23 de jul. de 2015

MÉDIUNS DOENTES E A MEDIUNIDADE! RESPONSABILIDADE DA CASA ESPÍRITA!



Um dos graves problemas da casa espírita, são dirigentes que não tomam o devido cuidado ao colocar pessoas doentes física e mentalmente nas frentes mediúnicas de trabalho das casas. Percebe-se uma falta de cuidado com esta seleção, que não visa exclusão e sim, cuidados que devemos ter com as pessoas. Repara-se com alguns critérios de avaliação, que algumas pessoas jamais poderiam estar exercendo a mediunidade, pois não encontram-se  em equilíbrio para a mesma. Simplesmente se a pessoa se apresenta, alguém que se acha inspirado pelos "Deuses", determina que a mesma está em desequilíbrio pela necessidade do exercício da mediunidade, o que na maioria das vezes, não passa de problemas que podem até se agravar com a prática mediúnica.

O homem, ao buscar as verdades espirituais, desprende-se do ego e cresce cada vez mais para o alto; torna-se pessoa mansa e amiga da verdade. Hoje, analisando o movimento espírita, constatamos entristecidos que vários centros espíritas brincam com a ignorância do próximo: médiuns doentes e fanáticos enxergam espíritos em todos os lugares e mentem na conversação, comunicando fatos que percebemos logo serem mentirosos. 

Existem aqueles que falam do passado, do presente e do futuro, que lutam para dissolver grupos, porque a vaidade lhes banha a alma. Todos os médiuns precisam conscientizar-se de que a Lei de Deus é uma só e chama-se Verdade. Deixemos a vaidade de lado e não busquemos nos espíritos conhecidos a ascensão do nosso caminho; ao invés disso, busquemos nos amigos espirituais as palavras simples e amigas de Jesus. Não desejemos mediunidade ostensiva, mas aquela que nos ofereça oportunidades de trabalho. 


Por que essa vontade de dirigir alguém, se Jesus, como Governador do Planeta, Se fez o menor de todos? Se você ouve espíritos, eduque-os para os lugares certos de conversação. Nada mais desagradável do que vivermos misturando espíritos com encarnados. Se enxergamos os amigos espirituais, não fiquemos a tocar a trombeta por isso; nem todo mundo está preparado para ouvir falar deles. Se temos premonição, que a guardemos para lugares apropriados; é muito triste brincarmos com a verdade. 

Se possuímos mediunidade de psicofonia, cuidemos para bem servir àqueles que nos buscam; nada mais desagradável do que o descrédito se nos tomar a vaidade. Se a psicografia é a nossa tarefa, respeitemos os nomes veneráveis e não nos preocupemos tanto com os nomes famosos. A mensagem se conhece pelo valor moral que ela nos traz. 

Se desejamos possuir conhecimento, que o façamos de maneira equilibrada, não misturando tudo de uma só vez, dando margem ao desequilíbrio, porque não temos ainda maturidade para compreendermos a grandeza de Deus. Cuidado devemos tomar. Os homens passam, mas a Doutrina [Espírita] é eterna. Se hoje a trairmos, amanhã talvez não tenhamos tempo para pedir perdão.   

Livro:  Chama Eterna
            Irene Pacheco Machado, pelo Espírito Irmão Sérgio

22 de jul. de 2015

CHARLIE CHARLIE, COMPASSO E COPO! BRINCADEIRA PERIGOSA!


"Brincadeiras do copo ou compasso: "Essas brincadeiras são desaconselháveis. Inspiradas em mera curiosidade e sem nenhum preparo do grupo, podem converter-se em porta aberta às obsessões. Acontece com frequência..."
Trouxe o assunto ao blog, em virtude de uma das evangelizadas da Casa Espírita, confessar ter participado da atividade e todo seu medo mesclado com curiosidade. 

A brincadeira do copo, muito comum entre os jovens, consiste em fazer perguntas aos Espíritos através da tábua Ouija ou algo parecido, desde que contenha números e as palavras "sim" e "não". Atualmente os jovens estão preferindo fazer esta - perigosa - brincadeira com um compasso escolar e o famoso Charlie Charlie.

