24 de mar. de 2013

PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA NA VISÃO ESPÍRITA


Embora todas as liberdades públicas que a Monarquia desenvolveu no Brasil, a ideia de implantar a República no Brasil cresceu depois do dia 13 de maio de 1888 onde um membro da família real aboliu os escravos, ferindo assim os interesses particulares de todas as classes conservadoras.
No plano espiritual, Jesus reuniu as falanges benditas de Ismael e dos seus dedicados colaboradores e, como no Sermão da Montanha, anunciou que a Pátria do Evangelho (Brasil) estava atingindo a maioridade coletiva e por causa disso, profundas modificações assinalariam a sua parte social e política. As pátrias devem ter, como tem os indivíduos, direito à mais ampla liberdade de ação quando aprendem a exercitar seus próprios raciocínios. Que os trabalhadores de Ismael (zelador escolhido por Jesus para, juntamente com a sua falange, cuidar do progresso e o desenvolvimento do nosso país), deveriam espalhar por toda extensão territorial da pátria brasileira a Sua doutrina de redenção, de piedade e de misericórdia. Eles ensinariam aos Seus novos discípulos encarnados a paciência e a serenidade, a humildade e o amor, a paz e a resignação, para que a luta seja vencida pela luz e pela verdade. Deveriam abrir a estrada da revolução interior, cujo objetivo único é a reforma de cada um, sob o fardo das provas, sem ser indisciplinado perante as leis do mundo e sem usar armas homicidas.  A proclamação da República Brasileira deveria fazer-se sem derramamento de sangue. As mudanças deveriam se realizar acima de todos os cultos religiosos. E todas as conquistas deveriam estar fora da contaminação de qualquer intolerância ou intransigência religiosa. Os discípulos do Evangelho sofreriam os efeitos dolorosos da borrasca (temporal de pouca duração) em planejamento. Mas que Seus trabalhadores estariam a postos sustentando o Brasil espiritual. Que seriam Bem-aventurados todos os trabalhadores da seara divina da verdade e do amor, pois deles é o reino imortal do plano espiritual.
Assim, as falanges do Infinito, sob as bondosas determinações do Divino Mestre prepararam, então, o último acontecimento político, que se verificaria com o seu amparo direto e que constituiria a proclamação da República.
Todas as grandes cidades do país se entregam à propaganda aberta das idéias republicanas.
Os espíritos mais eminentes do país prepararam o grande acontecimento. Entre os organizadores, prevaleceram os elementos positivistas (membros da Igreja Positivista do Brasil, onde iniciou grande campanha abolucionista republicana), para que as novas instituições não pecassem pelos excessos da paixão sanguinolenta das intolerâncias religiosas e, a 15 de Novembro de 1889, com a bandeira do novo regime nas mãos de Benjamin Constant, Quintino Bocaiúva, Lopes Trovão, Serzedelo Corrêa, Rui Barbosa e toda uma plêiade de inteligências cultas e vigorosas, o Marechal Deodoro da Fonseca proclama, no Rio de Janeiro, a República dos Estados Unidos do Brasil e assume o poder no país.
O grande imperador recebe a notícia com amarga surpresa já que Deodoro era íntimo de seu coração e de sua casa. Os instantes de surpresa, contudo, foram rápidos. O nobre monarca não aceitou as sugestões dos apaixonados da Coroa no sentido da reação. Confortado pelas luzes do Alto, que não o abandonaram em toda a vida, D.Pedro II não permitiu que se derramasse uma gota de sangue brasileiro. Preparou rapidamente sua retirada com a família imperial para a Europa, obedecendo às imposições dos revolucionários e, com lágrimas nos olhos, rejeita as elevadas somas de dinheiro que o Tesouro Nacional lhe oferece, leva somente um pequeno travesseiro recheado de terra brasileira para poder ser enterrado com uma lembrança da Pátria do Cruzeiro que tanto amava.
Visitado pelo Visconde de Ouro Preto, no mesmo dia em que chegava à capital portuguesa, o imperador lhe declara com serena humildade:
- Em suma, estou satisfeito...
E, referindo-se à sua deposição, acrescenta:
- É a minha carta de alforria. Agora posso ir aonde quiser.
Naqueles amargurados dias, o generoso velhinho se encontrava às vésperas de desencarnar.
No Brasil, as forças militares que derrubaram a Monarquia, daria continuidade as tradições de amor e de liberdade.
Nunca a sua figura de chefe da família brasileira foi esquecida no altar das lembranças da Pátria do Evangelho, e não só no Brasil. O eminente político de Caracas, Dr. Rojas Paul, chamou em seu país o Cônsul-Geral do Brasil, Múcio Teixeira para dizer-lhe:
- Senhor Cônsul-Geral do Brasil, peça a Deus que a sua pátria, que foi governada durante meio século por um sábio, não seja doravante levada pelo tacão do primeiro ditador que se lhe apresente.
E, abraçando-o sensibilizado, concluiu:
- Acabou-se a única República que existia na América – o Império do Brasil.



Rusumo de Rudymara, baseado no livro "Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho", pelo Espírito Humberto de Campos e psicografado por Chico Xavier



Observação:  Dom Pedro II, com 67 anos, segue sozinho para Paris, onde fica hospedado no Hotel Bedford, onde passava o dia lendo e estudando. As visitas à Biblioteca Nacional era seu refúgio. Em novembro de 1891, doente não saia mais do quarto. morre no dia 5 de dezembro de 1891, em consequência de uma pneumonia. Seus restos mortais são transladados para Lisboa, e depositado no convento de São Vicente de Fora, junto aos da esposa. Quando revogada a lei do banimento em 1920, os despojos dos imperadores foram trazidos para o Brasil e depositados na catedral do Rio de Janeiro em 1921. Em 1925, foram transferidos para Petrópolis

MORTE VIOLENTA.


