23 de jul. de 2013

Dificuldades com se Deparam os Médiuns




A mediunidade é uma faculdade multiforme; apresenta uma infinidade de nuanças em seus meios e em seus efeitos.

Aquele que é apto para receber ou transmitir as comunicações dos Espíritos é, por isso mesmo, um médium, seja qual for o meio empregado ou o grau de desenvolvimento da faculdade – desde a simples influência oculta até a produção dos mais insólitos fenômenos.

Contudo, no uso corrente, o vocábulo tem uma acepção mais restrita e se diz geralmente das pessoas dotadas de uma potência mediatriz muito grande, tanto para produzir efeitos físicos quanto para transmitir o pensamento dos Espíritos pela escrita ou pela palavra.

Posto não seja a faculdade um privilégio exclusivo, é certo que encontra refratários, pelo menos no sentido a ela ligado. Também é certo que não deixa de apresentar escolhos aos que a possuem: pode alterar-se e, até, perder-se e, muitas vezes, ser uma fonte de graves desilusões.

Sobre tal ponto julgamos útil chamar a atenção de todos quantos se ocupam de comunicações espíritas, quer diretamente, quer através de terceiros. Através de terceiros, dizemos, porque importa aos que se servem de médiuns poder apreciar o valor e a confiança que merecem suas comunicações.

O dom da mediunidade depende de causas ainda não perfeitamente conhecidas e nas quais parece que o físico tem uma grande parte. À primeira vista pareceria que um dom tão precioso não devesse ser partilhado apenas por almas de escol.

Ora, a experiência prova o contrário, pois encontramos mediunidade potente em criaturas cuja moral deixa muito a desejar, enquanto que outras, estimáveis sob todos os pontos, não a possuem. Aquele que fracassa, a despeito dos seus desejos, esforços e perseverança, não deve tirar conclusões desfavoráveis à sua pessoa nem julgar-se indigno da benevolência dos Espíritos.

Se tal favor lhe não é concedido, outros há, sem dúvida, que lhe podem oferecer ampla compensação. Pela mesma razão aquele que a desfruta não poderia dela prevalecer-se, pois a mediunidade não lhe é nenhum signo de mérito pessoal.O mérito, pois, não está na posse da faculdade mediatriz, que a todos pode ser dada, mas no uso que dela fazemos.

Eis uma distinção capital, que jamais deve-se perder de vista: a bondade do médium não está na facilidade das comunicações, mas exclusivamente na sua aptidão para só receber as boas.

Ora, é aqui que as condições morais em que ele se acha são potentes; aqui também ele encontra os maiores escolhos.

Para se dar conta deste estado de coisas e compreender o que vamos dizer, é necessário reportar-se ao princípio fundamental que entre os Espíritos há todos os graus do bem e do mal, do saber e da ignorância; que os Espíritos pululam em redor de nós e que quando nos julgamos sós, estamos incessantemente rodeados de seres que nos acotovelam, uns com indiferença, como estranhos, outros que nos observam com intenções mais ou menos benevolentes, conforme sua natureza.

O provérbio “Os iguais se atraem” tem sua aplicação entre os Espíritos, como entre nós; e mais ainda entre eles, se possível, porque não estão, como nós, sob a influência das considerações sociais.

Contudo, se, entre nós, estas considerações algumas vezes confundem homens de costumes e gostos muito diversos, tal confusão, de certo modo, é apenas material e transitória: a similitude ou a divergência de pensamentos será sempre a causa das atrações e repulsões.

Nossa alma que, afinal de contas, não é mais que um Espírito encarnado, não passa mesmo de um Espírito. Se se revestiu momentaneamente de um envoltório material, suas relações com o mundo incorpóreo, posto que menos fáceis do que quando no estado de liberdade, nem por isso são interrompidas de modo absoluto; o pensamento é o laço que nos une aos Espíritos, e pelo pensamento nos atraímos os que simpatizam com as nossas idéias e inclinações.