1 - Como funciona o copo para entrar em contato com os Espíritos?
Lembra um pouco o fenômeno das mesas girantes, nos primórdios do Espiritismo. Faz-se um circulo em torno dele, com a posição das letras alfabéticas ao longo dos trezentos e sessenta graus. Os participantes fazem imposição das mãos sobre o copo. Ele se movimenta indicando letras que, anotadas, formam palavras e frases.
2 - São os Espíritos que movimentam o copo?
O fenômeno pode ser anímico. Os próprios participantes, inconscientemente, fazem o movimento. Ou espiritual, iniciativa de entidades desencarnadas que aproveitam a base fluídica sustentada pelos encarnados.
3 - Funciona, então, como uma reunião mediúnica?
No segundo caso, sim. Há Espíritos e médiuns.


4 - Há algum problema com essas brincadeiras?
São desaconselháveis. Inspiradas em mera curiosidade e sem nenhum preparo do grupo, podem converter-se em porta aberta às obsessões. Acontece com frequência.
5 - Os benfeitores espirituais não nos protegem?
A natureza dos Espíritos que participam de uma reunião de intercâmbio depende das intenções e disposições do grupo. Sem conhecimento, sem um propósito nobre, sem seriedade, realizadas por mera diversão, atendendo à curiosidade, sessões com o copo atraem Espíritos zombeteiros e mistificadores que ali têm campo fértil para a semeadura de perturbações.
6 - E se houver boas intenções?
Segundo velho ditado, o inferno está cheio delas. Há muita gente bem intencionada que se perturba com o fenômeno mediúnico, por falta de conhecimento, experiência e orientação.
7 - Uma reunião com o copo poderia ser realizada no Centro Espírita?
Sim, mas seria regredir ao primarismo das mesas girantes, com manifestações demoradas, cansativas e pouco produtivas. Nos Centros Espíritas exercitam-se a psicofonia e a psicografia, em que os médiuns transmitem o pensamento dos Espíritos pela palavra falada e escrita, bem mais eficiente. Mal comparando, é como passar do telégrafo para o telefone ou fax.
8 - Se não é prudente brincar com o copo, o que devem fazer meus amigos que se interessam pelo assunto?
Que procurem o Centro Espírita, participem das reuniões doutrinárias e dos cursos de Espiritismo. Então estarão habilitados a participar de reuniões mediúnicas. Ali terão um aproveitamento bem melhor sem os riscos que envolvem essas “diversões” juvenis.


(Do livro "Não Pise na Bola", de Richard Simonetti, cap. 30, edição O Clarim, 1996)

21 de jul. de 2015

AONDE VAMOS DURANTE O SONHO?




        
Era manhã de sol nas proximidades do mar.

        A esposa despertara ansiosa por narrar ao marido a experiência que tivera na noite anterior.

        Estavam fisicamente separados por cerca de 5 dias, em cidades diferentes, e a saudade já batia forte.

        Há mais de trinta anos dividiam a mesma cama, a mesma vida, e qualquer rápida separação já era sentida por ambos.

        Tomando do telefone, então, ela lhe conta, que na noite anterior tivera uma sensação muito especial.

        Deitada na cama, nos primeiros instantes do sono, sentira o perfume dele, como se ele tivesse acabado de sair do banho, e se colocado ao seu lado, como sempre o fazia em casa.

        Além do aroma agradável, percebeu uma presença muito forte, como se ele realmente estivesse ali.

        Virou-se rapidamente, mas não havia ninguém.

        O marido, do outro lado da linha, ouvia tudo também emocionado.

        Quando ela terminou a narração, foi a vez dele dizer:

        Pois também vivi uma experiência singular nesta noite.

        Na madrugada, acordei com a certeza de que você estava dormindo ao meu lado. Tinha certeza que você estava ali. Mas quando olhei para o seu lugar na cama, nada vi.

