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7 de out. de 2015

O ESPÍRITA E O NEBULOSO DEBATE SOBRE SEXO! POR QUE TANTA DIFICULDADE EM FALAR SOBRE ISTO?



Os homens fizeram do sexo um motivo de escândalo. Tornaram o sexo uma coisa impura e repelente. Mas o sexo é uma manifestação do poder criador, das forças produtivas da Natureza. O espírita não pode encarar a questão sexual como assunto proibido. O sexo é a própria dialética da Criação e existe em todos os Reinos da Natureza.

O paganismo chegou a fazer do sexo motivo de adoração. Os povos primitivos revelam grande respeito e assumem atitude religiosa diante do sexo. Mas para esses povos, ainda bem próximos da Natureza, o sexo não está sujeito aos desregramentos, aos abusos e ao aviltamento do mundo civilizado. O cristianismo condenou o sexo e fez dele a fonte de toda a perdição. Mas o Espiritismo reconsidera a questão, colocando-se um meio-termo entre os exageros pagãos e cristãos. O espírita sabe que o sexo é um grande campo de experiências para o espírito em evolução, e que é através dele que a lei de reencarnação se processa, na vida terrena. Como, pois, considerá-lo impuro e repelente?

Em O Livro dos Espíritos, Kardec comenta: “Os Espíritos se encarnam homens ou mulheres, porque não têm sexo. Como devem progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, lhe oferece provas e deveres especiais, e novas ocasiões de adquirir experiências”. Como vemos, o sexo é considerado pelo Espiritismo no seu justo lugar, como um meio de evolução espiritual. O espírita, por isso mesmo, não pode continuar a encarar o sexo como o faz o comum dos homens. Não pode abusar do sexo, nem desprezá-lo. Deve antes considerar o seu valor e a sua importância no processo da evolução.

Ainda existe, no meio espírita, muita prevenção contra os assuntos sexuais. Mas é necessário que essa prevenção seja afastada, através de uma compreensão mais precisa do problema. Não há motivo para fazer-se do sexo um assunto-tabu, mas também não se deve exagerar nesse terreno, pois muitas criaturas se escandalizariam. Devemos lembrar-nos de que, por milhares de anos, através de gerações e gerações sucessivas, o sexo foi considerado, na civilização cristã em que nascemos e vivemos, um campo de depravação, de perdição das criaturas. A simples palavra sexo provoca em muita gente uma situação de ambivalência: interesse oculto e repulsa instintiva. Por isso mesmo, a educação sexual deve ser encarada seriamente nos meios espíritas e não pode ser deixada à margem da pedagogia espírita.

A maior dificuldade para a questão sexual está no lar, na vida familiar. Os pais espíritas não sabem, em geral, como preparar os seus filhos para a chamada "revelação do sexo". O regime do silêncio continua a imperar em nossos lares, criando maiores dificuldades para a solução do problema. A simples proibição do assunto gera um clima de mistério em torno da questão sexual, aumentando os motivos de desequilíbrio para os adolescentes. Os pais, por sua vez, sofrem também de inibições decorrentes de um sistema errado de educação, a que estiveram sujeitos.

Na família, a atitude mais acertada é a de não se responder com mentiras doiradas às indagações das crianças sobre questões sexuais. Mas não se deve, também, responder de maneira crua. Seria uma imprudência querermos sair de um sistema de tabus para uma situação de franqueza rude. Há muitas maneiras de fazer a criança sentir que o problema sexual não é mais importante nem menos importante que os demais. Cada mãe ou pai tem de descobrir a maneira mais conveniente ao seu meio familiar. A regra mais certa é a resposta verdadeira, de maneira indireta. Se a criança perguntar: "Como a gente nasce?", deve-se responder, por exemplo: "Da mesma maneira que os gatinhos". Começando assim, a pouco e pouco os próprios pais vão descobrindo a técnica de vencer as dificuldades, sem embair os filhos com lendas e mentiras que criaram um ambiente de excitação perigosa.

Nas escolas espíritas, o problema deve ser colocado com o mesmo cuidado, pois a situação é ainda mais melindrosa: as crianças de uma classe pertencem a diversas famílias, com diferentes costumes. É perigosa a chamada "atitude científica", geralmente seguida, nos ginásios, pelos professores de ciências. A frieza científica não leva em consideração as sutilezas psicológicas. O ideal é que o assunto seja discutido previamente em reuniões pedagógicas, entre os professores de ciências, de psicologia, de moral, e o orientador pedagógico. Na verdade, o problema é mais de pedagogia do que de ciências. O bom pedagogo saberá conduzi-lo com o tato necessário, sem produzir choques perigosos e sem permitir que o assunto caia novamente no plano do mistério.

Quanto aos jovens, devem promover cursos e seminários a respeito, sempre com a assistência de um professor experimentado, de moral ilibada e reconhecido bom-senso. Os jovens têm grande necessidade de boa orientação sexual, pois estão na fase de maior manifestações dessas exigências, e, se não forem bem orientados, poderão cair em lamentáveis complicações. O jovem espírita, embora esclarecido pela doutrina, não está menos sujeito a desequilíbrios sexuais. Sabemos que esses desequilíbrios têm duas fontes principais: os abusos e vícios do passado, em encarnações desregradas, e as influências de entidades perigosas, muitas vezes ligadas aos jovens pelo passado delituoso. Por isso mesmo, o problema só pode ser tratado de maneira elevada, com grande senso de responsabilidade. Os médicos espíritas podem ser grandes auxiliares das Mocidades Espíritas nesse setor.

Quanto aos espíritas adultos, não estão menos livres do que os jovens. São vítimas de uma educação defeituosa, de um ambiente moral dominado pela hipocrisia em matéria sexual, e trazem às vezes agravadas por esse ambiente as heranças do passado. Precisam acostumar-se, no meio espírita, a encarar o problema sexual de maneira séria, evitando as atitudes negativas, que dão entrada às influências perigosas. Encarando o sexo sem malícia, como uma função natural e uma necessidade vital, o espírita ao mesmo tempo se corrige e modifica o ambiente em que vive, afastando do mesmo os espíritos viciosos e maliciosos, que não mais encontram pasto para os seus abusos. O melhor meio de afugentar esses espíritos, e de encaminhá-los também a uma reforma íntima, é a criação de uma atitude pessoal de respeito pelos problemas sexuais e o cultivo de um ambiente de compreensão elevada no lar.

Essa mesma atitude deve ser levada para os ambientes de trabalho, por mais contaminados que eles se apresentem. O espírita não deve fugir espavorido diante das conversas impróprias, pois com isso demonstraria incompreensão do problema e provocaria maior interesse dos outros em perturbá-los. Mas não deve, também, estimular essas conversas, com sua participação ativa. Sua atitude deve ser de completa naturalidade, de quem conhece o problema e não se espanta com as conversas de mau gosto, mas também de quem não acha motivos para alimentar essas conversas e delas participar. Sempre que possível, e com senso de oportunidade, ele deve procurar mudar os rumos da conversa, para assuntos mais aproveitáveis, ou mesmo para os aspectos sérios do problema sério sexual.

A mente viciosa se compraz nas conversas deletérias, nas imagens grotescas, nas expressões desrespeitosas. Escandalizar-se diante dessas coisas, ou repeli-las com violência, é sempre prejudicial e anticaridoso, pois essas pessoas são as que mais necessitam de amparo e orientação. O mais certo é procurar um meio de ajudá-las a se libertarem dessa viciação. E o meio mais eficaz é orientar a conversação viciosa para aspectos graves, como as conseqüências dos vícios, as situações dolorosas em que se encontram pessoas conhecidas, e a conveniência de tratar-se o sexo com o respeito devido às forças criadoras da Natureza.
Nos casos dolorosos de inversão sexual, o espírita vê-se geralmente em dificuldade. 

O mais certo é apelar para o conhecimentos doutrinários e para o poder da prece. Ajudar o irmão desequilibrado a lutar corajosamente para a sua própria recuperação, procurando corrigir a mente viciosa e manter-se o mais possível em atitude de quem espera e confia na ajuda dos Espíritos Superiores. Trabalhos mediúnicos podem favorecer grandemente esses casos, quando realizados com médiuns sérios, conscientes de sua responsabilidade e de reta moral. Não se dispondo de elementos assim, de absoluta confiança, é melhor abster-se desses trabalhos, insistindo na educação progressiva do irmão infeliz, através de preces, leituras e estudos, conversações construtivas e passes espirituais, aplicados de maneira metódica, em dias e horas certas. Se o irmão enfermo colaborar, com sua boa vontade, os resultados positivos logo se farão sentir. Porque ninguém está condenado ao vício e ao desequilíbrio, a não ser pela sua própria vontade ou falta de vontade para reagir.

Nosso destino está vinculado à maneira por que encaramos o sexo. Bastaria isso para nos mostrar a importância do problema. Inútil querermos fugir a ele. O necessário é modificarmos profundamente as velhas e viciosas atitudes que trazemos do passado e que encontramos de novo na sociedade terrena, ainda pesadamente esmagada pelas suas próprias imperfeições. Encaremos o sexo como uma manifestação do poder criador, tratando-o com o devido respeito, e mudaremos a nós mesmos, os outros e a sociedade em que vivemos. O espírita deve ser o elemento sempre apto a promover essa mudança, e nunca um acomodado às situações viciosas que dominam as criaturas e as escravizam, por toda parte, na terra e no espaço.

Em conclusão:

O problema sexual deve ser encarado pelo espírita com naturalidade, em face da naturalidade da função criadora; o sexo deve ser considerado como fonte de força, vida e equilíbrio, devendo por isso mesmo ser respeitado e não aviltado; entre o desregramento do pagão e o preconceito do cristão dogmático, o espírita deve manter-se no equilíbrio da compreensão exata do valor do sexo; as fontes da vida não podem ser desrespeitadas e afrontadas pela malícia e a impureza dos homens.

