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12 de ago. de 2019

O Aborto e suas Consequências do Ponto de Vista Espiritual – Parte 1


O que diz o Espiritismo

Embora existam diferentes interpretações do ponto de vista político, ideológico ou religioso, o aborto é um assunto de interesse mundial. No Brasil já esteve em discussão muitas vezes, gerando debates e divergências de opiniões tanto no congresso nacional quanto em meio a sociedade.

Nossa intenção ao abordarmos o tema aborto não é o julgamento, mas fazer um convite à reflexão sobre a vida em seu amplo significado, tratando sobre a importância que ela merece.

Que respostas encontramos à luz do Espiritismo sobre a gestação desde o momento da concepção de acordo com os conceitos da reencarnação, imortalidade do espírito,  lei de causa e efeito e os laços familiares?

A partir desses conhecimentos é possível entender melhor o forte vínculo que envolve o espírito e o corpo ainda no momento da concepção, além de é claro, das consequências do aborto do ponto de vista espiritual.

Elucida a questão 344 de O Livro dos Espíritos: Em que momento a alma se une ao corpo? “A união começa na concepção, mas não se completa senão no instante do nascimento. Desde o momento da concepção, o Espírito designado para tomar determinado corpo a ele se liga por um laço fluídico que se vai encurtando cada vez mais, até o instante em que a criança vem à luz; o grito que então se escapa de seus lábios anuncia que a criança entrou para o número dos vivos e dos servos de Deus”.

Em resposta às perguntas elaboradas por Allan Kardec, os espíritos acrescentam ainda o respeito que devemos ter pela obra divina, mesmo quando ainda está incompleta, porque a mesma obedece aos seus desígnios e estes ainda são insondáveis para nós, seres imperfeitos.

Prossegue na questão 358 de O Livro dos Espíritos. Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação?“Há crime sempre que transgrides a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando.”

Abrindo os horizontes a partir da crença na reencarnação
Aliando a abordagem científica a espiritual,  relembramos o trabalho de dra. Marlene Nobre, conceituada médica ginecologista e presidente da AME- Associação Médico-Espírita no Brasil e Internacional e autora do livro O Clamor da Vida. Em entrevista à Revista Cristã de Espiritismo,  número 26, fez considerações importantes sobre o aborto:“O aborto traz consequências orgânicas, psicológicas e espirituais, nesta existência e na outra, para a mulher que o provoca, para o companheiro que não a apoia na gravidez e para a equipe de saúde que o executa. Não há como negar, porém, que as consequências são mais graves para a mulher, porque, desde tempos imemoriais, ela traz no seu psiquismo o compromisso com os entezinhos que necessitam vir ao mundo para progredir. Essas consequências tomam o nome de obsessão, depressão, disfunções e doenças orgânicas do aparelho genital.”, reflete.
E completa: “A luta contra o aborto está intimamente ligada a minha convicção como espírito imortal e a minha tarefa como médica”.

Prosseguindo nossa pesquisa, encontramos no capítulo 11 de A Gênese, obra publicada por Allan Kardec: “Quando o Espírito tem de encarnar num corpo humano em vias de formação, um laço fluídico, que mais não é do que uma expansão do seu perispírito, o liga ao gérmen que o atrai por uma força irresistível, desde o momento da concepção. À medida que o gérmen se desenvolve, o laço se encurta. Sob a influência doprincípio vito-material do gérmen, o perispírito, que possui certas propriedades da matéria, se une, molécula a molécula, ao corpo em formação, donde o poder dizer-se que o Espírito, por intermédio do seu perispírito, se enraíza, de certa maneira, nesse gérmen, como uma planta na terra. Quando o gérmen chega ao seu pleno desenvolvimento, completa é a união; nasce então o ser para a vida exterior”.

Buscando compreender com mais profundidade os ensinamentos à luz do conhecimento espírita, importante ressaltar os laços que ligam as famílias, afetos e desafetos que precisam de reajustes dentro da lei de progresso, afinal o laços familiares não são obra do acaso. Nesse sentido a Doutrina Espírita esclarece sobre a importante função educadora da família e a oportunidade da reencarnação.

No livro Família o espírito Emmanuel faz uma profunda reflexão: “Recebamos na criança de hoje, em pleno mundo físico, o companheiro do pretérito que nos bate à porta do coração, suplicando reajuste e socorro. Estendamos a luz da educação e do amor, diminuindo as sombras da penúria e da ignorância”.

A partir da crença na reencarnação como lei natural de causa e efeito, passamos a levar em conta as provas e expiações necessárias ao nosso aprendizado. Qual o primeiro de todos os direitos naturais do homem? “O de viver. Por isso é que ninguém tem o de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal.”(880 O LE).

Argumentos que nos fazem entender que além de um corpo em questão, há um espírito que precisa daquela encarnação. No livro Dinâmica Psi, o psiquiatra e grande pesquisador espírita Jorge Andréa
faz uma abordagem da gestação: “São 300 milhões de espermatozóides para apenas uma célula feminina; 48 horas após a concepção, se pudéssemos ver, notaríamos que poucos continuam vivos”.

O Aborto e suas Consequências do Ponto de Vista Espiritual – Parte 2

24 de abr. de 2019

O equívoco do aborto e suas consequências


Foi em março de 1858 que o tema aborto apareceu pela primeira vez na Revista Espírita, quando Kardec reproduziu um diálogo mantido com Dr. Xavier, médico recentemente desencarnado, cujas palavras a respeito do aborto seriam aproveitadas pelo Codificador na redação das questões 358 e 359 que integram a segunda e definitiva edição de O Livro dos Espíritos, publicada em março de 1860.

