos tratamentos “físicos” sem sucesso. “As pessoas recorrem ao tratamento espiritual como meio de aliviar o sofrimento dos animais”, diz Benedeti, que costuma receber principalmente animais desenganados ou que foram recomendados para eutanásia. “É o último recurso”, diz ele.
Os donos também têm algo em comum. “São pessoas sensíveis, que se preocupam com o bem-estar de seus animais”, observa Benedeti, que complementa: “Não fazemos distinção entre tutores quanto à religião”, diz. No local, são bem-vindos católicos, evangélicos, judeus, umbandistas e, naturalmente, os espíritas.
O veterinário Francisco Cavalcanti de Almeida, presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária, não vê problemas em o dono submeter o seu bichinho de estimação a um tratamento espiritual. O que não pode, afirma ele, é o animal deixar de ser levado ao veterinário.
‘Para qualquer ser vivo, existe uma enfermidade e o seu tratamento médico específico. O veterinário é o profissional capacitado para detectar qualquer sintoma ou doença e até realizar a prevenção”, afirma Almeida.
Animais desenganados
O aposentado Mário da Conceição, de 75 anos, conheceu o tratamento espiritual depois que encontrou na rua o setter irlandês Caramelo. “Levei ele para o veterinário, que constatou que Caramelo tinha problema no coração, no fígado, não enxergava e não ouvia direito e também não se firmava nas patas traseiras. Ele viveria por pouco tempo”, relembra.
O cachorro, que já devia ter cerca de 12 anos quando foi achado, foi tratado com um veterinário homeopata e, com o tempo, apresentou melhora. Paralelamente ao tratamento, Mário levava Caramelo ao centro espírita.
“A fila do passe depende do estado de saúde do animal. No começo, ele passava na frente. Depois, ele passou a entrar na fila como todos os outros. Antes, eu carregava ele no colo do carro até a sala. No fim, ele já descia do carro sozinho”, relembra.
Caramelo morreu em outubro do ano passado, mas Mário não deixou de frequentar o centro. O aposentado é responsável por outros três cães: Judite, que mora com ele, e Pretinho e Branquinho, que moram em uma pet shop mas saem para passear todos os dias com o tutor.
Quem também costuma frequentar o centro é o aposentado Antônio de Andrade, de 81 anos, dono de Diana e Juruna, um casal de fila brasileiro. A fêmea vem sendo submetida a um tratamento veterinário contra câncer há seis meses, período em que também passou a ir ao centro na Zona Norte.
Na semana passada, no entanto, Diana perdeu o movimento das pernas. “Tentei erguê-la, mas não adiantou”. Agora, o tratamento espiritual da cadela será à distância. Sim, o grupo espírita também atende, a pedido do tutor, animais doentes que não podem ir até o centro.
Por onde começar
Tutores que se interessaram pelo tratamento devem começar fazendo um cadastro na Asseama. É preciso informar nome, endereço, raça, sexo e idade do bicho de estimação, para, depois, dar detalhes sobre o problema que aflige o animal. Neste momento, a pessoa se compromete a não comer carne nem oferecê-la ao mascote no dia marcado para o tratamento.
Chegando ao centro, o tutor passa por nova entrevista e, em seguida, é encaminhado à sala de palestras. “Esta é a parte mais importante do tratamento. É neste intervalo de reserva e reflexão, quando as pessoas ouvem do palestrante orientações evangélicas, que a equipe espiritual procede ao tratamento dos animais e do tutor”, descreve Benedeti.
Após a palestra, que dura cerca de 30 minutos, o animal e o seu acompanhante entram em uma sala onde são submetidos a um tratamento por imposição de mãos durante um minuto. “Geralmente, pede-se para retornarem depois de algum tempo, que pode ser entre sete a 30 dias”.
Reportagem publicada no site www.g1.globo.com
A ALMA DOS ANIMAIS
Os animais têm alma?
O que acontece com os animais no mundo espiritual?
Os animais reencarnam?
