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17 de mai. de 2017

O Fluído Cósmico Universal.




"Há um fluido etéreo que enche o espaço e penetra os corpos. Esse fluido é o éter ou matéria cósmica primitiva, geradora do mundo e dos seres. São-lhe inerentes as forças que presidiram às metamorfoses da matéria, as leis imutáveis e necessárias que regem o mundo."

(Allan Kardec: A gênese, cap. 6, item 10.)

"A matéria cósmica primitiva continha os elementos materiais, fluídicos e vitais de todos os universos que estadeiam suas magnificências diante da eternidade. Ela é a mãe fecunda de todas as coisas, a primeira avó e, sobretudo, a eterna geratriz."

(Allan Kardec: A gênese, cap. 6, item 17.)

"Como princípio elementar do Universo, ele assume dois estados distintos: o de eterização ou imponderabilidade, que se pode considerar o primitivo estado normal, e o de materialização ou de ponderabilidade, que é, de certa maneira, consecutivo àquele. O ponto intermédio é o da transformação do fluido em matéria tangível. Allan Kardec: A gênese, cap. 14, item 2.
O fluido vital, existente em todos os corpos vivos da Natureza, […] tem por fonte o fluido universal. É o que chamais fluido magnético, ou fluido elétrico animalizado."

(Allan Kardec: O livro dos espíritos, questão 65).

Os Espíritos Superiores nos esclarecem que há [...] um fluido etéreo que enche o espaço e penetra os corpos. Esse fluido é o éter ou matéria cósmica primitiva, geradora do mundo e dos seres. São-lhe inerentes as forças que presidiram às metamorfoses da matéria, as leis imutáveis e necessárias que regem o mundo. Essas múltiplas forças, indefinidamente variadas segundo as combinações da matéria, localizadas segundo as massas, diversificadas em seus modos de ação, segundo as circunstâncias e os meios, são conhecidas na Terra sob os nomes de gravidade, coesão, afinidade, atração, magnetismo, eletricidade ativa. Os movimentos vibratórios do agente são conhecidos sob os nomes de som, calor, luz, etc. Em outros mundos, elas se apresentam sob outros aspectos, revelam outros caracteres desconhecidos na Terra e, na imensa amplidão dos céus, forças em número indefinido se têm desenvolvido numa escala inimaginável, cuja grandeza tão incapazes somos de avaliar, como o é o crustáceo, no fundo do oceano, para apreender a universalidade dos fenômenos terrestres. Ora, assim como só há uma substância simples, primitiva, geradora de todos os corpos, mas diversificada em suas combinações, também todas essas forças dependem de uma lei universal diversificada em seus efeitos e que, pelos desígnios eternos, foi soberanamente imposta à criação, para lhe imprimir harmonia e estabilidade.

A grande diversidade de corpos materiais existentes no Universo, inclusive no nosso planeta, [...] é porque, sendo em número ilimitado as forças que hão presidido às suas transformações e as condições em que estas se produziram, também as várias combinações da matéria não podiam deixar de ser ilimitadas. Logo, quer a substância que se considere pertença aos fluidos propriamente ditos, isto é, aos corpos imponderáveis, quer revista os caracteres e as propriedades ordinárias da matéria, não há, em todo o Universo, senão uma única substância primitiva; o cosmo, ou matéria cósmica dos uranógrafos.

Esclarecem ainda os Espíritos Superiores que a matéria cósmica primitiva continha os elementos materiais, fluídicos e vitais de todos os universos que estadeiam suas magnificências diante da eternidade. Ela é a mãe fecunda de todas as coisas, a primeira avó e, sobretudo, a eterna geratriz. Absolutamente não desapareceu essa substância donde provêm as esferas siderais; não morreu essa potência, pois que ainda, incessantemente, dá à luz novas criações e incessantemente recebe, reconstituídos, os princípios dos mundos que se apagam do livro eterno. A substância etérea, mais ou menos rarefeita, que se difunde pelos espaços interplanetários; esse fluido cósmico que enche o mundo, mais ou menos rarefeito, nas regiões imensas, opulentas de aglomerações de estrelas; mais ou menos condensado onde o céu astral ainda não brilha; mais ou menos modificado por diversas combinações, de acordo com as localidades da extensão, nada mais é do que a substância primitiva onde residem as forças universais, donde a Natureza há tirado todas as coisas.

O Espírito André Luiz elucida que no fluido cósmico, entendido como sendo o plasma divino [...], hausto do Criador ou força-nervosa do Todo-Sábio. [...] vibram e vivem constelações e sóis, mundos e seres, como peixes no oceano. [...] Nessa substância original, ao influxo do próprio Senhor Supremo, operam as Inteligências Divinas a Ele agregadas, em processo de comunhão indescritível [...], extraindo desse hálito espiritual os celeiros da energia com que constroem os sistemas da Imensidade, em serviço de Co-Criação em plano maior, de conformidade com os desígnios do Todo-Misericordioso, que faz deles agentes orientadores da Criação Excelsa.