        Terminam os dois a conversa, surpresos, dizendo:

        É... acho que nos encontramos esta noite!

        Muitos de nós temos histórias muito peculiares sobre o período do sono.

        Aqueles que conseguem lembrar mais claramente dos sonhos trazem experiências muito ricas, por vezes, e que merecem nossa análise.

        Para onde vamos durante o sono? Todas essas lembranças serão apenas produto do cérebro?

        O Espiritismo vem nos elucidar, afirmando que durante o período do sono, a alma se emancipa, isto é, se afasta do corpo temporariamente.

        Desta forma, o que conhecemos como sonhos são as lembranças do que o Espírito viu e vivenciou durante esse tempo.

        Quando os olhos se fecham, com a visitação do sono, o nosso Espírito parte em disparada, por influxo magnético, para os locais de sua preferência.

        Através da atração produzida pela afinidade, procuramos muitas vezes aqueles que nos são caros, amigos, parceiros e amores.

        Por isso é que aqueles que muito se amam na Terra, podem se encontrar no espaço, e continuarem juntos.

        É assim que encontramos Espíritos amados, que já não se encontram conosco fisicamente, e partilhamos com eles momentos inesquecíveis.

        Por vezes lembramos, por outras tantas não, mas sempre conservamos no íntimo bons sentimentos, ou a sensação de ter vivido experiência agradável.

        O Espírito sopra onde quer, e mesmo durante nosso aparente repouso, perceberemos que ele está em atividade, sempre.

                                                        
Podemos nos preparar melhor para conseguirmos ter bons sonhos.

        Obviamente que os acontecimentos do dia, e nosso estado emocional irão influenciar nossas experiências oníricas, mas podemos tomar alguns cuidados a mais para aproveitar melhor este período:

        uma leitura salutar,

        a oração sincera,

        uma música suave que nos acalme,

        alguns momentos de meditação.

        Todos estes ingredientes colaboram para que as últimas impressões do dia sejam positivas, e sejam levadas conosco, favorecendo a emancipação da alma.



Assim, tenha bons sonhos...


Redação do Momento Espírita com base no cap. 17, do livro Estudando a mediunidade, de Martins Peralva, ed. Feb.

20 de jul. de 2015

AMIGO IMAGINÁRIO! MEDIUNIDADE NA INFÂNCIA!


Na novela "Páginas da Vida" do ano de 2006, Nanda, morta após dar à luz Clara e Francisco, tem visitado os filhos com uma freqüência cada vez maior. Os gêmeos vêem a mãe e até conversam com ela! 

Parece coisa de ficção.

Mas, na vida real, há muitos relatos de crianças que, assim como os gêmeos de Páginas da Vida, já viram ou conversaram com pessoas que já morreram (confira os casos reais no final da matéria). 

De acordo com a doutrina espírita, a meninada tem mesmo mais facilidade para interagir com quem já se foi, conforme explica Sônia Zaghetto, assessora de comunicação social da FEB (Federação Espírita Brasileira): 

“Isso ocorre porque as crianças ainda têm ligações ligeiramente mais tênues com o corpo físico, assim como os doentes terminais, em que a ligação espírito-corpo já se enfraqueceu e eles podem ver os espíritos. 

Há medida que a pessoa cresce, vai se tornando ainda mais forte a ligação com o corpo e ela vai deixando de vê-los”. No entanto, Sônia alerta: nem todas as crianças vêem os espíritos. “É natural que os vejam, mas não é obrigatório que aconteça”, explica.

O que também pode confundir quem não está muito por dentro do tema é achar que a criança é médium só porque teve um episódio em que viu, ou ouviu um espírito. “Nem sempre a visão de espíritos pelas crianças caracteriza mediunidade. Somente com o tempo se pode discernir, pois o fenômeno pode ser passageiro. Pode ser aquela questão relacionada à ligação do espírito com o corpo. 

Quando não é mediunidade, essas visões desaparecem entre 6 e 8 anos de idade. Como, por exemplo, os amiguinhos imaginários, que costumam desaparecer por volta dessa idade”, esclarece Sônia.