Qual a situação espiritual da pessoa que morre em acidente, assassinato ou suicídio?


 
Divaldo Franco: A condição espiritual de quem desencarna, depende da sua evolução, do seu progresso, da sua compreensão da vida. Um Espírito evoluído ou, pelo menos, esclarecido, que morre num acidente, ou é assassinado, pode ter uma primeira reação de surpresa e até de inconformação, entretanto, poderá reagir em pouco tempo a aceitar com naturalidade o acontecimento. Por outro lado, em Espírito atrasado, ignorante, poderá sentir as conseqüências da violência sofrida, com a mutilação ou trauma do perispírito, até que se descondicione da situação. Quanto ao suicídio, o Espiritismo repele veementemente esse ato, classificando-o como rebeldia, uma afronta às leis da vida, desobediência suprema a Deus. As narrativas de Espíritos que se suicidaram é de grande sofrimento. Começa pela decepção de saber que a vida continua, e que não resolveram os seus problemas ao se matarem. Segundo eles, as seqüelas causadas acompanham o Espírito numa nova encarnação, causando enfermidades congênitas. Devemos exaltar a vida. A vida é aprendizado, e luta para o aperfeiçoamento e educação espiritual.

POR QUE OS ESPÍRITAS NÃO SEGUEM O ANTIGO TESTAMENTO?


Porque o Antigo Testamento há uma PARTE HUMANA e uma PARTE DIVINA.
A PARTE HUMANA expressa as ideias que os hebreus faziam quanto à origem do Universo, a criação da Terra e dos seres que a habitam e contém leis civis e disciplinares escritas por Moisés e outros dirigentes hebreus.  A PARTE DIVINA são os 10 mandamentos.
Tanto que, muitas leis de Moisés dizem para: “... apedrejar até a morte”, caso não sejam seguidas. E uma das leis contidas nos 10 mandamentos diz: “ não matarás”. Então, se todas as leis fossem de Moisés, este seria contraditório. Da parte humana da Bíblia, muita coisa ficou ultrapassada pelo progresso do conhecimento humano e mudança dos costumes sociais. Exemplo: O homem que se deitar com outro homem (homossexualismo) será punido até a morte (Levítico, 20: 13);   Deficientes físicos estão proibidos de aproximar-se do altar do culto, para não profaná-lo com seu defeito (Levítico, 21: 17-23); Os adúlteros serão apedrejados até a morte (Deuteronômio, 22: 22);  Quem trabalha no sábado será morto (Êxodo, 35:2); Os filhos desobedientes e rebeldes, que não ouçam pais e se comprometam no vício, serão apedrejados até a morte (Deuteronômio, 21: 18-21), dentre outros. Como vemos, não são só os espíritas que não seguem o antigo testamento. Cremos que ninguém segue tais leis.
Observemos o que Jesus disse:  "Vocês ouviram o que foi dito (por Moisés no passado): 'Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo.' Mas eu (Jesus) lhes digo: "Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem (...)" Jesus deixou claro que seus ensinamentos são diferentes dos de Moisés.
Sabemos que o estudo da Bíblia é importante e interessa a todos os cristãos (inclusive, portanto, aos espíritas), porque é nela que encontramos os relatos sobre a vida de Jesus (que era judeu, da casa de Judá, uma das tribos dos hebreus) e a história do povo em que ele nasceu e viveu. Conhecendo o povo, a época, os lugares e as circunstâncias em que Jesus viveu, poderemos entender melhor seus atos e sua mensagem. Então, embora estudemos também o Velho Testamento, é o Novo Testamento que os espíritas dão maior importância e valor, porque nele está o cerne doutrinário do Cristianismo, o ensinamento espiritual do Cristo, revelação mais avançada e aperfeiçoada que a de Moisés. Lembremos que foi o próprio Jesus que pediu que esquecêssemos o antigo testamento para seguirmos o novo quando um doutor da lei o testou perguntando qual era o maior mandamento da lei, e Jesus respondeu: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, este é o maior e o primeiro mandamento (Deuteronômio 6:5). E o segundo, semelhante a este é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo (Levítico 19:18). Estes dois mandamentos contém toda a lei e os profetas.”
O que é A LEI e quem são OS PROFETAS?
A Lei são as leis contidas nos 5 primeiros livros da Bíblia (chamado de Torah pelos judeus) atribuídos a Moisés: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Uma parte são leis civis, disciplinares, e humanas; a outra parte são revelações feitas por Bons Espíritos em nome de Deus e através de Moisés (os 10 Mandamentos).
Os Profetas são os demais livros do Velho Testamento (Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel, etc.).
Como vemos, Jesus diz claramente que estes dois mandamentos resumem todo o antigo testamento.
Então, entendemos que o Antigo Testamento é seguido pelos judeus, seguidores da religião chamada Judaismo, onde há leis escritas por Moisés. Os judeus não aceitam Jesus como o Messias prometido porque acham que Ele não preencheu as profecias messiânicas; porque o Cristianismo contradiz a teologia judaica e porque os versículos bíblicos "referindo-se" a Jesus são traduções incorretas. E, o Novo Testamento deveria, portanto, ser as únicas escrituras seguidas pelas religiões cristãs: Espiritismo, Catolicismo, Protestantismo, enfim, onde há os ensinamentos do Cristo.
 
