Este espaço foi criado com o objetivo de falar um pouco a respeito do Espiritismo, trazer alguns esclarecimentos a respeito desta doutrina tão consoladora.
9 de mar. de 2017
AMBIÇÃO
Era noite. O mentor Silvério Pires recomendou-me esperá-lo por instantes. Em
seguida, veio a mim explicando: Augusto, temos serviço urgente. Venha comigo. Trata-se de
um pedido de mãe devotada, em apoio de um filho enfermo. Obedeci, de imediato, mesmo
porque o orientador é um desses professores diletos a que nos vinculamos por afetuoso
reconhecimento.
Alguns minutos voaram e atingimos um palacete de primorosa estrutura, cercado
por jardins que brilhavam ao luar, dentro da noite. Entramos. O mentor parecia familiarizado
com os mínimos recantos do solar, enriquecido de tapetes e telas raras. Em aposento próximo,
mobiliado segundo os hábitos portugueses do século XVIII, um homem, aparentando cinqüenta
janeiros, escrevia e escrevia... Porque estacássemos, de repente, perguntei surpreso ao meu
condutor:
- Onde está o doente?
O amigo fez um gesto de proteção, sobre a cabeça do homem que me era desconhecido e
acentuou:
- Este é o irmão Celestino que nos requisita assistência.
Fitei o desconhecido, da cabeça aos pés e não lhe notei qualquer anormalidade. Entretanto, o
mentor solicitou-me:
- Tome papel e lápis e copie a carta em andamento. Trata-se de um estudo que nos cabe fazer.
Sem vacilar, passei a escrever o texto que o desconhecido produzia à nossa frente.
Era uma carta que ele provavelmente endereçava a algum irmão distante, e assim dizia: "Meu
caro Aprígio: Segure os cinqüenta mil sacos de arroz no armazém número dois e aguardemos
mais preço. Os dez mil litros de óleo para cozinha, mantenha você em estoque e os dois mil
sacos de café em grão guarde no armazém quatro. Não venda bulhufas. Mais algumas semanas
e estaremos numa boa. Tudo isso terá preços altos, nos próximos dias. E olhe: Não dê migalha
alguma a ninguém. Religiosos têm vindo aqui a me pedir socorro. Dizem que os tutelados deles
estão em carência. Até freiras já vieram aqui com petitórios. Não atenda a ninguém se você for
procurado. Esse negócio de religião e caridade já era. Um certo amigo chegou a me dizer que a
minha fazenda pela qual suei tanto, pertence a Deus e a mim, que eu não passo de sócio. Eu
queria que esse maluco visse os meus terrenos quando Deus estava aqui trabalhando sozinho.
Era mato e cobras em toda parte. Fique tranqüilo e nada de coração mole. Espero estar aí na
próxima semana. Até quinta-feira. Um abraço do seu irmão Celestino." Celestino, pois esse era
o nome de nosso anfitrião, colocou a caneta em lugar adequado e, logo após, levou a mão ao
peito. Gemia. Afigurava-se-me que ele sentia muita dor. Em dado momento, pressionou o
botão de uma campainha e estirou-se em larga poltrona. Um servidor apareceu. Celestino pedi
um coronário-dilatador e a presença do seu médico particular. O cardiologista surgiu com
presteza e determinou a remoção do doente para um hospital. Pires sentenciou:
- Devemos acompanhá-lo. Esta é a última noite de nosso amigo na vida física.
Internado, Celestino estava submetido a minuciosos exames. Silvério se dispôs à
retirada e disse-me simplesmente:
- Veja você. Tanta ambição e dentro de poucas horas o nosso amigo estará desencarnado, sob a
suspeita de enfarte. Amanhã viremos buscá-lo.
Nada mais acrescentou e eu fiquei a meditar sobre a lição recebida.
Da obra: Fotos da Vida. Ditada pelo Espírito Augusto Cezar,
através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier
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que apresenta o seguinte aviso ao final da página
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7 de mar. de 2017
Quem seria o meu Espírito Protetor?
Comumente no meio espírita, nos deparamos com pessoas tecendo os mais diversos comentários à
respeito de seus Espíritos protetores. Tais companheiros, (principalmente em palestras públicas e livros)
se reportam à presença dos Guias em momentos de intimidade, de dificuldades, de alegria. Relatam
também as opiniões e/ou interferências dos Espíritos protetores em escolhas e decisões tomadas pelo
tutelado. Importante ressaltar, que os referidos companheiros, alegam ver, ouvir, e interagir com seus
protetores, chegando até mesmo a saber o nome do mesmo!
Entretanto, a grande maioria dos encarnados “fica só na vontade”. Pois é fato que vontade e curiosidade
de se ter um contato mais efetivo, saber identidade e nome do Espírito Protetor, é sonho e/ou desejo, que
habita a mente e o coração da grande maioria das pessoas!