O fluido cósmico, entendido como sendo o princípio elementar do Universo, demonstra possuir propriedades «sui generis» assumindo [...] dois estados distintos: o de eterização ou imponderabilidade, que se pode considerar o primitivo estado normal, e o de materialização ou de ponderabilidade, que é, de certa maneira, consecutivo àquele. O ponto intermédio é o da transformação do fluido em matéria tangível. Mas, ainda aí, não há transição brusca, porquanto podem considerar-se os nossos fluidos imponderáveis como termo médio entre os dois estados. Cada um desses dois estados dá lugar, naturalmente, a fenômenos especiais: ao segundo pertencem os do mundo visível e ao primeiro os do mundo invisível. Uns, os chamados fenômenos materiais, são da alçada da Ciência propriamente dita, os outros, qualificados de fenômenos espirituais ou psíquicos, porque se ligam de modo especial à existência dos Espíritos, cabem nas atribuições do Espiritismo. Como, porém, a vida espiritual e a vida corporal se acham incessantemente em contato, os fenômenos das duas categorias muitas vezes se produzem simultaneamente. No estado de encarnação, o homem somente pode perceber os fenômenos psíquicos que se prendem à vida corpórea; os do domínio espiritual escapam aos sentidos materiais e só podem ser percebidos no estado de Espírito.
No estado de eterização, o fluido cósmico não é uniforme; sem deixar de ser etéreo, sofre modificações tão variadas em gênero e mais numerosas talvez do que no estado de matéria tangível. Essas modificações constituem fluidos distintos que, embora procedentes do mesmo princípio, são dotados de propriedades especiais e dão lugar aos fenômenos peculiares ao mundo invisível. Dentro da relatividade de tudo, esses fluidos têm para os Espíritos, que também são fluídicos, uma aparência tão material, quanto a dos objetos tangíveis para os encarnados e são, para eles, o que são para nós as substâncias do mundo terrestre. Eles os elaboram e combinam para produzirem determinados efeitos, como fazem os homens com os seus materiais, ainda que por processos diferentes.

Devido à natureza e o tipo de forças que atuam na vida extrafísica, os elementos fluídicos do mundo espiritual escapam aos nossos instrumentos de análise e à percepção dos nossos sentidos, feitos para perceberem a matéria tangível e não a matéria etérea. Alguns há, pertencentes a um meio diverso a tal ponto do nosso, que deles só podemos fazer idéia mediante comparações tão imperfeitas como aquelas mediante as quais um cego de nascença procura fazer ideia da teoria das cores. Mas, entre tais fluidos, há os tão intimamente ligados à vida corporal, que, de certa forma, pertencem ao meio terreno. Em falta de observação direta, seus efeitos podem observar-se, como se observam os do fluido do imã, fluido que jamais se viu, podendo-se adquirir sobre a natureza deles conhecimentos de alguma precisão. É essencial esse estudo, porque está nele a chave de uma imensidade de fenômenos que não se conseguem explicar unicamente com as leis da matéria.

Finalmente, nos parece oportuno esclarecer a respeito de um subproduto do fluido cósmico, existente em todos os seres vivos. Trata-se do fluido ou princípio vital. O princípio vital é [...] o princípio da vida material e orgânica, qualquer que seja a fonte donde promane, princípio esse comum a todos os seres vivos, desde as plantas até o homem. Pois que pode haver vida com exclusão da faculdade de pensar, o princípio vital é coisa distinta e independente. [...] Para uns é uma propriedade da matéria, um efeito que se produz achando-se a matéria em dadas circunstâncias 7. O princípio vital – também chamado de fluido magnético ou fluido elétrico animalizado –, e tendo como fonte o fluido cósmico universal, é encontrado em todos os corpos vivos da Natureza.
Modificado segundo as espécies, é [...] ele que lhes dá movimento e atividade e os distingue da matéria inerte [...]. Podemos então dizer que o princípio ou fluido vital [...] é a força motriz dos corpos orgânicos. Ao mesmo tempo que o agente vital dá impulsão aos órgãos, a ação destes entretém e desenvolve a atividade daquele agente, quase como sucede com o atrito, que desenvolve o calor.

3 de dez. de 2012

Mesmer e o Fluido Universal.


A primeira apresentação pública das idéias de Mesmer foi feita no dia 27 de Maio de 1766, na Universidade de Viena, com a sua tese de doutorado, Da influência dos planetas sobre o corpo humano. Seguindo o costume da época, o trabalho foi originalmente redigido em latim: Dissertatio physico-medica de planetarum influxu in corpus humanum. Neste texto, ele utilizou pela primeira vez o conceito de fluido universal.


Mesmer compreendia, desde sua tese de doutorado, as relações íntimas entre o fluido magnético animal, a eletricidade e o magnetismo mineral, pois todos eles são tirados do fluido universal. Esta hipótese foi confirmada depois pela doutrina espírita – na questão 427 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec questiona aos espíritos: “De que natureza é o agente que se chama fluido magnético?”, e eles responderam: “Fluido vital, eletricidade animalizada, que são modificações do fluido universal.”


Mesmer explicava que, para perceber os fenômenos do magnetismo animal, é preciso fazer uso de um novo sentido:


“O magnetismo animal deve ser considerado nas minhas mãos como um sexto sentido artificial. Os sentidos não se definem nem se descrevem: eles sentem. Seria em vão ensinar um cego de nascença a teoria das cores. É necessário fazê-lo ver, ou seja, sentir [...] Ele deve em primeiro lugar se transmitir pelo sentimento. O sentimento e apenas ele pode tornar a teoria inteligível. Por exemplo, um dos meus doentes, acostumado a provar os efeitos que produzo, tem, para me compreender, uma disposição a mais do que o restante do homens.” (MESMER, 1781)


De acordo com a teoria do magnetismo animal, o fluido é perceptível apenas pelo sexto sentido, ou sentido espiritual, como foi definido posteriormente por Allan Kardec, na doutrina espírita.