Muitos duvidam da existência da alma nos animais, achando que apenas o homem a possui. Outros, entretanto, afirmam que eles não só têm alma, como esta é igual à do homem. Entendendo-se como alma a parte imaterial do ser, o espírito, os animais a possuem sim e esse princípio independente da matéria sobrevive ao corpo físico.
Nesse propósito, temos em O Livro dos Espíritos a seguinte explicação: “É, porém, inferior à do homem. Há entre a alma dos animais e a do homem distância equivalente à que medeia entre a alma do homem e de Deus”. Na mesma obra, encontramos também um esclarecimento muito importante para o assunto em pauta: “Após a morte, conserva a alma dos animais a sua individualidade e a consciência de si mesma? Conserva a sua individualidade; quanto à consciência do seu eu, não. A vida inteligente lhe permanece latente”.
No livro Os Animais têm Alma?, Ernesto Bozzano, conhecido filósofo e metapsiquista italiano, apresenta 130 casos de materializações de animais, visão e identificação de espíritos de animais mortos, alucinações telepáticas percebidas ao mesmo tempo pelo animal e pelo homem, bem como várias aparições de animais sob forma simbólico-premonitória. Cada caso é devidamente documentado e os comentários, apresentados com suas respectivas conclusões, são de difícil contestação.
A psique animal
A respeito de sua obra, Bozzano afirma: “Ela consiste em um primeiro ensaio para demonstrar, por um método científico, a sobrevivência da psique animal. É preciso voltarmos ao nosso assunto e concluirmos salientando que a existência de faculdades supranormais na subconsciência animal, existência suficientemente comprovada pelos casos que expusemos, constitui uma boa prova em favor da psique animal. Para o homem, deve-se inferir que as faculdades em questão representam, em sua subconsciência, os sentidos espirituais pré-formados esperando se exercerem em um meio espiritual (como as faculdades dos sentidos estavam pré-formadas no embrião esperando se exercerem no meio terrestre). Se assim é, como as mesmas faculdades se encontram na subconsciência animal, deve-se inferir daí, logicamente, que os animais possuem, por sua vez, um espírito que sobrevive à morte do corpo”.
Em Nosso Lar, de André Luiz, encontramos um trecho que dá conta da existência de animais no plano astral: “Seis grandes carros formato diligência, precedidos de matilhas de cães alegres e barulhentos, eram tirados por animais que, mesmo de longe, me pareceram iguais aos muares terrestres. Mas a nota mais interessante era os grandes bandos de aves, de corpo volumoso, que voavam a curta distância, acima dos carros, produzindo ruídos singulares”.
O que estariam fazendo esses animais que acompanhavam a caravana dos samaritanos, constituída por espíritos abnegados que iam até o umbral buscar enfermos para serem tratados nas “câmaras de retificação”? Colaborando. Os cães facilitavam a penetração nas regiões obscuras e afastavam seres monstruosos, os muares puxavam cargas e forneciam calor onde necessário e as aves devoravam as formas mentais odientas e perversas.
O pai da médium Yvonne A. Pereira, por meio de mensagem psicografada por ela, enviou um importante contributo para o nosso assunto. Ao desencarnar, ele foi levado para uma cidade pequena, sossegada, apropriada para convalescentes. Ao despertar, após três dias de seu decesso, encontrava-se só em uma varanda orlada de trepadeiras floridas. “O único rumor partia do orquestrar longínquo de uns pássaros, verdadeira melodia que ressoava aos meus ouvidos com delicadeza e ternura”, disse.
Cuidar dos animais
No livro O Consolador, Emmanuel esclarece quanto à missão que os humanos têm com relação aos nossos irmãos menores, que são os animais: “Sem dúvida, também a zoologia merece o zelo da esfera invisível, mas é indispensável considerarmos a utilidade de uma advertência aos homens, convidando-os a examinar detidamente seus laços de parentesco com os animais dentro das linhas evolutivas, sendo justo que procurem colocar os seres inferiores da vida planetária sob seu cuidado amigo. Os reinos da natureza, aliás, são o campo de operação e trabalho dos homens, sendo razoável considerá-los mais sob a sua responsabilidade direta que propriamente dos espíritos, razão porque responderão perante as leis divinas pelo que fizerem em consciência com os patrimônios da natureza terrestre”.