 
Compilação de Rudymara

OS EXILADOS DE CAPELA.

Emmanuel informa, no livro “A Caminho da Luz”, psicografia de Chico Xavier, que há cerca de dez mil anos um planeta do sistema de Capela, situado na Constelação de Cocheiro, passava por decisivas reformas, consolidando importantes conquistas morais. Diríamos que se efetuava ali a transição anunciada para o próximo milênio na Terra: de “Mundos de Expiações e Provas”, onde consciências despertas trabalham incessantemente em favor da própria renovação.
No entanto, uma minoria agressiva, recalcitrante no mal, barulhenta na defesa de suas ambições, ainda que requintada intelectualmente, retardava a esperada promoção.
Decidiram, então, os gênios tutelares que governam aquele orbe confiná-los em planeta primitivo, onde estariam submetidos a limitações e dificuldades que atuariam como elementos desbastadores de sua rebeldia.
A escolha recaiu sobre a Terra, cujos habitantes praticamente engatinhavam nos domínios do raciocínio, e que de pronto beneficiaram-se com a encarnação dos capelinos. Inteligentes, dotados de iniciativa e capacidade de organização, dispararam um notável surto de progresso. No curto espaço de alguns séculos a Humanidade aprendeu a cultivar a terra, concentrando-se em cidades, aprimorou a escrita, inventou os utensílios de metal, domesticou os animais...
A presença dos capelinos explica o espantoso “salto evolutivo” que ocorreu naquele período, chamado neolítico, que ainda hoje inspira perplexidade aos antropólogos.
Concentrando-se em grupos distintos, explica Emmanuel, eles formaram 4 grandes culturas: egípcias, hindu, israelense e européia, que se destacaram por extraordinárias realizações.
É interessante salientar que nos princípios religiosos desses povos há a referência à sua condição de degredados, particularmente nas tradições bíblicas do paraíso perdido.
Depurados após milênios de duras experiências, os capelinos regressaram ao planeta de origem. Com a nova migração, as civilizações que edificaram perderam consistência, sucedidas por culturas menores, filhas do homem terrestre.
Informações da espiritualidade nos dão conta de que estamos às vésperas de dois surtos migratórios em nosso planeta.
O primeiro, marcado pela encarnação de espíritos altamente evoluídos, que pontificarão em todos os campos do conhecimento, num grandioso renascimento moral e espiritual da Humanidade. Virão de esferas mais altas, preparando a promoção da Terra para Mundo de Regeneração.
O segundo será constituído por milhões de Espíritos acomodados, comprometidos com o mal, que se recusam sistematicamente ao esforço por ajustarem-se às Leis Divinas, semelhante à minoria barulhenta de Capela. Confinados em mundos primitivos, também aprenderão, à custa de muitas lágrimas, a respeitar os valores da Vida, superando seus impulsos inferiores.
Teremos, então, a decantada Civilização do Terceiro Milênio, edificada sob inspiração dos princípios redentores do Cristo, nosso Governador espiritual.
A “senha” que nos habilitará a permanecer na Terra nesse futuro promissor está definida na terceira promessa de “O Sermão da Montanha”: “Bem-aventurados os mansos e pacíficos, porque herdarão a Terra.”
A mansuetude, característica do indivíduo que cumpre a lei, que observa a ordem, que respeita o semelhante, que superou o individualismo e venceu a si mesmo, superando a agressividade, será o emblema do homem terrestre nesse sonhado Reino de Deus.

 
 
Richard Simonetti

13 de mar. de 2013

CADA UM




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Cada um Francisco C. Xavier (Espírito André Luiz)
Cada um dá o que pensa.
Cada um cede o que tem.
Cada um encontra o que procura.
Cada um recolhe o que semeia.
Cada um aprende o que estuda.
Cada um dispõe do que entesoura.
Cada um permanece onde se coloca.
Cada um realiza o que imagina.
Cada um mentaliza o que sente.
Cada um faz o que deseja.
Cada um recebe conforme pede.
Cada um se mostra finalmente por fora como age por dentro.
Cada espírito é um mundo por si.
Cada coração é continente diverso da vida infinita.
Cada propósito é uma força.
Cada anseio é uma oração.
Cada atitude é uma causa.
Cada resolução é um movimento.
Cada existência é um livro original.
Cada gesto é uma semente que produz sempre, segundo a natureza que lhe é própria.
Guardemos, assim, a nossa bússola imantada em Jesus, na grande viagem da evolução, de vez
que, de acordo com a Sabedoria Divina, "cada qual receberá do Universo, do mundo e das
criaturas, de conformidade com as próprias obras".
Da obra: Cartas do coração. Ditado pelo Espírito André Luiz,
através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier.