Sabemos desde então que, na visão espírita, o abortamento de uma criança deve ser evitado, exceto na hipótese em que a continuação da gestação possa oferecer risco à vida da gestante.

O fundamento da restrição espírita ao aborto encontra-se no trecho adiante, constante da resposta dada à questão 358: “Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando.”
Ao interromper, sem motivo justo, a gestação, quem assim age “impede uma alma de passar pelas provas” a que, evidentemente, se submeteu quando da elaboração de sua programação reencarnatória.

Na resposta dada à questão 360 do mesmo livro, o respeito à continuidade da gravidez se acentua de modo evidente.

Eis o teor da citada questão:

360. Será racional ter-se para com um feto as mesmas atenções que se dispensam ao corpo de uma criança que viveu algum tempo?

“Vede em tudo isso a vontade e a obra de Deus. Não trateis, pois, desatenciosamente, coisas que deveis respeitar. Por que não respeitar as obras da criação, algumas vezes incompletas por vontade do Criador? Tudo ocorre segundo os seus desígnios e ninguém é chamado para ser seu juiz.”

A recomendação contida no texto transcrito aplica-se por inteiro às situações em que se estima que o feto possa apresentar alguma deficiência, como ocorre nos casos de anencefalia e retardamento mental.

Os anos se passaram e muitas informações procedentes do plano espiritual reforçaram a ideia que devemos inicialmente ao Dr. Xavier. Assim é que no cap. 9 da parte terceira do livro Obsessão/Desobsessão, editado em 1981 pela Federação Espírita Brasileira, Suely Caldas Schubert comenta três comunicações mediúnicas relacionadas com o aborto e suas consequências.

A primeira é de um médico que, enquanto encarnado, dedicou-se a essa prática. Ora, o abortamento – exceto quando realizado para salvar a vida da gestante posta em perigo – é considerado um crime aos olhos de Deus e nada há que o justifique, ainda que a lei dos homens o autorize. O médico desencarnado apresentou-se, portanto, extremamente perturbado e dizia-se perseguido por vários Espíritos. Acusando-se a si mesmo de criminoso, estava aterrorizado com seus atos. O arrependimento já lhe havia chegado, mas ele demonstrava muito medo de seus perseguidores, entre os quais se contavam algumas das vítimas de seu bisturi.

O segundo comunicante era uma mulher que havia morrido durante a realização de um aborto. Atormentada pelo remorso dessa ação, nutria um ódio especial pelo médico que a atendera, a quem agora perseguia, desejosa de vingança.

A terceira entidade a se comunicar era também uma mulher que cometera um aborto em sua última existência na Terra. Sendo pobre e lutando com muitas dificuldades para a manutenção dos filhos, ela se desorientou ao engravidar e procurou uma forma de abortar aquele que seria o sexto filho. Praticado o crime, o arrependimento foi-lhe terrível e imediato, pois jamais ela se perdoou por esse gesto e, desse modo, sofreu duplamente ao carregar pelo resto de seus dias o peso do remorso. Sua existência foi longa e difícil. Enfrentou as asperezas e dificuldades da vida e, ao fim de prolongada moléstia, desencarnou.

O plano espiritual reservou-lhe, porém, uma surpresa. Ao desencarnar, encontrou-se com o Espírito do filho rejeitado e grande foi seu abalo ao verificar que ele era um ente muito querido ao seu coração, companheiro de lutas do passado, que renasceria em seu lar com a finalidade precípua de ajudá-la a tornar menos amargos os seus dias.

Espírito de certa elevação moral, ele há muito lhe havia perdoado a atitude infeliz, mas ela jamais se conformou com o ato praticado e agora, no plano espiritual, tomara a si a tarefa de socorrer as pessoas tendentes a cometer o mesmo erro, para mostrar-lhes que o destino é construção individual e que o aborto, longe de ser solução para as dificuldades da vida, será sempre o agravamento dos nossos males, quando não a porta que se fecha para os nossos melhores amigos.

10 de out. de 2016

Microcefalia, aborto e percepções espirituais da população.


Simplesmente por falta de políticas públicas mais efetivas, parte considerável da população está exposta à ação do mosquito Aedes aegypt, agente transmissor de doenças como dengue, febre amarela, chikungunya e do vírus da zika.

 Este último, segundo os especialistas, está associado à terrível manifestação da microcefalia, que, entre outras coisas, causa diminuição da caixa craniana e destruição do sistema nervoso central – conforme atestam recentíssimos experimentos realizados em solo brasileiro – dos fetos, comprometendo irremediavelmente as suas vidas. No momento em que escrevo essas linhas já foram confirmados 508 casos no país. Por motivos óbvios, esse quadro também representa um pesadelo para as gestantes. Mulheres grávidas ou que almejam tal condição pertencente a extratos sociais mais elevados estão deixando ou pelo menos considerando a possibilidade de deixar o país durante o período de suas gestações.

Reportagens jornalísticas têm abordado algumas faces cruéis atribuídas à microcefalia, ou seja, o abandono. Muitos pais ao saberem que têm um filho portador dessa doença deixam as suas companheiras. Essas, por sua vez, premidas por enormes dificuldades econômico-financeiras – às vezes são mães de outras crianças igualmente doentes exigindo cuidados especiais – deixam o filho problemático à adoção. O estado de Pernambuco tem concentrado a maioria dos casos de microcefalia do Nordeste. Segundo levantamento da Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, 77% das 209 mães de bebês com a má-formação estão abaixo da linha extrema de pobreza – o que torna a situação mais emblemática.

