“Estudo, disciplina, trabalho e
amor ao próximo”
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INFORMATIVO
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Boletim informativo do Grupo Espírita Caminho de
Damasco – Ano XV nº179, março de 2014 .
Editorial
Queridos irmãos os
esforços continuam grandes para mantermos a periodicidade mensal de nosso
informativo.
Mais uma vez
conseguimos superar as dificuldades confiantes no auxílio do Alto.
Fica o nosso
agradecimento aos cooperadores de “ambos os planos”.
No presente
informativo, apresentamos um artigo bastante interessante sobre a metodologia
ideal, a ser adotada em nossas atividades espíritas. Temos também um verso
igualmente interessante e divertido para nossa reflexão.
Muita paz!
Boa leitura!
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Afinal...Que Método
Usar?
,
A definição da palavra método, conforme o
dicionário, é ordem que se segue na procura da verdade, no estudo de uma
ciência, para alcançar um fim determinado; técnica, processo de ensino;
maneira de proceder, entre outras.
A própria definição, portanto, já indica um
critério organizado para alcance de determinados fins. Qualquer planejamento
de estudo ou trabalho definirá um método a ser seguido.
O tema é de nosso interesse imediato,
considerando-se a necessidade e importância de organizarmos ou reorganizarmos
nossas instituições, inspiradas e fundadas pelo ideal espírita, a fim de que
correspondam na prática aos objetivos do Espiritismo.
Aliás, vale recordar: qual o objetivo principal do Espiritismo?
O próprio Allan Kardec responde no artigo O
que o Espiritismo ensina, publicado na Revista Espírita de agosto de 1865,
quando afirma que “...O Espiritismo tende para a regeneração da Humanidade;
este é o um fato adquirido. Ora, esta regeneração não podendo se operar senão
pelo progresso moral, disto resulta que seu objetivo essencial, providencial,
é a melhoria de cada um...”.
Entendido o objetivo essencial do
Espiritismo, seria o caso de perguntar-se qual a missão ou objetivo do Centro
Espírita, ou se quisermos generalizar, das instituições espíritas inspiradas
pelo ideal espírita? A que se destina o funcionamento de tais instituições?
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Fica óbvio que tais instituições foram
fundadas e funcionam para tornarem práticos, acessíveis e poderíamos dizer até
populares, os meios de a própria Doutrina Espírita atingir seus objetivos
essenciais. Representantes do Espiritismo, tais como instituições, devem honrar
o adjetivo espírita que adotam, organizando-se com métodos que correspondam aos
próprios objetivos.
Em O Livro dos Médiuns, Allan Kardec dedica
um capítulo especial à questão com o título Do Método. É o capítulo III da
citada obra, onde comenta sobre as diversas classes de materialistas e de
adeptos, ponderando sobre a importância de se estabelecer um método de
argumentação e mesmo de ensino para a exata compreensão da teoria espírita. E
afirma que “... o melhor método de ensino espírita é o de se dirigir à razão
antes de se dirigir aos olhos.(...)”
A afirmação de Kardec refere-se à necessidade
do estudo prévio da teoria para entendimento amplo da realidade apresentada
pela Revelação Espírita, em toda sua amplitude, desclassificando qualquer tipo
de imprudência ou precipitação.
E para prevenir e mesmo orientar o progresso
do Espiritismo e seu movimento, através das décadas, o Codificador incluiu no
mesmo O Livro dos Médiuns, capítulos específicos como o XXIX – Reuniões e
Sociedades Espíritas e o XXX – Regulamento da Sociedade Parisiense de Estudos
Espíritas.
Além do valioso texto Constituição do
Espiritismo (subdividido em diversos capítulos), que foi publicado
posteriormente em Obras Póstumas (publicada após a desencarnação do Codificador).
Ora, tais documentos atendem aos objetivos da
presente matéria: como organizar nossas instituições? Que métodos utilizar?
Afinal, ao lado e até como conseqüência do
ensino espírita propriamente dito, desdobram-se as demais atividades que,
embora secundárias, adquirem caráter importante na educação e preparo dos
adeptos, formando a consciência espírita.
As instituições dedicam-se às tarefas de
assistência espiritual e material, fomentam atividades de divulgação,
participam do movimento espírita trocando experiências com outras instituições
e não se excluem da integração com a própria sociedade onde estão instaladas.
Seria o caso de fazermos uma avaliação sobre
o que já está sendo feito ou pensarmos na melhor maneira de organizar uma
atividade nova. São questões básicas:
a.
Como
organizar uma tarefa de aplicação de passes?
b.
Como
conduzir uma reunião mediúnica?
c.
Como
organizar um curso de doutrina espírita, de maneira motivadora, envolvente,
dinâmica?
a.
E
a tarefa de distribuição de sopa, alfabetização de adultos ou atendimento de
gestantes?
b.
E
a edição de um boletim ou informativo interno, visando divulgar a doutrina e
integrar seus trabalhadores?
c.
Qual
a melhor maneira de superar conflitos de relacionamento interno?
d.
Podemos
formar novos expositores?
e.
E
o ensino espírita para os jovens e crianças?
f.
Para
a educação mediúnica, que método utilizar?
g.
A
formação de liderança, a condução administrativa da instituição e mesmo a
preparação de novos trabalhadores podemos discutir?
h.
Há
uma regra para as palestras?
i.
Que
livros divulgar?
j.
E
se temos um hospital, um orfanato, uma creche, um lar ou uma escola como
departamento da instituição, que critérios utilizar?
k.
