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19 de out. de 2011

NO CLIMA DA ORAÇÃO.



A oração nem sempre nos retira do sofrimento, mas sempre nos reveste de forças para suportá-lo.


Não nos afasta os problemas do cotidiano, entretanto, nos clareia o raciocínio, a fim de resolvê-los com segurança.


Não nos modifica as pessoas difíceis dos quadros de convivência, no entanto, nos ilumina os sentimentos, de modo a aceitá-as como são.


Nem sempre nos cura as enfermidades, contudo, em qualquer ocasião, nos fortalece para o tratamento preciso.


Não nos imuniza contra a tentação, mas nos multiplica as energias para que lhe evitemos a intromissão, sempre a desdobrar-se através de influências obsessivas.


Não nos livra da injúria e da perseguição, entretanto, se quisermos, ei-la que nos sugere o silêncio, dentro do qual deixaremos de ser instrumentos para a extensão do mal.


Não nos isenta da incompreensão alheia, porém, nos inclina à tolerância para que a sombra do desequilíbrio não nos atinja o coração.


Nem sempre nos evitará obstáculos e as provações do caminho que nos experimentem por fora, mas sempre nos garantirá a tranqüilidade, por dentro de nós, induzindo-nos a reconhecer que, em todos os acontecimentos da vida, Deus nos faz sempre o melhor.

Meimei
Do livro "Tende Bom Ânimo"
Psicografada por Francisco Cândido Xavier

Oração por Humildade.




Deus da Misericórdia!...


Auxilia-me a conservar o anseio de encontrar-te.


Quando haja tumulto, ao redor de mim, guarda-me o silêncio interior em que procure ouvir-te a voz.


Se algum êxito me busca, deixa-me perceber a tua bondade sobre a fraqueza que ainda sou.


Diante dos outros, consente, oh! Pai, que te assinale o infinito amor, valorizando-me a insignificância, através daqueles que me concedam afeto.


Se aparecerem adversários em meu caminho, faze-me vê-los como sendo instrumentos de trabalho, dentre aqueles com que me aperfeiçoas.


Na alegria, induz-me a descobrir-te a proteção paternal, estimulando-me a seguir para frente.


Na dor, fortalece-me os ouvidos para que te escutem os chamamentos de paz.


E, quanto mais possa conhecer, em minha desvalia, os recursos iluminados do oceano de mundos e de seres que construíste no Universo, concede-me, oh! Deus de Misericórdia, que eu tenha a simplicidade da gota d'água, se sente tranqüila e feliz porque se vê capaz de refletir-te a luz no brilho eterno da Criação.


(Meimei. Psicografia de Francisco Cândido Xavier, In: Amizade)

Fé e Perseverança.



Três rapazes suspiravam por encontrar o Senhor, a fim de fazer-lhe rogativas.


Depois de muitas orações, eis que, certa vez, no campo em que trabalhavam, apareceu-lhes o carro do Senhor, guiado pelos anjos.


Radiante de luz, o Divino Amigo desceu da carruagem e pôs-se a ouvi-los.


Os três ajoelharam-se em lágrimas de júbilo e o primeiro implorou a Jesus o favor da riqueza.


O Mestre, bondoso, determinou que um dos anjos lhe entregasse enorme tesouro em moedas.


O segundo suplicou a beleza perfeita e o Celeste Benfeitor mandou que um dos servidores lhe desse um milagroso ungüento a fim de que a formosura lhe brilhasse no rosto.


O terceiro exclamou com fé:


— “Senhor, eu não sei escolher... Dá-me o que for justo, segundo a Tua vontade.”


O Mestre sorriu e recomendou a um dos seus anjos lhe entregasse uma grande bolsa.


Em seguida, abençoou-os e partiu...


O moço que recebera a bolsa abriu-a, ansioso, mas, oh! desencanto!... Ela continha simplesmente uma enorme pedra.


Os companheiros riram-se dele, supondo-o ludibriado, mas o jovem afirmou a sua fé no Senhor, levou consigo a pedra e começou a desbastá-la, procurando, procurando...

Depois de algum tempo, chegou ao coração do bloco endurecido e encontrou aí um soberbo diamante.



Com ele adquiriu grande fortuna e com a fortuna construiu uma casa onde os doentes pudessem encontrar refúgio e alivio, em nome do Senhor.


Vivia feliz, cuidando de seu trabalho, quando, um dia, dois enfermos bateram à porta. Não teve dificuldade em reconhecê-los.

Eram os dois antigos colegas de oração, que se haviam enganado com o ouro e com a beleza, adquirindo apenas doença e cansaço, miséria e desilusão.


Abraçaram-se, chorando de alegria e, nesse instante, o Divino Mestre apareceu entre eles e falou:


— “Bem-aventurados todos aqueles que sabem aproveitar as pedras da vida, porque a fé e a perseverança no bem são os dois grandes alicerces do Reino de Deus.”


Meimei
Do livro "Pai Nosso", 14, FCXavier, FEB

Feliz Coração.



Alma fraterna, escuta:
Se podes atender,
Mesmo imperfeitamente,
À tarefa que a vida te confia,
Rende graças a Deus!...