Lembramos ainda, que a mente é um corcel que por vezes segue desenfreado existência a fora e que muitas vezes é o motivo de maior “poluição” de nossa trajetória evolutiva. Praticar o sexo afinado e sincero com o esposo ou a esposa referencia uma troca salutar e necessária de fluidos energéticos de parceiro a parceiro e de forma nenhuma atrapalha atividade alguma em termos de desempenho do trabalhador, mas cristalizar o sexo na cabeça, isso sim seguramente atrapalha.

Tratemos em nossas casas, cada caso sendo efetivamente um caso a se estudar para podermos de uma melhor maneira orientar e não desferir idéias pré-concebidas e por vezes descabidas para confessar muitas das vezes um puritanismo de nossa parte inútil, tratemos com lucidez para podermos colaborar melhor, destruindo assim, o “medo”, “tabu”, que existe sobre o sexo em nosso meio.

200. Têm sexos os Espíritos?
“Não como o entendeis, pois que os sexos dependem da organização. Há entre eles amor e simpatia, mas baseados na concordância dos sentimentos.”

201. Em nossa existência, pode o Espírito que animou o corpo de um homem
animar o de uma mulher e vice-versa?
“Decerto; são os mesmos os Espíritos que animam os homens e as mulheres.”

O Livro dos Espíritos - Sexo nos Espíritos

18 de jun. de 2015

SEXÓLOTRAS! COMO LIDAR COM O VÍCIO DO SEXO!



O sexo não é visto pelo olhar do mundo espiritual, apenas como forma de procriar, mas, acima de tudo, como transfusão de energias vitais, uma troca energética em que a pessoa se reabastece de energias. Esse abastecimento energético propor¬ciona, ao ser encarnado, um estado de satisfação inicial, que é o mo¬mento da sedução, da proximidade e do orgasmo, mas que perdura, principalmente, quando o casal ou o par são pessoas que, se não se amam, têm uma imensa afinidade entre si, sabem o que estão fazendo e ambos querem fazer aquilo. Bem diferente daquele sexo imposto, dos abusos que existem por aí, em que uma pessoa só quer fazer o sexo e a outra não, aí existe uma violência sexual.

Mas quando os dois querem fazer, sabem que vai ser bom e que ambos vão se beneficiar, esse sexo não é somente para a procriação, acima de tudo é uma transfusão de energias vitais. É muito comum vermos pessoas que estão esgotadas, física, mental e emocionalmente, após uma noite de amor, um contato mais íntimo com seu parceiro ou parceira, com seu cônjuge, no dia seguinte, sentir-se abastecida e revitalizada. Entenda-se que sexo não é apenas uma relação genital, é uma transfusão de energias em que muitas vezes a pessoa se reabastece apenas no tocar, no olhar para o outro.

Quando falamos no sexo como relação genital, não falamos daquela forma antiquada que as religiões bíblicas falavam, de que o homem só poderia procurar a mulher nesse contexto de reprodução. Quando o Espiritismo trata do assunto “sexo”, o vê de forma total; o ser é uma totalidade. Portanto, acima de tudo, quando a pessoa está num relacionamento íntimo com outra, está passando a sua cota de energia, e ao mesmo tempo recebendo aquela energia que lhe pode ser oferecida. Entendendo dessa forma, o sexo, veremos que, na constituição psicofísica e etérica do ser humano, nós temos o corpo físico, o duplo etérico (corpo de plasma biológico equivalente ao corpo físico), o perispírito e os demais corpos superiores, como o corpo mental inferior e superior e assim por diante. Mas o duplo etérico assume um papel importante na constituição orgânica e psíquica do ser humano. Ele é o depositário das energias vitais do Homem, e, quando o ser humano desencarna, deixa de ter o duplo etérico, que é um corpo físico baseado em matéria, num padrão ligeiramente diferente, porque é matéria em estado plasmático, por isso se chama “etérica”, pois é do mundo etérico, primitivo. Esse corpo é a fonte primordial que nós todos temos, da energia vital que nos abastece, portanto, nas relações sexuais, é desse duplo etérico que parte a cota de energia para nos abastecer.

Dessa forma fica fácil entender que, esse tipo de energia mais material o desencarnado não tem, porque ele não tem mais o seu depósito de energia vital que é o duplo etérico, que se desfaz de 30 a 40 dias após a morte. Mesmo perdendo seu duplo etérico, muitos desencarnados permanecem com seu perispírito impregnado de fluidos densos e a mente desses seres que desencarnam mantém sintonia com as questões que, no mundo físico, foram importantes para eles, moldando, no perispírito, todas as reações próprias do antigo corpo. Já que tudo é mental, quando desencarna continua tendo certos hábitos que tinha aqui no mundo físico, como comer, beber, dormir, vestir, fazer sexo... e não deixa esses hábitos só porque desencarnou. Moldamos mentalmente o perispírito, e, depois que desencarnamos, por longos períodos ainda permanecemos prisioneiros dessa moldagem mental. Por isso o perispírito vai sentir certas necessidades que são próprias do corpo físico.

Conhecemos relatos de Espíritos que diziam sentir fome, frio... outros, como nos relata André Luiz, precisavam tomar uma sopa, um caldo, comer do outro lado, porque o perispírito está moldado mentalmente, conforme aquilo que o mundo físico trouxe para a pessoa como processo de aprendizado.
O Espírito Alex Zarthú, o indiano, autor do livro “Serenidade, uma Terapia para a Alma”, nos diz que a vida social na Terra é profundamente hipnótica para o Espírito, ela nos hipnotiza espiritualmente, e quando chegamos do outro lado, até nos libertarmos das ilusões causadas pelo corpo físico, ainda demoramos muito tempo. 

Significa que nós carregamos, desencarnados, os desejos próprios que aprendemos e a que demos vazão aqui na matéria. Essas sensações de fome, de cansaço, reações sexuais e ou sensações físicas são imediatamente sentidas e vividas pelos Espíritos que estão na condição próxima à esfera física, ou seja, 99,9% de todos nós permanecemos assim; poucos são aqueles que logo após a saída do corpo físico entram naquele estado de intensa espiritualidade; em geral, os espíritos vinculados à Terra permanecem com essas sensações. E é aí que esses seres se aproximam dos encarnados para se abastecerem dessas energias.

Estamos falando das perturbações que atingem os “sexólatras”, forma específica de perturbação espiritual causada por espíritos ligados à questão sexual, que sabem e têm lá sua técnica de estimular desequilíbrios nessa área. E por que então esses espíritos se abastecem através dos encarnados? Primeiro porque a sensação de satisfação orgásmica que o sexo proporciona ao encarnado, o espírito não tem plenamente porque não possui mais o duplo etérico, que é a fonte de abastecimento vital. Ele também não se vitaliza com a relação sexual em si por causa da falta do duplo etérico, portanto, se ele não estiver liberto dessas sensações vai precisar recorrer a quem as têm, que somos nós, os encarnados. Nesse caso eles não conseguem satisfação plena e precisam dessa associação temporária, muitas vezes longa, com muitos encarnados, que são desdobrados pelo sono do corpo, e não desdobrados, dentro do corpo físico.

Quando esses “hospedeiros”, os encarnados, têm algum desejo sexual e abrem um campo mental favorável eles se aproximam – aqueles que tinham desejos semelhantes – e, por meio da satisfação que o encarnado vai encontrar, acabam também, sugando essa energia, como se fossem vampiros desencarnados que roubam a vitalidade dos encarnados. É claro que essa associação entre encarnados e desencarnados, muitas vezes demorada, não vem de um momento para outro. Isso acontece porque muitas vezes nós nos entregamos a essa hipnose dos sentidos, e o sexo faz com que se torne fácil que percamos o limite do bom senso. Quando perdemos o limite nós exageramos na nossa busca pelo prazer e esse exagero abre portas para essas associações energéticas e espirituais e para o abuso. No momento em que a pessoa perde o seu bom senso ou senso de limite, não está apenas se abastecendo energeticamente, está servindo de ligação para esses espíritos, que têm sentimentos, sensações e desejos semelhantes aos seus, está passando seu abastecimento vital para os desencarnados. Nesse caso, é portanto necessário haver sintonia nas questões da sexualidade; sem essa sintonia, naturalmente, não terá como essa energia passar para o desencarnado.

Imagine que em determinado momento uma pessoa que é desregrada sexualmente, desencarna; ela não vai deixar de ter desejos sexuais simplesmente porque virou espírito, vai continuar com esses desejos e vai procurar alguém na esfera física que esteja vivendo uma situação semelhante. Da parte do desencarnado, ele está querendo apenas o seu abastecimento energético; vai se abastecer e se satisfazer via ser encarnado. Já o encarnado, aquele que está servindo de hospedeiro, sente um ligeiro aumento da sensação de prazer. É como se de uma hora para outra o seu orgasmo se multiplicasse por quatro, cinco vezes, e ele se sentisse plenamente satisfeito naquele momento, como se aquela tivesse sido a melhor relação sexual que já teve, que era tudo o que ele queria na vida. Se estiver “pulando a cerca”, então, vai achar que encontrou sua alma gêmea porque teve uma sensação extraordinária. Claro, porque a sensação não foi só dele, foi dele e do desencarnado, e somadas as duas sensações a impressão que fica é a de que teve um orgasmo acima de todas as expectativas. Isso acaba gerando um processo que André Luiz chama de “simbiose espiritual”, entre os desencarnados e encarnados que são vítimas dessa situação.

