Este espaço foi criado com o objetivo de falar um pouco a respeito do Espiritismo, trazer alguns esclarecimentos a respeito desta doutrina tão consoladora.
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25 de jun. de 2019
Questões da mediunidade
A Doutrina Espírita ensina que todas as pessoas são médiuns, porém, com graus diferentes de
sensibilidade e produtividade. Todos somos médiuns, mas médiuns ostensivos, capazes de transmitir as
comunicações dos espíritos, faladas, escritas, ou produzir fenômenos de ordem física, é um número bem
menor.
Ao tempo de Kardec surgiram algumas teorias sobre sinais físicos que indicassem as pessoas que
possuem mediunidade ostensiva. Kardec, depois de observar e se aprofundar nessas teorias, desmentiuas, dizendo que não existe nenhum sinal físico que indique a mediunidade das pessoas. Afirma ele que
somente a experimentação pode determinar se uma pessoa tem ou não faculdades mediúnicas
ostensivas, ou mediunato, conforme ele classificou em O Livro dos Médiuns.
Ele comenta, ainda, sobre a instabilidade das faculdades mediúnicas, que podem aparecer ou serem
suspensas num dado momento, quando a pessoa menos espera. Diz o Mestre, que fisicamente a
faculdade mediúnica depende da assimilação mais ou menos fácil, dos fluidos perispirituais do encarnado
e do espírito desencarnado. Moralmente, está na vontade do espírito em se comunicar, e ele se comunica
quando lhe apraz, e não pela vontade do médium.
Concluímos que, teoricamente, todos os médiuns podem se comunicar com espíritos de todas as ordens,
contudo, é preciso que exista afinidade fluídica e vontade do espírito, assim como disponibilidade, pois o
espírito pode estar impossibilitado de se comunicar por estar ocupado em outras tarefas ou impedido por
outras causas.
Abordamos este assunto porque as vezes, espíritas dedicados, nos perguntam por que familiares
queridos desencarnados, nunca se comunicaram com eles, nunca enviaram uma mensagem por algum
médium. Outros querem saber por que espíritas que realizaram grandes trabalhos aqui na Terra, que
foram líderes destacados, não se comunicam após a desencarnação.
Acreditamos que pela exposição que fizemos já estão respondidas as duas questões. Entretanto,
gostaríamos de salientar que não vemos motivos para suspeitar de espíritas conhecidos não se
comunicarem porque estão em dificuldades no plano espiritual, por terem conduta excursa aqui na Terra,
ou duplicidade de comportamento, dentro e fora do centro.
Logicamente deve existir os que estão nessas condições, mas generalizar é perigoso. Se aqui na Terra é
difícil ajuizarmos sobre a conduta moral das pessoas que conhecemos, imaginem como é muito mais
difícil conhecermos as condições morais de quem já reside em outro plano vibratório.
Mediunidade é ferramenta de trabalho para produzir em benefício de todos e não para atender caprichos
deste ou daquele. Méritos e deméritos é algo muito difícil de ser avaliado por nós, mas pode ser avaliado
pelos espíritos superiores.
Esta matéria está baseada no livro, O Que É O Espiritismo — segundo diálogo — O Céptico — item –
Meios de Comunicação – 3ª pergunta.
Por Amílcar Del Chiaro Filho
13 de jun. de 2019
Mediunidade – relações horizontais e verticais
A mediunidade é uma abertura na percepção que temos de nós mesmos e do outro. Bem cultivada,
assentada sobre o desenvolvimento de valores morais sólidos, ela nos põe em estado de lucidez
permanente. É possível captar melhor quem somos, pelas intuições mais ou menos claras de nosso
passado espiritual, pelos insights do nosso eu integral. Sabe-se que a consciência do Espírito fora do
corpo é sempre maior que a consciência mergulhada na matéria. Além da possibilidade de comunicarmonos com outras mentes, a mediunidade é a abertura para si, o acesso ao próprio eu. Diz J. Herculano
Pires: “A mediunidade não é apenas uma comunicação com os Espíritos. Ela é comunicação plena,
aberta para as relações sociais e para as relações espirituais. No capítulo destas, figura em destaque,
pela importância que assume em nosso comportamento individual e social, a atividade mediúnica interior,
em que a essência divina do homem se comunica com sua essência humana. É esse o mais belo ato
mediúnico, o fenômeno mais significativo da mediunidade, aquele que mais distintamente nos revela a
nossa imortalidade pessoal.” (Pires, J. Herculano. Mediunidade, Vida e Comunicação, São Paulo: Paidéia,
2004, p 121.)
Esse tipo de percepção mais lúcida da existência e da possibilidade de acessarmos — mesmo que na
forma de intuição — a bagagem do nosso eu integral, pode ser cultivada, pela elevação de pensamento,
pela oração e por um estado mental de alerta e observação. Viver mediunicamente, assim, é estar mais
acordado, menos condicionado pelas limitações da matéria.
E nesse sentido, a percepção não aumenta apenas em relação a nós mesmos, mas ao outro, às relações
humanas, às circunstâncias da vida. A mediunidade é também a capacidade de captar com maior
precisão o tônus vibratório dos que nos cercam (encarnados e desencarnados), conhecer suas intenções,
com certo grau de certeza, e enxergar a face espiritual do ser, por trás das máscaras sociais.
