“Estudo, disciplina, trabalho e
amor ao próximo”
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INFORMATIVO
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Boletim informativo do Grupo Espírita Caminho de
Damasco – Ano XV nº177, outubro de 2013.
Editorial
O
Informativo GECAD mês de outubro, mês que comemoramos o nascimento do
Codificador Allan Kardec, prestamos homenagem ao missionário da terceira
revelação, trazendo um pequeno artigo sobre o seu trabalho, intitulado
“Codificação Espírita”.
O
presente número do informativo conta também com os artigos: “Limpeza”, “Sinal
Espírita” e “A melhor higiene mental”, para sua leitura e reflexão.
Parabenizamos
igualmente a todos os discípulos do Codificador pela continuidade de sua
tarefa de romper os véus que encobriam a realidade espiritual.
Muita
Paz.
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CODIFICAÇÃO ESPÍRITA
Para a orientação dos seguidores do Espiritismo, Allan
Kardec editou cinco livros básicos, conhecidos como Pentateuco Kardequiano.
São eles: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o
Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese. Neles, reuniu os ensinamentos da
Espiritualidade superior, analisando-os e codificando-os, de forma a ficarem
claros e interessantes.
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O Livro dos Espíritos (1857): É uma obra de caráter filosófico, que
procura explicar de forma racional o porquê da vida. Divide-se em quatro
tópicos: “As causas primárias”; “Mundo espírita ou dos Espíritos”; “As leis
morais”; e “Esperanças e consolações”. É tido como a espinha dorsal do
Espiritismo, pois todas as outras obras partem de seus princípios.
O Livro dos Médiuns (1861): Orienta a conduta prática das pessoas que
exercem a função de intermediar o mundo espiritual com o material. Mostra aos
médiuns os inconvenientes da mediunidade, suas virtudes e os perigos provindos
de uma faculdade descontrolada. Ensina a forma de se obter contatos proveitosos
e edificantes junto à Espiritualidade. A obra demonstra ainda as consequências
morais e filosóficas decorrentes das relações entre o invisível e o visível.
O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864): Trata-se da parte moral e
religiosa da Doutrina Espírita. Ensina a teoria e a prática do Cristianismo,
através de comentários sobre as principais passagens da vida de Jesus, feitos
por Allan Kardec e pelos Espíritos superiores. Mostra que as parábolas
existentes no Evangelho, que aos olhos humanos parecem fantasias, na verdade
exprimem o mais profundo código de conduta moral de que se tem notícia.
O Céu e o Inferno (1865): Neste livro, através da evocação dos
Espíritos, Allan Kardec apresenta a verdadeira face do desejado “céu”, do
temido “inferno”, como também do chamado “purgatório”. Põe fim às penas
eternas, demonstrando que tudo no Universo evolui e que as teorias sobre o
sofrimento no fogo do inferno nada mais são do que uma ilusão. Comunicações de
Espíritos desencarnados, de cultura e hábitos diversos, são analisadas e
comentadas pelo Codificador, mostrando a situação de felicidade, de
arrependimento ou sofrimento dos que habitam o mundo espiritual.
A Gênese (1868): Este livro é um estudo a respeito de como foi criado o
mundo, como apareceram as criaturas e como é o Universo em suas faces material
e espiritual. É a parte científica da Doutrina Espírita. Explica a Criação,
colocando Ciência e Religião face a face. A Gênesis bíblica é estudada e vista
como uma realidade científica, disfarçada por alegorias e lendas.
Os sete dias narrados nas Escrituras Sagradas são mostrados como o tempo
que o Criador teria gasto com a formação do Universo e da Terra; eras
geológicas, que seguem a ordem cronológica comprovada pela Ciência em suas
pesquisas.
Os “milagres”, realizados por Jesus, são explicados como sendo produto
da modificação dos elementos da natureza, sob a ação de sua poderosa
mediunidade.
LIMPEZA
Onde o bem se mostre por
edificação do bem de todos, a limpeza comparece na base de todos os serviços.
A fim de que produza, com
segurança, a gleba aguarda o concurso da enxada contra o crescimento da erva
daninha.
O laboratório reclama
instrumentos esterilizados para que o remédio alcance os fins a que se destina.
O lar espera faxina diária, na
preservação da saúde dos moradores.
O livro, verdadeiramente nobre,
demanda rigorosa triagem para que se lhe evite, no texto, o prejuízo dos termos
chulos.
Nas providências mais simples da
vida, surpreendemos semelhante necessidade. Alimento sadio requisita seleção de
produtos.
Água, para servir, quer
filtragem. Vias públicas solicitam esgotos.
Nas mesmas circunstâncias,
diante das posições desagradáveis da alma, que, de fato, equivalem a
perturbações e moléstias obscuras da mente, é necessário saibamos usar a
lixívia da paciência, aclarando raciocínio e renovando emoções, definindo
atitudes e policiando palavras, na certeza de que toda cura espiritual exige a
limpeza do pensamento.