Sábia advertência, felizes os que a escutarem. Nosso carinho e solidariedade devem se estender aos seres que, mesmo estando abaixo de nós na escala evolutiva, são capazes de nos servir e amar. Necessitamos deles como eles necessitam de nós. E nessa troca de trabalhos e afetividade, todos ganham.
Artigo publicado na edição 15 da Revista Cristã de Espiritismo.
OS MALEFÍCIOS DA GULA
A natureza não traçou o limite do necessário em nossa própria organização?
— Sim, mas o homem é insaciável.A natureza traçou o limite de suas necessidades na sua organização, mas os vícios alteraram a sua constituição e criaram para ele necessidades artificiais." (Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Livro Terceiro. Capítulo V. Lei de Conservação. Pergunta 716.)
"A alimentação animal, para o homem, é contrária à lei natural?
- Na vossa constituição física, a carne nutre a carne, pois do contrário o homem perece. A lei de conservação impõe ao homem o dever de conservar as a sua saúde, para poder cumprir a lei do trabalho. Ele deve alimentar-se, portanto, segundo o exige a sua organização." (Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Livro terceiro. Capítulo V. Lei de Conservação. Pergunta 723.)
O excesso na alimentação é vício igualmente nocivo ao nosso organismo. Imaginemos a sobrecarga de trabalho que os nossos órgãos são obrigados a desenvolver desnecessariamente, apenas para satisfazer o exagerado prazer da gustação. Todo excesso de trabalho leva ao desgaste prematuro, quer de uma máquina, quer dos órgãos físicos, ou do corpo somático na sua generalidade. O desenvolvimento avantajado e antiestético dos órgãos responsáveis pela digestão caracteriza o glutão.
A gula também é uma manifestação de egoísmo. A porção alimentar que poderia sustentar mais uma ou duas pessoas é totalmente digerida por apenas uma, com visível prejuízo para a coletividade. A quantidade necessária de proteínas, gorduras, sais minerais, etc., para manter o corpo físico, é mais ou menos a metade ou a terça parte daquilo que nós normalmente ingerimos. A nossa alimentação diária já é excessiva. Todos nós normalmente ingerimos mais do que o necessário; somos, em alguma proporção, glutões. As pessoas gordas vivem, de um modo geral, muito menos que as magras e, além disso, estão sujeitas a enfermidades com mais frequência. Grandes quantidades de alimentos deglutidos não significa ter boa saúde.
Teoricamente, a energia alimentar contida numa amêndoa seria suficiente para nos nutrir o dia inteiro, caso soubéssemos e estivéssemos em condições próprias para absorvê-las por completo. Para aproveitar as energias e os valores alimentícios durante as refeições, é necessário que tenhamos a mente tranquilizada e as emoções acalmadas, além de estarmos concentrados na absorção dos mesmos. Quando nas refeições ocorrem discussões e contrariedades, ingerimos mal, provocando perturbações estomacais e impregnamos os alimentos mastigados de vibrações negativas altamente perniciosas ao nosso espírito.
Embora consideremos as proteínas de origem animal importantes à nossa subsistência, a preferência pelos produtos naturais, como cereais, verduras, frutas, ovos, mel, leite e seus derivados, é no nosso entender mais condizente com a natureza da criatura que busca ascender espiritualmente.
Porém, sejamos realistas e não nos fanatizemos seguindo a alimentação frugal como objetivo de ascensão espiritual, pois não é o que entra pela boca que nos faz melhores, mas o esforço que empreendemos em fazer com que através dela saiam apenas palavras confortadoras, dóceis, construtivas.
As gorduras que se acumulam no nosso organismo em forma de triglicérides e colesterol, prejudiciais ao nosso sistema circulatório, devem ser minoradas, até como recomendação médica geral. O comer exagerado é um vício, quando não, um costume que criamos para satisfazer nosso próprio orgulho e o prazer de saborear incontidamente os deliciosos quitutes. É realmente atraente o prazer de comer bem. Quem faz os alimentos se esmera para ser elogiado, agrada-o bem servir socialmente.
