Mostrando postagens com marcador Reflexão. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Reflexão. Mostrar todas as postagens

29 de out. de 2021

Reflexão: É fácil recriminar, mas...

 

Será que somos diferentes? Será que somos tão maravilhosamente perfeitos a ponto de só enxergarmos problemas nos outros? Será que somos realmente honestos ou é pura hipocrisia, simples aparência?

Eu estava conversando com uma amiga francesa sobre o fato de muitas pessoas viverem reprovando outras, como se elas próprias não tivessem defeitos, como se elas não cometessem atos igualmente reprováveis. Então, essa amiga citou frase de La Rochefoucauld: “Si nous n’avions pas tant de défauts, nous ne prendrions pas tant de plaisir à en remarquer chez les autres.”- tradução: “Se não tivéssemos tantos defeitos, não teríamos tanto prazer em observar os dos outros”.

A conversa fluiu. Despedimo-nos. Deitei para dormir. E aquela frase não me saía da mente. Lembrei que lera num livro outra frase dele: “Deploramos com facilidade os defeitos alheios, mas raramente nos servimos deles para corrigir os nossos.” Continuei pensando com meus botões e lembrei em uma outra frase, essa agora de Frei Damião: “Antes de clamar contra a maldade dos tempos e dos homens, examinas se estás sendo a luz que deves ser.”

À mente veio, de repente, lembrança da época de colégio, quando um dos padres citou Mateus, da Bíblia Sagrada, dizendo que geralmente vemos o argueiro no olho do irmão, mas não a trave no nosso.

Corpo e mente já cansados, clamando por merecido descanso. Viro para o lado no intuito de apagar a “meia-luz” da luminária, que me faz relaxar e permite à deusa do sono me entregar. Vejo então meu livro constante de cabeceira, o Evangelho Segundo o Espiritismo. Nele encontro: “Um dos defeitos da humanidade é ver o mal de outrem antes de ver o que está em nós. Para se julgar a si mesmo, seria preciso poder se olhar num espelho, transportar-se, de alguma sorte, para fora de si e se considerar como outra pessoa, em se perguntando: Que pensaria eu se visse alguém fazendo o que faço?”

Tantas reflexões. Mas a cama me chama, a deusa do sono me abraça e eu já não penso em mais nada. Adormeço apenas com a certeza: se quisermos corrigir os defeitos do mundo, devemos começar corrigindo os nossos, como diria aquele Frei, examinando se estamos sendo a luz que devemos ser.

Cirilo Veloso Moraes

27 de out. de 2021

Reflexão: Problemas e Desafios


Se você, assim como eu, anda observando que problemas são ingredientes que nunca faltam nos banquetes da vida, temos algo em comum que em muito poderá elucidar alguns equívocos na dinâmica do cotidiano. Muitas pessoas se desesperam diante de cada problemática que as visita pelo amanhecer e no decorrer das jornadas diárias.

Muitos poderão dizer que problemas são desafios e perguntarem: o que seria da vida sem os problemas? Faria sentido viver diariamente sem um "probleminha" sequer? Aprendemos desde criança a resolver os "probleminhas" de matemática, que requeriam de cada um de nós bastante tempo de raciocínio, tarefas essas que formavam a nossa base para as resoluções de questões de maiores complexidades.

Bom. Matemática à parte, sigamos pelo cotidiano com os problemas e desafios a serem transpostos na lida diária. Esses parceiros inseparáveis nos auxiliando na caminhada evolutiva da vida. O certo é que os problemas de cada um, em particular, são questões a serem resolvidas através de muito trabalho, raciocínio e esforço próprio.

Podemos receber ajuda dos céus e das pessoas que nos circundam, inclusive das virtuais, mas cabe somente a cada um de nós resolver os próprios problemas. Essa dinâmica é que nos faz crescer e evoluir a ponto de enfrentá-los sem medo da derrota e com a certeza da vitória do aprendizado em favor da felicidade que buscamos.

Os problemas, como já sabemos, podem se manifestar por meio de uma crise financeira, ou de uma enfermidade, ou de uma relação de amizade ou conjugal complicada, ou apenas de um simples melindre, ou de uma atitude arrogante ou impensada etc.

Se ficarmos parados diante deles, reclamando ou simplesmente "deixando pra lá" ou no "seja o que Deus quiser", os problemas continuarão sendo problemas, haja vista que o que Deus quer de nós, para o nosso bem na jornada evolutiva, é que nos esforcemos e resolvamos os respectivos problemas, colocando em ação a fé, a esperança e a caridade que devemos ter uns com os outros.