A confusão entre o magnetismo animal e o mineral.



Por causa do nome, muitas pessoas acham que o Magnetismo Animal é uma terapia que usa imãs para curar. Mas isso não passa de um grande equívoco.


Mesmer compreendia, desde sua tese de Doutorado, que o fluido magnético animal, a eletricidade, o magnetismo mineral e até a luz eram diferentes manifestações do fluido universal. A Doutrina Espírita confirmou essa hipótese. Na questão 427 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec questionou os Espíritos: "De que natureza é o agente que se chama fluido magnético?", e eles responderam: "Fluido vital, eletricidade animalizada, que são modificações do fluido universal".


Mesmer fazia uso do fluido ou princípio vital* em sua medicina. O imã poderia servir apenas como condutor de seu efeito, como também o vidro, metais e a água. A maioria dos médicos de sua época não conhecia essa teoria. Os poucos que conheciam, não compreendiam. Na fase experimental de sua pesquisa, Mesmer chegou a fazer experiências associando ímãs, magnetos ou eletricidade como condutores do Magnetismo Animal, mas depois abandonou esta prática.


Mesmer teve a idéia de utilizar a água como meio para os efeitos do fluido vital. Essa técnica, preservada pelos magnetizadores do passado, até hoje é utilizada nos centros espíritas (é o que chamamos de água fluidificada).


Mesmer ensinava a diferença entre os dois magnetismos: "O ímã, seja natural, seja artificial, é, assim como os outros corpos, suscetível do Magnetismo Animal, e mesmo da virtude oposta, sem que, nem num nem noutro caso, sua ação sobre o ferro e a agulha sofra alguma alteração; o que prova que o princípio do Magnetismo Animal difere essencialmente daquele do mineral", explicou em Memórias, de 1779.


Quando Mesmer escreveu sua tese de Doutorado em Medicina, no dia 27 de maio de 1766, ele deu a suas descobertas o nome de Gravitação Animal. "Existe uma influência mútua entre os seres, equivalente à que ocorre entre os astros" - era uma comparação entre o princípio vital e a teoria da gravitação de Newton.


Observando que os efeitos dos ímãs seriam mais adequados para exemplificar as analogias com a vitalidade, Mesmer passou a fazer uso do termo Magnetismo Animal.


Ele escreveu uma carta, em 5 de janeiro de 1775, a um médico estrangeiro, na qual dava uma idéia precisa da sua teoria, dos sucessos que havia obtido e suas perspectivas futuras. O médico a quem a carta se destinava era Johann Christoph Unzer, de Altona, editor do jornal de medicina Neuer Gelehteer Merkurius. Nessa carta, pela primeira vez, a expressão Gravitação Animal, usada em sua tese de doutorado, foi substituída por Magnetismo Animal.


As teses do Magnetismo Animal foram fundamentadas por uma sólida teoria, baseada em fenômenos naturais exaustivamente experimentados por mais de 15 anos antes de serem anunciados. Mesmer, porém, enfrentou muitas dificuldades para explicar aos seus contemporâneos a ciência que descobriu. Ela exigia o conhecimento de conceitos filosóficos e científicos ainda recentes naquela época. Poucos compreendiam a Física de Newton, os livros de Hipócrates, a Fisiologia, a Química e outros temas utilizados por Mesmer em suas teses.
 
Texto adaptado de reportagem presente na revista Universo Espírita.

Os fluidos e a força do pensamento.


Os Espíritos afirmam que uma das modificações mais importantes do fluido universal é o fluido vital. Ele é o responsável pela força motriz que movimenta os corpos vivos. Sem ele, a matéria é inerte.


Cada ser tem uma quantidade de fluido vital, de acordo com suas necessidades. As variações dependem de uma série de fatores. Allan Kardec nos instrui sobre o assunto em O Livro dos Espíritos:


“A quantidade de fluido vital não é a mesma em todos os seres orgânicos: varia segundo as espécies e não é constante no mesmo indivíduo, nem nos vários indivíduos de uma mesma espécie. Há os que estão, por assim dizer, saturados de fluido vital, enquanto outros o possuem apenas em quantidade suficiente. É por isso que uns são mais ativos, mais enérgicos, e de certa maneira, de vida superabundante”.


“A quantidade de fluido vital se esgota. Pode tornar-se incapaz de entreter a vida, se não for renovada pela absorção e assimilação de substâncias que o contêm”.


“O fluido vital se transmite de um indivíduo a outro. Aquele que o tem em maior quantidade pode dá-lo ao que tem menos, e em certos casos fazer voltar uma vida prestes a extinguir-se”.


O homem pode manter o equilíbrio de sua saúde vital através da alimentação e da respiração de ar não poluído, entre outros fatores, mas, acima disso, mantendo uma conduta mental sadia.


O pensamento exerce uma poderosa influência nos fluidos espirituais, modificando suas características básicas.


Os pensamentos bons impõem-lhes luminosidade e vibrações elevadas que causam conforto e sensação de bem estar às pessoas sob sua influência.


Os pensamentos maus provocam alterações vibratórias contrárias às citadas acima. Os fluidos ficam escuros e sua ação provoca mal-estar físico e psíquico.


"Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável" (Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 16).


Pode-se concluir, assim, que em torno de uma pessoa, de uma família, de uma cidade, de uma nação ou planeta, existe uma atmosfera espiritual fluídica, que varia vibratoriamente, segundo a natureza moral dos Espíritos envolvidos.


