27 de set. de 2011

Os Espíritos.


O que é o Espírito?

- É uma substância imaterial, indivisível, imortal, princípio inteligente do universo.

Podemos nós ver e compreender o Espírito?

- Não. Sua natureza íntima nos é desconhecida; não conhecemos ainda a essência dos seres nem das coisas; mas nós a chamamos espírito por oposição à matéria.

Que são os Espíritos?

- São os seres inteligentes, vivendo de uma vida pessoal e consciente, destinados a progredir indefinidamente para a Verdade, o Belo, o Bem eternos.


Como vivem os Espíritos no espaço?

- Os Espíritos superiores vivem de uma vida puramente fluídica, isto é, desprendida da matéria, na proporção de seu grau de adiantamento espiritual; os Espíritos inferiores, ainda entorpecidos pelo peso da materialidade, erram nas esferas mais baixas, esperando que seu desprendimento completo se realize.


Um espírito desencarnado pode, então, estar ainda ligado à matéria?

- Sim. Porque o perispírito permanece impregnado dos fluidos pesados, que o impedem de deslocar-se no espaço, como a asa de um pássaro, que se arrastou na lama, o impede de se elevar para o céu.

Cada homem tem um Espírito protetor ligado à sua pessoa?

- Ordinariamente, temos muitos. São parentes, amigos que nos conheceram ou amaram; ou ainda Espíritos cuja missão consiste em proteger os homens, guiá-los na senda do bem, e que progridem, eles próprios, trabalhando pelo adiantamento dos outros.

Os homens, neste mundo, e os Espíritos, no outro, trabalham de comum acordo?

- Certamente. Tudo se liga e se encadeia no universo: os corpos, por suas irradiações, atuam uns sobre os outros; o mesmo acontece no domínio dos Espíritos. Tudo que os homens fazem de bem, de belo, de grande na Terra lhes é inspirado, muitas vezes, por influências invisíveis: é por essa lei de solidariedade moral que Deus governa o universo.

Assim, a história humana é ditada pelo mundo invisível?

- Sim. Deus a dita, os Espíritos a traduzem e os homens a cumprem. Toda a filosofia dos séculos está encerrada nesses três termos. Mas é preciso levar em conta a liberdade humana que, muitas vezes, entrava as vistas de mais alto. Daí vêm as contradições aparentes da história.


Retirado do livro 'Síntese Doutrinária' – Léon Denis

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