Diante disso, conclui-se que cada problema requer um desafio a transpor, através da força de vontade de vencer, da aplicação do pensamento positivo e da paciência, dentre tantas outras virtudes. Não é fácil, mas podemos treinar passo a passo. Todo desafio é um aprendizado que nos habilita à transposição de novos desafios e assim por diante; pois, com certeza, tudo podemos n'Aquele que nos fortalece quando fazemos a nossa parte.

Yé Gonçalves

26 de out. de 2021

Reflexão: a gratidão nos ensina que quase tudo na vida é bom

 

As pessoas estão cada dia mais insatisfeitas. A grande insatisfação das pessoas se reflete na quantidade de reclamações que elas fazem. O problema da reclamação é tão grave que quase todas as pessoas estão insatisfeitas sempre ou constantemente.

Sempre reclamam, julgam, brigam e desistem de boas atitudes. O grande problema é a percepção deturpada da realidade. Elas não percebem três verdades:

  • Elas recebem muito.
  • Elas aproveitam pouco do que recebem.
  • O que elas consideram negativo na maior parte das vezes é positivo.

Exemplo simples:

O sujeito fica bravo porque o farol de trânsito ficou vermelho. Ele reclama do farol com raiva. Porém, nos dias em que o farol está quebrado ele demora 10 vezes mais tempo para atravessar o mesmo cruzamento. Ele percebe a realidade negativamente porque está dominado pela mente reativa.

A mente reativa age assim:

  • Foca na perda e no que falta;
  • Deixa em segundo plano o que ganha e o que abunda;
  • Apesar de saber da importância do farol, ele realmente vive a perda, a raiva e a tensão pelo fato do sinal ficar vermelho.

Você precisa aprender a viver com a mente neutra. Uma forma de treinar a viver com a mente neutra é mentalizando as verdades mais elevadas.

A gratidão nos ensina que quase tudo na vida é bom. Agradecer o que vem e não está em nossos planos. Agradecer porque precisamos que a vida nos obrigue a viver vários tipos diferentes de situações. Essas situações são negativas? Não, não são. São positivas porque nos obrigam a experimentar o que não experimentaríamos por nossa própria vontade. Devemos aceitar e dizer: seja bem-vinda! O resultado será mais sabedoria, mais maturidade, mais qualidades.

Tudo isto gera facilidades futuras. O que aprendi ontem se torna facilidade hoje. Um dia aprendi a andar, hoje ando com facilidade, entendeu? Por isso, é bom viver o que não escolhemos.

Nosso foco deve ser NÃO reclamar. O foco deve ser APROVEITAR.

Regis Mesquita

16 de out. de 2021

Reflexão: A ilusão do ter...


“Tudo que está fora de ti representa caminho que transitas... prender-se ao efêmero é viver na ilusão.”- Emmanuel

As preocupações do homem com o “TER” é, muitas vezes, a meta a ser alcançada nestes dias de estímulos ao consumo, cuja ideia subliminar induz-nos ao entendimento de que “é melhor aquele que tem mais ou aquele que tem o mais novo modelo”.

Temos natural preocupação com a manutenção das boas condições físicas do corpo e com a aquisição de bens que proporcionam melhor conforto e satisfação. Porém, nos esquecemos de que os excessos são acúmulos materiais à nossa volta que se transformam, cedo ou tarde, em motivos de aflições quando, por motivos variados, deixamos de ter a posse deles. Será que passamos pela mesma angústia quando perdemos a paciência?

Quando perdemos o estímulo para o desempenho da tarefa de auxílio ou quando perdemos o interesse pelo estudo? Que diríamos nós se passássemos por um terremoto e perdêssemos todo patrimônio material que juntamos, mas nos salvássemos ilesos: Oh! Meu Deus, perdi tudo? ou Meu Deus, os maiores valores que me deste ainda tenho comigo?

Diariamente, Deus nos proporciona várias possibilidades de sobrevivência que nos chegam por vias distintas: por via externa, usufruindo de bens materiais perecíveis que nos chegam de formas diversas para experimentar seu uso e compartilhamento correto ou, em outros momentos, a falta deles para exercitarmos o desapego e a preservação da integridade moral na carência; por via interna, recebemos as sementes das virtudes eternas que precisam ser regadas para que cresçam e se fixem como bens de direito.