Quem aproveita os alimentos não se contém; o sabor não estabelece limites, mais e mais vai sendo engolido. O processo sugestivo é também um meio para se libertar, porém a orientação alimentar para as pessoas excessivamente gordas ou descontroladas nesse sentido deve ser dada por médico especialista, pois o controle alimentar por conta própria pode provocar um desbalanceamento, com graves consequências.
O processo sugestivo entra como meio de reação ao vício. Quando o desejo e os estímulos exagerados do apetite, diante de suculentos pratos e bonitas travessas, nos impulsionam a comer desmedidamente, podemos reagir pensando nos futuros prejuízos ao nosso corpo e nas consequências nocivas ao nosso espírito. Procuremos sempre reagir aos excessos alimentares, contendo os impulsos da gula, principalmente aos domingos, quando procuramos descansar o corpo físico das sobrecargas semanais. Há um preceito que ensina: "devemos terminar as refeições com fome".
Assim fazendo, naturalmente aprenderemos a comer menos, absorvendo melhor as energias alimentícias através de uma atitude tranquila e de uma mentalização positiva nas qualidades substanciosas dos mesmos. Comendo pouco nos alimentamos muito: essa é a chave para adquirir o equilíbrio alimentar e vencer a gula.
FAÇA SUA AVALIAÇÃO INDIVIDUAL
1. Quando você se alimenta, sente necessidade incontida de comer muito?
2. Acha que, de alguma forma, se excede na alimentação?
3. Cria na imaginação as oportunidades de saborear deliciosos pratos?
4. Fica tenso, nervoso ou contrariado quando tem que comer menos para dividir com outros?
5. Acha que reage com ganância e preocupação de não satisfazer a fome nas refeições conjuntas?
6. Consegue conter naturalmente o desejo exagerado de comer?
7. Quando se alimenta, procura mentalizar a absorção tranquila dos valores nutritivos?
8. Evita discussões e contrariedades nas horas das refeições?
9. Acha que necessita fazer regime alimentar?
10. Às vezes o comer muito reflete um desequilíbrio emocional ou psicológico. Acha que seria esse o seu caso? Em caso afirmativo, procure já um médico.
— Sim, mas o homem é insaciável.A natureza traçou o limite de suas necessidades na sua organização, mas os vícios alteraram a sua constituição e criaram para ele necessidades artificiais." (Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Livro Terceiro. Capítulo V. Lei de Conservação. Pergunta 716.)
"A alimentação animal, para o homem, é contrária à lei natural?
- Na vossa constituição física, a carne nutre a carne, pois do contrário o homem perece. A lei de conservação impõe ao homem o dever de conservar as a sua saúde, para poder cumprir a lei do trabalho. Ele deve alimentar-se, portanto, segundo o exige a sua organização." (Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Livro terceiro. Capítulo V. Lei de Conservação. Pergunta 723.)
O excesso na alimentação é vício igualmente nocivo ao nosso organismo. Imaginemos a sobrecarga de trabalho que os nossos órgãos são obrigados a desenvolver desnecessariamente, apenas para satisfazer o exagerado prazer da gustação. Todo excesso de trabalho leva ao desgaste prematuro, quer de uma máquina, quer dos órgãos físicos, ou do corpo somático na sua generalidade. O desenvolvimento avantajado e antiestético dos órgãos responsáveis pela digestão caracteriza o glutão.
A gula também é uma manifestação de egoísmo. A porção alimentar que poderia sustentar mais uma ou duas pessoas é totalmente digerida por apenas uma, com visível prejuízo para a coletividade. A quantidade necessária de proteínas, gorduras, sais minerais, etc., para manter o corpo físico, é mais ou menos a metade ou a terça parte daquilo que nós normalmente ingerimos. A nossa alimentação diária já é excessiva. Todos nós normalmente ingerimos mais do que o necessário; somos, em alguma proporção, glutões. As pessoas gordas vivem, de um modo geral, muito menos que as magras e, além disso, estão sujeitas a enfermidades com mais frequência. Grandes quantidades de alimentos deglutidos não significa ter boa saúde.