À atmosfera fluídica associam-se seres desencarnados com tendências morais e vibratórias semelhantes. Por esta razão, os Espíritos superiores recomendam que nossa conduta, nas relações com a vida, seja a mais elevada possível. Uma criatura que vive entregue ao pessimismo e aos maus pensamentos tem em volta de si uma atmosfera espiritual escura, da qual aproximam-se espíritos doentios. A angústia, a tristeza e a desesperança aparecem, formando um quadro físico-psíquico deprimente, mas que pode ser modificado sob a orientação dos ensinos morais de Jesus.


"A ação dos Espíritos sobre os fluidos espirituais tem conseqüências de importância direta e capital para os encarnados. Desde o instante em que tais fluidos são o veículo do pensamento; que o pensamento lhes pode modificar as propriedades, é evidente que eles devem estar impregnados das qualidades boas ou más, dos pensamentos que os colocam em vibração, modificados pela pureza ou impureza dos sentimentos"
(Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 16).


À medida que cresce através do conhecimento, o homem percebe que suas mazelas, tanto físicas quanto espirituais, são diretamente proporcionais ao seu grau evolutivo e que ele pode mudar esse estado de coisas, modificando-se moralmente. Aliando-se a boas companhias espirituais através de seus bons pensamentos, poderá estabelecer uma melhor atmosfera fluídica em torno de si e, conseqüentemente, do ambiente em que vive. Resumindo, todos somos responsáveis de alguma maneira pelo estado de dificuldades morais em que vive o Planeta atualmente e cabe a nós mesmos modificá-lo.


"Melhorando-se, a humanidade verá depurar-se a atmosfera fluídica em cujo meio vive, porque não lhe enviará senão bons fluidos, e estes oporão uma barreira à invasão dos maus. Se um dia a Terra chegar a não ser povoada senão por homens que, entre si, praticam as leis divinas do amor e da caridade, ninguém duvida que não se encontrem em condições de higiene física e moral completamente outras que as hoje existentes" (Allan Kardec - Revista Espírita, Maio, 1867).

O Magnetismo segundo Léon Denis.



Esse mundo dos fluidos, que se entrevê além do estado radiante, reserva bastantes surpresas e descobertas à Ciência. Inumeráveis são as variedades de formas que a matéria, tornando-se sutil, pode revestir para as necessidades de uma vida superior.


Já muitos observadores sabem que, fora das nossas percepções, além do véu opaco que nossa espessa constituição apresenta, existe um outro mundo, não mais o dos infinitamente pequenos, porém um Universo fluídico completamente povoado de multidões invisíveis.


Assim, pois, os fenômenos magnéticos tornam evidente não só a existência da alma, mas também a sua imortalidade; porque, se, durante a existência corpórea, essa alma se desliga do seu grosseiro invólucro, vive e pensa fora dele, com mais forte razão achará na morte a plenitude de uma liberdade.


A ciência do Magnetismo não só nos leva a crer na existência da alma, mas também nos dá a posse de maravilhosos recursos. A ação dos fluidos sobre o corpo humano é considerável; suas propriedades são múltiplas, variadas. Fatos numerosos têm provado que, com o seu auxílio, se podem aliviar os sofrimentos mais cruéis. Os grandes missionários não curavam pela aposição das mãos? Eis todo o segredo dos seus supostos milagres. Os fluidos, obedecendo a uma poderosa vontade, a um ardente desejo de fazer o bem, penetram os organismos debilitados e suas moléculas benéficas, substituindo as que estão doentes, restituem gradualmente a saúde aos enfermos, o vigor aos valetudinários.


Objetam que uma legião de charlatães, para explorar o Magnetismo, abusa da credulidade e da ignorância do público, exornando-se com um poder imaginário. Mas, isso é uma conseqüência inevitável do estado de inferioridade moral da Humanidade.


Uma coisa nos consola desses fatos contristadores: é a certeza de que todo homem animado de simpatia profunda pelos deserdados, de verdadeiro amor pelos que sofrem, pode aliviar seus semelhantes por uma prática sincera e esclarecida do Magnetismo.


Texto retirado do livro “Depois da Morte” – Léon Denis - Cap. 17 (Os Fluidos – O Magnetismo)

29 de out. de 2012

A Ação do Magnetismo.

Funcionando como a luz que passa pelo obturador de uma câmara fotográfica, a qual, a depender do tempo de exposição e da qualidade do filme a ser impressionado, gerará uma imagem correspondente ao que esteja diante da lente, os fluidos, dirigidos e direcionados pela força da vontade (do magnetizador), passando pelos obturadores (centros vitais) do pacientes e potencializados pelo filme (perispírito) desse último, a depender do tempo e das técnicas de doação (Magnetismo) possibilitará às estruturas vitais do paciente o registro de novas “imagens” de harmonia e saúde, as quais impressionarão as estruturas físicas e psíquicas dele rumo às mudanças em seus circuitos de funcionalidade e saúde.

Os centros vitais, recebendo novos tônicos energéticos e sendo estes promanados de uma fonte harmoniosa e consistente – em tese, os magnetizadores doam fluidos harmônicos e consistentes – deverão reagir nesse mesmo sentido, portanto, buscando manter ou recuperar a harmonia.


Sobre essa lógica fundamental observemos que outras variáveis têm valor bastante ponderável no conjunto da recuperação. As principais são: a postura do paciente (deve estar fundamentada no trinômio fé, esperança e merecimento), a vontade do magnetizador (e não apenas a boa vontade), o conhecimento das técnicas que determinarão onde, como e quanto é necessário, a complementação que servirá de manutenção do estado de alteração fluídica entre uma aplicação e outra (água fluidificada ou magnetizada) e a ação sempre indispensável do Mundo Invisível (Espíritos amigos, protetores, anjos guardiões etc.).