São elas a paciência, a aceitação, a benevolência, a humildade, enfim, um vasto patrimônio que não se perde com tsunamis, não se rouba, quebra ou enferruja, pois que foram adquiridos com o esforço próprio da alma aprimorada que se preocupou em elevar os instintos primitivos ao longo das encarnações vividas.
Quem se justifica dizendo que perdeu a paciência, a educação na verdade nunca as teve, disfarça as imperfeições com o verniz da polidez.

Os evangelistas Marcos, Lucas e Mateus relatam que, estando Jesus em Cesárea, começou a perceber que eram chegados os tempos e demonstrar intenção de seguir para Jerusalém dizendo que “era necessário que (Ele, Jesus) sofresse muitas coisas, fosse rejeitado pelos anciões, pelos principais sacerdotes e pelos escribas, fosse morto e que depois de três dias ressuscitasse.”

A predição dos acontecimentos vindouros era para enfatizar aos homens, naquele momento e por toda a história da humanidade, que os fatos que haviam de ocorrer não eram puramente humanos e ocasionais, mas parte da missão de amor e abnegação do Cristo para com a humanidade terrestre, reforçando o entendimento que antes de nossa vontade, por maior seja o “poder” adquirido com o desenvolvimento das virtudes, vem os desígnios do Criador para com a sua criação.

Naquele momento, ainda equivocaram-se os discípulos a respeito da grandiosa presença do Mestre entre nós, em especial Pedro que reagiu com impaciência às previsões do Mestre, pois entendia que a Ele cabia o reino na terra, o poder e a glória do mundo, o lugar dos romanos, o necessário e também os excessos que acumulam os soberanos, mas Jesus vinha apresentar o reino da vida eterna, onde os maiores patrimônios são os bens espirituais, as virtudes conseguidas com o esforço individual no exercício do dia a dia.

“Pois que aproveitaria ao homem ganhar o mundo e perder a sua alma?”. (Marcos, 8:36)

De que adianta o poder do ignorante e o patrimônio do sovina? Façamos a reflexão sobre quais excessos estamos prontos a nos libertar e o que damos nós pela Vida Eterna. Quais patrimônios deixaram de ser ilusão?

10 de out. de 2021

Reflexão: Sorte ou Merecimento?

 

A palavra sorte costuma ser muito utilizada. Em face de algum acontecimento significativo, fala-se em boa ou má sorte. A palavra sorte costuma ser muito utilizada. Em face de algum acontecimento significativo, fala-se em boa ou má sorte.

Diz-se que algumas pessoas têm muita sorte. A vida parece lhes sorrir. Têm grandes amigos, saúde, bom emprego, família equilibrada.

Já para outros a vida não é tão risonha. Vivem a braços com grandes dificuldades. Relacionam-se afetivamente com pessoas indignas. Seus empreendimentos profissionais não obtêm sucesso. Sua saúde costuma oscilar.

São muitas as formas pelas quais se tenta explicar e contornar a má sorte. Consulta-se a posição das estrelas no momento do nascimento. Fazem-se pequenos rituais, a fim de obter conjunções propícias.

Em face de sucessivos desgostos, há quem afirme ser uma questão de carma. A pessoa imagina estar destinada ao sofrimento e à derrota. Ocorre ser mais correto raciocinar em termos de Lei de Causa e Efeito.

Tudo o que se faz gera consequências inexoráveis. Muitos comportamentos do passado ainda hoje estão a espargir efeitos. Quem semeou espinhos nos caminhos alheios não pode esperar transitar por róseas estradas.

Mas a pior herança que a criatura traz em si são os maus hábitos. Aquele que se acostumou no pretérito a gastar mal o tempo persiste preguiçoso. O rico dilapidador segue imprevidente, mesmo vivendo na pobreza. O maledicente de ontem continua mais ocupado com o viver alheio do que com o seu.

O Espírito troca de corpo físico, em suas diferentes romagens terrenas, mas persiste o mesmo em seu íntimo. Toma algumas boas resoluções no período em que permanece no plano espiritual. Entretanto, a existência terrena é proveitosa quando põe em prática suas salutares deliberações.

A reforma íntima exige esforço e perseverança. Ninguém abandona maus hábitos a brincar. Virtudes também não são desenvolvidas por um golpe de vontade. É necessário coragem e disciplina para recomeçar a cada tropeço.

