9 de jul. de 2012

Informativo


“Estudo, disciplina, trabalho e
amor ao próximo”



INFORMATIVO



Boletim informativo do Grupo Espírita Caminho de Damasco – Ano XIV nº165, julho de 2012.



Editorial

O presente Informativo deste mês de julho, traz notícias sobre o sucesso de nosso Blog, veículo de divulgação doutrinária e consolação a tantos que o visitam. Temos também dados do IBGE apontando o crescimento da Doutrina Espírita no Brasil.
Propõe uma análise sobre a Mediunidade e Juventude no artigo de mesmo nome e finaliza com uma mensagem, uma súplica, de um comunicante em nossa reunião de atendimento espiritual.
O Informativo aproveita a oportunidade para divulgar o período de seu recesso entre 07 a 28/07, desta feita, mais longo, devido ao início da reforma em nossa sede.


Mediunidade e Juventude
Na nossa avaliação um dos capítulos mais bonitos e simbólicos da história do Espiritismo é a participação de elementos jovens no processo de codificação da Doutrina.
Como registram as pesquisas espíritas, Allan Kardec contou com a colaboração especial de 4 jovens sensitivas na confecção da primeira edição de O LIVRO DOS ESPÍRITOS.


Segundo a tradição histórica, essas corajosas vanguardeiras da mediunidade encontravam-se entre a adolescência e as primeiras clarinadas da juventude e chamavam-se Julie Baudin, Caroline Baudin, Ruth Japhet e Aline Carlotti.
Aparentando muita preocupação com a segurança ( física, psicológica e espiritual) de suas colaboradoras, Kardec sempre as deixou envoltas em um véu de semi-anonimato, pois o preconceito contra a mulher ainda era monstruoso naquela época.Para se ter um idéia dessa realidade, basta lembrar que 129 operárias americanas foram queimadas vivas dentro de uma fábrica, pelo crime de reivindicarem salários iguais aos dos homens, a apenas 41 dias do lançamento de O Livro dos Espíritos.
E, além de mulheres, as tuteladas do Mestre de Lyon ainda eram jovens e paranormais! Um prato cheio para a mentalidade vitoriana dessa época.
Essa acertada preservação, todavia, fez com que pouquíssimos dados sobre as quatro moças chegassem ao século XX. Principalmente no que diz respeito às suas histórias pessoais. No aspecto formal, suas participações foram, sinteticamente, as seguintes:
Julie e Caroline Baudin, psicografaram a quase totalidade das questões de O Livro dos Espíritos nas reuniões familiares dirigidas por seus pais e assistidas pelo Codificador( 1);
Ruth Japhet foi a medianeira responsável pela revisão completa do texto, incluindo adições (2);
Aline Carlotti fez parte do grupo de médiuns através do qual Kardec referendou as questões mais espinhosas do livro, fazendo uso da concordância dos ensinos ( 3).
Há cerca de três anos, foi editada uma obra que nos permite conhecer alguns dados a mais sobre a vida dessas moças. Seu nome é O Livro dos Espíritos E sua Tradição Histórica e Lendária, escrita por Silvino Canuto de Abreu e editada pelo Lar da Família Universal, através das edições LFU ( Rua Guaricanga, nº 357, São Paulo, capital.)
Canuto de Abreu dispensa apresentação como historiador espírita ( para quem não o conhece há uma ficha biográfica no inicio do livro).Essa obra póstuma é uma compilação dos artigos que ele escreveu no jornal UNIFICAÇÃO da USE - União das Sociedades Espíritas do Estado de S. Paulo, de abril de 1953 a junho de 1954, contando, de forma romanceada, como teria sido o 18 de abril de 1857, além de outros detalhes sobre o circulo de amigos e discípulos de Kardec. Esses textos permaneciam inéditos em livro.
O opúsculo, contudo não esclarece em que fontes Canuto colheu algumas informações, até então desconhecidas. Essa resposta pode ser encontrada numa biografia do confrade paulista, contida na coletânea PERSONAGENS DO ESPIRITISMO de Antonio de Souza Lucena e Paulo Alves Godoy: "Ao longo de sua vida laboriosa e de suas numerosas viagens ao exterior, conseguiu amealhar livros e documentos raros, formando imensa biblioteca. Durante a II Grande Guerra Mundial, quando os exércitos alemães que invadiram a França, tornou-se depositário de alguns documentos históricos que estavam em poder da Sociedade que dirigia os destinos do Espiritismo naquela importante nação européia " (4).