No momento em que estabelecemos essa simbiose energética e espiritual, nós vamos sentir esse aumento do prazer, da energia sexual, e logo depois estaremos envolvidos com as cenas de sexo, como se aquilo ficasse povoando a nossa esfera mental; porque nesse momento já estamos em sintonia com o desencarnado que também tinha esse desequilíbrio, e a sua imagem mental passa a povoar nossa aura e nossa mente. Algumas pessoas dizem: “mas eu fiz isso sem querer!” Os desencarnados não nos obrigam a nada. Num processo obsessivo ou de simbiose mental os espíritos apenas realçam aquilo que já existe dentro de nós, mas não farão aparecer um desejo ou uma tendência que não existia antes.

É necessário que haja a pré-existência desse desejo ou dessa tendência, e aí o desencarnado se aproxima e realça o que já existe, e isso serve tanto para a área sexual quanto para as drogas ou qualquer outro tipo de desequilíbrio que exista. Tudo aquilo que está realçado em nós, passível de ser modificado e de ser trabalhado pela educação e que não trabalhamos, pode ser um ponto de contato com esses desencarnados. Esse processo de simbiose mental irá gerar algumas imagens, porque o desencarnado quer realçar algo que já existe em nós, mas não vai chegar e realçar imediatamente; ele vai começar a compartilhar a imagem mental que está nele, mal resolvida, insatisfeita, e vai fazer isso por meio do sono. A pessoa dorme e começa a ter sonhos repetitivos e intensos a respeito de um mesmo assunto. É natural que os sonhos eróticos ocorram com todos nós, é um mecanismo do nosso próprio psiquismo, mas quando a pessoa entra num círculo vicioso de sonhos e pesadelos sempre dentro da mesma temática, significa que existe um compartilhar de pensamentos e imagens mentais, o que já é um alerta para que a pessoa procure uma terapia, espiritual ou não, que possa auxiliá-la.

Essas imagens mentais são captadas e estimuladas por muitos fatores externos e internos, e alguns se realçam mais do que os outros, dependendo das circunstâncias. Por exemplo: o desencarnado traz em si a imagem mental do desejo sexual reprimido nele, porque não vai encontrar, no plano astral, o sexo como ele tinha na Terra, mas algo semelhante, e ao aproximar-se do ser humano encarnado, este capta, em determinado grau, essa sintonia mental de acordo com o que está dentro de si. São os chamados fatores internos, como sentimento de culpa, sexualidade que está indefinida porque a pessoa não se resolveu sexualmente, ou à sensualidade exacerbada. O sentimento de culpa aparece porque às vezes fazemos alguma coisa que, por exemplo, a religião diz ser errada; mas isso não significa que realmente seja, e isso gera, naquele que tem um contato mais intenso com a religião, um sentimento de culpa muito grande, o que já é uma forma de exacerbar um processo espiritual que ali está se iniciando e aumentá-lo de uma maneira extraordinária. A pessoa já se sente culpada, e a culpa é um dos piores fatores no processo obsessivo. Depois a pessoa que está indefinida, sexualmente, não sabe se é heterossexual, homossexual ou bissexual e, devido à própria culpa, não se define, ficando naquela angústia imensa. Se a pessoa passa a alimentar a mente com imagens eróticas de diversas procedências (podem ser de filmes, revistas etc.), ela aumenta essa situação internamente, porque está dando um “alimento” a uma situação que já é reconhecidamente exagerada. O indivíduo é extremamente sensual, seus pensamentos giram sempre em torno de sexualidade, muitas vezes sexualizando as próprias relações de amizade, não conseguindo se imaginar amigo ou amiga de outra pessoa, sem sexualizar essa relação, e, mesmo assim, se entrega a ver filmes ou revistas com imagens e conteúdo erótico. Essas imagens se fixam na tela mental e fortalecem o elo com os desencarnados, e esse fator externo é preponderante dentro do processo obsessivo nessa questão dos sexólatras.
As conversações, quando giram em torno de sexo, de uma forma desrespeitosa, que não é sadia, fazem com que a imagem mental se reforce. Aquela imagem que já existe dentro de nós, que já é própria do ser humano em qualquer grau de evolução que esteja aqui na Terra, porque em um momento ou outro nós podemos ter essas imagens mentais quando nos entregamos a conversações que não são elegantes, que não são nobres, a respeito da sexualidade, isso tende a aumentar a quantidade e a freqüência dos sonhos ou dos pesadelos com conteúdo erótico, e assim, estaremos alimentando o nosso cérebro.


No livro de Robson Pinheiro “Além da Matéria”, ditado pelo Espírito Joseph Gleber, no capítulo seis, ele nos diz que tudo no mundo é mental e que o nosso cérebro é um biocomputador, extremamente fiel às informações e imagens com as quais nós o alimentamos. Se o espírito alimenta o cérebro com essas imagens extremamente eróticas, vai haver uma predisposição maior no corpo físico para que essa imagem se complete através do ato. Então, tudo é uma questão de educação do pensamento, o sexo não está na genitália; em princípio, está em nossa mente. Se o espírito alimenta o cérebro, a imagem se fixa com mais facilidade; fixando a imagem, naturalmente o espírito que está querendo nos influenciar vai encontrar um ponto de ligação muito mais intenso. A presença desses espíritos, perto de nós, realça os desejos reprimidos no inconsciente. E realmente estão reprimidos; muita gente acha que se espiritualizar significa reprimir e proibir tudo, e não é. Nós temos que trazer isso à tona e enfrentar de maneira digna, compreender porque somos assim, nos aceitar e trabalhar para melhorar e dar qualidade. Quando reprimimos os desejos, num momento ou outro isso vai explodir; tudo o que é reprimido acaba explodindo depois e fugindo ao controle, pois chega um momento em que a mente não aguenta e isso sai do inconsciente em forma de uma vivência que não é sadia, e é nesse momento que esses desencarnados acabam nos utilizando de maneira mais ou menos intensa, fazendo com que nossas atitudes sejam um reflexo da ação deles. 

Essas ações passam então a ser realçadas em nós, de uma tal maneira, que não conseguimos nos conter, quase que nos sentimos obrigados a realizar os desejos, e logo depois vem o sentimento de culpa.
Nesse processo de aproximação espiritual, de conluio espiritual, as energias são sugadas de tal forma que logo após a realização do ato sexual a pessoa sente uma queda de vitalidade inexplicável; primeiramente vem a sensação de prazer exagerado, e logo após vem uma queda energética muito grande, porque aí o desencarnado se afasta um pouco e a vítima dessa aproximação fica sozinha, com uma sensação de vazio, de vitalidade esgotada. O organismo se desgasta, a pessoa começa a sentir tonteira e fraqueza, coisas que normalmente não sentiria, e também a dificuldade de manter um relacionamento sexual saudável ou constante, porque a partir do momento em que a pessoa cede, passa a ceder sempre, e assim a situação vai se tornando cada vez mais caótica.

Há outro tema que é muito pouco discutido dentro desse panorama, que é a masturbação. Muita gente acha que quando alguém se masturba está dando força e alimentando o obsessor, e não é nada disso. A masturbação é um processo comum no ser humano, a própria ciência já se pronunciou a respeito, e, enquanto estiver dentro da capacidade da pessoa administrar isso, não há porque ter medo de obsessão. Quando a pessoa não administra mais o sentimento, o hábito ou a atitude, aí sim ele está sendo vítima do desejo em si e vivendo em prol dele. E isso ocorre com qualquer coisa em nossa vida; quando perdemos o controle e passamos a viver em prol somente daquilo, é um momento de parar e refletir se aquilo está sendo bom para nós ou se nós estamos sendo “bonzinhos” para isso ou aquilo. O processo obsessivo não tem a ver só com a questão da sexualidade; todo o exagero, tudo o que ultrapassa o limite da nossa consciência, daquilo que podemos administrar, é passível de ser um elemento a mais no processo obsessivo.

Voltando especificamente, ao caso dos desencarnados que têm um processo de sexualidade intensa, que no meio espírita são chamados de "sexólatras", quando se aproximam dos encarnados eles dão satisfação àqueles que realizam por eles aquilo que não podem realizar no plano extra-físico, e acabam interferindo na libido das pessoas, aumentando ou diminuindo conforme a intenção e utilização da energia sexual do hospedeiro ou vítima.
Nós vemos muito essa questão em pessoas que frequentam prostíbulos e lugares em que a energia sexual é exacerbada, que se entregam a atividades sexuais de maneira muito intensa, achando que estão "curtindo" a vida, e que, naturalmente, não percebem que não se dominam mais. A qualquer momento a mente está sexualizando as situações, seja no trabalho ou nas amizades; em qualquer contato social que a pessoa tenha ela não domina mais o sentido da vida social, tudo lembra e inspira sexo. Esse processo se estabelece de maneira lenta, não de uma hora para outra, não, há os casos de pessoas em que a sexualidade vai se exagerando cada vez mais, tanto quanto aquelas que sofrem um processo de impotência ou frieza sexual. Não significa que estejam sofrendo um processo obsessivo, mas poderá ter um fator espiritual interferindo. Pode ser que nesta ou em outra vida essa pessoa tenha abusado muito da energia sexual, tanto que esgotou toda a reserva energética que tinha. Esse fator é algo que deve ser estudado, tanto na casa espírita quanto nos consultórios de psicologia.

