9 de ago. de 2013

Informativo: Agosto

“Estudo, disciplina, trabalho e
amor ao próximo”



INFORMATIVO


Boletim informativo do Grupo Espírita Caminho de Damasco – Ano XV nº175, agosto de 2013.


Editorial

O Informativo GECAD mês de agosto apresenta três artigos: “A Responsabilidade do Jovem no Meio Ambiente”; “Problemas com Mediunidade”; e “Eu não Merecia”. Traz também uma bela mensagem do Espírito R. Tagore, psicografado por Divaldo Franco.
Nosso informativo presta homenagem ao ilustre aniversariante deste mês de agosto: Em 29 de agosto de 1831 reencarnava o missionário, mensageiro de Jesus, que adotaria o nome de Bezerra de Menezes.
Que Jesus o abençoe e que do Alto, o missionário e médico dos pobres nos auxilie na cura de nossas enfermidades morais.
Muita Paz!.



A Responsabilidade do Jovem no Meio Ambiente

Quando falamos de meio ambiente, imediatamente nos vem à tona a ideia de reciclagem dos recursos naturais, no maior nível possível. Porém costumamos ignorar que o conceito da reciclagem pode ser aplicado também às pessoas. Antes de reciclarmos materiais, devemos reciclar mentalidades, pensamentos, posturas, visões de mundo. E não há ninguém melhor do que o jovem para idealizar e praticar esse conceito, uma vez que ele, naturalmente, carrega consigo a semente da renovação, do questionamento, da rebeldia. E se a mesma puder ser canalizada para a construção de um meio ambiente e de um planeta melhor, ótimo!
Neste sentido, como conseguir conscientizar os jovens da sua importância e da sua responsabilidade na preservação ambiental? A medida passa, necessariamente, pela educação. Refiro-me não apenas à educação passada pela escola, mas também àquela passada pela família. Para chegar ao coração e às mentes da juventude, o meio ambiente precisa ser um valor incorporado pelos familiares, especialmente os pais. Sabemos que a melhor forma de educar vem do exemplo, e pais que dão o exemplo, em se tratando de conscientização ambiental, fazem a sua parte enquanto bons educadores, mostrando na prática o melhor caminho a ser seguido pelos filhos. Atitudes como levá-los desde cedo para regar as plantas do quintal ou da varanda, ou plantar árvores nas redondezas, podem ser fundamentais para mostrar a uma criança que proteger a natureza é algo “legal”, “bacana”, fornecendo-lhe um argumento importante para que ela siga esse caminho quando jovem e adulta, tirando o peso de uma certa “obrigatoriedade” que todos temos em relação a adotar o tema.
É importante ressaltar que esse caráter de “obrigatoriedade” é ruim em se tratando de educação ambiental. Isso porque nada que é feito obrigado é feito com amor. A sociedade, e aí se incluem os jovens, precisa preservar e explorar de forma sustentável o meio ambiente por vontade própria, e não como algo imposto à força. O problema é que o planeta encontra-se num grau de degradação ambiental tamanho que, independentemente da vontade, a necessidade está obrigando a população a se conscientizar. A ciência tem sido bastante clara ao dizer que, ou partimos para um esforço de preservação e exploração sustentável dos recursos naturais agora, ou nosso futuro na Terra estará seriamente comprometido e mesmo inviabilizado.
Vale lembrar que a Doutrina Espírita tem uma contribuição relevante a dar na conscientização ambiental. Afinal, somos espíritos imortais, responsáveis por todos os atos cometidos ao longo de nossas reencarnações. Assim sendo, aqueles que hoje se esforçam por conscientizar a sociedade sobre a importância de cuidar do meio ambiente podem muito bem ter sido os destruidores do passado, e assim por diante. Viva a evolução espiritual da humanidade! Até a próxima!
Autor (a):Marcos Leite
Revista Cultura Espírita – ICEB (Instituto de Cultura Espírita do Brasil) – Ano IV – Edição nº 39 – Página: 17 – Rio de Janeiro – Junho/2012.

                                            