SINAL ESPÍRITA
Quando a
pessoa entrou no Espiritismo, é fácil verificar: basta perquirir um fichário ou
escutar uma indicação. Entretanto, a fim de positivar se o Espiritismo entrou
na pessoa, é indispensável que a própria criatura faça menção disso, através de
manifestações evidentes.
Vejamos dez das inequívocas expressões do sinal espírita na individualidade, que sempre se representa pelo designativo "mais", nos domínios do bem:
Vejamos dez das inequívocas expressões do sinal espírita na individualidade, que sempre se representa pelo designativo "mais", nos domínios do bem:
mais serviço
espontâneo e desinteressado aos semelhantes;
mais empenho no estudo;
mais noção de responsabilidade;
mais zelo na obrigação;
mais respeito pelos problemas dos outros;
mais devotamento à verdade;
mais cultivo de compaixão;
mais equilíbrio nas atitudes;
mais brandura na conversa;
mais exercício de paciência.
Ser espírita de nome, perante o mundo, decerto que já significa trazer legenda honrosa e encorajadora na personalidade, mas, para que a criatura seja espírita, à frente dos Bons Espíritos, é necessário apresentar o sinal espírita da renovação interior, que, ante a Vida Maior, tem a importância que se confere na Terra às prerrogativas de um passaporte ou ao valor de uma certidão.
mais empenho no estudo;
mais noção de responsabilidade;
mais zelo na obrigação;
mais respeito pelos problemas dos outros;
mais devotamento à verdade;
mais cultivo de compaixão;
mais equilíbrio nas atitudes;
mais brandura na conversa;
mais exercício de paciência.
Ser espírita de nome, perante o mundo, decerto que já significa trazer legenda honrosa e encorajadora na personalidade, mas, para que a criatura seja espírita, à frente dos Bons Espíritos, é necessário apresentar o sinal espírita da renovação interior, que, ante a Vida Maior, tem a importância que se confere na Terra às prerrogativas de um passaporte ou ao valor de uma certidão.
A melhor higiene mental
Quando
falamos de higiene mental, costumamos imaginar um ambiente calmo, quase
idílico, onde poderemos relaxar e nos harmonizar com a vibração do Criador, ouvindo
o canto dos pássaros e melodias sublimes. Mas eu pergunto: isso é possível nos
dias de hoje? A resposta é, quase sempre, não. Dificilmente podemos nos dar a
esse luxo nos dias atuais, ainda mais nós jovens, obrigados a dar conta de
diversas coisas ao mesmo tempo (trabalho, estudo, família etc.). Chego mesmo a
dizer que a situação acima descrita é inverossímil hoje: para que você, leitor,
tenha uma ideia, estou escrevendo este texto imerso em uma série de
preocupações, problemas e tarefas das quais tenho de dar conta, o que me leva a
um estudo psicológico que, definitivamente, não é de higiene mental. Assim como
acontece comigo, o estresse toma conta da cabeça de milhões de pessoas mundo
afora, numa condição que é inerente à vida contemporânea, nas metrópoles cada
vez mais congestionadas em que vivemos.
O
grande desafio está, sem dúvida, em conseguirmos um estado mental satisfatório
no meio de todo esse caos. Para tanto, a busca por nos higienizarmos
mentalmente deve ser constante. Mas por onde começar: primeiro, elencando as
prioridades nas quais você quer colocar a sua mente para trabalhar. Afinal,
tentar cuidar de tudo ao mesmo tempo tende a gerar um curto-cicuito
psicológico, uma vez que tal condição não é do ser humano. Fomos feitos para
resolver nossas questões uma de cada vez, e atuar dessa maneira nos leva a uma
sensação de bem-estar, uma vez que só começamos a resolver um problema depois
que o anterior foi solucionado.
Outro
ponto importante está em, aconteça o que acontecer, criarmos um tempo na agenda
para nós mesmos. Isto não tem nada a ver com egoísmo; tem a ver, sim, com a
reserva necessária de um momento só nosso, para desfrutarmos minimamente de
algum prazer. E não é preciso ser rico para fazer isso: aquele sorvete
predileto do qual tanto gostamos, ou aquele disco da nossa banda favorita que
estamos namorando há tanto tempo, já servem. A vida é feita de pequenos
momentos, e se não adicionarmos prazer, bom humor e alegria a eles, os
antidepressivos estarão nos esperando, mais cedo ou mais tarde; digo isso por
experiência própria. A melhor higiene mental é aquela que não nos isola do
mundo, e sim nos preserva daquilo que ele tem de estressante e daninho. Algo
que nos remete àquela famosa expressão de Paulo de Tarso, o Apóstolo dos
Gentios; ”estar no mundo sem ser do mundo”.
"I" Até a próxima!