Alguns indícios de mediunidade:

Ela conta ainda que um sinal de mediunidade é quando a criança começa a relatar visões e conversas com os espíritos. “Se essas manifestações ganham caráter mais constante, bem ostensivo e persistem até a pré-adolescência e juventude, tudo indica mediunidade. Logo, uma visão que ocorreu apenas uma vez, por exemplo, não é considerada indício”, conclui ela.

  O que fazer quando a criança é médium?
- Os pais devem observar cuidadosamente o comportamento da criança para ver se elas não estão influenciadas por algo que viram na TV ou em filmes. 
- Pode ser também que elas estejam adotando tais posturas apenas para chamar a atenção. É importante discernir e checar tudo isso na hora de avaliar se a criança está realmente vendo espíritos.
- Os pais jamais devem estimular as crianças a desenvolver mediunidade. 
- Se a criança tiver idade suficiente para compreender o que está acontecendo, os pais devem explicar a ela a situação, procurando não fazer disso um fenômeno extraordinário que gere medo ou desconforto. “Se os pais não se acharem em condições de conversar com a criança (por desconhecimento do assunto), podem recorrer a um centro espírita, em que as pessoas mais experientes poderão orientá-los sobre a forma abordar o assunto com a criança”, aconselha Sônia.

  O que os pais devem evitar?
- Negação pura e simples, pois a criança pode se sentir acusada de ser mentirosa e desenvolver outros problemas.
- Valorização excessiva do fenômeno.
- Demonstrar medo, pois só deixará a criança mais nervosa e insegura. “Além de que, não se deve temer os espíritos”, completa Sônia. 
- Criar expectativas. “É uma imprudência. Os pais devem agir com a máxima naturalidade e ouvir a criança quando ela falar espontaneamente do assunto, sem criticá-la ou ridicularizá-la, sem se mostrar assustados, nervosos, inquietos ou vaidosos e orgulhosos diante do fenômeno que acontece com o filho”, orienta Sônia.

Casos conhecidos e comprovados de mediunidade em crianças*

CHICO XAVIER (1910-2002) 

– Um dos mais conhecidos e respeitados médiuns do mundo, Chico via o espírito da mãe morta e conversava com ela desde os 5 anos de idade. Em 1922, no centenário da Independência do Brasil, ele tinha 12 anos e ganhou menção honrosa quando escreveu uma bela redação sobre o Brasil. Na ocasião, afirmou que um espírito havia lhe ditado o texto. 

Os amigos duvidaram e acharam que ele tinha copiado a redação de um livro. (...) As visões de Chico fizeram com que ele fosse obrigado pelo pai a freqüentar a Igreja Católica e ele via hóstias brilhando de luz, pessoas mortas sorrindo e carregando rosas. Sebastião Scarzello - padre de Pedro Leopoldo (MG) - nunca duvidou, mas aconselhava Chico a orar mais para afastar aquelas visões.”

DIVALDO PEREIRA FRANCO 

- Médium baiano, de 79 anos de idade, Divaldo é hoje o mais conhecido palestrante espírita do mundo, com milhares de palestras em mais de 80 países e mais de 150 livros psicografados. Ele declara publicamente que vê os espíritos desde criança. Aos 4 anos de idade, viu o espírito de sua avó, Maria Senhorinha, e a descreveu para sua mãe, gerando muito espanto na família católica.

JOSÉ RAUL TEIXEIRA 

- Médium e conferencista espírita de Niterói - RJ, professor de Física da UFF (Universidade Federal Fluminense) e Doutor em Educação, José Raul afirma que via os espíritos desde criança e, muitas vezes, conversava com eles. 

Em uma ocasião, ao ver o espírito de um amigo, quase se atirou nos braços dele. Mas a mãe - que também era médium - impediu que o filho se machucasse, pois notou que ele ia em direção ao espírito e o impediu de cair no vazio, quando se atirou nos braços do amigo invisível.