Representamos, pois, a massa dos Espíritos que nos envolvem como a multidão que encontramos no mundo; onde quer que vamos especialmente, encontramos homens atraídos pelos mesmos gostos e pelos mesmos desejos; às reuniões que tem objetivo sério vão homens sérios; as que são frívolas vão os frívolos.

Por toda a parte encontram-se Espíritos atraídos pelo pensamento dominante. Se lançarmos um olhar sobre o estado moral da Humanidade em geral, compreenderemos sem dificuldade que nessa multidão oculta os Espíritos elevados não devem constituir maioria. É uma conseqüência do estado de inferioridade do nosso globo.

Os Espíritos que nos cercam não são passivos: formam uma população essencialmente inquieta, que pensa e age sem cessar, que nos influencia, mau grado nosso, que nos excita e nos dissuade, que nos impulsiona para o bem ou para o mal, o que não nos tira o livre arbítrio mais que os bons ou maus conselhos que recebemos de nossos semelhantes.

Entretanto, quando os Espíritos imperfeitos solicitam alguém a fazer uma coisa má, sabem eles muito bem a quem se dirigem e não vão perder o tempo onde vêem que serão mal recebidos; eles nos excitam conforme as nossas inclinações ou conforme os germens que em nós vêem e segundo as nossas disposições para os escutar. Eis por que o homem firme nos princípios do bem não lhes serve de presa.

Estas considerações nos conduzem naturalmente ao problema dos médiuns. Como todas as criaturas, estes são submetidos à influência oculta dos Espíritos bons e maus; atraem-nos e repelem-nos conforme as simpatias de seu próprio Espírito e os Espíritos maus aproveitam-se de todas as falhas, como de uma falta de couraça, para aproximarem-se deles, introduzindo-se, mau grado seu, em todos os atos de sua vida privada.

Além disso, tais Espíritos, encontrando no médium um meio de expressar seu pensamento de modo inteligível e atestar sua presença, misturam-se nas comunicações e as provocam, porque assim esperam ter mais influência, acabando por um completo domínio.

Consideram-se como na própria casa, afastam os Espíritos que se poderiam contrapor e, conforme a necessidade, lhes tomam os nomes e mesmo a linguagem, com o fito de enganar.

Mas não podem representar este papel por muito tempo: com um pouco de contato com um observador experimentado e não prevenido, logo eles são desmascarados.

Se o médium se deixa dominar por essa influência, os bons Espíritos se afastam, ou absolutamente não vem quando chamados, ou vem com certa repugnância, porque vêem que o Espírito que está identificado com o médium, e neste estabeleceu o seu domicílio, pode alterar as suas instruções.

Se tivermos que escolher um interprete, um secretário, um mandatário qualquer, é evidente que escolheremos não só um homem capaz, mas, ainda, da nossa estima; não confiaremos uma delicada missão e os nossos interesses a um tarado ou a um freqüentador de uma sociedade suspeita.

Dá-se o mesmo com os Espíritos. Os Espíritos superiores não escolherão para transmitir instruções sérias a um médium que tem familiaridade com Espíritos levianos, “a menos que haja necessidade e que não encontrem no momento outros médiuns à disposição, a menos, ainda, que não queiram dar uma lição ao próprio médium”, como por vezes acontece; mas, então, dele só se servem acidentalmente, e o deixam logo que encontram um melhor; entregam-no as suas simpatias, se as têm.

O médium perfeito seria, pois, o que nenhum acesso desse aos maus Espíritos, por um descuido qualquer. É condição muito difícil de realizar. Mas se a perfeição absoluta não e dada ao homem, por seus esforços sempre lhe é possível a aproximação; e os Espíritos levam em conta sobretudo os esforços, a força de vontade e a perseverança.

Assim, o médium perfeito não teria senão comunicações perfeitas de verdade e de moralidade. Desde que a perfeição é impossível, o melhor seria o que desse as melhores comunicações.

É pelas obras que podem ser julgados. As comunicações sistematicamente boas e elevadas, nas quais nenhum indício de inferioridade fosse notado, seriam incontestavelmente uma prova da superioridade moral do médium, porque atestariam simpatias felizes.