Se alguma alfinetada te aguilhoa,
Se alguma prova sobrevém,
Auxilia, perdoa
E prossegue no rumo
Que o caminho te aponte para o bem...


Lembra: quantos irmãos, ainda hoje,
Clamam desesperados,
Sob a luta sombria
Dos que se entregam à revolta,
Enceguecidos pela rebeldia!...


Quantos jazem no leito,
Situando na morte a última esperança...
Quantos caem, aos gritos do remorso,
Na delinqüência que os arrasa...


Quantos choram, em vão,
As horas que perderam!...
Recorda tanta gente,
Em pranto, junto a nós,
E nem pela fração de um só momento,
Não te queixes de mágoa ou sofrimento...


Ergue-te de ti mesmo
E busquemos agir
Para estender o bem ao nosso alcance.


Se podes trabalhar
Não fales de amargor,
Desengano, tristeza ou cicatriz,
Porque, servindo aos outros por amor,
Já tens, por Dom de Deus, coração feliz.


Meimei
No Livro: ‘Deus Aguarda’ – Francisco Cândido Xavier

Na Romagem do Mundo.




Na romagem do mundo, não te algemes à ilusão.

Tudo na vida se renova.

A erva de hoje, amanhã será tronco robusto.

*


A água da fonte humilde que te afaga os pés agora, confundida depois no rio imenso, é suscetível de afogar-te.

*


A lâmina que afias é capaz de ferir-te.


*


O perigo que não corrijes ameaça-te o caminho.


*


O companheiro que hoje concorda contigo, em certos aspectos da luta humana, provavelmente, mais tarde, será opositor dos teus pontos de vista, noutros ângulos da jornada terrestre.


*


A juventude dirige-se para a madureza.

O vinho, em muitas circunstâncias, converte-se em vinagre.


*


A flor sublime, por vezes, faz-se o ninho de vermes destruidores.


*


Certamente, ninguém conseguirá viver em alegria, entre o pessimismo e a indecisão.


*


A confiança é a filha da fé.

Mas nossa fé precisa respirar sempre mais alto, no clima de valores imutáveis do espírito.


*


Faze do bem o tema central da própria vida.


*


Nem desespero, nem violência.

Auxilia e passa adiante, plantando a fraternidade que ilumina e consola.

E, sem prender os outros nas teias da própria dominação, a fim de que os outros não te prendam, nos círculos acanhados do egoísmo que lhe és próprio, seguirás para a frente, ao encontro do Amor Divino, em cuja grandeza brilha a Luz da Felicidade Imortal.


Meimei
(In: Servidores no Além - Francisco Cândido Xavier)

A Cela Oculta.



Cada criatura, na Terra, traz consigo uma cela oculta em que trabalha com os instrumentos da provação em que se burila.


Pensa nisso e auxilia aos que te rodeiam.


Esse companheiro alcançou a fortuna, mas sofre a falta de alguém;
outro dispõe de autoridade, no entanto, suporta espinhosos conflitos nos sentimentos;
essa irmã construiu o lar sobre preciosas vantagens materiais, contudo, tem um filho que lhe destrói a felicidade;
e aquele outro atingiu o favor público, entretanto, é portador de moléstia indefinível a corroer-lhe todas as forças.


Quando encontres alguém que te pareça em crises de inquietação e desarmonia, isso não é sinal de que a tua presença se lhe faz indesejável.


Esse alguém estará em momentos de enormes dificuldades no reduto invisível do coração em que se aperfeiçoa. E os resíduos da luta íntima se lhe transbordam do ser pelas janelas do trato.


Observa o ponto nevrálgico da própria vida em que o sofrimento te procura para efeito de prova e compadece-te dos outros para que os outros se compadeçam de ti.


Meimei
(In: ‘Somente Amor’ - Francisco cândido Xavier)

Amando Sempre.



Aproveita o dia e faze o melhor, amando sempre.

Plasma a obra que vieste realizar entre os homens, enquanto o apoio do tempo te favorece.

Suporta com paciência as vicissitudes da estrada e aceita, nas circunstâncias difíceis, a justiça da vida que volta a pedir-te contas.

Na tarefa mas obscura, opões o selo da bondade e, na conversação mais simples, modela a palavra liminosa do entendimento.

Abraça em cada pessoa que te cruze o caminho, alguém que te leve mais longe a mensagem de auxilio e, em cada página, por mais pequenina, que te registre o pensamento, grava o amor puro que te verte do ser.

Observa o relógio impassível.

Minuto marcado é valor que não torna.

Terás, sim, outros minutos, mas em novo dia, toda criatura terrestre, embora não perceba, vive a despedir-se do mundo, pouco a pouco, despachando, cada dia, com os próprios atos, a bagagem que encontrará na estação de destino.

Use desse modo, as forças que Deus te empresta, na construção do bem, porque, amanhã, quando a morte chegar, compreenderás, por fim, que tudo quanto fizeste aos outros a ti mesmo fizeste.

Meimei
In: 'Ideal Espírita'- Francisco Cândido Xavier

LOUVADO SEJA DEUS.