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ESTADO MENTAL



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Estado mental Francisco C. Xavier (Espírito Emmanuel)
“... E vos renova no espírito do vosso sentido..." - PAULO (Efésios, 4:23)
A carga de condições menos felizes que trazemos de vidas passadas pode,
comumente, acarretar-nos difíceis provações e privações, de caráter negativo, quando de nossa
permanência na terra.
Provavelmente, não teremos a equipe familiar tão unida como desejaríamos e nem
contamos ainda com ideais de elevação, em todos os seres queridos, segundo as nossas
aspirações.
A atividade profissional, com muita freqüência, não é aquela que mais se nos
harmoniza com o modo de ser, porquanto, em muitos lances da experiência, somos forçados à
execução de tarefas menos agradáveis, para a regeneração de nossos impulsos inferiores.
A situação social, bastas vezes, não é a que sonhamos, de vez que múltiplas
circunstâncias nos impelem a realizar cursos de paciência e de humildade no anonimato
educativo.
Obstáculos de ordem econômica, em muitos casos, se erigem como sendo cárceres
de contratempos incessantes, nos quais devemos praticar o respeito aos bens da vida,
aprendendo a usá-los sem abuso e sem desperdício.
Às vezes, não possuímos, no mundo, nem mesmo o corpo físico que nos
corresponda à estrutura psicológica, a fim de que saibamos trabalhar, com vistas aos nossos
próprios interesses para a Vida Superior.
Indiscutivelmente, nem sempre conseguimos eleger as ocorrências que nos
favoreçam os melhores desejos, mas podemos, em qualquer posição, escolher o estado mental
justo para aceitá-las com a possibilidade de convertê-las, em trilhas de acesso ao infinito Bem;
e, depois de aceitá-las, construtivamente, verificamos que a Bondade de Deus nos concede a
bênção do trabalho, na qual ser-nos-á possível ajudar-nos para que o Céu nos ajude, abreviando
qualquer período de prova, renovando o campo íntimo, sublimando a existência e acendendo a
luz inapagável do espírito, em nosso próprio destino, para a edificação do futuro melhor.
Da obra: Ceifa de luz. Ditado pelo Espírito Emmanuel,
através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier.

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O PENSAMENTO É FORMA

 


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O pensamento é forma Francisco C. Xavier (Espírito Emmanuel)
O sentimento inspira. O pensamento plasma. A palavra orienta. O ato realiza.
Figuremos, assim, a idéia como sendo a fonte, nascida no manancial do coração e traçando a si
mesma o curso que lhe é próprio. O pensamento vibra, desse modo no alicerce de todas as
formas e de todas as experiências da vida. Pensando, o arquiteto imagina o edifício a elevar-se
do solo, o técnico cria a máquina que diminui o esforço braçal do homem, o escultor arranca ao
mármore os primores da estatuária e o artista compõe sublimadas formações de beleza,
endereçando apelos à ciência e à virtude. E é também pensando que o usurário levanta para si
mesmo o inferno da posse insaciável, que o viciado gera as fantasias monstruosas que o
conduzem à delinqüência, que o criminoso se arroja aos abismos da perversidade, nos quais se
afogará em desilusão, e que o preguiçoso coagula para si próprio os venenos da inércia. Em
razão disso, depois da morte do corpo, mais intensivamente vive a alma nas criações a que se
afeiçoa. Isso não quer dizer que haja retrocesso na marcha evolutiva do espírito, mas
estagnação do ser nas formas infelizes em que se compraz, pelo próprio pensamento
desgovernado e delituoso. Com isso, desejamos igualmente dizer que todos influenciamos e
somos influenciados. Agimos e reagimos. E, se os missionários do bem recebem dos planos
superiores a força que lhes enriquece as ações para a vitória da luz, os tarefeiros do mal
recolhem dos planos inferiores as sugestões que lhes infelicitam a senda, inclinando-os aos
resvaladouros da treva. Recordemos o magnetismo desvairado das inteligências que se
transviam nas sombras e compreenderemos a loucura temporária que ele pode trazer às almas
que o provocam. - “Viverá o homem onde situe o coração” – diz-nos o Evangelho e podemos
acrescentar, sem trair o ensinamento do Senhor, que onde colocarmos o pensamento – força via
de nosso coração – aí se manifestará, como é justo, a forma de nossa vida.
Da obra: Semeador em tempos novos. Ditado pelo Espírito
Emmanuel, através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier.


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PENSAMENTO E CONDUTA




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Pensamento e conduta Francisco C. Xavier (Espírito Emmanuel)
Nem sempre estamos habilitados a eleger o nosso ambiente mais íntimo, na
experiência cotidiana. Às vezes, somos constrangidos a suportar certos quadros de luta ou
partilhar o convívio de pessoas que não se nos afinam com a maneira de ser, em razão dos
compromissos que trazemos de existências passadas. Entretanto, em qualquer situação, somos
livres para escolher os nossos pensamentos. Cada inteligência emite idéias que lhe são
peculiares, a se definirem por ondas de energia viva e plasticizante, mas se arroja de si essas
forças, igualmente as recebe, pelo que influencia e é influenciada. Ainda mesmo por instantes,
toda criatura, ao exteriorizar-se, seja imaginando, falando ou agindo, em movimentação
positiva, é um emissor atuante na vida, e, sempre que se interioriza, meditando, observando ou
obedecendo, de modo passivo, é um receptor em funcionamento. Aqueles que se
desenvolveram mentalmente, atingindo a esfera das criações sugestivas, assumem o papel de
orientadores, adquirindo responsabilidades mais vastas pela facilidade com que articulam
programas de rumo para os outros. Cada qual expõe o que pensa pelo esforço que realiza: o
cientista pela obra a que se consagra, o professor pelo que ensina, o escritor pelo que escreve, o
comentarista pelo que fala, o artista pelo trabalho em que se revela. Analisemos, assim, aquilo
que nomeamos como sendo nosso "estado de espírito". Tensão, dúvida, angústia, irritação,
otimismo, coragem, confiança ou alegria são frutos de nossa preferência no mercado gratuito
das idéias, de vez que o fio invisível de nossas ligações com o bem ou com o mal parte
essencialmente de nós. Convençamo-mos de que a nossa mente possui muita coisa comum com
o aparelho radiofônico. Emissões construtivas ou deprimentes, significando a carga sutil de
sugestões boas ou más que aceitamos de companheiros encarnados ou desencarnados,
alcançam-nos incessantemente e podem alterar-nos o modo de ser, mas não podemos olvidar
que
a nossa vontade é o sintonizador.
Da obra: Encontro marcado. Ditado pelo Espírito
Emmanuel, através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier.

