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7 de set. de 2011

Missão do Homem Inteligente na Terra.



Não vos orgulheis por aquilo que sabeis, porque esse saber tem limites bem estreitos, no mundo que habitais. Mesmo supondo que sejais uma das sumidades desse globo, não tendes nenhuma razão para vos envaidecer.

Se Deus, nos seus desígnios, vos fez nascer num meio onde pudestes desenvolver a vossa inteligência, foi por querer que a usásseis em benefício de todos. Porque é uma missão que Ele vos dá, pondo em vossas mãos o instrumento com o qual podeis desenvolver, ao vosso redor, as inteligências retardatárias e conduzi-las a Deus.


A natureza do instrumento não indica o uso que dele se deve fazer? A enxada que o jardineiro põe nas mãos do seu ajudante não indica que ele deve cavar? E o que diríeis se o trabalhador, em vez de trabalhar, erguesse a enxada para ferir o seu senhor? Direis que isso é horroroso, e que ele deve ser expulso.


Pois bem, não se passa o mesmo com aquele que se serve da sua inteligência para destruir, entre os seus irmãos, a idéia da Providência? Não ergue contra o seu Senhor a enxada que lhe foi dada para preparar o terreno? Terá ele direito ao salário prometido, ou merece, pelo contrário, ser expulso do jardim? Pois o será, não o duvideis, e arrastará existências miseráveis e cheias de humilhação, até que se curve diante daquele a quem tudo deve.


A inteligência é rica em méritos para o futuro, mas com a condição de ser bem empregada. Se todos os homens bem dotados se servissem dela segundo os desígnios de Deus, a tarefa dos Espíritos seria fácil, ao fazerem progredir a humanidade.


Muitos, infelizmente, a transformaram em instrumento de orgulho e de perdição para si mesmos. O homem abusa de sua inteligência, como de todas as suas faculdades, mas não lhe faltam lições, advertindo-o de que uma poderosa mão pode retirar-lhe o que ela mesma lhe deu.

Ferdinando, Espírito Protetor
Bordeaux, 1862


Texto retirado do ‘Evangelho Segundo o Espiritismo’
Cap. VII (Bem Aventurados os Pobres de Espírito)

Inteligência e Instinto.



Pergunta: A inteligência é um atributo do princípio vital?

Resposta dos Espíritos Não; pois as plantas vivem e não pensam, tendo apenas a vida orgânica. A inteligência e a matéria são independentes, pois um corpo pode viver sem inteligência; mas a inteligência não pode manifestar-se senão por meio dos órgãos materiais: somente a união com o espírito dá a inteligência à matéria animalizada.


Comentário de Allan Kardec: A inteligência é uma faculdade especial, própria de certas classes de seres orgânicos, aos quais dá, com o pensamento, a vontade de agir, a consciência de sua existência e de sua individualidade, assim como os meios de estabelecer relações com o mundo exterior e de prover às suas necessidades.


Podemos fazer a seguinte distinção:


l.°) os seres inanimados, formados somente de matéria, sem vitalidade nem inteligência: são os corpos brutos;


2.°) os seres animados não-pensantes, formados de matéria e dotados de vitalidade, mas desprovidos de inteligência;


3.°) os seres animados pensantes, formados de matéria, dotados de vitalidade e tendo ainda um princípio inteligente que lhes dá a faculdade de pensar.


Pergunta: Qual é a fonte da inteligência?

Resposta Já dissemos: a inteligência universal.


Pergunta: Poderíamos dizer que cada ser tira uma porção de inteligência da fonte universal e a assimila, como tira e assimila o princípio da vida material?

Resposta Isto não é mais do que uma comparação, mas não é exata, porque a inteligência é uma faculdade própria de cada ser e constitui a sua individualidade moral. De resto, bem o sabeis, há coisas que não é dado ao homem penetrar, e esta, por enquanto, é uma delas.


Pergunta: O instinto é independente da inteligência?

Resposta Precisamente, não, porque é uma espécie de inteligência. O instinto é uma inteligência não racional; é por ele que todos os seres provêm às suas necessidades.


Pergunta: Pode-se assinalar um limite entre o instinto e a inteligência, ou seja, precisar onde acaba um e onde começa a outra?

Resposta Não, porque eles freqüentemente se confundem; mas podemos muito bem distinguir os atos que pertencem ao instinto dos que pertencem à inteligência.


Pergunta: É acertado dizer que as faculdades instintivas diminuem, à medida que crescem as intelectuais?

Resposta Não. O instinto existe sempre, mas o homem o negligencia. O instinto pode também conduzir ao bem; ele nos guia quase sempre, e às vezes, mais seguramente que a razão; ele nunca se engana.


Pergunta: Por que a razão não é sempre um guia infalível?

Resposta Ela seria infalível se não fosse falseada pela má educação, pelo orgulho e egoísmo. O instinto não raciocina; a razão permite ao homem escolher, dando-lhe o livre-arbítrio.


Comentário de Allan Kardec: O instinto é uma inteligência rudimentar, que difere da inteligência propriamente dita, em que são quase sempre espontâneas as suas manifestações, enquanto as da inteligência são o resultado de apreciações e de uma deliberação.


O instinto varia em suas manifestações, segundo as espécies e suas necessidades. Nos seres dotados de consciência e de percepção das coisas exteriores, ele se alia à inteligência, o que quer dizer, à vontade e à liberdade.



Texto retirado do ‘Livro dos Espíritos’ – Allan Kardec / Livro 1 – As Causas Primárias / Cap. 4 – Princípio Vital / Item III – Inteligência e Instinto / Questões 71 a 75(a)