A força de uma emissão fluídica, o efeito de uma vontade determinada, consciente, confiante ou ainda a fé que atrai ou repulsa, a depender do que se busca com ela, são ocorrências reais, não há como negar. Entretanto, o comodismo do “não me convence” ou do “não acredito nisso” ou ainda do “isso não é científico” não apenas tolhe ações e pesquisas como cega a humanidade que sonha com o dia em que o Espírito será o verdadeiro referencial do ser.


Jacob Melo
No livro “A Cura da Depressão pelo Magnetismo” – Ed. Vida e Saber

Os Fluidos segundo André Luiz.


FLUIDOS EM GERAL - Definimos o fluido, dessa ou daquela procedência, como sendo um corpo cujas moléculas cedem invariavelmente à mínima pressão, movendo-se entre si, quando retidas por um agente de contenção, ou separando-se, quando entregues a si mesmas. Temos assim, os fluidos líquidos, elásticos ou aeriformes e os outrora chamados fluidos imponderáveis, tidos como agentes dos fenômenos luminosos, caloríficos e outros mais.


FLUIDO VIVO - No plano espiritual, o homem desencarnado vai lidar, mais diretamente, com um fluido vivo e multiforme, estuante e inestancável, a nascer-lhe da própria alma, de vez que podemos defini-lo, até certo ponto, por subproduto do fluido cósmico, absorvido pela mente humana, em processo vitalista semelhante à respiração, pela qual a criatura assimila a força emanante do Criador, esparsa em todo o Cosmo, transubstanciando-a, sob a própria responsabilidade, para influenciar na Criação, a partir de si mesma.


Esse fluido é o seu próprio pensamento contínuo, gerando potenciais energéticos com que não havia sonhado. Decerto que na esfera nova de ação, a que se vê arrebatado pela morte, encontra a matéria conhecida no mundo, em nova escala vibratória. Elementos atômicos mais complicados e sutis, aquém do hidrogênio e além do urânio, em forma daquela em que se caracterizam na gleba planetária, engrandecem-lhe a série estequiogenética. O solo do mundo espiritual estruturado com semelhantes recursos, todos eles raiando na quintessência, corresponde ao peso específico do Espírito, e, detendo possibilidades e riquezas virtuais, espera por ele a fim de povoar-se de glória e beleza, porquanto, se o plano terrestre é o seio tépido da vida em que o princípio inteligente deve nascer, medrar, florir e amadurecer em energia consciente, o plano espiritual é a escola em que a alma se aperfeiçoará em trabalho de frutescência antes que possa desferir mais amplos vôos no rumo da Luz Eterna.


"A consciência, aprendendo a realizar complexas transubstanciações de força nas diversas linhas da Natureza, em se adaptando aos continentes da esfera extrafísica, passa a manobrar com os fenômenos de mentação e reflexão, de que o pensamento é a base fundamental."


PLASMA CRIADOR DA MENTE - É pelo fluido mental com qualidades magnéticas de indução que o progresso se faz notavelmente acelerado. Pela troca dos pensamentos de cultura e beleza, em dinâmica expansão, os grandes princípios da Religião e da Ciência, da Virtude e da Educação, da Industria e da Arte descem das Esferas Sublimes e impressionam a mente do homem, traçando-lhe profunda renovação ao corpo espiritual, a refletir-se no veículo físico que, gradativamente, se acomoda a novos hábitos. Épocas imensas despenderam o princípio inteligente para edificar os prodígios da sensação e do automatismo, do instinto e da inteligência rudimentar; entretanto, com a difusão do plasma criador oriundo da mente, em circuitos contínuos, consolida-se a reflexão avançada entre o Céu e a Terra, e os fluidos mentais ou pensamentos atuantes, no reino da alma, imprimem radicais transformações no veículo fisiopsicossomático, associando e desassociando civilizações numerosas para construí-las de novo, em que o homem, herdeiro da animalidade instintiva, continua, até hoje, no trabalho progressivo de sua própria elevação aos verdadeiros atributos da Humanidade.


Fonte: Livro "Evolução em Dois Mundos" - André Luiz/Chico Xavier/Waldo Vieira - Cap. XIII – Ed. FEB

O Poder da Fé e sua Ação Magnética.



Até o presente, a fé só foi compreendida no seu sentido religioso, porque o Cristo a revelou como poderosa alavanca, e porque Nele só viram um chefe de religião. Mas o Cristo, que realizou verdadeiros milagres, mostrou, por esses mesmos milagres, quanto pode o homem que tem fé, ou seja, que tem a vontade de quer  e a certeza de que essa vontade pode realizar-se a si mesma. Os apóstolos, com o seu exemplo, também não fizeram milagres? Ora, o que eram esses milagres, senão os efeitos naturais de uma causa desconhecida dos homens de então, mas hoje em grande parte explicada e que será completamente compreendida pelo estudo do Espiritismo e do Magnetismo?


O Magnetismo é uma das maiores provas do poder da fé, quando posta em ação. É pela fé que ele cura e produz esses fenômenos estranhos que, antigamente, foram qualificados de milagres.