Essa soma dos desejos de desencarnados e encarnados aumenta a sensação do prazer, acima de tudo. Em geral os seres desencarnados que estão nessa situação, são vampiros que necessitam da energia do encarnado para se completar, mesmo que do outro lado tenham toda essa sensação mental e emocional em que estão, e pasmem: aqueles que estão numa situação bem próxima da matéria, porque o perispírito responde à modelagem do pensamento, fazem sexo em várias situações que se assemelham ao sexo aqui no plano físico, logicamente sem o orgasmo que teriam na matéria, daí precisarem do encarnado, pois o sexólatra se completa no encarnado.
A pessoa que se associa a esse tipo de espírito não consegue mais deixar de pensar em sexo durante um período muito grande, estabelecendo-se a partir da ligação inicial a compulsão ao sexo que na psicologia tanto se estuda. A pessoa começa a ter pensamentos recorrentes que sempre voltam, e isso começa a incomodá-la, e se incomoda é porque não é natural, está havendo aí um roubo de energia, uma penetração magnética dentro do seu campo áurico por um desencarnado. Há a necessidade de enfrentar essas questões, e quando digo enfrentar, não significa apenas ir em busca de auxílio espiritual, fazer um trabalho de desobsessão. Isso ajuda muito em grande parte, mas uma vez que a zona mental do encarnado está viciada, ele precisa de uma ajuda terapêutica emergencial. É preciso ir em busca do auxílio espiritual e de um bom terapeuta para fazer o acompanhamento emocional. Assim, essa pessoa vai conseguir enfrentar o vício mental, porque só cortando o vício vai parar de atrair espíritos que estejam na mesma sintonia que ele.

A obsessão nesse caso é complexa? É. O tratamento é difícil? É, mas não é impossível, exige um esforço na educação do pensamento e das emoções. Acredito que todos nós, que trabalhamos ligados à Doutrina Espírita, vez ou outra temos contato com pessoas nessa situação; às vezes nós mesmos, em algum momento da nossa vida já vivenciamos isso, porque às vezes exageramos em nossa conduta e depois colocamos a culpa nos espíritos. Por isso é importante dar o primeiro passo em busca da solução para esse tipo de situação. As duas terapias, a convencional e a espiritual, podem conduzir a uma tranqüilidade de energias e emoções.

18 de set. de 2014

O que é Sexo?


Djalma Argollo
Muito se tem escrito e discutido, nos últimos tempos, no movimento espírita a questão homossexual. Mas, a discussão me parece fora do seu problema real. Numa boa aplicação do pensamento lógico, antes de se abordar a parte, deve-se conseguir uma clara visão do todo.
Está a se debater o homossexualismo, sem haver sido deslindada a problemática sexual. Cabe "incorporarmos" o método socrático, e sairmos pela imensa "Agora" que e a Web, inquirindo, principalmente dos espíritas que pretendem saber do assunto: "O que e o sexo?"
Foi dessa forma que Sócrates desmascarou a pretensa "sabedoria" de muitos dos seus contemporâneos.
Estudando a Codificação e as obras espíritas, psicografadas ou não, a que tivemos acesso, e pensamos adequadas, não conseguimos, ate o momento, fazer uma idéia clara do que, em ultima analise, seja "sexo".
No Livro dos Espíritos, a única abordagem direta sobre o assunto, e a seguinte: "Les Esprits ont-ils des sexes? 'Non point comme vous l'entendez, car les sexes dependent de l'organisation. Il y a entre eux amour et sympathie, mais fondes sur la similitude des sentiments'" ("Os Espíritos tem sexos? 'Não como vos o entendeis, porque os sexos dependem da organização. Existe entre eles amor e simpatia, porem fundados sobre a similitude dos sentimentos'") (questão 200 - nos ativemos o mais perto possível, na tradução, do original).
Em francês, o termo "organisation" ao tempo de Kardec, tinha os mesmo significados que em português e, também, de "organismo", sendo que, hoje em dia, neste sentido, e empregado, como em nossa língua, com um complemento aclamatório: "organização física, corporal, orgânica" etc.).
Segundo a resposta, os Espíritos estão destituídos de sexo, no sentido biológico, isto e, não possuem aparelho reprodutor, logo, também não tem hormônios sexuais em sua estrutura. E, é claro que não poderiam tê-los, pois não se reproduzem. Ainda, segundo a resposta, eles se vinculam por "sentimento", por afinidade eletiva.
Fica, contudo, uma pergunta, sendo que o corpo e estruturado e mantido pela organização perispiritual, de onde vem o impulso que fixa, durante a embriogenese, a definição sexual? Mas, busquemos respostas efetivas, e não "petitio principii", ou floreios verbais muito bonitos, mas sem significação concreta, tais como: "almas passivas e almas ativas", pois ainda cabe perguntar, o que são almas passivas, e porque o são, assim como as ativas.
Como vemos, uma resposta desse tipo e adiar o problema, e não solucioná-lo. Freud concebeu o sexo, em ultima analise, como uma forma de energia, a libido.
Os teosofistas e hinduístas também se referem a uma energia sexual, própria da alma que, a semelhança da libido, pode ser "sublimada", ou seja, transferida para outro tipo de atividade do individuo. André Luiz descreve o sexo como uma manifestação de uma energia, o amor, pelo qual os seres se alimentam uns aos outros.
Então, deveremos entender que os Espíritos, na Codificação, ao falar de "amor e simpatia", estavam falando de uma energia sexual da alma? Uma espécie de "libido"? Mas, permanece a questão, o que e o sexo? Como ele se diferencia, quando a alma encarna?
Creio que este é o melhor caminho para podermos, a partir de princípios solidamente estabelecidos, discutirmos, não só o homossexualismo, mas todas as formas de manifestação da sexualidade.
Inclusive a mais grave: a pratica sexual de forma geral. Porque, senão, estaremos a dividir o mundo entre os certos (os heterossexuais) e os errados (os homossexuais).
E será que nós, os heterossexuais estamos corretos pelo simples fato de o sermos? E não falamos apenas de perversões ou sexolatria, mas sim da "normalidade" da pratica sexual.
O que é o "normal", neste lado? Existirá um "check list" de atos, atitudes, palavras e pensamentos que podem, ou não, serem realizados durante o ato sexual?
O ato sexual entre parceiros sem compromisso matrimonial é certo ou não? Isto sem referencia ao adultério, que eticamente e incorreto. Voltamos a frisar que nos referimos a sexualidade hetero.
Ora, com tantas coisas a resolvermos, que dizem respeito a nossa vivencia sexual, esperamos que os que vivem a "ditar catedra" quanto a homossexualidade, já tenham resolvido estas "simples" questões em suas vidas.
De minha parte, posso dizer que ainda estou meditando sobre elas, e buscando respostas, mesmo aos 57 anos de idade, uma viuvez e dois casamentos, isto sem enfrentar a angustiante problemática da homossexualidade.
(Retirado do Boletim GEAE Número 272 de 23 de dezembro de 1997)

25 de fev. de 2014

SEXO CASUAL NA VISÃO ESPÍRITA!


Atualmente o sexo casual é aceito por boa parte da sociedade, mesmo por alguns conservadores. O artigo que segue é uma opinião espírita sobre o tema. Quem quiser consultar doutrina, procure as questões 696 e 701 do Livro dos Espíritos. 



Há algum tempo sexo era tabu e quem desafiasse esse tabu era mal visto pela sociedade. Mulheres deviam casar virgens. Muitas desgraças familiares, muitos suicídios foram cometidos por mulheres que se deixaram seduzir e engravidaram. Era tão estupidamente grande a vergonha de ser mãe solteira, condenada ao preconceito e falatório para o resto da vida; era tão assustadora a ideia de encarar um pai ultrajado com isso que era considerada a maior vergonha possível, que muitas preferiam dar fim à própria vida.

Muitos abortos clandestinos e perigosos, muitas mulheres especializadas em tirar a vida que se formava nos ventres jovens de mulheres que não conseguiram superar o desejo. Muitos filhos bastardos, nunca reconhecidos, apartados da vida digna e normal. Muitos casamentos forçados na última hora, para evitar que o escândalo de uma gravidez sujasse o nome da família. Muitos casamentos arranjados apenas por interesse dos pais ou para evitar que as filhas ficassem solteiras além do tempo e perdessem o ensejo de arranjar um marido. E com isso o desgosto, o nojo do sexo, a falta de amor e carinho.

Duvido que a geração de agora saiba o que significava tudo isso. Porque hoje a política sexual vigente é exatamente o contrário; hoje o jovem é pressionado a iniciar sua vida sexual cada vez mais cedo, a experimentar o máximo de relações sexuais, a transitar entre pessoas dos dois sexos. Vivemos uma ditadura sexual. Talvez muitos pais não tenham consciência do que ocorre nas escolas, nas ruas, em suas próprias casas.

Em qualquer contato íntimo entre pessoas há troca de energias. Os adolescentes não imaginam que ficar com alguém não é algo apenas momentâneo. Eles ficam durante minutos ou horas, com ou sem relações sexuais. Mas as energias e as companhias espirituais dos ficantes transitam livremente. O sexo forma uma ligação energética entre os parceiros que se estende por muito tempo. 

O sexo casual é tido como uma atividade adulta, livre, em que o único cuidado, se houver, é na prevenção de doenças. Tratam isso como se fosse um avanço, uma grande conquista da civilização, quando na verdade se trata de uma tirania dos instintos. O sexo pelo sexo é um retorno à animalidade. Sexo sem afeto é instinto animal. Os praticantes do sexo casual não gostam de pensar a respeito. Ninguém gosta de reconhecer suas fraquezas, analisá-las e questioná-las. Acham que quem tem opinião contrária à sua é moralista.
Não conheço nenhuma – nenhuma! – pessoa que se entregue a quantos parceiros se lhe apeteçam, durante a vida, que não sofra a partir de uma determinada idade. Quando o tesão começa a diminuir e a pessoa percebe que não formou afetos, só erotismo, o vazio aperta, o desgosto pela vida, a depressão. Fora a banalização cada vez maior do sexo, a busca por prazeres mais intensos, a experimentação com parceiros do mesmo sexo.

Acho que a homoafetividade deve ser respeitada como manifestação autêntica da personalidade humana. Mas a experiência por curiosidade ou por modismo ou por pressão do grupo é um mergulho no desconhecido. Estão lidando com sentimentos, emoções e sensações energeticamente poderosas, que mais cedo ou mais tarde exigem o reajuste. Aí a dor é inevitável…

Frequentemente sou perguntado pela opinião do Espiritismo a respeito do sexo livre e casual. O Espiritismo não tem como princípio ser um norteador de condutas à maneira dos antigos códices. O Espiritismo deixa claro que temos o livre-arbítrio, que tudo nos é permitido mas nem tudo nos convém, que toda ação gera uma reação.