Por isto mesmo se o médium não é perfeito, Espíritos levianos, embusteiros e mentirosos podem misturar-se em suas comunicações, alterando-lhes a pureza e induzindo em erro, ao médium e aqueles que se lhes dirigem.

Eis o maior escolho do Espiritismo, cuja gravidade não dissimulamos.

É possível evitá-lo?

Dizemos em alto e bom som: sim, é possível, os meios não são difíceis e exigem apenas julgamento.

As boas intenções, a própria moralidade do médium nem sempre bastam para preservá-lo da intromissão dos Espíritos levianos, mentirosos e pseudo-sábios nas comunicações.

Além das falhas de seu próprio Espírito, pode lhe dar acesso por outras causas das quais a principal é a fraqueza de caráter e uma confiança excessiva na invariável superioridade dos Espíritos que se lhes comunicam. Essa confiança cega reside numa causa que a seguir explicaremos.

Se não quisermos ser vítimas de Espíritos levianos, é necessário julgá-los, para o que temos um critério infalível: o bom senso e a razão.

Sabemos que as qualidades de linguagem, que caracterizam, entre nós, os homens realmente bons e superiores, são as mesmas para os Espíritos: Devemos julgá-los por sua linguagem. Nunca seria demais repetir o que a caracteriza nos Espíritos elevados: é constantemente digna, nobre, sem basófia nem contradição, isenta de trivialidades, marcada por um cunho de benevolência.

Os bons Espíritos aconselham, não ordenam, não se impõem, calam-se naquilo que ignoram. Os Espíritos levianos falam com a mesma segurança do que sabem e do que não sabem; a tudo respondem sem se preocuparem com a verdade.

Em mensagem supostamente séria, vimo-los, com imperturbável aprumo, colocar César no tempo de Alexandre; outros afirmavam que não é a Terra que gira em redor do Sol.

Resumindo: toda expressão grosseira ou apenas inconveniente, toda marca de orgulho e de presunção, toda máxima contrária à sã moral, toda notória heresia científica é, nos Espíritos como nos homens, inconteste sinal de natureza má, de ignorância ou, pelo menos, de leviandade.

De onde se segue que é necessário pesar tudo quanto eles dizem, passando-o pelo crivo da lógica e do bom senso.

Eis uma recomendação feita incessantemente pelos bons Espíritos. Dizem eles: “Deus não vos deu raciocínio sem propósito. Servi-vos dele a fim de saber o que estais fazendo”. Os maus Espíritos temem o exame. Dizem eles: “Aceitai nossas palavras e não as julgueis”. Se tivessem a consciência de estar com a verdade, não temeriam a luz.

O hábito de perscrutar as menores palavras dos Espíritos, de lhes pesar o valor – do ponto de vista do conteúdo e não da forma gramatical, com que pouco se preocupam eles –, necessariamente afasta os Espíritos mal intencionados que, então, não vêm inutilmente perder o tempo, de vez que rejeitamos tudo quanto e mau ou tem origem suspeita.

Mas quando aceitamos cegamente tudo quanto dizem, quando, por assim dizer, ajoelhamo-nos ante sua pretensa sabedoria, eles fazem o que fariam os homens – abusam.

Se o médium for senhor de si, se não se deixar dominar por um entusiasmo irrefletido, poderá fazer o que aconselhamos. Mas acontece freqüentemente que o Espírito o subjuga a ponto de o fascinar, levando-o a considerar admiráveis as coisas mais ridículas; então ele se entrega cada vez mais a essa perniciosa confiança que, estribado em suas boas intenções e em seus bons sentimentos, julga suficientes para afastar os maus Espíritos.

Isto não basta: esses Espíritos ficam satisfeitos por fazê-lo cair na cilada, para o que aproveitam sua fraqueza e sua credulidade. Que fazer, então? Expor tudo a terceira pessoa interessada, para que esta, julgando com calma e sem prevenção, possa ver uma palha onde o médium não via uma trave.