Teoricamente, a energia alimentar contida numa amêndoa seria suficiente para nos nutrir o dia inteiro, caso soubéssemos e estivéssemos em condições próprias para absorvê-las por completo. Para aproveitar as energias e os valores alimentícios durante as refeições, é necessário que tenhamos a mente tranquilizada e as emoções acalmadas, além de estarmos concentrados na absorção dos mesmos. Quando nas refeições ocorrem discussões e contrariedades, ingerimos mal, provocando perturbações estomacais e impregnamos os alimentos mastigados de vibrações negativas altamente perniciosas ao nosso espírito.
Embora consideremos as proteínas de origem animal importantes à nossa subsistência, a preferência pelos produtos naturais, como cereais, verduras, frutas, ovos, mel, leite e seus derivados, é no nosso entender mais condizente com a natureza da criatura que busca ascender espiritualmente.
Porém, sejamos realistas e não nos fanatizemos seguindo a alimentação frugal como objetivo de ascensão espiritual, pois não é o que entra pela boca que nos faz melhores, mas o esforço que empreendemos em fazer com que através dela saiam apenas palavras confortadoras, dóceis, construtivas.
As gorduras que se acumulam no nosso organismo em forma de triglicérides e colesterol, prejudiciais ao nosso sistema circulatório, devem ser minoradas, até como recomendação médica geral. O comer exagerado é um vício, quando não, um costume que criamos para satisfazer nosso próprio orgulho e o prazer de saborear incontidamente os deliciosos quitutes. É realmente atraente o prazer de comer bem. Quem faz os alimentos se esmera para ser elogiado, agrada-o bem servir socialmente.
Quem aproveita os alimentos não se contém; o sabor não estabelece limites, mais e mais vai sendo engolido. O processo sugestivo é também um meio para se libertar, porém a orientação alimentar para as pessoas excessivamente gordas ou descontroladas nesse sentido deve ser dada por médico especialista, pois o controle alimentar por conta própria pode provocar um desbalanceamento, com graves consequências.
O processo sugestivo entra como meio de reação ao vício. Quando o desejo e os estímulos exagerados do apetite, diante de suculentos pratos e bonitas travessas, nos impulsionam a comer desmedidamente, podemos reagir pensando nos futuros prejuízos ao nosso corpo e nas consequências nocivas ao nosso espírito. Procuremos sempre reagir aos excessos alimentares, contendo os impulsos da gula, principalmente aos domingos, quando procuramos descansar o corpo físico das sobrecargas semanais. Há um preceito que ensina: "devemos terminar as refeições com fome".
Assim fazendo, naturalmente aprenderemos a comer menos, absorvendo melhor as energias alimentícias através de uma atitude tranquila e de uma mentalização positiva nas qualidades substanciosas dos mesmos. Comendo pouco nos alimentamos muito: essa é a chave para adquirir o equilíbrio alimentar e vencer a gula.
FAÇA SUA AVALIAÇÃO INDIVIDUAL
1. Quando você se alimenta, sente necessidade incontida de comer muito?
2. Acha que, de alguma forma, se excede na alimentação?
3. Cria na imaginação as oportunidades de saborear deliciosos pratos?
4. Fica tenso, nervoso ou contrariado quando tem que comer menos para dividir com outros?
5. Acha que reage com ganância e preocupação de não satisfazer a fome nas refeições conjuntas?
6. Consegue conter naturalmente o desejo exagerado de comer?
7. Quando se alimenta, procura mentalizar a absorção tranquila dos valores nutritivos?
8. Evita discussões e contrariedades nas horas das refeições?
9. Acha que necessita fazer regime alimentar?
10. Às vezes o comer muito reflete um desequilíbrio emocional ou psicológico. Acha que seria esse o seu caso? Em caso afirmativo, procure já um médico.