No bojo desse caos, o instituto de pesquisas Datafolha fez um levantamento altamente revelador a respeito de como a população encara a possibilidade de aborto de um feto microcéfalo. Mais especificamente, 56% das pessoas com apenas o ensino fundamental e 53% das que possuem nível médio rejeitam veementemente a ideia do aborto. Em contraste, 53% das que possuem nível superior aceitam tal procedimento nessas circunstâncias contra 38% que pensam o contrário.

Avançando um pouco mais na análise, as pessoas mais pobres também rejeitam o aborto, isto é, 57% das que ganham até 2 salários mínimos (SM) e 48% das que recebem até 5 SM contra 43%. No entanto, 56% das que auferem entre 5/10 SM (em oposição a 38%) e 60% das que obtêm 10 SM ou mais aceitam a abominável alternativa em tais casos contra 34% que a rejeitam. Tais resultados levam a algumas conclusões extremamente preocupantes. Em poucas palavras, pessoas com mais renda e escolaridade tendem a aceitar o aborto de bebês microcéfalos.

Dito de outra forma, pessoas em flagrante processo de ascensão social e/ou que desfrutem de melhores condições econômicas e instrução tendem a rechaçar a possibilidade de conceber filhos limitados fisicamente. Em seus planos de vida aparentemente não há espaço para responsabilidades dessa ordem. As restrições daí decorrentes se chocam frontalmente com os seus ideais e projetos pessoais. Por possuírem mais recursos financeiros, o aborto lhes soa como algo naturalmente aceitável em tais circunstâncias. Enquanto isso, as pessoas mais pobres tendem a se conformar diante de tal probabilidade, apesar dos seus parcos meios de subsistência.

O Espiritismo tem posição firme contra o emprego do aborto. Por exemplo, na questão nº 358 de O Livro dos Espíritos encontramos esclarecedores subsídios da espiritualidade maior a respeito do tema – ou seja: “Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação? – Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, pois que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando”.

Vê-se, assim, que uma decisão que abrigue esse tipo de pensamento incorre, por conseguinte, em crime na percepção dos Espíritos. Sob essa perspectiva, o ser reencarnante se vê desprovido do essencial equipamento material para o seu reajuste perante as leis de Deus (ver questão nº 357 da mesma obra). Os seus pais materiais, por outro lado, ao assim proceder, negligenciam compromissos previamente acertados no Além, o que certamente muito lhes prejudicará no caminho ascensional do Espírito.

Na obra Ação e Reação ditada pelo Espírito André Luiz (psicografia de Francisco Cândido Xavier) encontramos igualmente outras importantes elucidações, a saber:

“Falta grave?! Será melhor dizer doloroso crime. Arrancar uma criança ao materno seio é infanticídio confesso. A mulher que o promove ou que venha a coonestar semelhante delito é constrangida, por leis irrevogáveis, a sofrer alterações deprimentes no centro genésico de sua alma, predispondo-se geralmente a dolorosas enfermidades, quais sejam a metrite, o vaginismo, a metralgia, o enfarte uterino, a tumoração cancerosa, flagelos esses com os quais, muita vez, desencarna, demandando o Além para responder, perante a Justiça Divina, pelo crime praticado. É, então, que se reconhece rediviva, mas doente e infeliz, porque, pela incessante recapitulação mental do ato abominável, através do remorso, reterá por tempo longo a degenerescência das forças genitais”.

Os Espíritos são muito claros e objetivos quanto ao, digamos, aceitável emprego do aborto, isto é, as situações em que esse procedimento é visto com atenuantes pelas normas divinas. A propósito, tal aspecto não passou despercebido a Allan Kardec, de tal forma que ele os indagou a respeito, conforme se observa na questão nº 359 da sua obra, previamente citada:

“Dado o caso que o nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mãe dela, haverá crime em sacrificar-se a primeira para salvar a segunda? – Preferível é se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe”.

Voltando aos resultados da pesquisa do Datafolha, é fácil perceber que a maior escolaridade e a renda não têm ajudado a maioria dos membros desse grupo – basicamente eles pertencem à elite social – a desenvolverem maior compreensão acerca de temas sensíveis da trajetória humana como, por exemplo, o direito à vida.

Depreende-se a partir dos dados publicados que tais indivíduos possuem pouco interesse em encetar voos mais transcendentes do Espírito. O seu nível de alfabetização espiritual não parece ser muito elevado. Provavelmente movidos por interesses mais imediatistas de cunho material, a ideia de sacrifício por outro ser na dimensão ora analisada não lhes entra no terreno das cogitações ou os assusta vigorosamente – o que também é compreensível. Como bem pondera o Espírito Joanna de Ângelis, na obra Dias Gloriosos (psicografia de Divaldo Franco), “A criatura teme a dor”.

Mas como estamos geralmente atrelados a um passado tortuoso, temos outros deveres e responsabilidades a contemplar para a preservação da nossa própria saúde espiritual. Portanto, o melhor para nós é enfrentá-los logo. 

ANSELMO FERREIRA VASCONCELOS

19 de dez. de 2015

O ABORTO ESPONTÂNEO NA VISÃO ESPÍRITA!