Com o conhecimento desses fatos, fica mais clara a mensagem do Espírito Emmanuel, psicografada pelo médium Francisco C. Xavier e dirigida a Canuto, reproduzida no inicio de A TRADIÇÃO HISTÓRICA E LENDÁRIA, a título de abonação transcendental:
"As tuas anotações, quanto à história dos pioneiros do Espiritismo, não constituem obra do acaso e sim tarefa de elevado alcance moral para a causa que pretendemos defender. Não definem mero arranjo literário para alimentar os caprichos de leitores famintos de novidade e emoção, nem compõem tessitura de fios dourados de ficção, objetivando efeitos especiais em nossos arraiais doutrinários. A tua obra é a revivescencia de lembranças, que os soldados e operários de nosso movimento não podem esquecer sob as cinzas, de modo a içarem, cada vez mais alto, o estandarte luminoso da Nova Revelação, confiado aos homens para a glorificação de nossos mais elevados destinos. Imprescindível te mostres digno de tão sagrado depósito, espalhando-lhe as cintilações com todos os trabalhadores da Doutrina de amor e luz que à quase um século vem despertando a consciência da Humanidade..."
Por isso acreditamos que essa obra do Dr. Canuto é leitura indispensável para todos aqueles que se interessam pelo aspecto histórico do Espiritismo.
Dentre outros importantes relatos da epopéia kardequiana, é nela que vamos encontrar várias informações inéditas e especificas sobre nossas jovens e vanguardistas confreiras:
  • suas idades exatas (Julie, 15 anos; Caroline, 18; Ruth e Aline, 20 anos);
  • a descrição física de Caroline e Ruth;
  • dados sobre a infância das meninas Baudin e da senhorita Japhet; a amizade das três moças; revelações sobre encarnações passadas de Julie, Caroline e Ruth; O noivado de Mademoiselle Japhet(5); a falsa neuropatia de Ruth, acertadamente definida pelo sr.Roustan como " pura influência das almas desencarnadas".
Canuto também conta detalhes acerca de uma outra jovem médium, muito importante para a história do Espiritismo: Ermance Dufaux de apenas 16 anos. Natural de Fontainebleau e filha de um triticultor e vinhateiro de abastadas posses, Ermance, aos 12 anos, também foi vitima de uma nevropatia, definida pelo médico Clever de Maldigny, de Versalhes, como " mediunidade", uma doença contagiosa (sic) importada da América. Uma semana depois do diagnóstico, a família Dufaux, procurando a cura da mocinha, recebeu a visita do magnetizador Marquês de Mirvile. Estimulada pelo pesquisador, Ermance entrou em transe mediúnico e recebeu sua primeira mensagem psicográfica, assinada por Luís IX, Rei de França, canonizado pela Igreja em 1297 e antepassado de Mirvile.
Em 1855, aos 14 anos, já totalmente reequilibrada e com a mediunidade integrada em sua vida, Mlle. Dufaux publicou, através do editor Meluu, de Paris, o livro A HISTÓRIA DE JOANNA D’ARC DITADA POR ELA MESMA, de autoria do Espírito Joanna D’Arc. Segundo Canuto, Ermance e seus pais, convidados e trazidos por Me. de Plainemaison, conheceram Kardec na noite de 18 de abril de 1857, ao comparecerem à pequena recepção festiva organizada pelo Codificador em seus apartamentos, com a finalidade de comemorar o lançamento de O LIVRO DOS ESPÍRITOS.
No final dessa reunião, a jovem paranormal recebeu bela página do Espírito São Luís, que se tornaria, a partir de então, uma espécie de supervisor espiritual dos trabalhos experimentais de Allan Kardec. No final daquele ano, a médium receberia outra importante mensagem, estimulando o Mestre a prosseguir no ideal de lançar um periódico espírita.
