27 de set. de 2011

Anjo da Guarda.



Todos temos um desses gênios tutelares que nos inspira nas horas difíceis e nos dirige pelo bom caminho. Daí a poética tradição cristã do Anjo da Guarda. Não há concepção mais grata e consoladora.


Saber que temos um amigo fiel e sempre disposto a nos socorrer, de perto como de longe, nos influenciando a grandes distâncias ou se conservando junto de nós nas provações; saber que ele nos aconselha por intuição e nos aquece com seu amor, eis uma fonte inapreciável de força moral.


O pensamento de que testemunhas benévolas e invisíveis vêem todos os nossos atos, regozijando-se ou entristecendo-se, deve inspirar-nos mais sabedoria e circunspeção.


É por essa proteção oculta que se fortificam os laços de solidariedade que ligam o mundo celeste à Terra, o Espírito livre ao homem, Espírito prisioneiro da carne.


É por essa assistência contínua que se criam, de um a outro lado, as simpatias profundas, as amizades duradouras e desinteressadas.


O amor que anima o espírito elevado vai pouco a pouco se estendendo a todos os seres sem cessar, revertendo tudo para Deus, pais das almas, foco de todas as potências efetivas.


Léon Denis - Livro "Depois da Morte", 1897

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