O velho André era escravo humilde e sofredor.


Certo dia, ele soube que Jesus nos ensinara a santificar o nome de Deus e prometeu a si mesmo jamais praticar o mal.


Se o feitor da fazenda o perseguia, André perdoava e dizia de todo o coração:


— LOUVADO SEJA DEUS.


Se algum companheiro tentava-o a fugir das obrigações de cada dia, considerando as injustiças que os cercavam, ele dizia contar com a Bondade Divina, indicava o céu e repetia:


— LOUVADO SEJA DEUS.


Quando veio a libertação dos cativos, o dono da fazenda chamou-o e disse-lhe que a pobreza e a doença lhe batiam à porta e pediu-lhe que não o abandonasse.


Todos os companheiros se ausentaram, embriagados de alegria, mas André teve compaixão do senhor, agora humilhado, e permaneceu no serviço imaginando que Deus estaria satisfeito com o seu procedimento.


O proprietário da terra, pouco a pouco, perdeu o que possuía, arruinado pela enfermidade, mas o generoso servidor cuidou dele, até à morte, afirmando sempre:


— LOUVADO SEJA DEUS.


André estava cansado e envelhecido, quando o antigo patrão faleceu.

Quis trabalhar, mas o corpo encarquilhado curvava-se para o chão, com muitas dores.


Esmolou, então, com humildade e paciência e, de cada vez que recebia algum pão para saciar a fome ou algum trapo para cobrir o corpo, exclamava alegremente:


— LOUVADO SEJA DEUS.


Certa noite, muito sozinho, com sede e febre, notou que alguém penetrava em sua choça de palha.


Quem seria?

Em poucos instantes, um Espírito Protetor erguia-se à frente dele.


Acanhado e aflito, quis falar alguma coisa, mas não pôde.

O Espírito Protetor, porém, sorrindo, abraçou-o e exclamou:


— André, o nome de Nosso Pai Celestial foi exaltado por seu coração e vim buscar você para que sua voz possa louvá-lo agora no céu.


No dia seguinte, o corpo do velho escravo apareceu morto na choupana, mas sobre o teto rústico as aves pousavam, cantando, e muita gente afirmou que os passarinhos pareciam repetir:


— LOUVADO SEJA DEUS.


(Conto do Espírito Meimei - Psicografia de Chico Xavier - Fonte: AME/JF)

A Inesperada Renovação.



Naqueles momentos em que se reconhecia desligado do corpo físico, o homem acabrunhado sentia-se leve, feliz...


Extasiado na excursão que se lhe afigurava um sonho prodigioso, alcançou o recanto luminescente em que notou a presença do Cristo. Reverente, abeirou-se dele e rogou:


- Senhor!... Ouve-me por misericórdia! Amo-te e quero servi-te...

Desde muito tempo, aspiro a matricular-me na assembléia dos que colaboram contigo na redenção das criaturas... Anseio auxiliar aos outros, entretanto, Amado Amigo, estou preso!... Livra-me do lar onde me vejo na condição do pássaro encarcerado... Moro num ninho de aversões. Meu pai, talvez, cansado de conflitos estéreis, relegou-nos à própria sorte... Minha mãe exerce sobre nós um despotismo cruel.

Trata-nos a nós, seus filhos, à maneira dos objetos de uso particular, flagelando-nos com as exigências de pavorosa afeição possessiva... Meus dois irmãos me detestam... Senhoreiam indebitamente o que tenho e me humilham a cada instante. Se concordo com eles, me ridicularizam, e se algo reclamo, ameaçam-me com perseguição e espancamento!...


Libera-me, Senhor, da prisão que me inibe os movimentos... Quero agir em teus princípios, amar e servir, qual nos ensinaste...


Ante a ligeira pausa que se fez, Jesus fitou o visitante compassivamente e alegou:

- Lembro-me de tuas solicitações anteriores... Estavas de passagem, aqui mesmo, na direção do berço terrestre, acompanhado de amigos prestigiosos. Declaravas-te sequioso de ação no bem e os teus companheiros endossavam-te as afirmativas.

...Dizias-te ansioso no sentido de compartilhar-nos as tarefas...


Entendo-te, sim... A construção do amor é inadiável...

- Senhor – observou o consulente, respeitoso – se entendes o meu ideal e se as minhas petições já se encontram aqui registradas, quem me situou no lar terrível, no qual me reconheço, à feição de um doente, atirado a um serpentário?


O Mestre sorriu e considerou:


- Acreditando em teus propósitos de colaborar conosco, quem te enviou à família em que te encontras, fui eu mesmo...


Surpreendido com a inesperada revelação, o visitante do Mundo Espiritual experimentou estranha sensação de queda e acordou no próprio corpo.


Lá fora, os irmãos deblateravam contra a vida, reportando-se a ele com injuriosas palavras.

Ele, porém, assinalou os insultos que lhe eram endereçados com novos ouvidos, no silêncio de quem havia conquistado o troféu de profunda renovação.

Meimei
Do livro “Deus Aguarda”. Psicografia: Chico Xavier