Mas o mais importante é que sempre estamos acompanhados pelos espíritos que se afinizam conosco. Somos rodeados de espíritos que gostam do que gostamos. Nada que seja estritamente material pode atrair espíritos bem intencionados. O sexo casual, sem afeto, apenas pelo prazer, atrai muitos espíritos que sentem necessidade dessas mesmas energias. Forma-se com eles verdadeira simbiose, trocando energias e influências.

O sexo é uma dádiva de Deus e uma fonte legítima de prazer e rearmonização energética. Mas a vivência do sexo saudável pressupõe afeto. O resto é animalidade.

Retirado do Blog: http://espiritismoerazao.blogspot.com.br

4 de jan. de 2014

O VÍCIO SEXUAL! DEVEMOS DIVINIZAR O SEXO!



Uma vez ouvi uma frase que nunca esqueci: ” O sexo é divino, devemos divinizar o sexo.”
Ao contrário do que muitos imaginam, criando fundos demoníacos, o sexo é divino e deve ser tratado como uma prática de Deus. Essa é a visão da Doutrina Espírita pelo que tenho estudado até agora. Devemos divinizar o sexo em nossa prática.
Através de sexo o ser humano tem a chance de sentir-se como um pouquinho  do sentimento de criação de Deus – pela maternidade e paternidade. Como um ensaio para nossa elevação somos convidados através do sexo a gerar filhos  com responsabilidade e ser chamados como Pai ou Mãe.
Assim como pode o sexo ser um tema proibido na Doutrina Espírita? Como pode não falar de sexo abertamente com nossos filhos ou amigos? E por outro lado, como levar consciência e responsabilidade a prática do sexo sem divulgar o conhecimento? Impossível não falar sobre o sexo.
Contudo o tema d
eve ser tratado e estudado com profundidade através de estudos sistemáticos e não apenas com comentários frequentes, mas superficiais demonstrando uma abertura de diálogo franca, mas sem conhecimento devido. Dessa forma torna-se até mesmo prejudicial.
Todos estamos sujeitos pela lei da atração a pensamentos de todos os tipos em relação ao sexo. A sociedade e muitos “psicólogos” pregam o liberalismo muitas vezes irresponsável que é amplamente potencializado pelos espíritos promíscuos, ditos vampiros por alguns autores.
Logo, tudo nos é permitido, mas nem tudo nos convém é uma frase da antiguidade que serve de base para tal. Nossa obrigação é filtrar com força máxima essa grande energia do sexo, praticá-lo com responsabilidade e amor divinizando o ato e canalizar o excedente para atividade produtiva.
O Equilíbrio é necessário, pois os desvios são muitos e fáceis de entrar neles – pois quem não gosta de prazer? Mas tudo no campo das sensações é temporário. O prazer passa rápido e nesse momento urge o equilíbrio com a razão. Aliando ainda o agradecimento ao criador pelo momento e a busca pela canalização de nossas energias excedentes para outras atividades torna-se necessário para não cairmos em vícios, desvios e obsessões.
Tudo está muito fácil na atualidade. Meninas e meninas entram no mundo pornográfico por dinheiro e fama, imagens “pesadas” são de fácil acesso a todos via internet. Crianças descuidadas acessam e assistem filmes e fotos. E por ai vai.
Assim o Espiritismo sabe muito bem que a linha do sexo equilibrado é fina e fácil de cair dela. Todos os dias somos bombardeados com milhões de pensamentos para o sexo por espíritos menos elevados. O equilíbrio é um exercício contínuo. Então as Casas Espíritas trabalham com cautela no assunto, mas sempre buscando estudos sistemáticos baseados em obras de Chico Xavier pelo menos uma vez ao ano e com palestras e evangelização dos jovens com mais frequência.
Muitas informações nesse campo ainda não estamos preparados para conhecer, mas a educação sexual é tema fundamental a ser tratado por todos.
Já diante dos desvios – mantemos o respeito e a distância necessária de sua prática – pois não sabemos que tipo de provas aqueles indivíduos estão passando. Quando o desvio ocorre com um familiar o respeito deve ser igualmente aplicado.
Muitos pais não criam limites com seus filhos e assim abrem portas para comportamentos errôneos no futuro. Depois querem expulsá-los de casa. No campo das provas e expiações existem laços invisíveis que vinculam familiares onde a melhor posição a tomar é o respeito e da prática do bom exemplo.
O sexo divinizado com amor não há perdas de energia e sim troca delas com o parceiro.
Renato Mayrink

5 de dez. de 2013

Uma Visão Espírita do Homossexualismo sem o Dissimulado Purismo Cristão



Jorge Hessen


As múltiplas experiências humanas pela reencarnação e os repetidos contatos com ambos os sexos proporcionam ao espírito as tendências sexuais na feminilidade ou masculinidade, e este reencarna com ambas as polaridades e se junge, às vezes, contrariado aos impositivos da anatomia genital e ao da educação sexual que acolhe em seu ambiente cultural. Consoante essas experiências, tenderá para qualquer das duas opções e o fará nem sempre de acordo com sua aspiração interior, que poderá ser inversa ao que determina o meio socio-cultural.

Emmanuel ensina na obra "Vida e Sexo" que o "Espírito passa por fileira imensa de reencarnações, ora em posição de feminilidade, ora em condições de masculinidade, o que sedimenta o fenômeno da bissexualidade, mais ou menos pronunciado, em quase todas as criaturas."(1) Além disso, há vários fatores educacionais que poderiam contribuir para despertar no indivíduo as tendências sepultadas nas profundezas de seu inconsciente espiritual. E, ainda que desempenhe papéis de acordo com a sua anatomia genital, e que seu psiquismo se constitua de acordo com sua opção sexual, poderá ocorrer que se desperte com desejos de ter experiências com pessoas do mesmo sexo. Tal ocorrência poderá lhe tumultuar a consciência, caracterizando, por aquele motivo, um transtorno psíquico-emocional.

A convivência do espírito com o sexo oposto ao que adotou em cada encarnação, bem como aquelas em que exerceu sua opção sexual, irão plasmar em seu psiquismo as tendências típicas de cada polaridade. Explica Emmanuel: "A homossexualidade, também hoje chamada transexualidade, em alguns círculos de ciência, definindo-se, no conjunto de suas características, por tendência da criatura para a comunhão afetiva com uma outra criatura do mesmo sexo, não encontra explicação fundamental nos estudos psicológicos que tratam do assunto em bases materialistas, mas é perfeitamente compreensível, à luz da reencarnação."(2)

Na questão 202 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec indaga aos Espíritos: "Quando errante, que prefere o Espírito: encarnar no corpo de um homem, ou no de uma mulher?" "Isso pouco lhe importa", responderam os Benfeitores, "o que o guia na escolha são as provas por que haja de passar"(3), esclareceram os Espíritos.

A genética tem tentado encontrar genes que explicariam a homossexualidade como sendo desvio de comportamento sexual. A psiquiatria tenta encontrar enzimas cerebrais que poderiam influenciar no comportamento sexual. Alguns sexólogos explicam que é uma preferência sexual. Mas a sede real do sexo não se acha no veículo físico, porém na estrutura complexa do espírito. É por esse prisma que devemos encarar as questões relacionadas ao sexo. "A coletividade humana aprenderá, gradativamente, a compreender que os conceitos de normalidade e de anormalidade deixam a desejar quando se trate simplesmente de sinais morfológicos".(4)

Não podemos confundir homossexualismo com desvio de caráter, até porque os deslizes sexuais de qualquer tendência têm procedências diversas. Suas raízes genésicas podem vir de profundidades íntimas insondáveis. "A própria filogênese(5) do sexo, que começa aparentemente no reino mineral, passando pelo vegetal e ao animal, para depois chegar ao homem, apresenta enorme variação de formas, inclusive a autogênese [geração espontânea] dos vírus e das células e a bissexualidade dos hermafroditas"(6), para alguns pesquisadores justifica o aparecimento de desvios sexuais congênitos.

Com a liberação sexual e a ascensão do feminino na sociedade contemporânea, a tolerância ao homossexualismo aumentou, permitindo que uma grande quantidade de pessoas que viviam no anonimato se expressasse naturalmente. Chico Xavier explica, de forma clara, o seguinte:"Não vejo pessoalmente qualquer motivo para críticas destrutivas e sarcasmos incompreensíveis para com nossos irmãos e irmãs portadores de tendências homossexuais, a nosso ver, claramente iguais às tendências heterossexuais que assinalam a maioria das criaturas humanas. Em minhas noções de dignidade do espírito, não consigo entender porque razão esse ou aquele preconceito social impediria certo numero de pessoas de trabalhar e de serem úteis à vida comunitária, unicamente pelo fato de haverem trazido do berço características psicológicas e fisiológicas diferentes da maioria. (...) Nunca vi mães e pais, conscientes da elevada missão que a Divina Providencia lhes delega, desprezarem um filho porque haja nascido cego ou mutilado. Seria humana e justa nossa conduta em padrões de menosprezo e desconsideração, perante nossos irmãos que nascem com dificuldades psicológicas?"(7)

A Doutrina Espírita é libertadora por excelência. Ela não tem o caráter tacanho de impor seus postulados às criaturas, tornando-as infelizes e deprimidas. A energia sexual pede equilíbrio no uso e não abuso ou repressão. A Doutrina Espírita não condena a homossexualidade, contrariamente, recomenda-nos o respeito e fraterna compreensão para com os que têm preferências homoafetivas. Muitas vezes, pode até ser alguém tangido pelo apelo permissivo que explode das águas tóxicas do exacerbado erotismo, somado aos diversos incentivadores pseudocientíficos da depravação, que podem estar desestruturando seu sincero projeto de edificação moral, através de uma conduta sexual equilibrada.(8) Por isso mesmo, não pode ser discriminado, nem rejeitado, pois, como admoesta Jesus, "aquele dentre vós que não tiver pecados, que atire a primeira pedra"...(9)

Como já vimos com Emmanuel no início desta exposição, não há masculinidade plena, nem plena feminilidade na Terra. Tanto a mulher tem algo de viril, quanto o homem de feminil. Antigamente, a educação muito rígida e repressiva contribuía para enquadrar o indivíduo ambisséxuo, em seu sexo natural.