Ney P. Peres
Fonte: Espiritismo Na Rede
A caridade da língua
Conta Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, item 252, que duas irmãs sofriam, há anos, depredações desagradáveis em seu lar:
Suas roupas eram incessantemente espalhadas por todos os cantos da casa e até pelos telhados, cortadas, rasgadas e crivadas de buracos, por mais cuidado que tivessem em guardá-las à chave.
Descartada a possibilidade de que estavam às voltas com brincadeira de mau gosto, procuraram o Codificador que, em reunião mediúnica, mediante evocação, conversou com o Espírito que estava promovendo aqueles distúrbios.
Era agressivo e inacessível a qualquer orientação passível de mudar seu comportamento.
Um mentor espiritual consultado transmitiu surpreendente orientação:
O que essas senhoras têm de melhor a fazer é rogar aos Espíritos seus protetores que não as abandonem.
Nenhum conselho melhor lhes posso dar do que o de dizer-lhes que desçam ao fundo de suas consciências, para se confessarem a si mesmas e verificarem se sempre praticaram o amor ao próximo e a caridade.
Não falo da caridade que consiste em dar e distribuir, mas a caridade da língua; pois, infelizmente, elas não sabem conter as suas e não demonstram, por atos de piedade, o desejo de se livrarem daquele que as atormenta.
Gostam muito de maldizer o próximo, e o Espírito que as obsidia toma sua desforra, porquanto, em vida, foi para elas um burro de carga.
Pesquisem na memória e logo descobrirão quem ele é.
Entretanto, se conseguirem melhorar-se, seus anjos guardiães se aproximarão e a simples presença deles bastará para afastar o mau Espírito, que não se agarrou a uma delas em particular, senão porque o seu anjo guardião teve que se afastar, por efeito de atos repreensíveis, ou maus pensamentos.
O que precisam é fazer preces fervorosas pelos que sofrem e, principalmente, praticar as virtudes impostas por Deus a cada um, de acordo com sua condição.
Incrível, leitor amigo!
As duas irmãs estavam sofrendo a ação de um Espírito perturbador, porque... eram fofoqueiras!
Tomada à conta de simples abobrinha, na horta fértil da inconsequência, falar mal da vida alheia baixa o padrão vibratório e nos coloca em sintonia com Espíritos perturbados e perturbadores.
Particularmente médiuns dotados de maior sensibilidade psíquica fariam bem em cuidar da língua, contendo-a nos limites da sobriedade, fugindo da maledicência como o diabo da cruz.
***
A fofoca é uma autoafirmação às avessas, bem própria da inferioridade humana.
Em vez de o indivíduo afirmar-se pelos seus valores, pretende fazê-lo por suposta ausência deles no próximo.
É o derrubar o outro para ficar por cima.
Posição indesejável.
Satisfaz o homem perecível, mas compromete o Espírito imortal, abrindo a guarda, ante o assédio espiritual inferior.
Conheci um médium que, no ambiente profissional, sempre que se formavam as tradicionais rodinhas para tricotar levianamente sobre reputações alheias, afastava-se imediatamente.
Indagado a respeito, explicava:
– Minha defesa é sustentar um padrão vibratório elevado, na base do orai e vigiai, recomendado por Jesus. Se vacilo, baixo a guarda e fico sujeito a influências perturbadoras.
Parece exagero, mas faz sentido.
Apreciações críticas na base de fofocas, depreciando o comportamento alheio, favorecem a sintonia com as sombras.
Oportuno lembrar com Jesus que será sempre conveniente refletir sobre nossas próprias mazelas, combatendo-as, em vez de estar apreciando mazelas de nosso semelhante, sob a ótica da hipocrisia, conforme sua contundente afirmação (Mateus, 7:1-5):
Não julgueis, para que não sejais julgados.
Pois com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido, hão de vos medir.
Por que reparas no cisco que está no olho do teu irmão, mas não percebes a trave que está no teu?
Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o cisco do teu olho, estando uma trave no teu?
Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás claramente para tirar o cisco do olho do teu irmão.
Um bom tema, leitor amigo, a merecer nossa atenção, antes de pedirmos socorro aos bons Espíritos quando surjam perturbações.
Não terão algo a ver com as incontinências da língua?