A ciência espírita exige grande experiência e, como todas as ciências, filosóficas ou não, só é adquirida através de um estudo longo, assíduo e perseverante, e por numerosas observações.

Ela não abrange apenas o estudo dos fenômenos, propriamente ditos, mas também, e sobretudo, os costumes, se assim podemos dizer, do mundo oculto, desde o mais baixo ao mais alto degrau da escala.

Seria presunção julgar-se suficientemente esclarecido e graduado como mestre depois de alguns ensaios. Não seria esta pretensão de um homem sério, pois quem quer que lance um golpe de vista penetrante sobre esses estranhos mistérios vê desdobrar-se a sua frente um horizonte tão vasto que longos anos não bastam para o abranger. Há entretanto quem o queira fazer nalguns dias!

De todas as disposições morais, a que maior acesso oferece aos Espíritos imperfeitos é o orgulho. Este é para os médiuns um escolho tanto mais perigoso quanto menos o reconhecem.

É o orgulho que lhes dá a crença cega da superioridade dos Espíritos que se lhes apegam, porque se vangloriam de certos nomes que lhes impõem. Desde que um Espírito lhes diz: “eu sou fulano”, inclinam-se e não admitem dúvidas, porque seu amor próprio sofreria se, sob tal máscara, encontrassem um Espírito de condição inferior ou um malvado desprezível.

O Espírito percebe e aproveita o lado fraco, lisonjeia seu pretenso protegido, fala-lhe de origens ilustres, que o enchem ainda mais, promete-lhe um futuro brilhante, honra e fortuna, de que parece ser o dispensador: conforme a necessidade, afeta uma ternura hipócrita.

Como resistir a tanta generosidade? Numa palavra, zomba e o domina, trazendo-o pelo beiço, como se diz vulgarmente; sua felicidade é ter alguém sob sua dependência.

Interrogamos a vários deles sobre os motivos de sua obsessão. Um assim nos respondeu: “Quero ter um homem que me faça a vontade. É o meu prazer.” Quando lhe dissemos que vamos fazer tudo para demonstrar os seus artifícios e tirar a venda dos olhos de seu oprimido, disse: “Lutarei contra vós e não tereis resultado, porque farei tais coisas que ele não vos acreditará”.

E, com efeito, uma das táticas desses Espíritos malfazejos: inspiram a desconfiança e o afastamento das pessoas que os podem desmascarar e dar bons conselhos. Jamais acontece coisa semelhante com os bons Espíritos

. Todo Espírito que insufla a discórdia, que excita a animosidade, que entretém os dissentimentos revela, por isso mesmo, sua natureza má. Seria preciso ser cego para não o compreender e para crer que um bom Espírito possa arrastar a desinteligência.

Muitas vezes o orgulho se desenvolve no médium à medida que cresce a sua faculdade. Esta lhe dá importância. Procuram-no e ele acaba por sentir-se indispensável. Daí, muitas vezes, um tom de jactância e de pretensão ou uns ares de suficiência e de desdém, incompatíveis com a influencia de um bom Espírito.

Aquele que cai em tal engano está perdido, porque Deus lhe deu sua faculdade para o bem e não para satisfazer sua vaidade ou transformá-la em escada para a sua ambição.

Esquece que este poder, de que se orgulha, pode ser retirado e que, muitas vezes, só lhe foi dado como prova, assim como a fortuna para certas pessoas.

Se dele abusa, os bons Espíritos pouco a pouco o abandonam e ele se torna um joguete de Espíritos levianos, que o embalam com suas ilusões, satisfeitos por terem vencido aquele que se julgava forte. Foi assim que vimos o aniquilamento e a perda das mais preciosas faculdades que, sem isto, ter-se-iam tornado os mais poderosos e os mais úteis auxiliares.

Isto se aplica a todos os gêneros de médiuns, quer de manifestações físicas, quer para comunicações inteligentes. Infelizmente o orgulho é um dos defeitos que estamos menos inclinados a confessar a nós mesmos e, menos ainda, aos outros, porque não o acreditariam.

