A discussão sobre o aborto no País voltou à tona no último mês, não só quando abordado em cena da novela Amor à Vida, que foi ao ar recentemente, conforme tratamos nas páginas 2 e 3 desta edição, mas também em programas como o Na Moral, que tem na liderança o jornalista Pedro Bial.
“Pela ausência de planejamento familiar no Brasil, vemos famílias decidindo pelo aborto”, declararam alguns convidados. “Mas isso é possível, e com segurança, apenas para quem tem dinheiro”, disse o médico Drauzio Varella, consultor de Saúde da TV Globo. “No Brasil, política pública feita exclusivamente para os pobres não dá certo”, completou.
Ninguém discute que o Estado tem um papel fundamental nesse processo e que deveria dar acesso a métodos contraceptivos a todo e qualquer cidadão, garantindo, rapidamente, que qualquer um que quisesse, seguindo a lei, pudesse fazer uma laqueadura ou vasectomia, no caso dos homens. O Brasil está, realmente, muito longe de um modelo de saúde como no chamado Primeiro Mundo.
Mas não podemos, de forma alguma, em função da inoperância desse mesmo Estado, sacrificar vidas humanas. Um erro não pode justificar o outro, ou seja, não se pode considerar o aborto algo normal, ou passar a usá-lo como método contraceptivo, porque uma mãe ou uma família não tem condições, por qualquer motivo, de criar uma criança e o Estado não a ajuda em seu planejamento familiar.
Se o alto índice de gravidez é comum na periferia brasileira, como apontou o dr. Drauzio Varella, deveríamos estar discutindo e cobrando do Estado a intensificação de políticas públicas e a melhoria da saúde. Não a adoção da pena de morte para aqueles que não têm como se defender.
Se muitos acreditam que cabe à mulher ter o direito de decidir, também cabe a ela e ao seu companheiro a responsabilidade sobre seus atos. Em Na Moral, ouvimos mulheres declarando que engravidaram porque esqueceram de tomar anticoncepcionais, que não usavam camisinha porque seus companheiros não gostavam, que não se sentiam bem usando contraceptivos. Então é mais fácil abortar?
Mais uma vez reiteramos. O aborto é, sim, um crime, um ato contra a vida. E as mulheres ouvidas ao término do programa, na maioria, concordam com isso. Não devemos nos deixar levar por discursos abortistas. Devemos estar atentos para que a mentira não se sobressaia à verdade e o Brasil não manche seu solo com o sangue oficial de vítimas inocentes.
Retirado do site www.folhaespirita.com.br
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