                                                            Problemas com Mediunidade

É muito freqüente, no meio espírita, quase uma rotina, ouvir-se esta expressão: “O Senhor (ou a Senhora…) é médium e precisa desenvolver-se”. É o que se diz, indiscriminadamente, quando alguém se dirige a um centro à procura de solução para seu caso físico ou espiritual. Poucas, relativamente falando, são as instituições que têm certo cuidado neste sentido e, por isso mesmo, examinam primeiramente a situação da pessoa, suas reações, seu estado emocional, suas ideias e assim por diante. E somente depois dessa “tomada de contato” é que decidem se é ou não um caso de sessão mediúnica. Na maioria, porém, manda-se logo para a “mesa de desenvolvimento”, sem qualquer preparo, sem qualquer observação prévia. A própria pessoa poderá dizer, consigo mesma, que não sabe o que é isso, não sabe o que está fazendo, pois apenas lhe disseram que precisa desenvolver a mediunidade e nada mais… Isso é muito vago.
O desenvolvimento, chamemo-lo assim, é feito, portanto, de modo completamente empírico, sem a menor instrução a respeito da mediunidade, sem que o candidato a médium tenha, pelo menos, alguma noção inicial ou primária do que seja mediunidade e quais as implicações que ela possa ter, positiva ou negativamente. Nada disso se diz. O candidato vai às cegas para a mesa, simplesmente porque o mandaram e nada sabe, afinal, do papel que está desempenhando ou vai desempenhar. Há boa intenção, não há dúvida, pois há o desejo de servir, de prestar caridade, como geralmente se repete em toda parte. É necessário, porém, que haja condições decorrentes de um conjunto de providências. Lembremo-nos de que o próprio Allan Kardec, quando dirigia a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, em Paris, tinha preocupações, muito sensatas, aliás, quanto a pessoas que, sem objetivo, sem motivo sério, mas apenas para “ver como é”, queriam entrar no recinto das sessões mediúnicas.
Allan Kardec fazia, como se diz hoje, uma espécie de teste com o visitante, a fim de sondar suas intenções, seu verdadeiro propósito, seus conhecimentos gerais sobre problemas filosóficos, etc. Não levava ninguém, portanto, para a mesa de sessões, logo no primeiro momento. Hoje, no entanto, em muitos casos, procede-se de maneira bem diferente…
Poder-se-á dizer, em contrapartida, que tudo isso foi no século passado, mas, atualmente, já não há necessidade desses cuidados. Há, sim. O problema é o mesmo, ontem e hoje. Sessão mediúnica é trabalho muito sério e de grande responsabilidade. Justamente por isso, o candidato a “desenvolvimento” deve receber, pelo menos, algumas instruções gerais, sobretudo no que diz respeito à parte moral. É preciso que o médium em desenvolvimento saiba o que está fazendo, o papel que está desempenhando e, por fim, o uso que deve fazer da mediunidade. São princípios iniciais, sempre válidos em qualquer tempo.
Além de tudo, e este ponto é o mais relevante do que se possa pensar, a mediunidade é um instrumento de experiência espiritual, é um meio, em suma, é o primeiro passo, digamos, de uma jornada, que se vai empreender, visando ao melhoramento do homem. Prática mediúnica sem estudo da Doutrina, sem educação do médium, sem objetivos superiores, termina sempre caindo na rotina, no hábito, quando não se transforma em espetáculo, às vezes de mau gosto…
Há, evidentemente, uma preocupação corrente, na maioria dos casos: “preparar” médiuns para a caridade. Sim, o desejo é sincero, não duvidamos, mas não é por este meio. O médium não se “prepara” simplesmente pelo desenvolvimento, mas pela noção de responsabilidade, pela educação, pela renovação íntima, pelo conhecimento, enfim.
Autor (a): Deolindo Amorim







  E a paz chegou...                                                  

O carro da guerra passou esmagador em desvario, deixando as marcas inapagáveis da desolação e da morte em toda parte.
Uma nuvem de sofrimento cobriu o sol da esperança, enquanto as vozes em desespero misturavam-se ao murmúrio aflitivo das litanias.
A aldeia era uma pequena clareira na floresta do mundo ambicioso e temporal.
Os seus moradores nada sabiam da política perversa dos estranhos dominadores dos seus destinos.
A poeira que descia sobre as carnes trêmulas dos vencidos transformava-se em lama ensanguentada.
As crianças esmagadas não tiveram tempo de fugir, nem os seus pais atônitos de poder salvá-las ou salvar-se, e nem mesmo as virgens que se refugiaram no templo o conseguiram.
Somente dominava o crime com o terror que vencia tudo e todos.
Na turbulência alucinada pelo desespero, alguém arrancou a música aprisionada na garganta e
suplicou em angústia por socorro e misericórdia:
- Oh! Doce amor dos desgraçados!
“Desce a Tua ternura até nós e recolhe as nossas aflições na concha sublime das Tuas luminosas mãos.
“Faze suavizar o peso em nossos ombros carregados de opróbrio e de humilhação com o bálsamo das doces esperanças da imortalidade.
“Toma nossas infinitas aflições e transforma-as em sorrisos como flores de incomparável delicadeza, ornando a Terra infeliz onde jazemos semimortos, de forma que se transforme num
jardim de bênçãos para o futuro.”
E silenciou, arquejante.
Somente se ouviam entre os gemidos, as onomatopeias da Natureza compadecida.
Krishna escutou-a e enfrentou Indra, o invejoso e temerário, que fugiu envergonhado para além das nuvens dos céus, permitindo que flechas de luz descessem sobre a aldeia vencida e triste,
vestindo-a de claridade.
A partir daquele momento todas as dores da Terra foram-se transformando em rosais e festões de primavera eterna, a fim de que um Rei, que é o maior de todos os reis, um deus que supera todos os outros deuses, aplacasse a crueldade onde surgisse e uma doce esperança nunca abandonasse aqueles que amam e confiam, deixando de ser desventurados.
O monstro da guerra, surpreendido, tentou fugir, ressurgindo, aqui e ali, todavia, a partir de então, a aldeia dos corações humanos ficou em harmonia, instalando-se um reino diferente que
nunca mais desaparecerá do mundo.
Esse Rei Triunfante, deu a sua vida por todas as vidas, e o seu canto de perdão elevou a humanidade aos Cimos anelados, superando reinos e principados, por estender-se para
sempre no infinito da imortalidade.
Ei-Lo novamente cantando o sermão da paz e da renovação da vida, quando parecia estar esquecido!
R. Tagore
(Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na manhã de 02 de agosto de 2013, durante o 5º Congresso Espírita de Mato Grosso, em Cuiabá, Mt.)
Despertem !! Sonhem !! Realizem !! 