O poder da fé tem aplicação direta e especial na ação magnética. Graças a ela, o homem age sobre o fluído, agente universal, modifica-lhe a qualidade e lhe dá impulso por assim dizer irresistível. Eis porque aquele que alia, a um grande poder fluídico normal, uma fé ardente, pode operar, unicamente pela sua vontade dirigida para o bem, esses estranhos fenômenos de cura e de outra natureza, que antigamente eram considerados prodígios, e que, entretanto, não passam de conseqüências de uma lei natural. Essa a razão porque Jesus disse aos seus apóstolos: “Se não conseguistes curar, foi por causa de vossa pouca fé”.


Edição de textos retirados do “Evangelho Segundo o Espiritismo” – Allan Kardec (Cap. XIX – A Fé Que Transporta Montanhas)

Ação Mentomagnética.




O pensamento é uma radiação da mente espiritual, dotada de ponderabilidade e de propriedades quimioeletromagnéticas, constituída por partículas subdivisíveis, ou corpúsculos de natureza fluídica, configurando-se como matéria mental viva e plástica.


Partindo da mente, que a elabora, essa radiação se difunde por todo o cosmo orgânico, primeiro através do centro coronário, espraiando-se depois pelo córtex cerebral e pelo sistema nervoso, para afinal atingir todas as células do organismo e projetar-se no exterior.


Tal radiação mental, expedida sob a forma de ondas eletromagnéticas, constitui o fluido mentomagnético, que, integrado ao sangue e à linfa, percorre incessantemente todo o organismo psicofísico, concentrando-se nos plexos, ou centros vitais, e se exteriorizando no “halo vital”, ou aura.


Do centro coronário, que lhe serve de sede, a mente estabelece e transmite a todo o seu cosmo vital os seus padrões de consciência e de manifestação, determinando o sentido, a forma e a direção de todas as forças orgânicas, psíquicas e físicas, que se lhe subordinam.


Através do centro cerebral, governa então as atividades sensoriais e metabólicas, enquanto controla ...

  • a respiração,
  • a circulação sangüínea,
  • as reservas hemáticas,
  • o sistema digestivo
  • e as atividades genésicas, por meio, respectivamente, dos centros ...
  • laríngeo,
  • cardíaco,
  • esplênico,
  • gástrico
  • e genésico

É claro que, enquanto se demora em faixas modestas de consciência, a mente age, em tudo isso, de maneira instintiva, segundo a capacidade adquirida em miríades incontáveis de multifárias experiências, nos automatismos de repetição multimilenar, através da imensa jornada evolutiva que realizou, desde a condição de mônada fundamental, no corpo vivo das bactérias rudimentares.


Entretanto, esse maior ou menor grau de inconsciência, em sua própria atuação, em nada diminui a efetividade da ação da mente. Apenas, à medida que ela
evolve, amplia as próprias alternativas de poder, ganhando liberdade de conduta cada vez maior, por dispor de recursos de conhecimento teórico e prático cada vez mais amplos.


É pelo fluido mentomagnético que a mente age diretamente sobre o citoplasma, onde se entrosam e se interam as forças fisiopsicossomáticas, sensibilizando e direcionando a atividade celular, no ambiente funcional especializado de cada centro vital, saturando, destarte, as diversas regiões do império orgânico, com os princípios ativos, quimioeletromagnéticos, resultantes de seu metabolismo ídeo­emotivo...
  • saudável ou conturbado,
  • feliz ou infeliz.

Cumpre notar, todavia, que o fluido mentomagnético não é apenas o instrumento por excelência da ação da mente sobre o fisiopsicossoma, mas igualmente o veículo natural que leva de volta à mente a reação fisiopsicossomática.

Ele está, portanto, constantemente carregado de forças mentofísicas interadas, que são a síntese viva do estado dinâmico do ser e a externação atuante de sua íntima e verdadeira realidade.


Eis por que o vemos, às vezes, designado por fluido animal ou fluido vital, que são, sem dúvida, formas ou modalidades pelas quais ele também se manifesta, tal como ocorre com o ectoplasma.

O fluido mentomagnético está na base de toda a fenomenologia mediúnica e, por conseqüência, na base de todos os fenômenos de...

  • sugestão,
  • hipnose,
  • auto-hipnose,
  • obsessão
  • e inspiração, por ser o elemento natural de comunicação e de trocas energéticas entre os seres vivos.

Daí a imensa importância do passe magnético, que é operação de transfusão de poderosas energias vivas. Lembremo-nos, porém, de que cada um só pode dar do que tem e só consegue receber o que merece.


Fonte: Guia de Referência (Guia HEU)


Energia, fluidos, corpos, passes.



O que é energia?


A energia de um corpo é a capacidade que este tem de gerar qualquer ação. Como há várias formas de energia, pode haver várias formas de ação possíveis. À energia calorífica, uma ação possível seria o aquecimento. À energia elétrica, uma ação possível seria a geração de corrente. À energia magnética, uma ação possível seria a magnetização de outro corpo. Em geral os corpos têm vários tipos de energia, e, por conseguinte, podem atuar no meio no qual estão inseridos de várias formas. Por exemplo: o corpo humano é capaz de aquecer o ambiente – nesse caso é utilizada a energia calorífica; é capaz de movimentar objetos – nesse caso é utilizada a energia mecânica; é capaz realizar o processo da digestão – nesse caso, dentre outras, utiliza a energia química; e assim por diante. No passe, os pensamentos do passista e da equipe de Espíritos, reunidos, formam a energia espiritual que atua no paciente e diretamente nos fluidos, que são energia magnética, dando-lhe características necessárias ao paciente. Assim, podemos dizer que a energia relacionada ao passe é capaz de atuar diretamente no paciente.