*Depoimentos cedidos pela FEB (Federação Espírita Brasileira)

17 de jul. de 2015

DESPERTAR DA MEDIUNIDADE! QUAL A IDADE IDEAL?



Não existe idade para o afloramento da mediunidade, mas é claro que um bebê não poderá se ligar a um espírito e começar a falar, algumas etapas deverão ser alcançadas para que ocorra a ligação espiritual.
Também devemos ter cuidado para não achar que uma criança é médium antes dos sete anos, já que nesse período ela está se ajustando ao mundo físico, sendo por isso mais fácil o contato com espíritos desencarnados.
Em vários livros vemos exemplos de espíritos que se aproximam de crianças para influenciá-las a fazer uma prece ou levantar algum assunto importante. Pela sua pureza, inocência e por ainda não estarem completamente ligadas ao plano físico elas são muitas vezes o canal mais receptivo para influencias espirituais.
Porém existem crianças que desde cedo mantém um contato "mais intenso" com o mundo espiritual, tendo visões, conversando e até brincando com crianças desencarnadas.
O desabrochar da mediunidade pode ocorrer em qualquer idade, criança, jovem, adulto e até pessoas mais velhas.
Não acredito ser uma boa opção o aprimoramento mediúnico para crianças e jovens, na minha humilde opinião elas devem ser preparadas através de estudos espiritualistas e principalmente do Evangelho, para quando se tornarem mais velhas possuírem uma base sólida para a execução de sua tarefa. Muitos podem achar que o afloramento prematuro indica início de trabalho prematuro, porém isso também pode indicar INICIO DE ESTUDO E PREPARAÇÃO PREMATURO.
A tarefa do médium demandará confiança, maturidade, fé, coragem e vontade, atributos que muitas crianças ou jovens geralmente ainda não consolidaram em seu caráter, por isso mais vale um trabalho iniciado aos 20 anos e executado durante toda uma existência do que uma explosão aos 15 anos com término aos 19.
Allan Kardec fala sobre o desenvolvimento mediúnico de crianças no Livro dos Médiuns:
" Haverá inconveniente em desenvolver-se a mediunidade nas crianças?
Certamente e sustento mesmo que é muito perigoso, pois que esses organismos
débeis e delicados sofreriam por essa forma grandes abalos, e as respectivas imaginações excessiva sobreexcitação. Assim, os pais prudentes devem afastá-las dessas idéias, ou, quando nada, não lhes falar do assunto, senão do ponto de vista das conseqüências morais.
Há, no entanto, crianças que são médiuns naturalmente, quer de efeitos
físicos, quer de escrita e de visões. Apresenta isto o mesmo inconveniente?
Não; quando numa criança a faculdade se mostra espontânea, é que está na sua
natureza e que a sua constituição se presta a isso O mesmo não acontece, quando é provocada e sobre-excitada. Nota que a criança, que tem visões, geralmente não se impressiona com estas, que lhe parecem coisa naturalíssima, a que dá muito pouca atenção e quase sempre esquece. Mais tarde, o fato lhe volta à memória e ela o explica facilmente, se conhece o Espiritismo.
Em que idade se pode ocupar, sem inconvenientes, de mediunidade?
Não há idade precisa, tudo dependendo inteiramente do desenvolvimento físico
e, ainda mais, do desenvolvimento moral. Há crianças de doze anos a quem tal coisa afetará menos do que a algumas pessoas já feitas. Falo da mediunidade, em geral; porém, a de efeitos físicos é mais fatigante para o corpo; a da escrita tem outro inconveniente, derivado da inexperiência da criança, dado o caso de ela querer entregar-se a sós ao exercício da sua faculdade e fazer disso um brinquedo.