O aborto é uma tema bastante polêmico e de extrema necessidade de debate, mas o aborto espontâneo, trás várias outras vertentes ao assunto, fato este que trazemos agora este estudo de Ricardo di Bernardi. Vamos ao texto:
Além dos abortos espontâneos, motivados em débitos cármicos do casal, que se associam às dívidas e desarmonias do Espírito reencarnante, outros fatores podem ser causa de aborto não provocado por interferência material.
Uma das causas que devem ser mencionadas é a relacionada à própria entidade reencarnante. Como nós, seres viventes do planeta Terra, temos muitas vezes o temor à morte, os Espíritos, em muitas circunstâncias, temem abandonar uma situação que se lhes afigura estável, para mergulhar novamente na matéria, aprisionando ou anestesiando suas conquistas do passado. Em outras palavras, medo de nascer.
Espíritos que necessitam renascer com severas limitações físicas, frutos de alterações expressivas em sua constituição perispiritual, atemorizam-se ante uma perspectiva que custam a aceitar Apesar de todo o trabalho dos mentores espirituais esclarecendo que a exteriorização deformante do corpo físico facilita a eliminação das anomalias em nível perispiritual, desde que acompanhada de uma postura mental saudável, os receios e as reações muitas vezes ocorrem.
Outros, embora nada tenham a temer com relação a deformidades físicas, travam intensa luta íntima, um conflito entre a razão que os faz renascer naquele lar e o sentimento de antipatia com relação a alguns dos seus membros.
Como sabemos, a ligação familiar frequentemente é o palco dos reajustes do passado. Vínculos pretéritos de desafetos que necessitam se perdoar, encontram na "anestesia" do pretérito a condição predisponente para a "cirurgia" psíquica que eliminará o "abscesso" do ódio.

Embora ocorram reencarnações compulsórias, necessárias para aqueles cujo primitivismo psíquico não permite a participação na escolha de suas provas ou expiações, na nova romagem física, normalmente o livre-arbítrio é preservado. Todos nós, seres humanos, temos a possibilidade de escolher, acertar ou errar, avançar ou recuar. A liberdade que já conquistamos nas milhares de encarnações faculta-nos o ensejo de decidir. Decidir, porém arcando com o peso das consequências.
Há Espíritos que se posicionam mentalmente de forma reiterada na recusa psíquica a reencarnar. Acentuam esta posição à medida que se sentem retidos na malha fluídico-energética materna. Nos casos onde a dificuldade anterior de relacionamento era justamente com a mãe, a interpenetração energética entre ambos pode exacerbar a predisposição contrária ao renascimento. Acordam velhas emoções que dormiam embaladas pela canção do esquecimento.
Laços fluídicos que prendiam as emanações energéticas do perispírito da entidade reencarnante ao perispírito maternas ou já unidas, ao chacra genésico da futura mãe podem romper-se. Nos casos em que a gestação já se fazia em curso, e o fluido vital do embrião em desenvolvimento se fundia com o corpo espiritual em processo de miniaturização, a súbita e intensa revolta do Espírito pode determinar a ruptura definitiva das ligações, deixando o futuro feto sem o Espírito. Inviabiliza-se a gestação por falta do modelo organizador biológico.
Ocorre o processo do aborto tido como espontâneo, porém, na realidade, provocado pela recusa sistemática, enérgica e imatura do Espírito. Perde ele, assim, uma grande oportunidade para superar-se a si mesmo e avançar celeremente rumo à felicidade.
Ricardo di Bernardi. 

17 de dez. de 2015

A RESPONSABILIDADE PATERNA NO ABORTO! NÃO ADIANTA FUGIR!



Dando continuidade no assunto aborto, agora vamos nos dedicar a figura paterna, que foi preservada de maneira machista pela sociedade, quanto a responsabilidade pelo aborto, deixando à mulher, todo peso desta violação as leis divinas.

Se é verdade que a mulher se constitui no ninho onde se aconchegam os ovos, que, acalentados pelo amor, abrir-se-ão em novos filhotes da vida humana, não há como se esquecer da função paterna.


A pretensa igualdade pregada por feministas, que mais se mostram como extremistas, não permite que se enxergue pela embaciada lente do orgulho, que a mulher jamais será igual ao homem. A mulher é maravilhosamente especial para se igualar a nós homens.


Já nos referimos às complexas conseqüências para o lado materno no caso da interrupção premeditada da gestação.

Faz-se necessário, não só por uma questão de esclarecimento, mas até por justiça, estudarmos os efeitos sobre o elemento paterno que, muitas vezes, é o mentor intelectual do crime.



Desertando do compromisso assumido, ou pressionando pela força física ou mental, o homem, a quem freqüentemente a mulher se subordina para manter a sobrevivência, obriga a sua companheira a abortar. Não estamos eximindo quem quer que seja da responsabilidade, pois cada qual responde perante a lei da natureza proporcionalmente à sua participação nos atos da vida. A mãe terá sua quota de responsabilidade, ou de valorização, devidamente codificada nos computadores do seu próprio espírito.

O homem, freqüentemente, obterá na existência próxima a colheita espinhosa da semeadura irresponsável. Seu chacra coronário ou cerebral, manipulador da indução ao ato delituoso, se desarmonizará gerando ondas de baixa freqüência e elevado comprimento ondulatório. Circuitos energéticos anômalos se formarão nesse nível, atraindo por sintonia magnética ondas de similar amplitude e freqüência, abrindo caminho à obsessão espiritual.