Como
conseguir recursos, vencer as dificuldades?
Notem os leitores que é uma lista imensa que
pode receber inúmeros outros acréscimos, dos casos e casos da realidade de cada
instituição e da própria amplitude da atividade espírita com detalhes
específicos em razão mesmo da dinâmica espírita e da variedade de experiências
possíveis.
Ao mesmo tempo, podemos notar ainda que cada
pergunta acima enumerada abre outro leque de questionamentos e reflexões.
Haverá sempre muitas dúvidas que cada grupo ou instituição vai levantar..
E as respostas surgirão naturalmente, se
embasarmos nossas reflexões utilizando o critério espírita, o método mesmo
apresentado por Allan Kardec em O Livro dos Médiuns, acima citado, e que
repetimos aqui: “... o melhor método de ensino espírita é o de se dirigir à
razão antes de se dirigir aos olhos. (...)”.
Ora, isso solicita o uso do raciocínio. Exige
pensar, avaliar, ponderar, colher subsídios, analisar criteriosamente à luz da
razão e do conhecimento espírita, é óbvio, para planejar com segurança o rumo
das atividades.
Afinal, o que diz a Doutrina Espírita?
Estamos ou não comprometidos com o
Espiritismo? Desejamos trazer inovações ou utilizar a proposta do Espiritismo?
Já que tal proposta valoriza o ser humano e convida-o à melhora moral, as
atividades de nossas instituições espíritas devem dirigir-se ao esclarecimento
que evita os desastres morais, causas dos sofrimentos que tanto infelicitam a
sociedade em todos os tempos.
E mais que a própria teoria, a vivência dessa
proposta no ambiente onde a desenvolvamos.
Paralelamente a isto, outros questionamentos
podem ser trazidos para debates – também visando o uso de um método -,
auxiliando-nos a raciocinar no encontro de caminhos que nos ajudem a atingir
aqueles objetivos propostos pela constituição do Espiritismo:
a) Como manter-me calmo diante de situações
adversas?
b) Como conseguir equilíbrio interior?
c) Como conviver de maneira cristã?
d) Como melhorar a mim mesmo?
e) Como adquirir paciência, amar mais,
confiar mais amplamente?
Estas e outras questões pertinentes devem ser
levadas ao cotidiano de estudos em nossas instituições, pois nelas residem
muitas vezes a causa de desencontros e quedas morais infelicitadoras. E a
oportunidade de debates facilita o entendimento de tais temas à luz do
Espiritismo.
Por isso, com todo empenho recomendamos aos
leitores a leitura e estudo atento do artigo de autoria de Allan Kardec,
constante da Revista Espírita de agosto de 1865 com o título O que o
Espiritismo ensina.
E ainda o livro Viagem Espírita em 1862, que
constitui um valioso documento de orientação do próprio Codificador, dirigidas
a grupos espíritas de sua época, mas de grande valor histórico, cultural e de
orientação prática propriamente dita.
Por outro lado, uma nova leitura do capítulo
III de O Livro dos Médiuns e das indicações de Obras Póstumas completam um belo
conjunto de orientações.
O fato final, porém, é que as dificuldades
existem, mas a orientação também, bem mais abrangente.
Buscando a teoria, elaborada com o caráter
revelador do Espiritismo, encontraremos as respostas que procuramos. Basta
colocar cada coisa em seu lugar, com o devido embasamento fornecido pela
própria Doutrina Espírita, onde estão presentes o amor, a disciplina, e o
convite ao bem.
No meu
funeral...
No meu funeral
Estava bem vestido
Fato completo
O caixão colorido
Como estava bem
C’a minha
consciência
Fui convidado a ir
à última residência
Amigos espirituais
Me acompanharam
Nos últimos
momentos
Onde me aclamaram
Sorridente e feliz
Por largar a
carcaça
Estranhava a
tristeza
De toda a minha
raça
Do sincero ao
fingido,
De tudo encontrei
Os que choravam sem
chorar
E os que cumpriam a
“lei”
Flores e mais
flores,
Choros e abraços
Faziam parte do
folclore
Com muitos
“palhaços”
Sinceros, contei
poucos,
A esposa e mais
cinco,
Os outros não viam
a hora
De ver o caixão c’o
trinco
Tanta opulência
E muita vaidade
Só porque era
conhecido
Na falsa sociedade
|
O padre, com ar triste,
Cumpria o seu
ritual
Simulando tristeza
Só queria o pilim
final
Só aí compreendi
Como somos
vulneráveis
Os desejos
condenáveis
Tranquilo e feliz
Por ter mudado de
plano
Via aquela
gente-actriz
Em doloroso engano
Aprendi depois de
morrer
Que não sabemos
ajudar
Aquele que morreu,
E que vai a
enterrar
Espiritualistas,
vários,
Portamo-nos como
irracionais
Fazendo da
cerimónia
Uma festa entre os
demais
Da anedota chula,
Ao “corte na
casaca”
Tudo eu ouvia
Naquela grande
ressaca
Amigos, poucos,
Por mim oravam,
Outros, na memória,
O bem, imploravam.
No fim, dei um
beijo
À esposa e
familiares,
E logo parti
C’os meus
auxiliares.
Se queres bom
funeral,
Que seja pequeno e
discreto
Leva vida correta,
Pois a vida é livro
aberto
Enquanto estiveres
aí
E fores aos
funerais
Fá-lo com
sentimento
Não sejas com’os
demais
Poeta alegre
Psicografia
recebida por JC, Óbidos, Portugal, em 2014-02-10
"I" Até a próxima! |
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