222. A prática do Espiritismo, como veremos mais adiante, demanda muito tato, para a inutilização das tramas dos Espíritos enganadores. Se estes iludem a homens feitos, claro é que a infância e a juventude mais expostas se acham a ser vítimas deles.
Sabe-se, além disso, que o recolhimento é uma condição sem a qual não se pode lidar com Espíritos sérios. As evocações feitas estouvadamente e por gracejo constituem verdadeira profanação, que facilita o acesso aos Espíritos zombeteiros, ou malfazejos.
Ora, não se podendo esperar de uma criança a gravidade necessária a semelhante ato, muito de temer é que ela faça disso um brinquedo, se ficar entregue a si mesma. Ainda nas condições mais favoráveis, é de desejar que uma criança dotada de faculdade mediúnica não a exercite, senão sob a vigilância de pessoas experientes, que lhe ensinem, pelo exemplo, o respeito devido às almas dos que viveram no mundo. Por aí se vê que a questão de idade está subordinada às circunstâncias, assim de temperamento, como de caráter. Todavia, o que ressalta com clareza das respostas acima é que não se deve forçar o desenvolvimento dessas faculdades nas crianças, quando não é espontânea, e que, em todos os casos, se deve proceder com grande circunspeção, não convindo nem excitá-las, nem animá-las nas pessoas débeis. Do seu exercício cumpre afastar, por todos os meios possíveis, as que apresentem sintomas, ainda que mínimos, de excentricidade nas idéias, ou de enfraquecimento das faculdades mentais, porquanto, nessas pessoas, há predisposição evidente para a loucura, que se pode manifestar por efeito de qualquer sobre-excitação. As idéias espíritas não têm, a esse respeito, maior influência do que outras, mas, vindo a loucura a declarar-se, tomará o caráter de preocupação dominante, como tomaria o caráter religioso, se a pessoa se entregasse em excesso às práticas de devoção, e a responsabilidade seria lançada ao Espiritismo. O que de melhor se tem a fazer com todo indivíduo que mostre tendência à ideia fixa é dar outra diretriz às suas preocupações, a fim de lhe proporcionar repouso aos órgãos enfraquecidos."
A maior parte dos centros possui evangelização infantil, passando os conhecimentos espirituais para os pequenos de forma suave, de acordo com a idade em que se encontra, acredito que essa é uma das melhores formas de prepará-los, além é claro do Evangelho no Lar.
Pessoas em idades avançadas também podem sentir o despertar de suas faculdades mediúnicas, isso não invalida o trabalho, não é mérito ou demérito. Não podemos julgar a vontade de nosso Pai e dos espíritos superiores, que sabem o exato momento que tudo deve acontecer.
Muitos médiuns evitam se dedicar ao trabalho por falarem que não tem tempo, o trabalho, os amigos, tudo tem prioridade e sempre pensão em um dia se dedicarem só que....
Você não sabe o tempo de vida que terá...
Você não sabe ao certo o tempo necessário para o início de sua tarefa mediúnica...
Muitas vezes, quando decidir iniciar o estudo e trabalho não lhe será mais permitido, porque já é época da colheita e você não plantou.
Não é você que escolhe a idade de iniciar o estudo e trabalho espiritual, Deus o chama e esse deve ser o momento de iniciar a preparação, pois quando estiver preparado ele o chamará novamente, só que agora para auxiliar os irmãos necessitados de Luz.

Grupo PAS

10 de jul. de 2015

A CURA PRÓPRIA




Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Segue-me. Lição nº 09. Página 51.

"Pregando o Evangelho do Reino e curando todas as enfermidades". Mateus, 9:35.

Cura a catarata e a conjuntivite, mas corrige a visão espiritual de teus olhos.
Defende-te contra a surdez, entretanto retifica o teu modo de registrar as vozes e solicitações variadas que te procuram.
Medica a arritmia e a dispneia, contudo não entregues o coração à impulsividade arrasadora.
Combate a neurastenia e o esgotamento, no entanto cuida de reajustar as emoções e tendências.
Persegue a gastralgia, mas educa teus apetites à mesa.
Melhora as condições do sangue, todavia não o sobrecarregues com os resíduos de prazeres inferiores.
Guerreia a hepatite, entretanto livra o fígado dos excessos em que te comprazes.
Remove os perigos da uremia, contudo não sufoques os rins com venenos de taças brilhantes.
Desloca o reumatismo dos membros, reparando, porém, o que fazes com teus pés, braços e mãos.
Sana os desacertos cerebrais que te ameaçam, todavia aprende a guardar a mente no idealismo superior e nos atos nobres.
Consagra-te à própria cura, mas não esqueças a pregação do Reino Divino aos teus órgãos.
Eles são vivos e educáveis.