Portanto, objetivando serenar os nossos corações, e para que não “morramos de inveja“ daqueles
companheiros que relatam suas experiências com seus Guias Espirituais. Para que saibamos discernir, o
que “procede” e o que “não procede” das experiências fantásticas, relatadas. Para que saibamos
diferenciar um Espírito “Protetor“, de um Espírito “familiar“, ou de um Espírito “simpático“, é que escrevo o
presente artigo. A fonte que saciará nossa sede, e nos confortará será O Livro dos Espíritos, que em seu
Capítulo IX, Item VI, desenvolve o assunto sob o título de “Anjos da Guarda, Espíritos Protetores e
Familiares ou Simpáticos”.Inicialmente, busquemos saber “quem” são os Espíritos Protetores ou Anjos de Guarda e qual a sua
missão. À esse respeito, nos dizem os Espíritos da Codificação, que os Guias Espirituais, são Espíritos
de “ordem elevada“, que se ligam a um indivíduo em particular, como um irmão espiritual. Quanto a
missão do Espírito protetor, é a missão de um pai para com o filho, ou seja, conduzi-lo pelo bom
caminho, ajudá-lo com os seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições, sustentar sua coragem
nas provas da vida. (LE, 491) (negrito)
Importante ressaltar, que o Espírito protetor é ligado ao indivíduo desde o seu nascimento até a morte,
pois freqüentemente a ligação prossegue no plano espiritual, e mesmo através de várias experiências
reencarnatórias. Isto porque, segundo a Espiritualidade Superior, as vivências no mundo material não são
nada mais do que fases bem curtas da vida do Espírito.
Diante de tais afirmativas, ficamos cientes, que todo Espírito Protetor, é obrigatoriamente um Espírito de
moralidade e intelectualidade elevada, haja vista a complexidade e grandiosidade de sua missão, que é
de conduzir um Espírito imperfeito à perfeição. Conquanto, é profundo conhecedor da alma do seu
protegido, sendo sabedor de seus conflitos, vícios morais, medos, limitações, qualidades, conquistas, e
potencialidades evolutivas, por acompanhá-lo desde existências pretéritas.
São Luís e Santo Agostinho, asseveram que os Anjos da Guarda ou Espíritos protetores, acompanham os
seus protegidos, “nos cárceres, nos hospitais, nos antros do vício, na solidão, nada vos separa desse
amigo que não podeis ver, mas do qual vossa alma recebe os mais doces impulsos e ouve os mais sábios
conselhos.” E acrescentam: “Ah, porque não conheceis melhor esta verdade! Quantas vezes ela vos
ajudaria nos momentos de crise; quantas vezes ela vos salvaria dos maus Espíritos! (...) Ah, interpelai
vossos anjos da guarda, estabelecei entre vós e eles essa terna intimidade que reina entre os melhores
amigos! Não penseis em lhe ocultar nada, pois eles são os olhos de Deus e não os podeis enganar!” (LE.,
Cap. XIX, Livro II, p. 459)
Importante ressaltar, que embora algumas pessoas considerem impossível que Espíritos de alta evolução
fiquem restritos a uma tarefa tão penosa e contínua, asseguram os Mestres Espirituais, que mesmo
estando a anos luz de distância, para os Espíritos Superiores não existe espaço, e mesmo vivendo em
mundos evoluídos, permanecem ligados aos seus protegidos, pois gozam de dons por nós não
concebidos. À esse respeito, Kardec de forma pedagógica esclarece, que os Espíritos dispõem do “fluido
universal” (tema objeto de estudo em O Livro dos Espíritos) que permeia e liga todos os mundos, sendo
portanto veículo da transmissão do pensamento, como o ar é para nós o veículo da transmissão do som.
Acrescentam ainda São Luís e Santo Agostinho, que em razão da comunicação do Espírito Protetor com
o seu tutelado, somos todos médiuns, mesmo que hoje sejamos médiuns ignorados. Inferindo-se que
“todos” nos comunicamos com nosso Guias Espirituais, mesmo que não tenhamos uma mediunidade
ostensiva que nos permita, ver e/ou ouvir de forma objetiva.
Portanto, no que concerne à comunicação com nosso Espírito protetor, esta comunicação se faz através
dos “pressentimentos” que comumente sentimos. São os pressentimentos, o conselho íntimo e oculto de
um Espírito que nos deseja o bem. O Espírito protetor procura advertir seu tutelado no intuito de fazê-lo
viver da melhor forma possível, entretanto, muito freqüentemente, fechamos os ouvidos e as portas do
coração para as boas advertências, e nos tornamos infelizes por nossa culpa.
No que tange à presença constante do Espírito Protetor com o seu protegido, dizem os Espíritos da
Codificação que há circunstâncias em que a presença não se faz necessária. Entretanto, enquanto
estivermos necessitando reencarnar no planeta Terra, (planeta de provas e expiações) não temos
condições de guiar-nos por nós mesmos, precisando portanto da orientação e proteção efetiva do Guia
Espiritual.Quanto ao contato entre tutelado e Espírito protetor, como falamos no início do artigo, a “grande maioria
das pessoas” não têm experiências ostensivas, que possam lembrar e relatar. Pelo que foi dito
anteriormente pelos Mestres Espirituais, já entendemos, que em razão do elevado grau evolutivo do Anjo
Guardião, ele não tem como ser visto e/ou ouvido objetivamente pelos encarnados no planeta Terra.