As emanações vibratórias doentias do seu passado, que jaziam adormecidas, pulsarão estimuladas pela postura equivocada atual e abrirão um canal anímico de acesso aos obsessores.

O chacra genésico também recebe o influxo patológico de suas atitudes, toma-se distônico e, na seguinte encarnação programa automaticamente pelos computadores perispirituais a fragilidade do aparelho reprodutor. Objetivamente, veremos moléstias testiculares e distúrbios hormonais como reflexos do seu pretérito.

Lembramos sempre que não se pode generalizar raciocínios nem padronizar efeitos, pois cada espírito tem um miliar de responsabilidades e, a cada momento, atos de amor e de crescimento interior diluem o carma construído no passado.

9 de out. de 2015

A Visão Médico-Espírita do Aborto


Por Érika Silveira
Devido à complexidade do tema aborto, é fundamental aliar a abordagem científica a espiritual. Para tanto, entrevistamos a dra. Marlene Nobre, médica ginecologista, presidente do Grupo Espírita Cairbar Schutel e da AME (Associação Médico-Espírita) do Brasil e Internacional. É também autora dos livros: Lições de SabedoriaA Obsessão e Suas MáscarasNossa Vida no AlémA Alma da Matéria eO Clamor da Vida. Este último foi escrito com o propósito de ressaltar os argumentos científicos contra o aborto e propiciar ao público uma compreensão de que a vida se expande muito mais além do que a formação de um feto.
P: Como a medicina aliada à espiritualidade vê a questão do aborto?
R: Como é lógico, os fundamentos da medicina espírita são os mesmos do espiritismo, sendo assim, a questão 358 de O Livro dos Espíritosdeixa clara a questão do aborto: é um crime.
P: Esse foi um dos temas abordados no MEDINESP 2003, inclusive com uma carta publicada. O que dizia essa carta?
R: A Carta de São Paulo exprime compromissos bioéticos dos membros das Associações Médico-Espíritas do Brasil e foi elaborada pelos participantes da Assembléia Geral, realizada durante o MEDINESP. Entre os vários compromissos nela exarados, os médicos das AMEs comprometem-se a lutar não apenas contra a eutanásia e o aborto, mas também, contra a administração da chamada “pílula do dia seguinte”, que é abortiva. Por exemplo, quando forçado a receitar a “pílula do dia seguinte”, nos ambulatórios públicos, o médico espírita não o faz, para isso, lança mão de um direito legítimo, reconhecido pelo Código de Ética Médica, que é o de ser fiel à sua própria consciência. Do mesmo modo, o anestesista espírita lança mão desse mesmo direito para não participar das equipes de abortamento legal já existentes em alguns hospitais do país.
P: Existem campanhas contra o aborto promovidas pela AME?
R: A AME-Paraná, sob a presidência fraterna e idealista do dr. Laércio Furlan, tem uma campanha permanente: Vida, sim! Nela, todos os membros estão envolvidos e visa, principalmente, o esclarecimento de adolescentes e jovens, o apoio para que a gestante leve a gravidez até o fim e o aconselhamento sempre disponível, baseado na fraternidade. A AME-São Paulo participou ativamente de campanha contra o aborto, em 1994, juntamente com a União das Sociedades Espíritas e Federação Espírita do Estado de S.Paulo, quando o Congresso Nacional se movimentava em favor da aprovação do aborto, o que felizmente não se concretizou. Enfim, todas as AMEs estão engajadas nessa luta, que tem características próprias em cada Estado.
P: Quais são os países que mais se preocupam com o aborto e os países onde se comete o maior número de abortos?
R: Há muito poucos países no mundo onde o aborto ainda não é legal. Estados Unidos e Rússia são os que fazem o maior número de abortos no mundo.
P: Em relação ao Brasil, há algum número estatístico sobre os abortos cometidos?
R: Nenhuma estatística brasileira, a esse respeito, é confiável. O que se faz aqui no Brasil é manipular esses números duvidosos com a finalidade de se legalizar o aborto, alegando-se que a mulher tem o direito de fazê-lo em condições técnicas adequadas. Os que assim agem pretendem que o Estado esteja devidamente aparelhado para institucionalizar a pena de morte para inocentes.
P: Explique em linhas gerais quais são as conseqüências do aborto?
R: O aborto traz conseqüências orgânicas, psicológicas e espirituais, nesta existência e na outra, para a mulher que o provoca, para o companheiro que não a apóia na gravidez e para a equipe de saúde que o executa. Não há como negar, porém, que as conseqüências são mais graves para a mulher, porque, desde tempos imemoriais, ela traz no seu psiquismo o compromisso com os entezinhos que necessitam vir ao mundo para progredir. Essas conseqüências tomam o nome de obsessão, depressão, disfunções e doenças orgânicas do aparelho genital, etc.
P: Por que resolveu publicar um livro sobre o aborto?
R: A luta contra o aborto está intimamente ligada a minha convicção como espírito imortal e a minha tarefa como médica.
Enquanto escrevia o livro, tive confirmação de que estava absolutamente certa, quando me deparei com a estatística de um dos maiores geneticistas do mundo, Steve Jones, são 90 milhões de recém-nascidos, por ano, no mundo, contra 60 milhões de abortos, no mesmo período, ou seja, em cinco anos, o número de mortos por aborto é maior do que o morticínio ocorrido nos seis anos da Segunda Guerra Mundial.
P: O que aborda o livro?
R: O Clamor da Vida é um livro de conceitos. Com ele, visamos, sobretudo, discutir os fundamentos da Bioética Espírita. Ao emitirmos, por exemplo, o conceito e o significado da própria vida, procuramos lançar luzes acerca do que é lícito e do que não é lícito na atitude bioética. Com isso, evidenciamos o valor da pessoa humana e a tentativa sub-reptícia dos que desejam reduzi- la ao estado de coisa, com a conseqüente perda de sua dignidade. Com esses conceitos, chegamos facilmente à conclusão de que a vida é um bem outorgado e que nem a mulher, nem o homem, nem o Estado, tem o direito de dispor dela.
P: Na sua opinião o movimento espírita deveria enfatizar mais a questão do aborto, ou seja, promover uma campanha forte e maciça?
R: Creio que essa campanha forte e maciça deverá ocorrer toda vez que houver real ameaça de legalização do aborto em nosso país. Enquanto isso não ocorre, e esperamos em Deus não venha a ocorrer, deve-se continuar a falar contra o aborto, como temos feito em nossas atividades normais, conforme se faça necessário, sobretudo, como ação preventiva.
P: Gostaria de deixar alguma mensagem de reflexão sobre o assunto?
R: Cremos, firmemente, que os seres humanos vão eliminar, de forma definitiva, o infanticídio e o aborto da face da Terra, porque a evolução espiritual é inapelável. Sob os ares benfazejos do progresso, os seres humanos vão elevar o padrão do seu comportamento moral, de modo a banir toda forma de violência, inclusive essa, que é uma das mais cruéis - a do aborto - para viverem, em toda plenitude, o sentimento sublime do Amor, em todas as latitudes do Planeta.
Extraído da Revista Cristã de Espiritismo, nº 26, páginas 8-9.

