Um dos graves problemas da casa espírita, são dirigentes que não tomam o devido cuidado ao colocar pessoas doentes física e mentalmente nas frentes mediúnicas de trabalho das casas. Percebe-se uma falta de cuidado com esta seleção, que não visa exclusão e sim, cuidados que devemos ter com as pessoas. Repara-se com alguns critérios de avaliação, que algumas pessoas jamais poderiam estar exercendo a mediunidade, pois não encontram-se em equilíbrio para a mesma. Simplesmente se a pessoa se apresenta, alguém que se acha inspirado pelos "Deuses", determina que a mesma está em desequilíbrio pela necessidade do exercício da mediunidade, o que na maioria das vezes, não passa de problemas que podem até se agravar com a prática mediúnica.
O homem, ao buscar as verdades espirituais, desprende-se do ego e cresce cada vez mais para o alto; torna-se pessoa mansa e amiga da verdade. Hoje, analisando o movimento espírita, constatamos entristecidos que vários centros espíritas brincam com a ignorância do próximo: médiuns doentes e fanáticos enxergam espíritos em todos os lugares e mentem na conversação, comunicando fatos que percebemos logo serem mentirosos.
Existem aqueles que falam do passado, do presente e do futuro, que lutam para dissolver grupos, porque a vaidade lhes banha a alma. Todos os médiuns precisam conscientizar-se de que a Lei de Deus é uma só e chama-se Verdade. Deixemos a vaidade de lado e não busquemos nos espíritos conhecidos a ascensão do nosso caminho; ao invés disso, busquemos nos amigos espirituais as palavras simples e amigas de Jesus. Não desejemos mediunidade ostensiva, mas aquela que nos ofereça oportunidades de trabalho.
Por que essa vontade de dirigir alguém, se Jesus, como Governador do Planeta, Se fez o menor de todos? Se você ouve espíritos, eduque-os para os lugares certos de conversação. Nada mais desagradável do que vivermos misturando espíritos com encarnados. Se enxergamos os amigos espirituais, não fiquemos a tocar a trombeta por isso; nem todo mundo está preparado para ouvir falar deles. Se temos premonição, que a guardemos para lugares apropriados; é muito triste brincarmos com a verdade.
Se possuímos mediunidade de psicofonia, cuidemos para bem servir àqueles que nos buscam; nada mais desagradável do que o descrédito se nos tomar a vaidade. Se a psicografia é a nossa tarefa, respeitemos os nomes veneráveis e não nos preocupemos tanto com os nomes famosos. A mensagem se conhece pelo valor moral que ela nos traz.
Se desejamos possuir conhecimento, que o façamos de maneira equilibrada, não misturando tudo de uma só vez, dando margem ao desequilíbrio, porque não temos ainda maturidade para compreendermos a grandeza de Deus. Cuidado devemos tomar. Os homens passam, mas a Doutrina [Espírita] é eterna. Se hoje a trairmos, amanhã talvez não tenhamos tempo para pedir perdão.
Livro: Chama Eterna
Irene Pacheco Machado, pelo Espírito Irmão Sérgio