Em seguida, Kardec lança o seguinte questionamento aos Espíritos da Codificação: - Por que a ação dos
Espíritos em nossa vida é oculta, e por que, quando eles nos protegem, não o fazem de maneira
ostensiva? A resposta dada foi a seguinte: “- Se contásseis com o seu apoio não agiríeis por vós mesmos
e o vosso Espírito não progrediria. Para que ele possa adiantar-se necessita de experiência, e em geral
é preciso que adquira à sua custa; é necessário que exercite as suas forças, sem o que não seria como
uma criança a quem não deixam andar sozinha. A ação dos Espíritos que vos querem bem é sempre de
maneira a vos deixar o livre-arbítrio, porque se não tivésseis responsabilidade não vos adiantaríeis na
senda que vos deve conduzir a Deus. Não vendo quem o ampara, o homem se entrega às suas próprias
forças; não obstante, o seu guia vela por ele e de quando em quando o adverte do perigo.” (grifei) (LE.,
Cap. XIX, Livro II, p. 501)
Diante das palavras acima expostas, fica evidente que os Guias Espirituais não interferem
objetivamente na vida de seus tutelados. É fato, que temos como condição “sine qua non” para a
evolução espiritual, a liberdade de fazer escolhas, e responder por estas, advindo daí, o aprendizado e
conseqüente evolução do Espírito. O livre-arbítrio do tutelado jamais será desrespeitado pelos Protetores
Espirituais! O que efetivamente nos dará força e coragem para avançarmos nos caminhos evolutivos, é a
certeza de que se tem um amigo, um irmão, a velar por nós, solidário na dor e na alegria.
Vale ressaltar, que o nosso sucesso, será um mérito a ser levado em conta para o próprio adiantamento
do Espírito protetor, como também para sua própria felicidade. Em contrapartida, sofrerá com os erros do
seu tutelado, e os lamentará. Não obstante, sua aflição não se assemelhe às angustias de um pai e/ou
uma mãe terrenos, pois é sabedor de que há remédio e solução para o mal, pois o que não foi feito hoje,
se fará amanhã - estando ele por perto, sempre que se fizer necessário, para nos impulsionar nas boas
realizações.
Vamos agora tratar de outro aspecto provocador de grande curiosidade, que é a questão de se saber o
“nome” do Guia Espiritual. À esse respeito, é Kardec quem indaga aos Mestres Espirituais na questão 504
de O Livro dos Espíritos, se podemos sempre saber o nome do nosso Espírito protetor ou Anjo da
Guarda. Observemos a resposta dada pelos Espíritos: “- Como quereis saber nomes que não existem
para vós? Acreditais, então, que só existem os Espíritos que conheceis?” (grifei) Logo em seguida, na
questão complementar 504-a, o Codificador questiona, que se não o conhecemos, como vamos
invocá-lo? E mais uma vez, com toda a presteza respondem os Espíritos Superiores, quepodemos dar o
nome que quisermos, sugerindo inclusive, que escolhamos o de um Espírito superior que tenhamos
simpatia e respeito. Asseveram os Mestres que o nosso protetor atenderá prontamente ao nosso apelo,
pois todos os Espíritos elevados são irmãos e se assistem mutuamente.
Não se dando por satisfeito no que tange à questão do nome dos Espíritos protetores, persiste Kardec na
questão 505 indagando, se os Espíritos protetores que tomam nomes comuns seriam sempre os de
pessoas que tiveram esses nomes. Os Mentores respondem categoricamente que não,acrescentando,
que muito comumente, Espíritos simpáticos aos nossos Guias Espirituais, ou, por determinação destes,podem vir a nos atender.
Para que melhor compreendamos como se dá a substituição, usam os Espíritos da seguinte analogia:
quando nós encarnados, não podemos por alguma razão realizar pessoalmente alguma atividade, ou
missão, enviamos alguém de nossa confiança para que nos represente agindo em nosso nome. Portanto,
a questão do nome é o de menos, pois o que importa é a certeza da existência desse Guia Espiritual que
segundo os Espíritos da Codificação, conheceremos a sua identidade e o reconheceremos quando
estivermos na vida espírita, pois freqüentemente, já o conhecemos de outras encarnações.
Quanto à possibilidade de um pai, ou uma mãe, virem a se tornar o Espírito protetor do filho ou filha
sobrevivente, nos dizem os Mestres Espirituais, que para que um Espírito se torne “protetor” de alguém,
deverá ter um certo grau de elevação, além de um poder e uma virtude a mais, concedidos por Deus.
Portanto, quando o Espírito de pais ou mães, protegem filhos ou filhas, estarão certamente sendo
assistidos por um Espírito mais elevado, pois seu poder é mais ou menos restrito à posição evolutiva em
que se encontram, não lhes sendo permitido sempre, inteira liberdade de ação. (LE., Cap. XIX, Livro II, p.