A rigor não é importante o que você fez no passado. O pretérito se apresenta na forma de algumas dificuldades, é certo. Mas dificuldades são desafios, nada além disso. Seus problemas são principalmente fruto do modo como você vive hoje. Certamente você deseja atrair pessoas dignas para sua esfera de relações.

Então, adote hábitos dignos. Se deseja um bom emprego, torne-se um profissional competente. Quando necessita demitir, um patrão sempre trata de preservar os melhores empregados. Assim, para ter tranquilidade, gaste seu tempo estudando e se aprimorando.

Faça sempre um pouco a mais do que lhe pedem. Não imagine que passar em um teste de admissão ou em um concurso tenha a ver com sorte. Bons amigos também não são sorteados ao acaso. Saúde vigorosa pressupõe bons hábitos de vida. As coisas boas da vida devem ser conquistadas. Viver bem não é uma questão de sorte, mas de merecimento.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita

6 de out. de 2021

Reflexões sobre Compreensão e Tolerância

 Reflexões sobre Compreensão e Tolerância

"O verdadeiro caráter da caridade é a modéstia e a humildade, e consiste em não se ver superficialmente os defeitos alheios, mas em se procurar salientar o que há de bom e virtuoso no próximo. Porque, se o coração humano é um abismo de corrupção, existem sempre, nos seus mais ocultos refolhos, os germes de alguns bons sentimentos, centelha vivaz da essência espiritual " Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo X. Bem-aventurados os Misericordiosos. Item 18. Dufétre.

A maneira de procurar entender justificativas ou atitudes daqueles com quem estamos dialogando, leva-nos, certamente, a disposição de não-interferência nos próprios pontos de vista, portanto, de isenção, imparcialidade e neutralidade. Para sermos compreensivos precisamos estar preparados para aceitar reações, e a conduta, o modo de ser das pessoas, sem prejulgamentos ou condenações.

Precisamos estar preparados para aceitar as criaturas como elas são, do jeito que elas se expressam, até mesmo quando corrompidas, criminosas, assaltantes, prostituídas ou viciadas. Encarando-as com o pressuposto de que possuem essência espiritual e como tal são passíveis de bons sentimentos, com potencialidades latentes, sujeitas ao desenvolvimento, a nossa firme convicção nesses valores espirituais poderá transmitir aos seres mais difíceis a confiança que um dia esperavam para sair do estado conturbado e se conduzir a rumo seguro em sua vida.

A rigor não temos meios de avaliar as profundezas do caráter de ninguém, pois quaisquer conclusões apressadas são falsas. A atitude mais prudente, honesta e cristã é a de compreensão e tolerância para com quaisquer indivíduos. Esse é o nosso comportamento mais produtivo.

O sentimento de tolerância é consequência da compreensão. Como não nos cabe salientar os erros e defeitos alheios, nem mesmo criticá-los, devemos admitir, desculpar, aceitar, perdoar, atenuar e mesmo comutar esses erros. Em nosso relacionamento comum, como podemos ser compreensivos e tolerantes?

  • Evitando fazer comentários desairosos e deprimentes em relação a quaisquer criaturas;
  • Aceitando as reações alheias sem nos aborrecer e sem condená-las;
  • Ouvindo serenamente, por mais chocantes e pavorosas que sejam suas narrações, aqueles que nos confiem seus problemas, sem esboçarmos escândalo, mas ajudando-os a encontrar, por eles mesmos, os caminhos de saída;
  • Afastando, de todas as maneiras, ressentimentos, mágoas ou remorsos que os dissabores provocados por alguém estejam nos perturbando a tranquilidade;
  • Eliminando a intransigência nas nossas análises em relação ao comportamento do próximo;
  • Ponderando com isenção e equilíbrio infrações cometidas por funcionários, na oficina de trabalho ou no meio doméstico, aproveitando experiências deles para renovar-lhes oportunidades de acertos;
  • Não nos referindo a exemplos próprios de boa conduta para recomendar procedimentos a outrem;
  • Transformando austeridade punidora dos maus comportamentos entre familiares em colóquios abertos, ouvindo e comentando coletivamente em torno dos problemas para que se chegue calmamente às correções cabíveis.

"Sede indulgentes, meus amigos, porque a indulgência atrai, acalma, corrige, enquanto o rigor desalenta, afasta e irrita." A Indulgência - José, Espírito Protetor.

Ney P. Peres