Assumir a homossexualidade não significa mergulhar em um universo de atitudes extremadas e desafiadoras perante seu grupo de relacionamento familiar ou profissional, "mas fazer um profundo exercício de auto-aceitação, asserenar-se por dentro, a fim de poder reconhecer perante si mesmo e todo seu círculo de amigos e parentes que vives uma situação conflitante. O verdadeiro desafio é a construção interna para superar os desejos. E não estamos aqui referindo-nos exclusivamente a desejo sexual e sim a toda espécie de desejos que comandam a vida das criaturas."(10)

Emmanuel enfatiza que: "O mundo vê, na atualidade, em todos os países, extensas comunidades de irmãos em experiência dessa espécie [homossexual], somando milhões de homens e mulheres, solicitando atenção e respeito, em pé de igualdade devidos às criaturas heterossexuais."(11) O homossexualismo não deve, pois, ser classificado como uma psicopatia ou comportamento merecedor de discriminação ou medidas repressivas. O homossexual, especialmente o "transexual", merece toda a nossa compreensão e ajuda, para que ele possa vencer sua luta de adaptação ao novo sexo adquirido com o renascimento.

Outra questão extremamente controvertida, para muitos cristãos, é a possibilidade da união estável [casamento] entre duas pessoas do mesmo sexo. Ante a miopia preconceituosa do falso purismo religioso da esmagadora maioria de cristãos supostamente "puros", isso é uma blasfêmia. Isto torna o tema bastante complexo, e não ousaríamos opinar com a palavra definitiva. [estamos abertos a discussões] Porém, após refletir bastante sobre o assunto e, sobretudo, tendo como alicerce as opiniões de Chico Xavier, entendemos que a união estável [casamento] entre homossexuais é perfeitamente normal. Sim!

Só conseguiremos entender melhor a questão homossexual depois que estivermos livres dos (pré)conceitos que nos acompanham há muitos milênios. Arriscaríamos afirmar que a legalização do casamento entre duas pessoas do mesmo sexo é um avanço da sociedade, que estará apenas regulamentando o que de fato já existe.

Seria lícito a duas pessoas do mesmo sexo viverem sob o mesmo teto, como marido e mulher? A propósito, vasculhando fontes sobre esta mesma indagação encontramos em Folha Espírita a resposta de Emmanuel: "A esta indagação o Codificador da Doutrina Espírita formulou a Questão 695, em O Livro dos Espíritos, com as seguintes palavras: "O casamento, quer dizer, a união permanente de dois seres, é contrário a lei natural?" Os orientadores dos fundamentos da Doutrina Espírita responderam com a seguinte afirmação: "É um progresso na marcha da humanidade." Os amigos encarnados no plano físico com a tarefa de sustentar e zelar pelo Cristianismo Redivivo, na Doutrina Espírita, estão aptos ao estudo e conclusão do texto em exame."(12) (grifamos)

Tanto o homossexual como o heterossexual devem buscar a sua reforma interior, não cedendo aos arrastamentos provocados pelos impulsos instintivos e sensuais. Lembremos, o que é ilícito ao hétero, também o é ao homossexual. Ambos precisam "distinguir no sexo a sede de energias superiores que o Criador concede à criatura para equilibrar-lhe as atividades, sentindo-se no dever de resguardá-las contra os desvios suscetíveis de corrompê-las. O sexo é uma fonte de bênçãos renovadoras do corpo e da alma."(13)

Mister, portanto, reconhecer que ao serem identificados os pendores homossexuais das pessoas nessa dimensão de prova ou de expiação, é imperioso se lhes oferte o amparo educativo pertinente, nas mesmas condições que se administra instrução à maioria heterossexual da sociedade.

Acreditamos, por fim, que estas idéias poderão levar, a quantos as lerem, a meditar, em definitivo, sobre o assunto, lembrando que o homossexualismo transcende em si mesmo à simples questão da permuta sexual.


Fontes:

(1) Xavier, Francisco Cândido. Vida e Sexo, Ditado pelo Espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2001;
(2) Xavier, Francisco Cândido. Vida e Sexo, Ditado pelo Espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2001;
(3) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. Feb, 2000, perg. 202;
(4) Xavier, Francisco Cândido. Vida e Sexo, Ditado pelo Espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2001;
(5) Filogenia (história evolucionária das espécies) opõe-se à ontogenia (desenvolvimento do indivíduo desde a fecundação até a maturidade para a reprodução);
(6) Disponível em acessado em 21/04/2006;
(7) Publicada no Jornal Folha Espírita do mês de março de 1984;
(8) A recomendação do Espiritismo para o respeito e a compreensão para com os irmãos que transitam em condições sexuais inversivas (homossexualismo) ocorre em função do sentimento de fraternidade ou caridade que deve presidir o relacionamento humano, mas igualmente pelo fato de que nenhum de nós tem autoridade suficiente para condenar quem quer que seja, pois todos temos dificuldades morais e/ou materiais graves que precisam de educação;
(9) João, cap. VIII, vv. 3 a 11;
(10) Disponível em acessado em 21/04/2006;
(11) Xavier, Francisco Cândido. Vida e Sexo, Ditado pelo Espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2001;
(12) Publicada no Jornal Folha Espírita do mês de julho de 1984;
(13) Xavier, Francisco Cândido. Conduta Espírita, Ditado pelo Espírito André Luiz, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2001.

2 de out. de 2013

SEXO E A MEDIUNIDADE!! ENERGIA QUE DEVE SER TRATADA COM SERIEDADE!


A Epífise

Para se falar em relação sexual e energia procriadora, faz-se necessário mencionar algumas das informações trazidas até nós pelo Espírito ANDRÉ LUIZ, sobre as funções da Epífise.
Ela reativa as forças criadoras no ser humano aos 14 anos aproximadamente. Permanece no período do desenvolvimento infantil em fase de reajustamento, absorvendo novos ensinamentos e reflexos que são ministrados nesta fase da vida, que farão frente ou somar-se-ão às colheitas das vidas passada, que ressurgirão, de acordo com a vontade, sob fortes impulsos.
Por este motivo é denominada a glândula da vida Espiritual.
A Epífise funciona como um usina, fonte geradora de elementos psíquicos ou "UNIDADES FORÇA" necessárias a fecundação das diversas formas da criação. Podendo ser direcionada para fecundação dos mais nobres valores da divindade ou utilizada para a orgia dos prazeres das criaturas terrestres.

Sexo e amor

Em nosso meio ainda existem vários resquícios de tabu, no que concerne as conversações sobre o sexo, todavia sendo uma das atribuições inerentes da vida, o espírita estudioso não pode deixar de estudá-lo e também analisá-lo sob forma natural para que seja bem compreendido e orientado, os tempos onde essa manifestação de afeto e amor, no que diz respeito ao sexo verdadeiro, era “pecaminosa”, já passaram e seguramente não deverão mais voltar, pois a maior idade espiritual das mentes aqui reencarnadas já se faz presente. Tão vulgarmente pronunciadas por mentes insanas, nos meios atuais.
O sexo não é patrimônio exclusivo da humanidade terrestre, é tesouro Divino em todos os mundos no Universo infinito. Permanece nas mãos das criaturas humanas, que ainda estão distantes da compreensão e vivência das Leis Divinas, num quadro triste de ignorância, perversão e desequilíbrio.
O sexo na existência humana pode ser um dos instrumentos do amor, sem que o amor seja sexo.
O instinto sexual é força poderosa de atração, unindo os corpos físicos, reencontrando as almas, para resgates de débitos, dirigindo os homens para conquistas e objetivos da Lei Suprema: O AMOR, A FELICIDADE E A HARMONIA. Mesmo com a pobreza de valores íntimos, caminha o homem, embora lentamente, para o objetivo maior do Criador que é o progresso e a perfeição. Não podemos confundir sexo e amor, pois, enquanto o sexo é força instintiva ou inconsciente, o amor é energia consciente e espontânea, todavia sexo sem amor é pobre e pequeno, quando não promiscuo.
O homem em experiências afetivas, costuma confundir energia instintiva sexual como sendo "AMOR", que tem promovido quase todas as uniões de homens e mulheres na terra.
Observamos, constantemente, muitos lares desabados, porque só tinha energia instintiva sexual e nenhum "AMOR". O amor na terra é ainda uma aspiração da eternidade, encravada no egoísmo, nos interesses, na ilusão e na fome de prazeres que fantasiamos como sendo a Celeste Virtude.
Desejo e sentimento de posse não significa "AMOR".
Faz-se necessário para um bom relacionamento, buscarmos o que nos ensina O EVANGELHO DE JESUS CRISTO, que "Devemos amar sem nos preocupar em sermos amados".
Para alcançarmos o amor sublime, devemos cultivar a semente da humildade, da bondade, da paciência, do perdão, da tolerância, da indulgência, da ternura, da delicadeza, da renúncia e do entendimento.
Sem os tesouros da fé sincera, essas plantas Divinas não germinarão no canteiro do coração.
Antes do tempo, sucumbirão, alastrando a desarmonia, a delinqüência e os crimes, isto sem falarmos na ampliação dos débitos e no adiamento dos resgates anteriores para reencarnações futuras, quase sempre acrescidas de dores e sofrimentos para o nosso bem.
O médium atento deve se preocupar com essas questões e acima de tudo tratá-las com naturalidade, pois sendo o sexo um mecanismo de evolução, seu abuso poderá contribuir para sua decadência moral.
Ainda se questiona sobre o sexo e prática mediúnica, poderá o médium praticá-la em dias de atividades ou não? – É possível conciliar as duas coisas? – Receberei mensagens espirituais, se praticar o sexo no dia da atividade? – E aquelas pessoas que trabalham em práticas mediúnicas todos os dias na casa espírita e também são casadas, como ficam?
Bem em todas as questões acima, deveremos tratar com bastante simplicidade e autenticidade, pois, sendo o sexo algo natural e que faz parte de nossa escala evolutiva, saber sublimá-lo, o médium nessas questões ao nosso ver poderá praticar sem problemas o sexo regrado com AMOR, com seu ou sua cônjuge sem que isso prejudique a prática mediúnica, pois o sexo conforme nos sabemos é uma troca de energias entre seres que o praticam com respeito e AMOR, como isso poderá fazer mal a algum médium.
Mas, muito se fala de fadiga energética do médium quando pratica tal ato. A lógica nos mostra que quando existe troca de energias, não existe fadiga, falamos aqui da troca calorosa e sincera de energias, isso não se deve entender por sexo desvairado com parceiros estranhos a cada momento como se fosse sexo regrado e sincero. É necessário também expor que mesmo que seja uma só parceira, se a prática for constante e desvairado ai sim, haverá fadiga. Compreendemos que seja uma prática natural e tudo o que extrapola o natural e passa a ser exagerado, tem muito a prejudicar.
Cabe-nos formular aqui uma pergunta a respeito da prática mediúnica. Se o médium está com muita vontade de ter relações afeto-sexual com sua cônjuge ou vice-versa, e não pratica, todavia fica com isso na cabeça o tempo todo, não atrapalharia ainda mais a prática de sua tarefa? - Achamos que sim, pois o pior de tudo é manter o sexo na cabeça, a tarefa mediúnica exige concentração do médium, por isso os pensamentos baixos seguramente obstam uma boa e salutar concentração.
Mas, e o chakra genésico não ficaria “manchado”, como comumente se diz e isso não atrapalha a prática mediúnica. – É como dissemos acima; se existe troca de energias regradamente falando e com o sentimento maior inserido na prática, seguramente não fará mal ao médium sua prática em dias de trabalho na casa espírita, mas lembremos da sensatez.

