30 de set. de 2013

A ilusão de Judas: dar a César o que é de Deus


Neste capítulo do livro “Boa Nova”, o autor espiritual Humberto de Campos nos traz informações que sempre ficaram obscuras sobre Judas Iscariotes. Neste episódio, a intenção de Jesus era nos esclarecer sobre o que aconteceria com seu Evangelho, se o misturássemos com a política mundana.

Iludido em sua ânsia de ver a vitória mundana de Jesus, Judas foi em parte responsável por tudo o que aconteceu com o Mestre no Calvário.

  1. Mas Judas não sabia que Jesus era o Messias?
  2. a)   Sim, sabia, mas o via como o Messias de Israel, e não de todo nosso planeta;
    b)   Judas não entendeu a verdade evangélica —tudo fica bem compreensível em sua conversa com Tiago, no início do capítulo 24 de “Boa Nova”;
    c)    Ao se submeter a seus inimigos, nosso Mestre e Amigo mostrou quais seriam as consequências em misturar Deus com a política do mundo;
    d)   Infelizmente não soubemos compreender tão importante recado do Mestre, e tentamos fazer o impossível: dar a César o que é de Deus;
    e)    O resultado são os quase dezessete séculos de falsas verdades mitológicas dizendo-se evangélicas; gerando maldades, intrigas, guerras e violências de todo tipo.

  3. Toda essa influência mitológica sobre o Evangelho de Jesus poderia ter sido evitada?
  4. a)   Sim, poderia ter sido evitado se tivéssemos entendido o recado de Jesus através de seu sacrifício;
    b)   Eis também a causa do Apocalipse, com seus enormes sacrifícios e dores, como reflexo de séculos e séculos de desmandos morais cometidos por nós;
    c)    Por isso se faz necessária a implantação definitiva do Deus Consolador, o Deus Amor de Jesus e do Espírito da Verdade;
    d)   Se quisermos estar com Jesus e com o Espírito da Verdade, devemos entender em definitivo o recado do Mestre no Calvário;
    e)    Vamos deixar de vez nossa vaidade e nosso egoísmo de lado;
    f)     Não há mais que uma Revelação Espírita;
    g)   E ela não nos foi legada por um único homem, mas pelo Espírito da Verdade e toda sua falange de colaboradores, no plano espiritual e também no encarnado;
    h)   Apesar de alguns erros pontuais, a Doutrina Espírita em seus postulados é um ensino perfeito;
    i)     E os erros pontuais da Doutrina Espírita só aconteceram por nossa incapacidade de ver uma luz ainda mais brilhante;
    j)     Mas o que mais preocupa é vermos espíritas, por pura vaidade, tentando criar seus próprios espiritismos, através de suas federações;
    k)   Na realidade o que temos que fazer é nos preparar para levar a todos, da maneira mais ecumênica possível, o maior consolo possível ―pois todos vamos precisar dele.

  5. Como então compreender o engano de Judas?
a)   Diz Judas, segundo Humberto de Campos (Espírito): “Não concordo com os princípios de inação e creio que o Evangelho somente poderá vencer com o amparo dos prepostos de César ou das autoridades administrativas de Jerusalém que nos governam os destinos”;
b)   Eis o início do aviso e do engano;
c)    Tiago procura orientar Judas: “O hábito dos sacerdotes e a toga dos dignatários romanos são roupagens para a Terra… As ideias do Mestre são do céu e seria sacrilégio misturarmos a sua pureza com as organizações viciadas do mundo”;
d)   Quase profeticamente, diz ainda: “As conquistas do mundo são cheias de ciladas para o Espírito e, entre elas, é possível nos transformemos em órgão de escândalo para a verdade que o Mestre representa”;
e)    Uma profecia como essa, feita em uma simples conversa, fica despercebida pela grande maioria dos adeptos;
f)     Tanto quanto o aviso que Jesus nos deu através do Calvário;
g)   Tudo aconteceu exatamente como o previsto pelo aviso de Tiago;
h)   Isso nos mostra a absoluta perfeição dos ensinos de Jesus, alertando sobre tudo o que aconteceria se nos desviássemos de seu caminho.

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