Em 1858, o sr. Dufaux, pai da sensitiva, ajudaria Rivail a conseguir a autorização legal para o funcionamento da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, onde Ermance atuou como médium principal durante algum tempo(6).
Depois dessa fase, parece que a família voltou a Fontainebleau, pois a última psicografia da srta. Dufaux, recebida na Sociedade Espírita, foi publicada na Revista Espírita em novembro de 1858.
Canuto revela em seu livro que Ermance de La Jonchére Dufaux colaborou como médium na elaboração da 2ª edição de O LIVRO DOS ESPÍRITOS que foi revista, reestruturada, ampliada e divulgada pelo Codificador em março de 1860.Em junho, também é reeditada a obra A HISTÓRIA DE JOANNA D’ARC DITADA POR ELA MESMA pela Livraria Ledoyen, de Paris. O Mestre de Lyon saúda o fato com alegria e entusiasmo na Revista. No Auto-de-fé de Barcelona, promovido pela Inquisição espanhola em 1861, vários exemplares desse livro foram queimados junto com as obras de Kardec.
Por tudo isso, não faz sentido o comportamento de alguns dirigentes espíritas que vedam - radicalmente - o acesso de jovens às reuniões mediúnicas.
É lógico que a decisão de autorizar um rapaz ou uma moça, na adolescência ou saindo dela, a freqüentar um grupo mediúnico é uma coisa que deve ser muito bem pensada e avaliada. Principalmente no que diz respeito à real necessidade e capacidade física e psíquica dos postulantes, pois sabemos que essa fase da vida é relativamente complicada, em decorrência de automatismos biológicos e psicológicos que a caracterizam. Além disso, existem as obrigações escolares e, muita vezes, de forma paralela, a necessidade do trabalho remunerado, tomando todo o tempo diário do indivíduo. Há também a influência dos namoros, grupos sociais( tribos ou galeras), diversões, agremiações políticas e outras variadas formas de pressão psicossocial. Sem falar na compulsão da simples curiosidade(7).
Contudo, medida bem diferente é baixar uma norma padrão, simplesmente proibindo ( ou dificultando em demasia - o que é quase a mesma coisa) a presença de qualquer jovem nas reuniões mediúnicas, inviabilizando o inicio da tarefa daqueles que realmente apresentam sensibilidade acentuada e precisam trabalhar mediunicamente para não deixarem suas instrumentações psíquicas desassistidas.
O jovem paranormal deve receber estímulo e atenção e não desconfiança e indiferença por apresentar sintomatologia mediúnica. Aliás, nem todos os adultos estão isentos dos mesmos cuidados, pois, segundo Kardec, " há crianças de doze anos a quem tal coisa afetará menos do que a algumas pessoas já feitas"(8).
Em O LIVRO DOS MÉDIUNS, os espíritos superiores afirmaram que não há idade precisa para o inicio da prática mediúnica, pois tudo depende do desenvolvimento físico e, mais ainda, do desenvolvimento moral(9).Na atualidade, Divaldo P.Franco ousou ser mais pragmático: " Parece-me que, a partir dos quinze anos, aos dezesseis, teremos uma idade, senão ideal, pelo menos propiciatória para que o jovem, que participa de nossas atividades doutrinárias no movimento da sua idade, possa também compartilhar das experiências mediúnicas..."(10).
Levando em consideração todos esses fatores, o dirigente doutrinariamente bem preparado deve analisar profundamente cada caso, de maneira diferenciada. É tudo uma questão de bom-senso.E acompanhamento...
Que, porém, jamais se esconda do jovem que mediunidade é responsabilidade a mais em suas vidas. Ou, como disse o Espírito Ivan de Albuquerque, pela psicografia do sensitivo José Raul Teixeira, que também se iniciou muito jovem na tribuna espírita e na mediunidade: " Se, no estuário da juventude, o apelo mediúnico te chega, não lamentes a perda da folgança, suposta própria da idade. Mantém-te alegre e prazenteiro, guardando-te, inobstante, no bojo da responsável conduta, que não deixará que te percas pelos dédalos da loucura que são próprias não da mocidade, porém de todos os indivíduos estúrdios e irrefletidos, em qualquer fase etária em que estejam"(11).
Mauro Quintella