Francisco Cândido Xavier
(Espírito Emmanuel)

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PENSAR POR NÓS




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Pensar por nós Waldo Vieira (Espírito André Luiz)
Geralmente pensamos estar pensando com nosso pensamento e isso nem sempre é
tão fácil. Necessário desenvolver o próprio raciocínio a fim de perceber se não estamos
digerindo idéias alheias que nos são desfechadas por sistemas de imposição indireta. Andamos
quando encarnados automaticamente requisitados pela hipnose, a cada trecho do dia. Manhã
cedo, colhemos, em regra, informações dos familiares que, de hábito, nos dirigem a palavra,
refletindo opiniões sobre ocorrências diversas. Logo após, freqüentemente, passamos às
induções da imprensa ou do rádio, esposando-lhes os conceitos quando lhes dispensamos
atenção. Em seguida, a via pública é ribalta de chamamentos inúmeros para que
desempenhemos determinado papel, seja viajando ou caminhando, anotando as novidades da
hora ou deglutindo mentalmente os anúncios comerciais. No exercício da profissão, usamos
personalidade adequada às circunstâncias, qual sucede com a vestimenta que a pessoa é
impelida a adotar conforme o lugar de representação e serviço. À noite, comumente,
manuseamos livros e publicações com os quais nos afinemos, assistimos a espetáculos,
procuramos entretenimentos ou escutamos amigos, assimilando múltiplas sugestões com que se
nos influencia o repouso. Quase todas as criaturas, na Terra, por enquanto vivem encadeadas
umas às outras, sob vigorosa pressão de forças mentais que lhes suscitam atitudes e palavras,
sem que elas saibam. Daí procede a obrigação do conhecimento de nós mesmos. A Doutrina
Espírita nos recomenda a fé raciocinada para que, desde a existência terrestre, possamos
compreender que é lícito admirar o pensamento alheio e até segui-lo, quando a isso nos
decidamos, mas é preciso pensar por nós, a fim de que não venhamos a cair irrefletidamente no
resvaladouro do erro ou no visco da obsessão.
Da obra: Sol das almas. Ditado pelo Espírito
André Luiz, através da mediunidade de Waldo Vieira.

Waldo Vieira
(Espírito André Luiz)

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ANTE OBSIDIADOS




As imperfeições morais do homem constituem-lhe, ao longo da existência física, o calvário através do qual se depura.
São elas que respondem pelas suas atuais aflições, porque procedem do passado,
quando fracassou, e persistem por falta de valor e decisão do Espírito comprometido, que ainda não se resolveu por superá-las.
Graças a sua presença, que se constitui em brecha larga, penetram os Espíritos
infelizes que se afinam com o endividado e produzem os variados processos de obsessão.
Enfermidade grave que grassa com larga margem de contaminação, encontra receptividade no psiquismo dos homens descuidados, que lhe tombam nas malhas de complexa e difícil libertação.
Toda a complexidade reside no fato de que os envolvidos na trama que ora os reúne outra vez, são semelhantes moralmente, exigindo da vitima humana um esforço que esta quase nunca se dispõe a realizar.
A dificuldade se estabelece, na cura, em razão do denodo com que se deve aplicar o homem pela própria transformação moral, sem a qual o fenômeno obsessivo se alonga até as conseqüências mais lamentáveis.
O que para as demais criaturas passa despercebido, no capítulo das imperfeições morais, os Espíritos perturbadores e enfermos identificam, em razão da afinidade que se estabelece naturalmente entre os primeiros e eles.
Sem que se opere a real mudança de comportamento moral do enfermo espiritualmente, todo o esforço que os outros apliquem a seu favor, será um paliativo ou de resultado nulo.
A diagnose da obsessão é fácil. O seu tratamento é mais difícil.
Não somente se faz necessário esclarecer o perseguidor que se encontra semilouco, senão educar aquele que lhe sofre a pressão, a fim de que se rompam os vínculos que os imanam.
A prece sincera acalma a situação, no entanto, só a renovação intima do paciente, interrompe a constrição danosa.
A fluidoterapia afasta temporariamente o agente da perturbação, entretanto, somente a elevação moral do obsidiado equaciona o problema.
Há casos em que o hospedeiro mental da obsessão, pela gravidade do cometimento, não pode agir por vontade própria; apesar disso, aos primeiros sinais de melhora, resultante do auxilio que recebe, soa-lhe o momento de realizar a sua parte, que é sempre a mais importante.
Há obsessão porque existe conta a ajustar. O cobrador, que é infeliz, amargura o devedor, que se nega ao resgate do compromisso.
Não produzindo no bem o suficiente para anular o mal que praticou, tomba, irremissivelmente, nesse mal em que se compraz, tornando-se vítima da própria incúria, portanto, da obsessão.
Diante de pessoas portadoras de obsessão, tem bondade e paciência para com elas, mas, não as iludas com promessas de curas sem esforço e sem sacrifício pessoal.
Esclarece o desencarnado para que renuncie à pugna, todavia, educa o doente para que mude de atitude mental e situação moral, sem as quais serão baldados quaisquer esforços.
Mesmo Jesus quando curava qualquer enfermo, recomendava que o mesmo não voltasse a pecar, a fim de que não lhe acontecesse algo pior, ensinando que só a libertação das imperfeições morais dá ao homem a paz e a saúde integral.
Joanna de Angelis (Divaldo P. Franco)