Sexo - Excessos e abusos

O sexo tem sido tão aviltado pela maioria dos homens reencarnados na crosta, que o que observamos na atualidade é a inversão dos valores Sublimes da Criação Divina, transformado em rolo compressor para os interesses da indústria do sexo desvairado.
É no momento a utilidade mais divulgada e a mais procurada em nossos dias. O interesse é despertar tanto no homem como na mulher a sensualidade, não se importando com os danos que isto certamente vai causar.
  1. O que interessa são os lucros a se arrecadar, ao invés de cultivarmos os valores morais sublimes que ainda não conseguimos enxergar.
  2. A relação sexual entre a maioria dos homens e mulheres terrestres, se aproxima demasiadamente das manifestações dessa natureza entre os irracionais, sem nenhuma obediência às Leis Divinas.
  3. Neste plano de baixas vibrações onde predomina ainda a semi brutalidade, muitas inteligências admiráveis preferem demorar em baixas correntes evolutivas.
  4. A união sexual entre criaturas que já atingiram grandes elevações é muito diferente, traduz a permuta sublime de energias perispirituais, simbolizando o alimento Divino para a inteligência e para o coração e, força criadora não somente de filhos carnais, mas também de obras e realizações generosas da alma para a vida eterna. A procriação é um serviço que pode ser realizado por aquele que ama, sem ser o objetivo exclusivo das uniões.
É lamentável que o homem tenha menos prezado tanto as faculdades criadoras do sexo, desviando-as para os vértices de prazeres infinitos, no desejo incontido de auto satisfazer-se até a prostração das próprias forças, porém todos pagarão pelas faltas que cometerem a esse setor como também para qualquer outro setor da vida.
Todo ato criador está repleto de sagrados valores da Divindade e são estes valores tão abençoados que por interesse de mentes enfermiças, conduzem impreterivelmente para o abuso e orgias de prazeres.
Assim, homens e mulheres raciocinando numa atmosfera mental caótica, permitem aos obsessores do invisível colocar em prática seus interesses na desintegração familiar e social, bem como, retardar o progresso Espiritual, mantendo a grande maioria das criaturas, que se afinam com seus ideais, sobre controle e, com isto, preservam os meios para saciar os seus desejos que não foram corrigidos enquanto encarnado.
Como ninguém foge aos imperativos da Lei de Deus, esses seres, que causaram desvario sexual, resgatarão em reencarnações futuras à duras penas, podendo ser portadores de doenças eminentemente cármicas, a epilepsia, a lepra, a paranóia, a hidrocefalia, o mongolismo e outras moléstias, como também ter como obsessores vários dos que foram prejudicados em caminhadas anteriores.
O médium deverá ter bastante cautela com essa temática, para verdadeiramente colaborar ainda mais com sua conduta mediúnica. Haja vista, já ser ele um necessitado que reencarna agora com propósitos nobres de evolução e restabelecimento da harmonia desarticulada no ontem. O sexo, verdadeiramente é, ainda uma dificuldade da humanidade terrena hodierna, visto a ascensão espiritual já alcançada dos que aqui vivem, ainda encontramos os instintos mais densificados em alguns operando com profundidade.
Porém deve o médium tratar com bastante normalidade e ter sempre em mente sua tarefa na conduta de sua felicidade, não queremos dizer que deverá abster-se totalmente da prática sexual com sua cônjuge, efetivamente não, porém com respeito e moderação para que não caia na prática exagerada e desvirtuada.
O sexo não é um “bicho de sete cabeças”, que deve ser tratado pelo médium como sendo um assunto intocável, mas sim assunto do cotidiano que deverá ser tratado com respeito, como vários outros órgãos do corpo, que colaboram com a manutenção e suporte da vida material do espírito reencarnado.

Homossexualismo

Levando tal comportamento para além das bases materialistas da grande massa heterossexual existente sobre a terra e seus preconceitos moralistas em bases hipócritas, à luz da reencarnação é perfeitamente compreensível.
Com o desenvolvimento da humanidade cresce a quantidade de irmãos, homens e mulheres, somando extensas comunidades em todos os países, clamando por respeito, atenção e igualdade como criaturas humanas.

O Espírito em suas várias encarnações através dos tempos e, confirmando que todos são iguais perante Deus, poderá usar a vesti carnal que se fizer necessária, ora masculina ora feminina, o que sedimenta o fenômeno da bissexualidade mais ou menos pronunciada em quase todas as criaturas. Desta forma, a individualidade em trânsito da experiência feminina para a masculina, demonstrará fatalmente traços do sexo que estagiou por muitos séculos. Claramente compreensível que o Espírito, atendendo aos impositivos regenerativos, poderá reencarnar com um corpo diferente do que não correspondeu perante as aspirações divinas. O homem que abusou das faculdades genésicas arruinando a existência de outras pessoas, com a destruição de uniões construtivas, é forçado a buscar nova posição no renascimento físico, em corpo morfologicamente oposto, aprendendo em regime de prisão, à reajustar os próprios sentidos.
Poderá também Espíritos cultos e sensíveis, séqüitos de realizar tarefas específicas para a elevação de grupos humanos e conseqüentemente elevar-se também, rogar dos Bem Feitores da vida maior que os assistem à utilização de vestimenta corpórea oposta à estrutura psicológica pela qual transitoriamente se definem, protegendo-se desta forma dos arrastamentos irreversíveis no mundo afetivo e terem maiores êxitos nos objetivos almejados.
Observando as tendências homossexuais dos companheiros que estão a caminho no campo de provas e expiações é forçoso que lhes dê o amparo educativo e muito amor, direcionando suas energias sexuais para o campo da criatividade, artes e etc...
Discriminar irmãos nessas condições na casa espírita é verdadeiramente errado, analisemos, pois, da mesma forma um homem (heterossexual) que desregra efusivamente do sexo, terá mais dificuldades na prática de trabalhos na casa espírita do que aquele que tem sua psicologia “invertida” no campo sexual e é regrado, não se vinculando aos prazeres imediatistas. Caba a ele buscar direcionar bem suas energias no trabalho caritativo e seguramente estará cumprindo bem o seu papel, ainda que com dificuldades no campo mental versus morfologia corporal.