507/508)
Outra questão a ser aventada, trata da possibilidade de termos vários Espíritos protetores. À esse
respeito, nos dizem os Mestres espirituais que “cada homem tem sempre Espíritos “simpáticos”, mais ou
menos elevados, que lhe dedicam afeição e se interessam por ele, como há também, os que lhe
assistem no mal.” Acrescentam, que esses Espíritos “simpáticos”, “às vezes podem ter uma missão
temporária, mas em geral são apenas solicitados pela similitude de pensamentos e de sentimentos, no
bem como no mal”, posto que, “o homem encontra sempre Espíritos que simpatizam com ele, qualquer
que seja o seu caráter.” (grifei) (LE., Cap. XIX, Livro II, p. 512/513 e 513-a)
Objetivando uma melhor compreensão do que foi exposto, vou me apropriar do fechamento feito por
Kardec, quando assim resumiu as explicações dadas pelos Mestres Espirituais sobre a natureza dos
Espíritos que se ligam ao homem:- O Espírito protetor, anjo da guarda ou bom gênio, é aquele que tem por missão seguir o homem na vida
e o ajudar a progredir. É sempre de uma natureza superior à do protegido.- Os Espíritos familiares se ligam a certas pessoas por meio de laços mais ou menos duráveis, com o fim
de ajudá-las na medida de seu poder, freqüentemente bastante limitado. São bons, mas às vezes pouco
adiantados e mesmo levianos; ocupam-se voluntariamente de pormenores da vida íntima e só agem por
ordem ou com permissão dos Espíritos protetores.- Os Espíritos simpáticos são os que atraímos a nós por afeições particulares e uma certa semelhança
de gostos e de sentimentos, tanto no bem como no mal. A duração de sua relações é quase
sempre subordinada às circunstâncias.Para finalizar, estejamos cientes e confiantes de que “todos nós” seres humanos encarnados e
desencarnados, enquanto estivermos em uma condição de elevação espiritual sofrível, vinculados aos
mais diversos vícios morais, reencarnando em planetas de provas, expiação, regeneração, teremos por necessidade de amparo e orientação, um Espírito protetor de alta elevação - por isso não visível. A esse
amoroso Guia Espiritual, poderemos atribuir o nome que quisermos, pois ele nos atenderá sempre,
independentemente de “nomes“ - pois ele não tem nome de Espíritos conhecidos na Terra. Estejamos
atentos aos nossos “pressentimentos“, pois nosso Anjo Guardião, se comunica conosco através de
intuições e pressentimentos. Nosso Guia Espiritual é o amigo que mais nos conhece, por nos
acompanhar em numerosas jornadas reencarnatórias, estando sempre presente nos momentos mais
solitários, infelizes, dolorosos, como nos momentos mais felizes de nossa vida! E por fim, tenhamos a
certeza, que será ele a nos recepcionar quando do nosso retorno ao mundo espiritual, quando para nossa
alegria, o reconheceremos e o identificaremos! Haverá algo mais consolador?
O BLOG DOS ESPÍRITAS
Por Maria das Graças Cabral
Por Maria das Graças Cabral
5 de mar. de 2017
Dor e Evolução
As religiões classificam a Terra como um lugar de degredo, de expiação. Marcados pelo pecado original,
arrastamo-nos pela vida, e sacerdotes e ministros das diversas igrejas, afirmam ter os meios de se
alcançar a salvação para o outro mundo, mas as vezes, com a promessa de uma boa cota de felicidade,
ainda para esse mundo.
Por outro lado, são muitas as pessoas que ensinam que se pode ser feliz, desde que se queira, bastando
pensar positivamente. O pensamento positivo ajuda bastante, contudo, não é o suficiente.
Carregando a culpa de um pecado original, e da fragilidade humana, acrescida por um “deicídio”, ou seja,
o assassinato de Deus, pois segundo a teologia cristã, Jesus de Nazaré foi a encarnação de Deus na
Terra, ficamos sujeitos a mil sofrimentos, desnecessários, por incapacidade de vencer os
condicionamentos com os quais reencarnamos, e que introjetaram em nossa mente desde os primeiros
dias da nossa vida aqui na Terra.
Que bom seria se pudéssemos esvaziar a nossa mente de tudo que ali colocaram, desde que éramos
pequeninos, e selecionarmos aquilo que seja realmente útil para a nossa evolução. Numa linguagem de
hoje, precisaríamos deletar os arquivos inúteis, selecionar e criar novos arquivos, usando um bom
antivírus, como o conhecimento espírita, para evitarmos a perda ou distorção do aprendizado.
Os espíritos disseram a Allan Kardec, que a felicidade completa, ou permanente, aqui na Terra, é
impossível, mas pode-se ter momentos felizes.
No entanto os momentos felizes, quando se tem sensibilidade, fraternidade, é empanado pela dor de ver
o sofrimento do próximo. Nossas vitórias quase sempre eqüivalem a derrota de outrem. Um exemplo
simples é uma partida de futebol, basquete ou qualquer jogo esportivo. Enquanto uma torcida delira com
a vitória, a outra amarga a derrota.
Para cada cidadão que consegue um título universitário, existem milhares de analfabetos ou cidadãos de
segunda classe, que mal aprenderam a escrever o próprio nome.
Quantas vezes, alguém está saudável, forte, pleno de alegria, mas tem em sua própria família, um ente
querido doente, paralisado, canceroso, mentalmente obnubilado.
Talvez poucos, ao degustarem um prato sofisticado, caríssimo, com nome estrangeiro complicado, feitos
por cozinheiros famosos em elegantes restaurantes, se lembram de que existem milhões de pessoas no
mundo, e muitas ali por perto, que não comem o suficiente para manter as energias, ou simplesmente não
comem.
Não prezado leitor, esse artigo não é a exaltação do pessimismo. É apenas uma chamada à consciência,
um exame do gozar e sofrer, da felicidade e da infelicidade.
O que queremos dizer é que precisamos ser fraternos, e aplicar aquilo que os espíritos codificadores
disseram a Kardec: Do supérfluo dos ricos, muitos pobres se sustentariam. Mas as riquezas não são
apenas valores amoedadados, mas também, fé, compreensão, amizade, amor, inteligência.
Nascemos para sofrer? Para pagar nossos débitos perante as leis divinas? Somos réprobos neste mundo
que foi classificado como penitenciária e hospital? Estamos sujeitos ao pecado original? Afinal, é possível
ser feliz aqui na Terra?