12 de jan. de 2014

O Aborto Legalizado


A sociedade está começando a refletir sobre a necessidade de intensificar as ações protetoras da vida, dos seres humanos, dos animais e de todo ser vivo, em todos os espaços onde a VIDA se faz presente.
O homem desenvolveu ao longo do tempo a força, a inteligência e as habilidades que o tornam o único ser na face da Terra, capaz de transformar a sua realidade, na busca de recursos que possibilitam o seu progresso material. Mas nem sempre o progresso material e moral,caminham juntos no mesmo sentido e na mesma velocidade.
E o que faz uma sociedade progredir é o bem estar do seu povo e para alcançar o progresso, é necessário ações que transformem nosso Planeta em um lugar seguro e feliz.

E o local mais seguro para se conquistar isso, é o coração das pessoas.

Hoje a sociedade paga um alto preço pela exagerada sensação de poder sobre o outro, sobre as coisas ou sobre a própria vida. A violência crescente, a injustiça social, a educação de péssima qualidade e a falta de saúde, de cultura, em meio a tanta corrupção, geram uma série de problemas, entre eles, a banalização da Vida.

A vida deve ser preservada sempre, inclusive aquela que está no ventre materno, e que deveria ter o seu direito assegurado pelo Estado, desde o momento em que foi comprovada a formação de uma vida dentro do útero. Na Constituição Brasileira esse direito está garantido, mas na prática isso não ocorre. O bebê desde a sua concepção, está nas mãos de outros seres humanos e quem pode decidir se ele vem ao mundo ou não, são os seus Pais. A pergunta é: Quem somos nós para decidir sobre o direito à vida de outro ser humano que foi concebido, sem importar como, onde, porquê e para quê foi gerado, mas que passou a existir como pessoa?

A Doutrina espírita e os estudos recentes da ciência revelam que a Vida começa no instante da concepção. O Espírito designado para habitar certo corpo, é ligado por um laço fluídico, que vai apertando até ao instante em que a criança vê a luz. O grito, que o recém-nascido solta, anuncia que ela conta entre o número dos nascidos com vida, e dos filhos de Deus em busca da sua felicidade e da sua evolução.

No que diz respeito à ligação do Espírito ao corpo, em nova encarnação, quando se inicia de fato uma nova existência física na Terra, segue a resposta dos espíritos na questão 344, de O Livro dos Espíritos: P:"Em que momento a alma se une ao corpo? R: "A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito designado a habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até ao instante em que a criança vê a luz."

Esse direito é defensável cientificamente, tanto no campo do Direito quanto no âmbito da Medicina, e a posição da Ciência, coincide com a dos Espíritos que revelaram a Codificação, como vemos no Livro dos Espíritos, a pergunta 358. P:"Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação? R:"Há crime sempre que transgredis a lei de Deus Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando."

Se o direito à vida é inviolável, no caso de uma vida que já existe e uma que está por nascer, qual a que deve ser preservada? E Kardec pergunta aos espíritos: P: “Dado o caso que o nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mãe dela, haverá crime em sacrificar-se a primeira para salvar a segunda?” R: “Preferível é se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe.

Em outra ocasião, questionado se constitui um crime a provocação do aborto em qualquer período de gestação, encarnando o espírito de Emmanuel, assim ele se pronunciou: “Há crime sempre que transgredi a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando. Item n° 358, de ´O Livro dos espíritos”.

Quando uma gestação decorre de uma violência, como o estupro, a posição espírita é absolutamente contrária à proposta do aborto, ainda que haja respaldo na legislação humana. No caso de estupro, quando a mulher não se sinta com estrutura psicológica para criar o filho, cabe à sociedade e aos órgãos governamentais facilitar e estimular a adoção da criança nascida, ao invés de promover a sua morte legal. Toda forma de violência deve ser combatida pelo Estado e não gerada por ele. O direito à vida está, naturalmente, acima das questões psicológicas da mulher, afinal a dor da violência permanece com a mãe e será potencializada pela culpa da morte do bebê.