Vale a Pena divulgar

 

IBGE: com maior rendimento e instrução, espíritas crescem 65% no País em 10 anos.




Número de pessoas que se declaram espíritas no Brasil passou de 2,3 milhões em 2000 para 3,8 milhões em 2010

Os resultados do Censo 2010 sobre as religiões seguidas pelos brasileiros, divulgados nesta sexta-feira (29.06.2012) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam importante diferença dos espíritas para os demais grupos religiosos.
Segundo a pesquisa, os adeptos do espiritismo possuem as maiores proporções de pessoas com nível superior completo (31,5%) e taxa de alfabetização (98,6%), além das menores percentagens de indivíduos sem instrução (1,8%) e com ensino fundamental incompleto (15,0%).
O espiritismo também foi uma das religiões que apresentaram crescimento (65%) desde o Censo realizado em 2000: passaram de 1,3% da população (2,3 milhões) em 2000 para 2% em 2010 (3,8 milhões).
Chico Xavier foi um dos mais importantes divulgadores do espiritismo no Brasil
O aumento mais expressivo entre os espíritas foi observado no Sudeste, cuja proporção passou de 2% para 3,1% entre 2000 e 2010, um aumento de mais de 1 milhão de pessoas (de 1,4 milhão em 2000 para 2,5 milhões em 2010). O Estado com maior proporção de espíritas era o Rio de Janeiro (4,0%), seguido de São Paulo (3,3%), Minas Gerais (2,1%) e Espírito Santo (1,0%).
Também na posição mais alta quando se analisa rendimento, 19,7% dos espíritas se declararam no grupo das pessoas com rendimento acima de 5 salários mínimos.
O Censo 2010 mostrou também que no segmento populacional que se declarou espírita, 68,7% eram brancos, percentual bem mais elevado que a participação deste grupo de cor ou raça no conjunto da população.
Fonte: Internett  ig.com de 29.06.2012.




INFORMATIVO GECAD CUMPRINDO O SEU PAPEL

Quando de sua criação, 14 anos atrás, nossa proposta era de contribuir, mesmo que singelamente, com a divulgação doutrinária e sobretudo, veicular, através de seus artigos e mensagens, a edificação do ser humano proporcionando-lhe alegria, consolo e entendimento.
Há quase dois anos, por iniciativa da dedicada irmã Ana Paula, criamos um Blog – wwwgrupo espiritacaminhodedamasco.blogspot.com, com conteúdo doutrinário que vem sendo bastante elogiado pelo seus seguidores e por mais de 7.600 visitantes que já o acessaram.
Sem dúvida a dedicação de nossa irmã tem trazido inúmeros frutos para o GECAD.
No entanto, o que mais comove e nos incentiva são alguns depoimentos, segundo nos conta Ana Paula: “Por duas vezes tivemos a oportunidade de dissuadir, através das mensagens veiculadas, pessoas de cometerem o suicídio”.
Hoje com o nosso Blog o Informativo GECAD passou a ser mais amplamente conhecido e integrar o conteúdo maravilhoso desse instrumento de benção e trabalho em prol da Causa do Amor.





                     A Súplica 

Peço licença aos senhores para não me identificar nominalmente, pois para o objetivo desta missiva, o nome é o que menos importa.
                                                                       
Venho representar os muitos desafortunados que tiveram a infelicidade, de sendo homens públicos, marcarem sua história com a ignomínia de seus atos infelizes.
Não é pequena a nossa desdita, não só pelo julgamento da sociedade, mas e principalmente pela herança maldita deixada através de um sobrenome, marcando a vida dos descendentes com lembranças dos atos desprezíveis de todo tipo.
Venho também em nome de todos os “anônimos” da sociedade – graças a Deus! – que também carregam o fardo pesado de deixarem lembranças das atitudes dissociadas do bem, cujos nomes e atos parecem irremediavelmente ligados à mercê do julgamento público.
Por favor nos compreenda! Se não for possível, por caridade, tente nos esquecer!
Não é fácil a luta que travamos com a nossa consciência à procura do autoperdão. Não necessitamos do constante julgamento de nossos infortúnios. É muito penoso e árduo o trabalho de não nos fixarmos nos erros do passado, dos quais muito de nós já nos conscientizamos e estamos envidando grandes esforços para não transformá-los em carga excessivamente pesada em nossos ombros na caminhada cambaleante que temos empreendido em favor de nossa recuperação.
Mais uma vez, por favor nos compreenda! Afinal quem não erra? Quem não é merecedor de prosseguir a vida sem sofrer o constante escárnio e a descaridade de tantos? Quem estará tão distante de errar que possa julgar-nos de forma tão freqüente e com tamanha autoridade?
Esta é a nossa súplica, o apelo aos vossos corações para que nos compreenda, vós que têm no Mestre Jesus o modelo para basearem as atitudes.
Tenha piedade de todos nós e nos auxilie se possível com o pensamento e o sentimento de amor do qual somos reconhecidamente necessitados. 
Autor desconhecido.
Mensagem psicografada no Grupo Espírita Caminho de Damasco em 08.10.09
                                                                                      
"I" Até a próxima!

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