19 de dez. de 2011

O que importa.



Não importa:

que a ventania da incompreensão nos zurza o caminho;

que a ignorância nos apedreje;

que a injúria nos aponte ao descrédito;

que a maledicência nos receba a jarros de lama;

que a intriga nos envolva em sombra;

que a perseguição nos golpeie;

que a crítica arme inquisições para condenar-nos;

que os obstáculos se multipliquem, complicando-nos a jornada;

que a mudança de outrem nos relegue ao abandono;

ou que as trevas conspirem incessantemente, no objetivo de perder-nos.

Importa nos agasalhemos na paciência;


que nos apliquemos à desculpa incondicional;


que nos resguardemos na humildade, observando que só temos e conseguimos aquilo que a Divina Providência nos empreste ou nos permita realizar;


que nos cabe responder ao mal com o bem, sejam como sejam as circunstâncias;


e que devemos aceitar a verdade de que cada coração permanece no lugar em que se coloca e que, por isso mesmo, devemos, acima de tudo, conservar a consciência tranquila, trabalhar sempre e abençoar a todos, procurando reconhecer que todos somos de Deus e todos estamos em Deus, cujas leis nos julgarão a todos, amanhã e sempre, segundo as nossas próprias obras.

Emmanuel
In: 'Coragem' - Francisco Cândido Xavier

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