Em um texto do Dr. Jorge Andréa (Encontro com a Cultura Espírita), ele afirma que nenhum Espírito chegará ao processo reencarnatório sem uma atração específica com sua futura mãe. O mergulho na reencarnação – diz ele – só se dará quando a sintonia entre mãe e futuro filho estiver praticamente indissolúvel. Qualquer que seja a qualidade do reencarnante, haverá sempre com a mãe ou pai, correlação de causas, onde ambos lucrarão sempre, no sentido evolutivo, quer os mecanismos se exteriorizem nas faixas do amor ou do ódio. O Espírito reencarnante, com o seu campo específico de energias, fará a seleção do espermatozoide pelas contingências de suas irradiações, adquirindo e construindo o futuro corpo de acordo com as suas necessidades.

A posição de Joanna de Ângelis no livro Após a Tempestade, não é diferente. Os filhos – diz ela - não são realizações fortuitas, procedem de compromissos aceitos antes da reencarnação pelos futuros genitores, de modo a edificarem a família de que necessitam para a própria evolução. Se é lícito a uma pessoa adiar a recepção de Espíritos que lhes são vinculados, impossibilitando mesmo que se reencarnem por seu intermédio, as Soberanas Leis da Vida dispõem de meios para fazer com que aqueles rejeitados venham por outros processos à porta dos seus devedores ou credores, em circunstâncias talvez mui dolorosa.

Sobre o aborto, Chico Xavier expõe sua opinião no livro “Mandato de Amor”, de sua autoria: “O aborto é sempre lamentável porque se já estamos na Terra com elementos anticoncepcionais de aplicação suave, compreensível e humanitária, porque é que havemos de criar a matança de crianças indefesas, com absoluta impunidade, entre as paredes de nossas casas?”, escreveu ele. E continua: “Isto é um delito muito grave perante a Providência Divina, porque a vida não nos pertence e, sim, ao poder divino. Se as criaturas têm necessidade sexual para revitalização de suas próprias forças, o que achamos muito justo, seria melhor se fizessem sem alarme ou sem lesão espiritual ou psicológica para ninguém. Se o anticoncepcional veio favorecer esta movimentação das criaturas, por que vamos legalizar ou estimular o aborto? Por outro lado, se nossas mães tivessem esse propósito de criar uma lei do aborto no século passado, ou no princípio e meados deste século, talvez hoje não estaríamos aqui”.

Se acreditamos que o “acaso” não existe, na Misericórdia e no Amor Divino e nas Leis que regem o Universo, a resposta aos laços de afeto, de simpatia e de também dos laços de ódio e de antipatia, são encontradas diretamente na compreensão da Reencarnação e na Lei de Causa e efeito.

E se compreendermos que o espírito tem o direito inalienável à vida assegurado por Deus e Suas Leis, precisamos estender esse direito às crianças que nascem da violência, da mal formação, com imperfeições e risco de vida, mas que estão sob o amparo desse mesmo Deus, que rege todo o Universo.

Na questão 372 de O Livro dos Espíritos é elucidativa: P “Que objetivo visa a providência criando seres desgraçados, como os cretinos e os idiotas?” R: “Os que habitam corpos de “idiotas” são Espíritos sujeitos a uma punição. Sofrem por efeito do constrangimento que experimentam e da impossibilidade em que estão de se manifestarem mediante órgãos não desenvolvidos ou desmantelados.”

Fica claro, que na possibilidade de o feto ser portador de lesões graves e irreversíveis, físicas ou mentais, o corpo é o instrumento de que o Espírito necessita para sua evolução, pois , somente na experiência reencarnatória, terá condições de reorganizar a sua estrutura desequilibrada por ações que praticou em desacordo com a Lei Divina. Dá-se, também, que ele renasça em um lar cujos pais, na grande maioria das vezes, estão comprometidos com o problema e precisam igualmente passar por essa experiência reeducativa. Devemos pensar não somente na reeducação do espírito, mas lembrar da consequência do Aborto para os pais, filhos, família e todos os envolvidos direta ou indiretamente.

Após a prática do aborto, mesmo quando os pais e médicos são acobertados pela legislação humana, o Espírito rejeitado pode voltar-se contra a mãe e todos aqueles que se envolveram na interrupção da gravidez. Daí dizer Emmanuel no livro Vida e Sexo, psicografado por Francisco C. Xavier : “ Mulher e homem cúmplices nas ocorrências do aborto criminoso desajustam as energias psicossomáticas com intenso desequilíbrio, sobretudo, do centro genésico, implantando nos tecidos da própria alma a sementeira de males que surgirão a tempo certo, o que ocorre não só porque o remorso se lhes estranha no ser mas também porque assimilam, inevitavelmente, as vibrações de angústia e desespero, de revolta e vingança dos Espíritos que a lei lhes reservava para filhos.”