O que é fluido?


Fluido é substância sutil, maleável, imponderável, energética, que pode ser manipulada pelo pensamento de Espíritos encarnados e desencarnados, que imprimem nele características positivas ou negativas, conforme o teor do pensamento. No passe, utiliza-se o pensamento do Espírito que coordena a tarefa, assim como do passista, de forma a impressionar positivamente os fluidos que serão doados ao paciente. O fluido, em sua mais simples expressão, é chamado de fluido cósmico universal, que representa a simplificação máxima da matéria, que, manipulada pelo pensamento do Espírito, imprime-lhe variações de onde se originam os diversos tipos de elementos hoje conhecidos.


O que é fluido animal?


Fluido animal ou magnetismo animal é a parcela de energia vital doada pelo ser encarnado, passista, no momento do passe. Tal fluido é inerente apenas a seres encarnados, sendo uma das razões pelas quais que companheiros encarnados participam de tarefas aparentemente de cunho apenas espiritual, tal como reuniões de desobsessão.


O que é fluido vegetal?


Fluido energético exalado pelos seres vivos do reino vegetal.


Temos vários corpos?


Sim. Os corpos mais amplamente tratados na literatura espírita são o físico, o duplo etérico, e o perispírito. Os dois primeiros são ditos corpos materiais, pois são reciclados a cada reencarnação, ao passo que o perispírito, também dito ‘corpo espiritual’, é classificado como semi-material, apresentando- se como corpo de transição entre o físico e o Espírito, que, por não ter forma, não o consideramos como um corpo propriamente dito. Além disso, encontramos raramente referências a outros corpos, que necessitam de mais amplo estudo e entendimento, dentre os quais destaca-se o ‘corpo mental’.


O que é perispírito?


É o corpo intermediário entre o corpo físico e o Espírito, necessário à relação entre estes dois últimos. É o laço que liga o corpo ao Espírito. Nos processos de reencarnação, é o molde determinante das características do corpo físico do Espírito que renasce.


O que é duplo etérico?


O duplo etérico pode ser considerado um corpo físico menos denso, energético, de onde dimanam as doações fluídicas animais (fluido animal) que o passista realiza durante a tarefa do passe.


O que é aura?


De forma geral, todo corpo emite energias. A emissão de tais energias se chama radiação. Aura é o conjunto das radiações emitidas por determinado corpo, que o envolvem. A grosso modo, podemos dizer que há duas auras bem características em cada indivíduo: a aura do perispírito, cuja composição varia em função das aquisições milenárias do Espírito, e a aura do duplo etérico, também conhecida como ‘aura da saúde’, cuja composição, forma e coloração apresentam considerável variação mesmo ao longo dos minutos, pois reflete, quase que imediatamente, as alterações psíquicas e orgânicas ocorridas no ser.


Temos várias auras?


Sim. Costuma-se encontrar na literatura espírita dois tipos distintos de aura, residentes no perispírito e no duplo etérico, respectivamente. A aura do duplo etérico, também conhecida como ‘aura da saúde’, pode ser visualizada pela fotografia Kirlian, ou kirliangrafia (método de sensibilização de uma chapa fotográfica através da radiação emitida pelo corpo duplo, ou duplo etérico; muito utilizada para a realização de diagnósticos de saúde), ao passo que a aura do perispírito, em situações normais, pode ser visualizada pela faculdade de clarividência.


Retirado do livro “O Passe - Respostas às Perguntas mais Freqüentes” - Eugênio Lysei Junior / Casa do Caminho – Sabará 1a. Edição – Janeiro de 1998

O Controle do Pensamento.



Fotosfera psíquica, entretecida em elementos dinâmicos, atende à cromática variada, segundo a onda mental que emitimos, retratando-nos todos os pensamentos em cores e imagens que nos respondem aos objetivos e escolhas, enobrecedores ou deprimentes” André Luiz (Evolução em Dois Mundos, Capítulo XVII)


Sabemos, no meio espírita, como é importante a reforma íntima, a mudança de sentimentos e de impulsos equivocados que todos trazemos, certamente, de um passado desditoso do qual fomos protagonistas. Esta é a forma necessária para nos aproximarmos da conduta evangélica indicada pelos ensinos morais de Jesus, apresentado como modelo de vida a ser seguido.

Na verdade, quem não quer ser melhor espiritualmente hoje do que ontem? No fundo, mesmo, todos querem, ainda que não demonstrem. Esse rumo impõe-se pela própria lei do progresso.

É o que nos diz a doutrina dos espíritos.

O roteiro a ser seguido inclui uma diversidade de ações no campo do treinamento de virtudes como a paciência, a tolerância, a condescendência, a benevolência, a caridade e uma série de outras qualidades que o nosso ser necessita, com toda certeza, aprimorar. Trata-se de uma renovação mental, de mudança de valores, o que não é muito fácil realizar.

Essa é uma árdua tarefa (ainda que não impossível) em virtude de estarmos modificando hábitos e condutas milenares, difíceis de abandonar. Assim, uma forma de empreender melhor a chamada reforma interior é o que podemos chamar de “controle da mente” ou “controle do pensamento”, entendido como sendo a atitude mental condicionada pela vontade.

Mente e pensamento. Entre outros significados, os dicionários da língua portuguesa indicam um: espírito. Não será de todo errado se considerarmos os dois primeiros conceitos contidos no segundo.