Richard Simoneti
Suas roupas eram incessantemente espalhadas por todos os cantos da casa e até pelos telhados, cortadas, rasgadas e crivadas de buracos, por mais cuidado que tivessem em guardá-las à chave.
Descartada a possibilidade de que estavam às voltas com brincadeira de mau gosto, procuraram o Codificador que, em reunião mediúnica, mediante evocação, conversou com o Espírito que estava promovendo aqueles distúrbios.
Era agressivo e inacessível a qualquer orientação passível de mudar seu comportamento.
Um mentor espiritual consultado transmitiu surpreendente orientação:
O que essas senhoras têm de melhor a fazer é rogar aos Espíritos seus protetores que não as abandonem.
Nenhum conselho melhor lhes posso dar do que o de dizer-lhes que desçam ao fundo de suas consciências, para se confessarem a si mesmas e verificarem se sempre praticaram o amor ao próximo e a caridade.
Não falo da caridade que consiste em dar e distribuir, mas a caridade da língua; pois, infelizmente, elas não sabem conter as suas e não demonstram, por atos de piedade, o desejo de se livrarem daquele que as atormenta.
Gostam muito de maldizer o próximo, e o Espírito que as obsidia toma sua desforra, porquanto, em vida, foi para elas um burro de carga.
Pesquisem na memória e logo descobrirão quem ele é.
Entretanto, se conseguirem melhorar-se, seus anjos guardiães se aproximarão e a simples presença deles bastará para afastar o mau Espírito, que não se agarrou a uma delas em particular, senão porque o seu anjo guardião teve que se afastar, por efeito de atos repreensíveis, ou maus pensamentos.
O que precisam é fazer preces fervorosas pelos que sofrem e, principalmente, praticar as virtudes impostas por Deus a cada um, de acordo com sua condição.
Incrível, leitor amigo!
As duas irmãs estavam sofrendo a ação de um Espírito perturbador, porque... eram fofoqueiras!
Tomada à conta de simples abobrinha, na horta fértil da inconsequência, falar mal da vida alheia baixa o padrão vibratório e nos coloca em sintonia com Espíritos perturbados e perturbadores.
Particularmente médiuns dotados de maior sensibilidade psíquica fariam bem em cuidar da língua, contendo-a nos limites da sobriedade, fugindo da maledicência como o diabo da cruz.
***
A fofoca é uma autoafirmação às avessas, bem própria da inferioridade humana.
Em vez de o indivíduo afirmar-se pelos seus valores, pretende fazê-lo por suposta ausência deles no próximo.
É o derrubar o outro para ficar por cima.
Posição indesejável.
Satisfaz o homem perecível, mas compromete o Espírito imortal, abrindo a guarda, ante o assédio espiritual inferior.
Conheci um médium que, no ambiente profissional, sempre que se formavam as tradicionais rodinhas para tricotar levianamente sobre reputações alheias, afastava-se imediatamente.
Indagado a respeito, explicava:
– Minha defesa é sustentar um padrão vibratório elevado, na base do orai e vigiai, recomendado por Jesus. Se vacilo, baixo a guarda e fico sujeito a influências perturbadoras.
Parece exagero, mas faz sentido.
Apreciações críticas na base de fofocas, depreciando o comportamento alheio, favorecem a sintonia com as sombras.
Oportuno lembrar com Jesus que será sempre conveniente refletir sobre nossas próprias mazelas, combatendo-as, em vez de estar apreciando mazelas de nosso semelhante, sob a ótica da hipocrisia, conforme sua contundente afirmação (Mateus, 7:1-5):
Não julgueis, para que não sejais julgados.
Pois com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido, hão de vos medir.
Por que reparas no cisco que está no olho do teu irmão, mas não percebes a trave que está no teu?
Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o cisco do teu olho, estando uma trave no teu?
Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás claramente para tirar o cisco do olho do teu irmão.
Um bom tema, leitor amigo, a merecer nossa atenção, antes de pedirmos socorro aos bons Espíritos quando surjam perturbações.
Não terão algo a ver com as incontinências da língua?
Richard Simoneti
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