Cada uma dessas perguntas suscitariam páginas e mais páginas para análises e respostas. Em síntese,
responderíamos que não nascemos para sofrer, mas sofremos! Sofremos porque o nosso mundo é
imperfeito. Nós somos imperfeitos. Sofremos porque erramos, mas erramos porque somos ainda
ignorantes e temos pouca evolução. As desigualdades são aumentadas pela falta de solidariedade,
fraternidade, e pelo império do egoísmo.
A Doutrina Espírita ensina que Deus nos criou simples e ignorantes, e determinou, por meio das suas leis,
que o nosso desenvolvimento se faça através de vidas sucessivas em mundos materiais. Logicamente
esses mundos obedecem a uma escala evolutiva: mundos primitivos para espíritos primitivos. Mundos
angelicais para espíritos angélicos. Mas todos começaram pelo primitivo. Entretanto, porque Deus quis
que fosse assim, ninguém poderá responder.
Porém, prezado leitor, o que queremos dizer realmente nesse artigo, é que a dor, em qualquer uma das
suas formas, tem uma mensagem para nós. Decodificar essa mensagem é tarefa de cada um. Talvez
possamos decodificar aquilo que é comum em todas elas: Evolua! Cresça! Ame incondicionalmente!
Confie na providência divina! Partilhe a sua felicidade, os seus momentos felizes com o seu próximo.
Examine o seu patrimônio moral e intelectual, os seus direitos adquiridos, e ensine todos a conquistá-los.
Podemos dizer que Deus não castiga, se entendermos as dores do mundo como lições preciosas,
aprendizado. Precisamos compreender que a vida num corpo físico é muito importante e devemos
valorizá-la, devemos amar e respeitar esse corpo e não culpá-lo pelos nossos deslizes, pois quem pensa,
ama e sente é o espírito imortal, e não a matéria.
Se você está passando por grandes sofrimentos, não se revolte, nem desanime. Não se julgue, também,
um grande pecador, mas alguém que batalha para evoluir. O peixe, ao lutar para fugir da rede, perde
muitas escamas. Portanto, a rede do sofrimento que te aprisiona, não exigirá menores perdas, mas valerá
a pena. E como valerá a pena, quando compreendermos o que disse o Rabi Nazareno: hecereis a
verdade e ela vos libertará.
O BLOG DOS ESPÍRITAS
Por Amilcar Del Chiaro Filho
3 de mar. de 2017
A depressão
Na raiz psicológica do transtorno depressivo ou de comportamento afetivo, encontra-se uma insatisfação do ser em relação a si mesmo, que não foi solucionada.
Predomina no Self um conflito resultante da frustração de desejos não realizados, nos quais impulsos agressivos se rebelaram ferindo as estruturas do ego que imerge em surda revolta, silenciando os anseios e ignorando a realidade.
Os seus anelos e prazeres disso resultantes, porque não atendidos, convertem-se em melancolia que se expressa em forma de desinteresse pela vida e pelos seus valiosos contributos, experienciando gozos masoquistas, a que se permite em fuga espetacular do mundo que considera hostil, por lhe não haver atendido as exigências.
Sem dúvida, outros conflitos se apresentam, e que podem derivar-se de disfunções reais ou imaginárias da libido, na comunhão sexual, produzindo medos e surdas revoltas que amarguram o paciente, especial mente quando considera como essencial na existência o prazer do sexo, no qual se motiva para as conquistas que lhe parecem fundamentais.
Vivendo em uma sociedade eminentemente eróti ca, estimulada por um contínuo bombardeio de imagens sonoras e visuais de significado agressivo, trabalhadas especificamente para atender as paixões sensuais até a exaustão, não encontra outro motivo ou significado existencial, exceto quando o hedonismo o toma e o leva aos extremos arriscados e antinaturais do gozo exorbi tante.
Ao lado desse fator, que deflui dos eventos da vida, o luto ou perda, como bem analisou Sigmund Freud, faz-se responsável por uma alta cifra de ocorrências depressivas, em episódios esparsos ou contínuos, as sim como em surtos que atiram os incautos no fosso do abandono de si mesmo. Esse sentimento de luto ou perda é inevitável, por ferir o Self ante a ocorrência da morte, sempre considerada inusitada ou detestada, ar rebatando a presença física de um ser amado, ou gera dora de consciência de culpa, quando sucede impre vista, sem chance de apaziguamento de inimizades que se arrastaram por largo período, ou ainda, por atos que não foram bem elaborados e deixaram arrependimen to, agora convertido em conflito punitivo. Ainda se ma nifesta como efeito de outras perdas, como a do tra balho profissional, que atira o indivíduo ao abismo da incerteza para atender a família, para atender-se, para viver com segurança no meio social; outras vezes, a perda de algum afeto que preferiu seguir adiante, sem dar prosseguimento à vinculação até então mantida, abrindo espaço para a solidão e a instalação de confli to de inferioridade; sob outro aspecto ainda, a perda de um objeto de valor estimativo ou monetário, produzin do prejuízo de uma ou de outra natureza...
Qualquer tipo de perda produz impacto aflitivo, per turbador, como é natural. Demora-se algum tempo, que não deve exceder a seis ou oito semanas, o que cons titui um fenômeno emocional saudável. No entanto, quando se prolonga, agravando-se com o passar do tempo, torna-se patológico, exigindo terapêutica bem elaborada.
Podem-se, no entanto, evitar as conseqüências enfermiças da perda, mediante atitudes corretas e preven tivas.