6 de mar. de 2013

Velhas recordações, Velhas Doenças


“Quantas vezes perdoarei a meu irmão? Perdoar-lhe-eis não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes...”
“... Escutai, pois, essa resposta de Jesus e, como Pedro, aplicai-a a vós mesmos; perdoai, usai de indulgência, sede caridosos, generosos, pródigos mesmo de vosso amor...”


(“O Evangelho Segundo o Espiritismo” - Capítulo 10, item 14.)




Trazemos múltiplos clichês mentais arquivados no inconsciente profundo, resultado de velhas recordações danosas herdadas das mais variadas épocas, seja na atualidade, seja em outras existências no passado distante.


Essas fontes emitem, através de mecanismos psíquicos, energias que não nos deixam sair com facilidade do fluxo desses eventos desagradáveis, registrados pelas retinas da alma, mantendo-nos retidos em antigas mágoas e feridas morais entre os fardos da culpa e da vergonha.


Por não recordarmos que o perdão a nós mesmos e aos outros é um poderoso instrumento de cura para todos os males, é que impedimos o passado de fluir, não dando ensejo à renovação, e sim a enfermidades e desalentos.


Tentamos viver alienados dos nossos ressentimentos e velhas amarguras, distraindo-nos com jogos e diversões, ou mesmo buscando alívio no trabalho ininterrupto, mas apenas estamos adiando a solução futura da dor, porque essas medidas são temporárias.


É mais fácil dizer que se tem uma úlcera gástrica do que admitir um descontentamento conjugal; é mais fácil também consentir-se portador de uma freqüente cólica intestinal do que aceitar-se como indivíduo colérico e inflexível.


Muitas moléstias antes consideradas como orgânicas estão sendo reconhecidas agora como “psicossomáticas”, porque se encontraram fatores psicológicos expressivos em sua origem.


As insanidades físicas são quase sempre traduzidas como somatizações das recordações doentias de ódio e vingança, que, mantidas a longo prazo, resultam em doenças crônicas.


Dessa forma, compreenderás que a gravidade e a duração dos teus sintomas de prostração e abatimento orgânico são diretamente proporcionais à persistência em manteres abertas tuas velhas chagas do passado.


As predisposições físicas das pessoas às enfermidades nada mais são do que as tendências morais da alma, que podem modificar as qualidades do sangue, dando-lhe maior ou menor atividade, provocar secreções ácidas ou hormonais mais ou menos abundantes, ou mesmo perturbar as multiplicações celulares, comprometendo a saúde como um todo.


Portanto, as causas das doenças somos nós sobre nós mesmos, e, para que tenhamos equilíbrio fisiológico, é preciso cuidar de nossas atitudes íntimas, conservando a harmonia na alma.


Indulgência se define como sendo a facilidade que se tem para perdoar.


Muitos de nós ficamos constantemente tentando provar que sempre estivemos certos e que tínhamos toda a razão; outros ficam repisando os erros e as faltas alheias. Mas, se quisermos saúde e paz, libertemo-nos desses fardos pesados, que nos impedem de voar mais alto, para as possibilidades do perdão incondicional.


Perdoar não significa esquecer as marcas profundas que nos deixaram, ou mesmo fechar os olhos para a maldade alheia.


Perdoar é desenvolver um sentimento profundo de compreensão, por saber que nós e os outros ainda estamos distantes de agir corretamente.


Por não estarmos, momentaneamente, em completo contato com a intimidade de nossa criação divina, é que todos nós temos, em várias ocasiões, gestos de irreflexão e ações inadequadas.


Das velhas doenças nos libertaremos quando as velhas recordações do “não-perdão” deixarem de comandar o leme de nossas vidas.


Do livro “Renovando Atitudes” – Pelo Espírito Hammed – Psicografia Francisco do Espírito Santo Neto

JESUS E A CURA



No que se refere aos poderes curativos, temo-los em Jesus nas mais altas afirmações de grandeza. Cercam-no doentes de variada expressão. Paralíticos estendem-lhe membros mirrados, obtendo socorro. Cegos recuperam a visão. Ulcerados mostram-se limpos. Alienados mentais, notadamente obsidiados diversos, recobram equilíbrio.

É importante considerar, porém, que o Grande Benfeitor a todos convida para a valorização das próprias energias.

Reajustando as células enfermas da mulher hemorroíssa, diz-lhe convictamente:

- "Filha, tem bom ânimo! A tua fé te curou." (Mateus 9:22).

Logo após, tocando os olhos de dois cegos que lhe recorrem à caridade, exclama:

- "Seja feito segundo a vossa fé!" (Mateus 9:29).

Não salienta a confiança por simples ingrediente de natureza mística, mas sim por recurso de ajustamento dos princípios mentais, na direção da cura.