Sem que teu pensamento se purifique e sem que a tua vontade comande o barco do organismo para o bem, a intervenção dos remédios humanos não passará de medida em trânsito para a inutilidade.

9 de jul. de 2015

VIA ÁPIA CONSCIENCIAL X BECO DO EGO




A via espiritual está aberta, mas poucos entram firmes nela.
A maioria prefere entrar nos becos laterais de seus egos.
E todo mundo sabe que frequentar becos é perigoso...
Ali tem ratos, baratas, sujeira, cacos de vidro e coisas gosmentas.
Além disso, também há a possibilidade do beco abrigar maus elementos.
Isso é assim em todos os becos, até mesmo nos que estão dentro das pessoas.
Muitas vezes, ali se escondem coisas abomináveis e perigosas...
É por aí que os espíritos obsessores aderem na aura* de muitas pessoas.
Eles também adoram um bequinho escuro... E entram com tudo!**
Então, temos encarnados e desencarnados numa estranha simbiose psíquica.
Estão desviados da via central para dentro de seus becos sujos.
E, por incrível que pareça, tudo isso é na própria mente das pessoas.
A via espiritual chama para a Luz e o despertar da consciência...
No entanto, evoluir por ela dá trabalho. E quem quer isso verdadeiramente?
A maioria prefere mesmo a inércia de um bequinho, mesmo em meio à sujeira.
Sabe como é... um bequinho “para chamar de seu” (bem longe da claridade).
Como diria um obsessor espanhol, “mi casa es su casa” (seu beco também é meu).
Acho que foi por observar as pessoas e seus becos que Jesus disse o seguinte:
“Muitos são os chamados, mas poucos são os escolhidos!”.
Ou seja, a via espiritual chama, mas poucos entram nela. A maioria cai fora!
E dá-lhe beco! E sujeira psíquica e os obsessores ali (ratos roendo as energias?)
Então, que haja Luz! Para “desratizar” as mentes infelizes que gostam de becos.
Para desobsidiar a ilusão de não querer evoluir... E, enfim, ir para a Via luminosa.
Pois é, a “Via Ápia consciencial” está aberta e chamando para fora dos becos...
Oxalá, dessa vez, “muitos sejam os escolhidos”, não pelo ego, mas pela Luz!
Porque evoluir é preciso... O Eterno nos chama sempre à frente.
(Sim, entrar na Luz. Caminhar por Ela. Tornar-se Ela. E n’Ela ser feliz...)

P.S.:
Certa vez, um dos mentores extrafísicos me disse o seguinte:
“A maioria das pessoas não sabe o que quer e se perde em maneirismos esquisitos e condutas inadequadas. Nem lhes passa pela cabeça que existem realidades maiores, além de seus pequenos desejos.
Palmilham os caminhos ondulantes do artificialismo, presas de confusas divagações e queixumes constantes.
Mesmo aqueles que palmilham os caminhos espirituais, apesar de boas intenções, também apresentam maneirismos estranhos.
Convém até que você fale ou escreva sobre isso...
Há espiritualistas mais tontos do que muitos materialistas.
Há também, muitas pessoas simples mais sábias do que muitas pessoas letradas e diplomadas que só fazem besteiras na vida.”
É, a coisa é séria demais! Desratizar a mente é preciso...
(Como alguém espera ser feliz num beco escuro?)
Haja Luz! Na Terra ou no Astral, vamos sempre em frente, como deve ser...

Paz e Luz.

- Wagner Borges - mestre de nada e discípulo de coisa alguma.

São Paulo, 13 de março de 2015