O espírita e a questão sexual

Os homens fizeram do sexo um motivo de escândalo. Tornaram o sexo uma coisa impura e repelente. Mas o sexo é uma manifestação do poder criador, das forças produtivas da Natureza. O espírita não pode encarar a questão sexual como assunto proibido. O sexo é a própria dialética da Criação e existe em todos os Reinos da Natureza.
O paganismo chegou a fazer do sexo motivo de adoração. Os povos primitivos revelam grande respeito e assumem atitude religiosa diante do sexo. Mas para esses povos, ainda bem próximos da Natureza, o sexo não está sujeito aos desregramentos, aos abusos e ao aviltamento do mundo civilizado. O cristianismo condenou o sexo e fez dele a fonte de toda a perdição. Mas o Espiritismo reconsidera a questão, colocando-se um meio-termo entre os exageros pagãos e cristãos. O espírita sabe que o sexo é um grande campo de experiências para o espírito em evolução, e que é através dele que a lei de reencarnação se processa, na vida terrena. Como, pois, considerá-lo impuro e repelente?
Em O Livro dos Espíritos, Kardec comenta: “Os Espíritos se encarnam homens ou mulheres, porque não têm sexo. Como devem progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, lhe oferece provas e deveres especiais, e novas ocasiões de adquirir experiências”. Como vemos, o sexo é considerado pelo Espiritismo no seu justo lugar, como um meio de evolução espiritual. O espírita, por isso mesmo, não pode continuar a encarar o sexo como o faz o comum dos homens. Não pode abusar do sexo, nem desprezá-lo. Deve antes considerar o seu valor e a sua importância no processo da evolução.
Ainda existe, no meio espírita, muita prevenção contra os assuntos sexuais. Mas é necessário que essa prevenção seja afastada, através de uma compreensão mais precisa do problema. Não há motivo para fazer-se do sexo um assunto-tabu, mas também não se deve exagerar nesse terreno, pois muitas criaturas se escandalizariam. Devemos lembrar-nos de que, por milhares de anos, através de gerações e gerações sucessivas, o sexo foi considerado, na civilização cristã em que nascemos e vivemos, um campo de depravação, de perdição das criaturas. A simples palavra sexo provoca em muita gente uma situação de ambivalência: interesse oculto e repulsa instintiva. Por isso mesmo, a educação sexual deve ser encarada seriamente nos meios espíritas e não pode ser deixada à margem da pedagogia espírita.
A maior dificuldade para a questão sexual está no lar, na vida familiar. Os pais espíritas não sabem, em geral, como preparar os seus filhos para a chamada "revelação do sexo". O regime do silêncio continua a imperar em nossos lares, criando maiores dificuldades para a solução do problema. A simples proibição do assunto gera um clima de mistério em torno da questão sexual, aumentando os motivos de desequilíbrio para os adolescentes. Os pais, por sua vez, sofrem também de inibições decorrentes de um sistema errado de educação, a que estiveram sujeitos.
Na família, a atitude mais acertada é a de não se responder com mentiras doiradas às indagações das crianças sobre questões sexuais. Mas não se deve, também, responder de maneira crua. Seria uma imprudência querermos sair de um sistema de tabus para uma situação de franqueza rude. Há muitas maneiras de fazer a criança sentir que o problema sexual não é mais importante nem menos importante que os demais. Cada mãe ou pai tem de descobrir a maneira mais conveniente ao seu meio familiar. A regra mais certa é a resposta verdadeira, de maneira indireta. Se a criança perguntar: "Como a gente nasce?", deve-se responder, por exemplo: "Da mesma maneira que os gatinhos". Começando assim, a pouco e pouco os próprios pais vão descobrindo a técnica de vencer as dificuldades, sem embair os filhos com lendas e mentiras que criaram um ambiente de excitação perigosa.
Nas escolas espíritas, o problema deve ser colocado com o mesmo cuidado, pois a situação é ainda mais melindrosa: as crianças de uma classe pertencem a diversas famílias, com diferentes costumes. É perigosa a chamada "atitude científica", geralmente seguida, nos ginásios, pelos professores de ciências. A frieza científica não leva em consideração as sutilezas psicológicas. O ideal é que o assunto seja discutido previamente em reuniões pedagógicas, entre os professores de ciências, de psicologia, de moral, e o orientador pedagógico. Na verdade, o problema é mais de pedagogia do que de ciências. O bom pedagogo saberá conduzi-lo com o tato necessário, sem produzir choques perigosos e sem permitir que o assunto caia novamente no plano do mistério.
Quanto aos jovens, devem promover cursos e seminários a respeito, sempre com a assistência de um professor experimentado, de moral ilibada e reconhecido bom-senso. Os jovens têm grande necessidade de boa orientação sexual, pois estão na fase de maior manifestações dessas exigências, e, se não forem bem orientados, poderão cair em lamentáveis complicações. O jovem espírita, embora esclarecido pela doutrina, não está menos sujeito a desequilíbrios sexuais. Sabemos que esses desequilíbrios têm duas fontes principais: os abusos e vícios do passado, em encarnações desregradas, e as influências de entidades perigosas, muitas vezes ligadas aos jovens pelo passado delituoso. Por isso mesmo, o problema só pode ser tratado de maneira elevada, com grande senso de responsabilidade. Os médicos espíritas podem ser grandes auxiliares das Mocidades Espíritas nesse setor.
Quanto aos espíritas adultos, não estão menos livres do que os jovens. São vítimas de uma educação defeituosa, de um ambiente moral dominado pela hipocrisia em matéria sexual, e trazem às vezes agravadas por esse ambiente as heranças do passado. Precisam acostumar-se, no meio espírita, a encarar o problema sexual de maneira séria, evitando as atitudes negativas, que dão entrada às influências perigosas. Encarando o sexo sem malícia, como uma função natural e uma necessidade vital, o espírita ao mesmo tempo se corrige e modifica o ambiente em que vive, afastando do mesmo os espíritos viciosos e maliciosos, que não mais encontram pasto para os seus abusos. O melhor meio de afugentar esses espíritos, e de encaminhá-los também a uma reforma íntima, é a criação de uma atitude pessoal de respeito pelos problemas sexuais e o cultivo de um ambiente de compreensão elevada no lar.
Essa mesma atitude deve ser levada para os ambientes de trabalho, por mais contaminados que eles se apresentem. O espírita não deve fugir espavorido diante das conversas impróprias, pois com isso demonstraria incompreensão do problema e provocaria maior interesse dos outros em perturbá-los. Mas não deve, também, estimular essas conversas, com sua participação ativa. Sua atitude deve ser de completa naturalidade, de quem conhece o problema e não se espanta com as conversas de mau gosto, mas também de quem não acha motivos para alimentar essas conversas e delas participar. Sempre que possível, e com senso de oportunidade, ele deve procurar mudar os rumos da conversa, para assuntos mais aproveitáveis, ou mesmo para os aspectos sérios do problema sério sexual.
A mente viciosa se compraz nas conversas deletérias, nas imagens grotescas, nas expressões desrespeitosas. Escandalizar-se diante dessas coisas, ou repeli-las com violência, é sempre prejudicial e anticaridoso, pois essas pessoas são as que mais necessitam de amparo e orientação. O mais certo é procurar um meio de ajudá-las a se libertarem dessa viciação. E o meio mais eficaz é orientar a conversação viciosa para aspectos graves, como as conseqüências dos vícios, as situações dolorosas em que se encontram pessoas conhecidas, e a conveniência de tratar-se o sexo com o respeito devido às forças criadoras da Natureza.
Nos casos dolorosos de inversão sexual, o espírita vê-se geralmente em dificuldade. O mais certo é apelar para o conhecimentos doutrinários e para o poder da prece. Ajudar o irmão desequilibrado a lutar corajosamente para a sua própria recuperação, procurando corrigir a mente viciosa e manter-se o mais possível em atitude de quem espera e confia na ajuda dos Espíritos Superiores. Trabalhos mediúnicos podem favorecer grandemente esses casos, quando realizados com médiuns sérios, conscientes de sua responsabilidade e de reta moral. Não se dispondo de elementos assim, de absoluta confiança, é melhor abster-se desses trabalhos, insistindo na educação progressiva do irmão infeliz, através de preces, leituras e estudos, conversações construtivas e passes espirituais, aplicados de maneira metódica, em dias e horas certas. Se o irmão enfermo colaborar, com sua boa vontade, os resultados positivos logo se farão sentir. Porque ninguém está condenado ao vício e ao desequilíbrio, a não ser pela sua própria vontade ou falta de vontade para reagir.
Nosso destino está vinculado à maneira por que encaramos o sexo. Bastaria isso para nos mostrar a importância do problema. Inútil querermos fugir a ele. O necessário é modificarmos profundamente as velhas e viciosas atitudes que trazemos do passado e que encontramos de novo na sociedade terrena, ainda pesadamente esmagada pelas suas próprias imperfeições. Encaremos o sexo como uma manifestação do poder criador, tratando-o com o devido respeito, e mudaremos a nós mesmos, os outros e a sociedade em que vivemos. O espírita deve ser o elemento sempre apto a promover essa mudança, e nunca um acomodado às situações viciosas que dominam as criaturas e as escravizam, por toda parte, na terra e no espaço.

Em conclusão:

O problema sexual deve ser encarado pelo espírita com naturalidade, em face da naturalidade da função criadora; o sexo deve ser considerado como fonte de força, vida e equilíbrio, devendo por isso mesmo ser respeitado e não aviltado; entre o desregramento do pagão e o preconceito do cristão dogmático, o espírita deve manter-se no equilíbrio da compreensão exata do valor do sexo; as fontes da vida não podem ser desrespeitadas e afrontadas pela malícia e a impureza dos homens.
Lembramos ainda, que a mente é um corcel que por vezes segue desenfreado existência a fora e que muitas vezes é o motivo de maior “poluição” de nossa trajetória evolutiva. Praticar o sexo afinado e sincero com o esposo ou a esposa referencia uma troca salutar e necessária de fluidos energéticos de parceiro a parceiro e de forma nenhuma atrapalha atividade alguma em termos de desempenho do trabalhador, mas cristalizar o sexo na cabeça, isso sim seguramente atrapalha.
Tratemos em nossas casas, cada caso sendo efetivamente um caso a se estudar para podermos de uma melhor maneira orientar e não desferir idéias pré-concebidas e por vezes descabidas para confessar muitas das vezes um puritanismo de nossa parte inútil, tratemos com lucidez para podermos colaborar melhor, destruindo assim, o “medo”, “tabu”, que existe sobre o sexo em nosso meio.
200. Têm sexos os Espíritos
“Não como o entendeis, pois que os sexos dependem da organização. Há entre eles amor e simpatia, mas baseados na concordância dos sentimentos.”
201. Em nossa existência, pode o Espírito que animou o corpo de um homem
animar o de uma mulher e vice-versa?

“Decerto; são os mesmos os Espíritos que animam os homens e as mulheres.”

O Livro dos Espíritos - Sexo nos Espíritos