Terapia profilática eficaz, imediata, propiciadora de segurança e de bem-estar, é a ação que torna o indiví duo identificado com os seus sentimentos, que deve exteriorizar com freqüência e naturalidade em relação a todos aqueles que constituem o clã ou fazem parte da sua afetividade.
Repetem-se as oportunidades desperdiçadas, nas quais se pode dizer aos familiares quanto eles são im portantes, quanto são amados, explicitar aos amigos o valor que lhes atribui, aos conhecidos o significado que eles têm em relação à sua vida... Normalmente se adi am esses sentimentos dignificadores e de alta magni tude, que não apenas felicitam aqueles que os exteriorizam, mas também aqueloutros, aos quais são dirigi dos, gerando ambiente de simpatia e de cordialidade. Nunca, pois, se devem postergar essas saudáveis e verdadeiras manifestações da afetividade, a fim de se rem evitados futuros transtornos de comportamento, quando a culpa pretenda instalar-se em forma de arre pendimento pelo não dito, pelo não feito, mas, sobretu do pelo mal que foi dito, pela atitude infeliz do momento perturbador... Esse tipo de evento de vida-a agressão externada, o bem não retribuído, a afeição não enunci ada - pode ser evitado através dos comportamentos liberativos das emoções superiores.
Muitos outros choques externos como acidentes, agressões perversas, traumatismos cranianos contribu em para o surgimento do transtorno da afetividade, por influenciarem os neurônios localizados no tronco cere bral próximo ao campo onde o cérebro se junta à me dula espinal. Nessa área, duas regiões específicas en viam sinais a outras da câmara cerebral: a rafe, encar regada da produção da serotonina, e o locus coeruleus, que produz a noradrenalina, sofrendo os efeitos cala mitosos dessas ocorrências, assim como de outras, desarmonizam a sua atividade na produção dessas valio sas substâncias que se encarregam de manter a afeti vidade, propiciando a instalação dos transtornos de pressivos.
Procedem, também, dos eventos de natureza perinatal, quando o Self, em fixação no conjunto celular, experienciou a amargura da mãe que não desejava o filho, do pai violento, dos familiares irresponsáveis, das pelejas domésticas, da insegurança no processo da gestação, produzindo sulcos profundos que se irão manifestar mais tarde como traumas, conflitos, transtor nos de comportamento...
A inevitável transferência de dramas e tragédias de uma para outra existência carnal, insculpidos que se encontram nos refolhos do Eu profundo - o Espírito viajor de multifários renascimentos carnais - ressumam como conflito avassalador, a princípio em manifestação de melancolia, de abandono de si mesmo, de descon sideração pelos próprios valores, de perda da auto-estima...
Pode-se viver de alguma forma sem a afeição de outrem, sem alguns relacionamentos mais excitantes,
no entanto, quando degenera o intercâmbio entre o Self e o ego o indivíduo perde o direcionamento das suas aspirações e entrega-se às injunções conflitivas, tom bando, não poucas vezes, no transtorno depressivo.
Esse ressumar de arquétipos profundos, em forma de imagens arquetípicas punitivas, aguarda os fatores que se apresentam nos eventos de vida para manifes tar-se, amargurando o ser, que se sente desprotegido e infeliz.
Incursa a sua consciência em culpa de qualquer natureza, elabora clima psíquico para a sintonia com outras fora do corpo somático, que se sentem dilapida das, e sendo incapazes de perdoar ou de refazer o pró prio caminho, aspiram ao destorço covarde e insano, atirando-se em litígio feroz no campo de batalha men tal, produzindo sórdidos processos de parasitose espi ritual, de obsessões perversas.
Quando renasce o Self assinalado pelas heranças pregressas, no momento em que se dá a fecundação, por intermédio do mediador plástico ou perispírito, im primem-se, nas primeiras células, os fatores necessári os à evolução do ser, que oportunamente se manifes tarão, no caso de culpa e mágoa, de desrespeito por si mesmo, de autocídio e outros desmandos, em forma de depressão. A hereditariedade, portanto, jamais descar tada, é resultado do processo de evolução que conduz o infrator ao clima e à paisagem onde é convidado a reparar, a conviver consigo mesmo, a recuperar-se...
Pacientes predispostos por hereditariedade à incursão no fosso da depressão carregam graves procedimentos negativos de experiências remotas ou próximas, que se fixaram no Self, experimentando o impositivo de liberação dos traumas que permanecem desafiadores, aguardando solução que a psicoterapia irá proporcionar.
Uma catarse bem orientada eliminará da consciência a culpa e abrirá espaços para a instalação do otimismo, da auto-estima, graças aos quais os valores re ais do ser emergem, convidando-o à valorização de si mesmo, na conquista de novos desafios que a saúde emocional lhe irá facultar, emulando-o para a individuação, para a conquista do numinoso.
Em razão do largo processo da evolução, todos os seres conduzem reminiscências que necessitam ser tra balhadas incessantemente, liberando-se daquelas que se apresentam como melancolia, insegurança e recei os infundados, desestabilizando-os. Ao mesmo tempo, estimulando-se a novas conquistas, enfrentando as di ficuldades que os promovem quando vencidas, desco brem todo o potencial de valores de que são portado res e que necessita ser despertado para as vivências enriquecedoras.
O hábito saudável da boa leitura, da oração, em convivência e sintonia com o Psiquismo Divino, dos atos de beneficência e de amor, do relacionamento fraternal e da conversação edificante constitui psicoterapia profilática que deverá fazer parte da agenda diária de todas as pessoas.