A Humanidade tem lembranças tristes, da sordidez do ser humano, em diversas tentativas de instalar no Mundo a prática da “eugenia”, para manter no controle de tudo. Seja no período de guerras, como foi na Idade Média com a força do poder religioso sobre os que pensavam diferente, na época do Nazismo, com o controle social e racial das futuras gerações, com a instalação da soberania de alguns grupos e povos sobre outras raças, com o descaso com a fome e a miséria, a falta de cultura e de educação, formando as aristocracias, as castas e classes com o poder dominante, e finalmente, o pior deles, a tentativa de instalar uma indústria capaz de matar crianças que estão por nascer. Essa indústria da morte, movimenta o crime contra seres humanos há mais de 40 anos nos Estados Unidos e em outros países e que está gerando um debate importante na Sociedade que em sua maioria, perdida perante as questões morais e espirituais, vem cumprindo um papel que o equipara somente aos seres irracionais, tamanha a ganância e ambição que não permitem perceber o valor da vida, que dependem muitas vezes, de um coração para mantê-lo vivo.

Como sabemos que o Amor cobre a multidão de pecados, e a Lei Divina manda a cobrança no tempo certo, ficamos com o pedido de Jesus para nós: “"Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem"(Lc 23,34).
Magali Bischoff

20 de nov. de 2013

ABORTO DO ANENCÉFALO, EMBRIÕES CONGELADOS, CÉLULAS TRONCO E CLONAGEM

Aborto Delituoso
Comovemo-nos, habitualmente, diante das grandes tragédias que agitam a opinião.
Homicídios que convulsionam a imprensa e mobilizam largas equipes policiais…
Furtos espetaculares que inspiram vastas medidas de vigilância…
Assassínios,conflitos, ludíbrios e assaltos de todo jaez criam a guerra de nervos, em toda parte; e, para coibir semelhantes fecundações de ignorância e delinqüência, erguem-se cárceres e fundem-se algemas, organiza-se o trabalho forçado e em algumas nações a própria lapidação de infelizes é praticada na rua, sem qualquer laivo de compaixão.
Todavia, um crime existe mais doloroso, pela volúpia de crueldade com que é praticado, no silêncio do santuário doméstico ou no regaço da Natureza…
Crime estarrecedor, porque a vítima não tem voz para suplicar piedade e nem braços robustos com que se confie aos movimentos da reação.
Referimo-nos ao aborto delituoso, em que pais inconscientes determinam a morte dos próprios filhos, asfixiando-lhes a existência, antes que possam sorrir para a bênção da luz.
Homens da Terra, e sobretudo vós, corações maternos chamados à exaltação do amor e da vida, abstende-vos de semelhante ação que vos desequilibra a alma e entenebrece o caminho!
Fugi do satânico propósito de sufocar os rebentos do próprio seio, porque os anjos tenros que rechaçais são mensageiros da Providência, assomantes no lar em vosso próprio socorro, e, se não há legislação humana que vos assinale a torpitude do infanticídio, nos recintos familiares ou na sombra da noite, os olhos divinos de Nosso Pai vos contemplam do Céu, chamando-vos, em silêncio, às provas do reajuste, a fim de que se vos expurgue da consciência a falta indesculpável que perpetrastes.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Religião dos Espíritos.Ditado pelo Espírito Emmanuel.

17 de out. de 2013

Um erro atrás do outro




A discussão sobre o aborto no País voltou à tona no último mês, não só quando abordado em cena da novela Amor à Vida, que foi ao ar recentemente, conforme tratamos nas páginas 2 e 3 desta edição, mas também em programas como o Na Moral, que tem na liderança o jornalista Pedro Bial.

“Pela ausência de planejamento familiar no Brasil, vemos famílias decidindo pelo aborto”, declararam alguns convidados. “Mas isso é possível, e com segurança, apenas para quem tem dinheiro”, disse o médico Drauzio Varella, consultor de Saúde da TV Globo. “No Brasil, política pública feita exclusivamente para os pobres não dá certo”, completou.

Ninguém discute que o Estado tem um papel fundamental nesse processo e que deveria dar acesso a métodos contraceptivos a todo e qualquer cidadão, garantindo, rapidamente, que qualquer um que quisesse, seguindo a lei, pudesse fazer uma laqueadura ou vasectomia, no caso dos homens. O Brasil está, realmente, muito longe de um modelo de saúde como no chamado Primeiro Mundo.

Mas não podemos, de forma alguma, em função da inoperância desse mesmo Estado, sacrificar vidas humanas. Um erro não pode justificar o outro, ou seja, não se pode considerar o aborto algo normal, ou passar a usá-lo como método contraceptivo, porque uma mãe ou uma família não tem condições, por qualquer motivo, de criar uma criança e o Estado não a ajuda em seu planejamento familiar.

Se o alto índice de gravidez é comum na periferia brasileira, como apontou o dr. Drauzio Varella, deveríamos estar discutindo e cobrando do Estado a intensificação de políticas públicas e a melhoria da saúde. Não a adoção da pena de morte para aqueles que não têm como se defender.

Se muitos acreditam que cabe à mulher ter o direito de decidir, também cabe a ela e ao seu companheiro a responsabilidade sobre seus atos. Em Na Moral, ouvimos mulheres declarando que engravidaram porque esqueceram de tomar anticoncepcionais, que não usavam camisinha porque seus companheiros não gostavam, que não se sentiam bem usando contraceptivos. Então é mais fácil abortar?

Mais uma vez reiteramos. O aborto é, sim, um crime, um ato contra a vida. E as mulheres ouvidas ao término do programa, na maioria, concordam com isso. Não devemos nos deixar levar por discursos abortistas. Devemos estar atentos para que a mentira não se sobressaia à verdade e o Brasil não manche seu solo com o sangue oficial de vítimas inocentes.

Retirado do site www.folhaespirita.com.br