E encarecendo o imperativo do pensamento reto para a harmonia do binômio mente-corpo, por várias vezes o vemos impelir os sofredores aliviados à vida nobre, como no caso do paralítico de Betesda, que, devidamente refeito, ao reencontrá-lo no Templo, dele ouviu a advertência inesquecível:

- "Eis que já estás são. Não peques mais, para que não te suceda coisa pior." (João 5:14)


Fonte: MECANISMOS DA MEDIUNIDADE, Cap. XXVI
André Luiz/Chico Xavier/Waldo Vieira – Ed.FEB

Em busca da cura - Palavras do Chico...



Existem pessoas que têm acorrido a todos os recursos terrenos e espirituais na esperança de uma cura para sua enfermidade, e não tendo resolvido seu problema, acabam chegando à descrença. Mesmo sem fé, muitas vezes ainda procuram você como um recurso. Essas pessoas podem chegar a receber uma cura?


Chico Xavier:


Acredito que, se a pessoa está no merecimento natural da cura, tenha ela fé ou não tenha fé, a misericórdia divina permite que essa criatura encontre a restauração de suas forças.

Isso em qualquer religião, ou em qualquer tempo; agora, os espíritos nos aconselham um espírito de aceitação. Primeiramente, em qualquer caso de doença que possa ocorrer em nós, em nosso mundo orgânico, o espírito de aceitação, torna mais fácil ao médico deste mundo ou para os benfeitores espirituais do outro, atuarem em nosso favor.

Agora, a nossa aflição ou a nossa inquietação, apenas perturbam os médicos deste mundo ou do outro, dificultando a cura. E podemos ainda acrescentar: que muitas vezes temos conosco determinados tipos de moléstias, que nós mesmos pedimos, antes de nossa reencarnação, para que nossos impulsos negativos ou destrutivos sejam amainados.

Muitas frustrações que sofremos neste mundo são pedidas por nós mesmos, para que não venhamos a cair em falhas mais graves do que aquelas que já caímos em outras vidas. Mas, como estamos num regime de esquecimento - como uma pessoa anestesiada para sofrer uma operação - então demandamos em rebeldia, em aflição desnecessária, exigindo uma cura, que se tivermos, será para nossa ruína, não para o nosso benefício.


Entrevista dada à Revista ‘Destaque’, em Outubro de 1977.
Consta do livro “Chico Xavier - O Homem, o Médium e o Missionário”, escrito por Antônio Matte Noroefé, de Cacequi, Rio Grande do Sul.

O Poder da Fé e sua Ação Magnética

 


Até o presente, a fé só foi compreendida no seu sentido religioso, porque o Cristo a revelou como poderosa alavanca, e porque Nele só viram um chefe de religião. Mas o Cristo, que realizou verdadeiros milagres, mostrou, por esses mesmos milagres, quanto pode o homem que tem fé, ou seja, que tem a vontade de querer e a certeza de que essa vontade pode realizar-se a si mesma. Os apóstolos, com o seu exemplo, também não fizeram milagres? Ora, o que eram esses milagres, senão os efeitos naturais de uma causa desconhecida dos homens de então, mas hoje em grande parte explicada e que será completamente compreendida pelo estudo do Espiritismo e do Magnetismo?


O Magnetismo é uma das maiores provas do poder da fé, quando posta em ação. É pela fé que ele cura e produz esses fenômenos estranhos que, antigamente, foram qualificados de milagres.


O poder da fé tem aplicação direta e especial na ação magnética. Graças a ela, o homem age sobre o fluído, agente universal, modifica-lhe a qualidade e lhe dá impulso por assim dizer irresistível. Eis porque aquele que alia, a um grande poder fluídico normal, uma fé ardente, pode operar, unicamente pela sua vontade dirigida para o bem, esses estranhos fenômenos de cura e de outra natureza, que antigamente eram considerados prodígios, e que, entretanto, não passam de conseqüências de uma lei natural. Essa a razão porque Jesus disse aos seus apóstolos: “Se não conseguistes curar, foi por causa de vossa pouca fé”.


Edição de textos retirados do “Evangelho Segundo o Espiritismo” – Allan Kardec (Cap. XIX – A Fé Que Transporta Montanhas)

Por que a espiritualidade cura?




    Herbert Benson está à frente do Instituto Mente/Corpo da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Nos últimos 35 anos, dedica-se a pesquisas científicas que comprovam: a fé e a meditação melhoram a saúde.


    Imagine um médico receitando 20 minutos de meditação, duas vezes ao dia, para combater a hipertensão, por exemplo.

    É isso que faz o doutor Herbert Benson, pesquisador e fundador-presidente do Instituto Mente/ Corpo da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, em Boston, nos Estados Unidos.


    Há mais de três décadas, ele realiza estudos em laboratório e vem comprovando que aquietar a mente é um hábito poderoso na prevenção e no combate de problemas como insônia, tensão pré-menstrual, infertilidade e hipertensão.


    Além disso, alivia os efeitos de doenças crônicas e tratamentos químicos fortes, como o de câncer. O doutor Benson concluiu que de 60 a 90% das doenças podem ser curadas pela mente.


    Ele é autor de sete livros sobre o assunto, como Medicina Espiritual (ed. Campus) e o best seller The Relaxation Response (não traduzido para o português), que já vendeu mais de 4 milhões de exemplares.


    Em julho passado (2002), no II Congresso Internacional de Stress, organizado pela ISMA-BR (International Stress Management), em Porto Alegre, ele falou sobre medicina e espiritualidade.