Livro: Triunfo Pessoal
Psicografia de Divaldo Franco
Sem dúvida, outros conflitos se apresentam, e que podem derivar-se de disfunções reais ou imaginárias da libido, na comunhão sexual, produzindo medos e surdas revoltas que amarguram o paciente, especial mente quando considera como essencial na existência o prazer do sexo, no qual se motiva para as conquistas que lhe parecem fundamentais.
Vivendo em uma sociedade eminentemente eróti ca, estimulada por um contínuo bombardeio de imagens sonoras e visuais de significado agressivo, trabalhadas especificamente para atender as paixões sensuais até a exaustão, não encontra outro motivo ou significado existencial, exceto quando o hedonismo o toma e o leva aos extremos arriscados e antinaturais do gozo exorbi tante.
Ao lado desse fator, que deflui dos eventos da vida, o luto ou perda, como bem analisou Sigmund Freud, faz-se responsável por uma alta cifra de ocorrências depressivas, em episódios esparsos ou contínuos, as sim como em surtos que atiram os incautos no fosso do abandono de si mesmo. Esse sentimento de luto ou perda é inevitável, por ferir o Self ante a ocorrência da morte, sempre considerada inusitada ou detestada, ar rebatando a presença física de um ser amado, ou gera dora de consciência de culpa, quando sucede impre vista, sem chance de apaziguamento de inimizades que se arrastaram por largo período, ou ainda, por atos que não foram bem elaborados e deixaram arrependimen to, agora convertido em conflito punitivo. Ainda se ma nifesta como efeito de outras perdas, como a do tra balho profissional, que atira o indivíduo ao abismo da incerteza para atender a família, para atender-se, para viver com segurança no meio social; outras vezes, a perda de algum afeto que preferiu seguir adiante, sem dar prosseguimento à vinculação até então mantida, abrindo espaço para a solidão e a instalação de confli to de inferioridade; sob outro aspecto ainda, a perda de um objeto de valor estimativo ou monetário, produzin do prejuízo de uma ou de outra natureza...
Qualquer tipo de perda produz impacto aflitivo, per turbador, como é natural. Demora-se algum tempo, que não deve exceder a seis ou oito semanas, o que cons titui um fenômeno emocional saudável. No entanto, quando se prolonga, agravando-se com o passar do tempo, torna-se patológico, exigindo terapêutica bem elaborada.
Podem-se, no entanto, evitar as conseqüências enfermiças da perda, mediante atitudes corretas e preven tivas.
Terapia profilática eficaz, imediata, propiciadora de segurança e de bem-estar, é a ação que torna o indiví duo identificado com os seus sentimentos, que deve exteriorizar com freqüência e naturalidade em relação a todos aqueles que constituem o clã ou fazem parte da sua afetividade.
Repetem-se as oportunidades desperdiçadas, nas quais se pode dizer aos familiares quanto eles são im portantes, quanto são amados, explicitar aos amigos o valor que lhes atribui, aos conhecidos o significado que eles têm em relação à sua vida... Normalmente se adi am esses sentimentos dignificadores e de alta magni tude, que não apenas felicitam aqueles que os exteriorizam, mas também aqueloutros, aos quais são dirigi dos, gerando ambiente de simpatia e de cordialidade. Nunca, pois, se devem postergar essas saudáveis e verdadeiras manifestações da afetividade, a fim de se rem evitados futuros transtornos de comportamento, quando a culpa pretenda instalar-se em forma de arre pendimento pelo não dito, pelo não feito, mas, sobretu do pelo mal que foi dito, pela atitude infeliz do momento perturbador... Esse tipo de evento de vida-a agressão externada, o bem não retribuído, a afeição não enunci ada - pode ser evitado através dos comportamentos liberativos das emoções superiores.
Muitos outros choques externos como acidentes, agressões perversas, traumatismos cranianos contribu em para o surgimento do transtorno da afetividade, por influenciarem os neurônios localizados no tronco cere bral próximo ao campo onde o cérebro se junta à me dula espinal. Nessa área, duas regiões específicas en viam sinais a outras da câmara cerebral: a rafe, encar regada da produção da serotonina, e o locus coeruleus, que produz a noradrenalina, sofrendo os efeitos cala mitosos dessas ocorrências, assim como de outras, desarmonizam a sua atividade na produção dessas valio sas substâncias que se encarregam de manter a afeti vidade, propiciando a instalação dos transtornos de pressivos.
Procedem, também, dos eventos de natureza perinatal, quando o Self, em fixação no conjunto celular, experienciou a amargura da mãe que não desejava o filho, do pai violento, dos familiares irresponsáveis, das pelejas domésticas, da insegurança no processo da gestação, produzindo sulcos profundos que se irão manifestar mais tarde como traumas, conflitos, transtor nos de comportamento...
A inevitável transferência de dramas e tragédias de uma para outra existência carnal, insculpidos que se encontram nos refolhos do Eu profundo - o Espírito viajor de multifários renascimentos carnais - ressumam como conflito avassalador, a princípio em manifestação de melancolia, de abandono de si mesmo, de descon sideração pelos próprios valores, de perda da auto-estima...
Pode-se viver de alguma forma sem a afeição de outrem, sem alguns relacionamentos mais excitantes,
no entanto, quando degenera o intercâmbio entre o Self e o ego o indivíduo perde o direcionamento das suas aspirações e entrega-se às injunções conflitivas, tom bando, não poucas vezes, no transtorno depressivo.