Ide, pois, dizer a um médium que se deixa conduzir como uma criança: ele virará as costas, dizendo que sabe conduzir-se e que não vedes as coisas claramente.

Podeis dizer a um homem que é bêbado, debochado, preguiçoso, incapaz e imbecil; ele rirá ou concordará; dizei-lhe que é orgulhoso e ficará zangado.

É a prova evidente que tereis dito a verdade. Neste caso os conselhos são tanto mais difíceis quanto mais o médium evita as pessoas que lhos pudessem dar; foge de uma intimidade que teme.

Sentindo que os conselhos são golpes desferidos em seu poder, os Espíritos o empurram ao contrário, para quem os alimente as ilusões. Prepara-se, assim, muitas decepções, com o que sofrerá muito o seu amor próprio. Feliz se não lhe resultarem, ainda, coisas mais graves.

Se insistimos longamente sobre este ponto foi porque nos demonstrou a experiência, em muitas ocasiões, que isto constitui uma das grandes pedras de tropeço para a pureza e a sinceridade das comunicações dos médiuns.

Diante disto, é quase inútil falar das outras imperfeições morais, tais como o egoísmo, a inveja, o ciúme, a ambição, a cupidez, a dureza de coração, a ingratidão, a sensualidade, etc.

Cada um compreende que elas são outras tantas portas abertas aos Espíritos imperfeitos ou, pelo menos, causas de fraqueza. Para repelir estes últimos não basta dizer-lhes que se vão; nem mesmo o querer e, ainda menos, os conjurar.

É necessário fechar-lhes a porta e os ouvidos, provar-lhes que se é mais forte – o que se é, incontestavelmente, pelo amor do bem, pela caridade, pela doçura, pela simplicidade, pela modéstia e pelo desinteresse, qualidade que nos conciliam com a benevolência dos bons Espíritos. É seu apoio que nos da força; e se eles por vezes nos deixam a braços com os maus, é uma prova para a nossa fé e para o nosso caráter.

Que os médiuns não se arreceiem demais da severidade das condições de que acabamos de falar: estas são lógicas, temos que convir, mas seria erro desanimar.

É certo que as más comunicações que podemos receber são índice de alguma fraqueza, mas nem sempre sinal de indignidade. Podemos ser fracos, porém bons. Em qualquer caso aí temos sempre um meio de reconhecer as próprias imperfeições.

Já dissemos no outro artigo que não é necessário ser médium para estar sob a influência de maus Espíritos, que agem na sombra. Com a faculdade mediúnica o inimigo se mostra e se trai: ficamos sabendo com quem tratamos, e poderemos combatê-lo. É assim que uma comunicação má pode tomar-se uma lição útil, se soubermos aproveitá-la.

Aliás, seria injusto levar todas as comunicações más à conta do médium. Falamos daquelas que são por ele obtidas fora de qualquer outra influência, e não das que são produzidas num meio qualquer.

Ora, todo o mundo sabe que os Espíritos atraídos por esse meio podem prejudicar as manifestações.

É regra geral que as melhores comunicações ocorrem na intimidade, num círculo concentrado e homogêneo. Em toda comunicação acham-se em jogo varias influências: a do médium, a do meio e a do interlocutor.

Estas influências podem reagir umas sobre as outras, neutralizando-se ou se corroborando: isto depende do fim a que nos propomos e do pensamento dominante. Vimos excelentes comunicações obtidas em reuniões com médiuns que não possuíam todas as condições desejáveis.

Nesse caso os bons Espíritos vinham por uma pessoa em particular, porque isto era útil. Também vimo-las más, obtidas por bons médiuns, unicamente porque o interrogante não tinha intenções sérias e atraía Espíritos levianos, que dele zombavam.

Tudo isto requer tato e observação. E compreende-se facilmente a preponderância que devem ter todas essas condições reunidas.

Allan Kardec

Livro: A Obsessão

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