    - Como a espiritualidade pode trazer benefícios para a saúde?


    Herbert Benson - Sempre digo que há um tripé que sustenta a cura: os medicamentos, a cirurgia e a espiritualidade. Cada um deles tem seu peso, sendo que o hábito diário da prática da meditação corresponde de 60 a 90%. O resto é efeito da medicação ou, caso seja necessário, da cirurgia. Como médico, não receito para meus pacientes apenas a meditação, pois os recursos da medicina não podem ser desprezados.


    - Por que, então, o senhor pesquisa a espiritualidade?


    HB - Pesquiso os efeitos da espiritualidade na cura de doenças há 35 anos e comecei estudando a relação entre o estresse e a hipertensão. Primeiro fiz experimentos com macacos. Porém, na época, recebi uma proposta de estudar os efeitos físicos da meditação em um grupo de praticantes assíduos. Essas pessoas não tinham problemas de pressão alta e diziam que isso estava relacionado à meditação. Foi então que realmente estabeleci a conexão entre corpo e mente.


    - O que o senhor notou no corpo dessas pessoas?


    HB - Percebi que durante a prática há a diminuição da pressão arterial, da freqüência cardíaca e do ritmo respiratório. Tentei, então, descobrir o que provocava isso. E são dois os componentes básicos capazes de causar essas reações: a repetição de palavras e a capacidade de deixar os pensamentos de lado. Como parte do estudo, pesquisei os estados meditativos ao longo da história e nas diferentes religiões e esse efeito estava presente no cristianismo, no judaísmo e no budismo.


    - Qualquer tipo de meditação traz benefícios?


    HB - Meditação é deixar a mente livre de pensamentos. E isso é geralmente conseguido pela repetição de palavras. Quando um católico reza um terço, por exemplo, ele está meditando. Não importa o que está dizendo, desde que aquela palavra tenha um significado importante para ele. Pode ser paz, amor, aleluia, shalom, um mantra (os sons sagrados orientais). Os pacientes que escolhem repetir palavras ou expressões relacionadas com suas crenças religiosas têm maior probabilidade de meditar continuamente e melhores resultados fisiológicos do que aqueles que escolhem palavras indiferentes, sem um significado particular. E existem técnicas orientais que também causam as mesmas mudanças físicas, como ioga, tai chi chuan, chi kun e a dança.


    - Meditar ajuda no processo de cura e prevenção de quais doenças?


    HB - As que apresentam melhor resposta ao relaxamento são hipertensão, problemas cardíacos, insônia, calorões da menopausa e toda forma de dor, inclusive as crônicas. Nesses casos, meditar ajuda a suportar melhor os desconfortos.


    - E a infertilidade?


    HB - Problemas de infertilidade, causados por estresse e ansiedade, melhoram 50% depois da prática diária do relaxamento e 59% das mulheres têm diminuição dos sintomas de TPM (tensão pré-menstrual). Mas é preciso lembrar que não se deve abandonar os medicamentos, independentemente do problema de saúde. Quem pratica as várias formas de meditação deve, sim, avisar seu médico.


    - Por quê?


    HB - Se a prática é diária, as doses do medicamento precisam ser diminuídas. Caso contrário, passa-se a ter efeitos colaterais causados pelo excesso de remédios. Por exemplo, em quem é hipertenso, toma medicação e começa a meditar todo dia, a pressão arterial vai cair naturalmente. Assim, as doses dos remédios devem ser reduzidas aos poucos, com a orientação do especialista, até que a pressão se normalize. Percebo que, em males como a Aids ou o câncer, a meditação ajuda a suportar melhor os efeitos colaterais dos tratamentos. Ou seja, há uma melhora na qualidade de vida desses pacientes.


    - A fé interfere na cura?


    HB - Defendo uma medicina unificada de corpo, mente e espírito. Se a fé não fosse importante, como você explicaria o efeito placebo? Pesquisas demonstram que uma pílula com açúcar dada em laboratório tem resultados positivos em 90% das pessoas com problemas de depressão e ansiedade. Isso é o que chamo de fator fé.


    - E a fé religiosa, ela conta pontos para a saúde?


    HB - Estudos comparativos de grupos religiosos e não religiosos constataram: quem é mais religioso é mais saudável, independentemente da alimentação ou da atividade física. Isso também independe da religião. Um católico, por exemplo, que reza todos os dias e acredita em sua crença produz os mesmos efeitos benéficos para o organismo que um budista, que medita diariamente. O importante é a resposta que o relaxamento causa no organismo. Pode ser com meditação, rezando terço, com ioga.


    - Existe uma idade certa para começar a praticar?


    HB - Crianças a partir de 5 anos já podem ser iniciadas. Estudos feitos em Harvard demonstram que isso reduz a ansiedade, facilita a concentração, a capacidade de aprender e de ter notas melhores na escola em comparação a garotos que não meditam.


    - É preciso meditar todos os dias? Quanto tempo?


    HB - Para obter uma resposta eficaz, deve-se praticar uma ou duas vezes por dia, de dez a 20 minutos, cada vez. As alterações fisiológicas causadas pela meditação duram 24 horas, e isso faz também com que o praticante se torne mais resistente ao estresse e às doenças causadas por ele. O ideal é meditar de manhã, ao acordar (antes do café da manhã), e no final da tarde.


    Reportagem: Ana Holanda - Outubro'2002 - Reportagem presente na Revista Bons Fluidos