Esse ressumar de arquétipos profundos, em forma de imagens arquetípicas punitivas, aguarda os fatores que se apresentam nos eventos de vida para manifes tar-se, amargurando o ser, que se sente desprotegido e infeliz.
Incursa a sua consciência em culpa de qualquer natureza, elabora clima psíquico para a sintonia com outras fora do corpo somático, que se sentem dilapida das, e sendo incapazes de perdoar ou de refazer o pró prio caminho, aspiram ao destorço covarde e insano, atirando-se em litígio feroz no campo de batalha men tal, produzindo sórdidos processos de parasitose espi ritual, de obsessões perversas.
Quando renasce o Self assinalado pelas heranças pregressas, no momento em que se dá a fecundação, por intermédio do mediador plástico ou perispírito, im primem-se, nas primeiras células, os fatores necessári os à evolução do ser, que oportunamente se manifes tarão, no caso de culpa e mágoa, de desrespeito por si mesmo, de autocídio e outros desmandos, em forma de depressão. A hereditariedade, portanto, jamais descar tada, é resultado do processo de evolução que conduz o infrator ao clima e à paisagem onde é convidado a reparar, a conviver consigo mesmo, a recuperar-se...
Pacientes predispostos por hereditariedade à incursão no fosso da depressão carregam graves procedimentos negativos de experiências remotas ou próximas, que se fixaram no Self, experimentando o impositivo de liberação dos traumas que permanecem desafiadores, aguardando solução que a psicoterapia irá proporcionar.
Uma catarse bem orientada eliminará da consciência a culpa e abrirá espaços para a instalação do otimismo, da auto-estima, graças aos quais os valores re ais do ser emergem, convidando-o à valorização de si mesmo, na conquista de novos desafios que a saúde emocional lhe irá facultar, emulando-o para a individuação, para a conquista do numinoso.
Em razão do largo processo da evolução, todos os seres conduzem reminiscências que necessitam ser tra balhadas incessantemente, liberando-se daquelas que se apresentam como melancolia, insegurança e recei os infundados, desestabilizando-os. Ao mesmo tempo, estimulando-se a novas conquistas, enfrentando as di ficuldades que os promovem quando vencidas, desco brem todo o potencial de valores de que são portado res e que necessita ser despertado para as vivências enriquecedoras.
O hábito saudável da boa leitura, da oração, em convivência e sintonia com o Psiquismo Divino, dos atos de beneficência e de amor, do relacionamento fraternal e da conversação edificante constitui psicoterapia profilática que deverá fazer parte da agenda diária de todas as pessoas.
Livro: Triunfo Pessoal
Psicografia de Divaldo Franco
Joanna de Ângelis
1 de mar. de 2017
MOMENTOS DIFÍCEIS NO PLANETA
Irmãos, a Terra passa atualmente por momentos graves. Violência, imoralidade, desastres naturais, acidentes de grandes proporções dilacerando famílias e a sociedade como um todo. Filhos que não respeitam seus pais, por serem criados com total irresponsabilidade de quem detém o pátrio poder, ou seja, a obrigação de educar, de corrigir as imperfeições do espírito enquanto há condições. A irresponsabilidade e a inconsequência tomam conta da sociedade. Notamos a ausência total de Deus na vida dessas pessoas. Vivem como se só valesse o momento atual e assim querem tirar o máximo proveito de tudo e de todos. Os poderosos julgam-se acima de tudo e de todos. Não acreditam que há um Ser Superior que a tudo vê e que é o Senhor do Universo. Vivemos momentos de verdadeiro caos no mundo, onde imperam a falta de amor, respeito, solidariedade, fraternidade e caridade. Por essa razão devemos nos unir em oração pelo Planeta Terra. Aproxima-se o momento das grandes mudanças e se não for pelo amor será pela dor. Pedimos àqueles que acreditam nos ensinamentos do Mestre Jesus, bem como que só o amor fraterno nos levará ao mundo das bem aventuranças, que orem e façam todo o bem que puderem. Só venceremos o mal com o bem. Há muitos irmãos perdidos no mundo do fanatismo, da ilusão e da loucura de alguns. Há muitos irmãos que ainda não tem capacidade para diferenciar o bem do mal, tamanha a ignorância que os envolve. Pedimos a todos os irmãos em Cristo que orem e exemplifiquem o bem, assim como Jesus fez há tantos séculos atrás. Com o bom exemplo e a prática do amor e da caridade poderemos trazer ao caminho do bem muitos irmãos que se desviaram, acreditando num mundo ilusório e nas falsas promessas de outros. Não tenhamos medo de enfrentar o mal, pois o bem é força Divina e nada o superará. Deus está acima de tudo e de todos, pois só Ele tem o conhecimento absoluto. Ele nos ama imensamente e incondicionalmente. Para curar as almas doentes de egoísmo, orgulho, maldade, ciúmes, inveja e tantas outras doenças da alma, ele conta com as almas caridosas, bondosas e amorosas que felizmente se encontram entre nós. Só o amor é capaz de curar as enfermidades da alma. Por isso, irmãos, a espiritualidade conta com cada um de nós, soldados do bem, para ajudarmos com todo o nosso amor nesse momento decisivo para as mudanças que estão por vir. Não podemos nos omitir. Jesus, o grande arquiteto da Terra conta com cada um de nós n essa missão. Portanto, comecemos já.
Retirado do Site Gotas de paz
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