O pensamento atua como um processador que processa aquisições realizadas, conscientes ou inconscientes, nas áreas cognitiva, afetiva e psicomotora. É o pensamento que responde pela criatividade, pela elaboração de análises e de ilações, pelas conjecturas. Nele estão presentes a genialidade, os hábitos, as manias, o psiquismo, a vontade, as conquistas no campo das virtudes e dos vícios. Tudo, conquista do espírito.

Se perfeito o corpo físico, pela massa encefálica o espírito encarnado se relaciona com o mundo externo por intermédio do seu pensamento. Nele se encontram o que estamos tramando ou edificando, as sensações de todo o tipo, as percepções, medos, angústias, e mesmo a fala, seja ela fruto de elaboração consciente ou não. Tudo, enfim, está no que chamamos de pensamento e é por ele que nós interagimos com o mundo exterior refletindo o nosso mundo interior.

No Capítulo XIV de “A Gênese”, Allan Kardec amplia-nos o entendimento a respeito da ação do pensamento e da vontade sobre os fluidos espirituais. Esses fluidos (matéria etérea) existem em todo o Universo e podem ter suas características básicas modificadas pela força do pensamento.

Nossa mente projeta fora de nós as formas, as figuras e os personagens de todos os nossos desejos, inclusive com todo o conteúdo dinâmico do cenário elaborado. Assim, atraímos ou repelimos as mentes que conosco assimilam ou desaprovam nosso modo de pensar. Imaginamos que sempre estamos sozinhos com o nosso pensamento. Ledo engano. Nós o compartilhamos com inúmeras outras inteligências.

À atmosfera fluídica associam-se seres desencarnados com tendências morais e vibratórias semelhantes. Por esta razão, os espíritos superiores recomendam que nossa conduta, nas relações com a vida, seja a mais elevada possível. Uma criatura que vive entregue ao pessimismo e aos maus pensamentos, tem em volta de si uma atmosfera espiritual escura, da qual se aproximam espíritos doentios. A angústia, a tristeza e a desesperança aparecem, formando um quadro físico-psíquico deprimente, que pode ser modificado sob a orientação dos ensinos de Jesus.

Os pensamentos bons produzem luminosidade e vibrações elevadas que causam conforto e sensação de bem estar às pessoas sob sua influência. Os pensamentos maus, por sua vez, provocam alterações vibratórias contrárias. Os fluidos ficam escuros e sua ação provoca mal estar físico e psíquico.

O próprio corpo fluídico (perispírito) é constituído desse mesmo fluido existente no orbe terrestre, podendo, também, ter suas moléculas (composição) alteradas pela ação da força da mente. Isto explica a influência que há entre os seres humanos.

Os fluídos agem sobre o perispírito, e este, por sua vez, reage sobre o organismo material com o qual está em contato molecular. Se os seus eflúvios forem de boa natureza, o corpo recebe uma impressão salutar; se forem maus, a impressão é penosa. Se os fluidos maus forem permanentes e enérgicos, poderão determinar desordens físicas. Certas moléstias não têm outra origem senão essa influência maléfica, causadora de enfermidades de diagnóstico obscuro.

Quando estamos irritados, envolvidos por ódio, inveja, ciúmes, orgulho, egoísmo, sentimento de vingança, irradiamos pelo pensamento vibrações de baixa qualidade que geram os chamados “ambientes pesados”. As pessoas sensíveis percebem esse influxo. A ação do pensamento pode ser tão poderosa que o efeito, às vezes, torna-se explicitamente percebido, como os chamados “dardos de inveja”, “olho grande”, “quebranto” etc.

De outra forma, quando estamos concentrados em prece, desejando o bem, servindo ou ajudando ao próximo com pureza de sentimentos, nossas vibrações elevadas geram os chamados “ambientes leves”, “ambientes higienizados”, característicos que são das casas de oração, dos centros espíritas ou das residências em que seus habitantes vivam harmonicamente e tenham por hábito sistemático a oração e o culto do evangelho no lar.

André Luiz, em suas obras, revela-nos, invariavelmente, que a atitude mental voltada para o bem, observada durante todo o dia, fruto da disciplina intelectual e emocional, nos facilita a saída durante o sono físico para rumos edificantes, permitindo-nos receber a ajuda do Alto, de que tanto necessitamos na trilha terrestre.

Vigiar e orar, aconselhamento que não pode estar dissociado do apelo às forças da alma no sentido de renunciar a si mesmo, é roteiro para a edificação do bem comum.

Disciplina, disciplina, disciplina, recomendada por Emmanuel, não se consegue se não for pelo devotamento e pela força de vontade.

Para tudo, portanto, há uma imperiosa necessidade do controlar as emoções, controlar o pensamento, controlar a mente ou, em última análise, controlar o espírito, sabendo que o espírito encarnado ou desencarnado, ao atuar na matéria por intermédio da força do pensamento, pode exercitar o bem ou o mal.

De um modo geral, a humanidade desconhece que um mínimo de desvio do pensamento voltado para o bem, potencialmente implica um malefício para alguém, para si mesmo e, na pior hipótese, contribui para a perturbação da atmosfera fluídica do planeta. O estudo dos fluidos ajuda bastante à compreensão do mecanismo da influência da atitude moral dos seres humanos no ambiente que os envolve.

Estudando e entendendo as reais consequências que geram nossos pensamentos estaremos mais lúcidos para a transformação que nos cabe realizar. O controle do pensamento é a chave. Aí está o segredo para encontrar o caminho da felicidade.


José Lucas de Silva
Retirado do site www.cme.org.br