EU NÃO MERECIA                                               

Assumir total responsabilidade por todas as coisas que acontecem em nossa vida, incluindo sentimentos e emoções, é um passo decisivo em direção a nossa maturidade e crescimento interior.

A tendência em acusar a vida, as pessoas, a sociedade, o mundo enfim, é tão antiga quanto o gênero humano; e muitos de nós crescemos aprendendo a raciocinar assim, censurando todos e tudo, nunca examinando o nosso próprio comportamento, que na verdade decide a vida em nós e fora de nós.
Assimilamos o “mito de vitimismo” nas mais remotas religiões politeístas, vivenciadas por todos nós durante as várias encarnações, quando os deuses temperamentais nos premiavam ou castigavam de conformidade com suas decisões arbitrárias. Por termos sido vítimas nas mãos dessas divindades, é que passamos a usar as técnicas para apaziguar as iras divinas, comercializando favores com oferendas a Júpiter no Olimpo, a Netuno nas atividades do oceano, a Vênus nas áreas afetivas e a Plutão, deus dos mortos e dos infernos.
Aprendemos a justificar com desculpas perfeitas os nossos desastres de comportamento, dizendo que fomos desamparados pelos deuses, que a conjunção dos astros não estava propícia, a lua era minguante e que nascemos com uma má estrela.
Ainda muitos de nós acreditamos ser vítimas do pecado de Adão e Eva e da crença de um deus judaico que privilegia um povo e despreza os outros, surgindo assim a idéia da hegemonia divina das nações.
As pessoas que acreditam ser “vítimas da fatalidade” continuam a apontar o mundo exterior como culpado dos seus infortúnios. Recusam absolutamente reconhecer a conexão entre seus modos de pensar e os acontecimentos exteriores. São influenciadas pelas velhas crenças e se dizem prejudicadas pela força dos hábitos, pelas cargas genéticas e pela forma como foram criadas, afirmando que não conseguem ser e fazer o que querem. Não sabem que são arquitetos de seu destino, nem se conscientizam de que o passado determina o presente, o qual, por sua vez, determina o futuro.
A vítima sente-se impotente e indefesa em face de um destino cruel. Sem força nem capacidade de mudar, repetidas vezes afirma: “Eu não merecia isso”, “A vida é injusta comigo”, nunca lhe ocorrendo, porém, que o seu jeito de ser é que materializa pessoas e situações em sua volta.
Defendem seus gestos e atitudes infelizes dizendo: “Meus problemas são causados por meu lar”, “Os outros sempre se comportam desta forma comigo”. Desconhecem que as causas dos problemas somos nós e que, ao renascermos, atraímos esse lar para aprendermos a resolver nossos conflitos. São os nossos comportamentos interiores que modificam o comportamento dos outros para conosco. Se somos, pois, constantemente maltratados é porque estamos constantemente nos maltratando e/ou maltratando alguém.
Ninguém pode fazer-nos agir ou sentir de determinada maneira sem a nossa permissão. Outras pessoas ou situações poderão estimular-nos a ter certas reações, mas somente nós mesmos determinaremos quais serão e como serão essas reações. As formas pelas quais reagimos foram moldadas pelas experiências em várias vidas e sedimentadas pela força de nossas crenças interiores – mensagens gravadas em nossa alma.
Portanto, precisamos assumir o comando de nossa vida e sair do posicionamento infantil de criaturas mimadas e frágeis, que reclamam e se colocam como “vítimas do destino”.
Admitir a real responsabilidade por nossos atos e atitudes é aceitar a nossa realidade de vida – as metas que alteram a sina de nossa existência. Em vez de atribuirmos aos outros e ao mundo nossas derrotas e fracassos, lembremo-nos de que “as vicissitudes da vida têm, pois, uma causa, e, uma vez que Deus é justo, essa causa deve se justa”.

Hammed – Renovando Atitudes
Médium Francisco do Espírito Santo Neto



"I" Até a próxima!

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