O médium bem afinado pode perceber as forças positivas e negativas de um dado ambiente e identificá-
las depois de certa análise. Desse modo, pode se situar melhor no labirinto das situações e das pessoas
e dispor de mais elementos para atuar corretamente.
Até agora, estamos nos referindo ao plano da intuição e da percepção extra-sensorial, ou seja, à
mediunidade usada pelo próprio dono, como instrumento de captação do real. Mas também devemos
lembrar a mediunidade ativa, em que Espíritos desencarnados usam do médium, para comunicar-se com
os vivos. Então, as relações humanas se estendem mais claramente além das barreiras da carne. O
médium é veículo — nunca passivo — do diálogo entre dois mundos.
Nessa ocasião, apresenta-se-lhe uma oportunidade estimulante de entrar numa mente alheia. O ato
mediúnico, principalmente o da psicografia ou da psicofonia, é sempre uma união telepática, uma sintonia
momentânea de duas inteligências. Ao receber, portanto, um Espírito, obsessor ou iluminado, um sofredor
ou um mestre da Espiritualidade, a mente do médium como que se vê apropriada pela mente do
desencarnado. Ao final de anos de mediunidade ativa, o médium guardará um arquivo mental fascinante
de personalidades — que conheceu mais intimamente. Cada ser é único no universo e a singularidade
humana é uma das facetas mais ricas da Criação. E o médium tem o privilégio de vivenciar
telepaticamente outras singularidades (que estão acima ou abaixo de seu grau evolutivo), mas todas elas
portadoras de experiências e sentimentos únicos.
Se ele bem souber aproveitar esse manancial de estudos psicológicos, ele aumentará sua capacidade de
compreender o ser humano e mesmo sua capacidade de amá-lo — pois sempre poderá constatar,
mesmo nas consciências mais criminosas, a centelha divina, o germe do amor universal, a ânsia de
perfeição, que estão latentes em todos os seres.Condições éticas da mediunidadeKardec dedicou um capítulo inteiro do Livro dos Médiuns à questão da “influência moral do médium”,
(Cap. XX), estudando as condições éticas, necessárias para a prática mediúnica. É bem verdade que a
capacidade mediúnica independe do grau de moralidade do médium. Mas não se dá o mesmo quanto aos
resultados e quanto ao uso dessa capacidade.
Dividamos essa questão em três partes:1) O compromisso sério de auto-aperfeiçoamento do médium e a posse de certos valores morais
básicos facilitam a comunicação dos Espíritos superiores e garantem a sua proteção constante, não por
uma questão de privilégio, mas por uma afinidade vibratória natural entre os que estão no Bem e o
médium que está procurando o Bem. De fato, a própria lucidez para discernir os Espíritos e as situações
depende de uma sintonia fina, que só se alcança mediante a elevação de sentimentos e a serenidade
existencial. Quem se rende ao orgulho, é facilmente mistificado por Espíritos bajuladores e dominadores.
Quem se rende à sensualidade desenfreada procura comparsas no plano espiritual, que lhe acompanhem
as preferências. Estamos, por toda parte, buscando as companhias que desejamos, de acordo com
nossas atitudes, palavras e pensamentos. Por isso, a moralização do médium é o melhor caminho para
que seus acompanhantes espirituais — ou a nuvem de testemunhas, a que se referia Paulo — sejam
também moralizados. É evidente que essa moralização está longe de significar a adoção de atitudes de
fachada, de voz mansa, humildade pretensiosa e santidade forçada. O médium é um ser humano normal
e deve agir com naturalidade e bom senso. Atitude ética é firmeza de princípios e aplicação na própria
melhoria e não pretensão à santidade.2) Não basta a intenção séria, porém. É preciso certo equilíbrio emocional, para que a mediunidade
flua como deve, no seu exercício existencial. O médium é invadido diariamente por avalanches de
emoções desencontradas, vindas de todas as partes. Pode captar a depressão de alguém, a irritação de
outros, a obsessão de terceiros… além do ataque de seus próprios inimigos espirituais, ligados ao seu
passado ou adversários gratuitos de sua tarefa. Se ele mesmo não estiver centrado em si, se não possuir
um reduto íntimo de serenidade e usar a cada instante as armas da oração e da vigilância, acabará sendo
levado de roldão. Por isso, ao mesmo tempo em que a mediunidade propicia o autoconhecimento, é
preciso que o médium esteja constantemente analisando a si próprio, para distingüir o que é seu do que
vem de fora e saber edificar uma fortaleza interior.3) O engajamento do médium num processo de auto-educação significa também que ele usará as
suas potencialidades psíquicas de forma responsável e benéfica. O Livro dos Médiuns fala em
“desejar o bem e repelir o egoísmo e o orgulho”. (Cap. XX, ítem 226, n. 11). Ora, o uso responsável da
mediunidade pressupõe o abandono de todo interesse pessoal e isso engloba dinheiro, poder, fama ou
mesmo retribuição psíquica e afetiva. É importante frisar esse aspecto, porque a tentação diária a que o
médium se vê submetido é muito grande. Dado o atavismo milenar da humanidade de procurar gurus e
agarrar-se a pajés, oráculos e ledores de sorte, existe a tendência de se projetar esses anseios de
dependência para os médiuns contemporâneos — e alguns se comprazem nisso. Pelo fato de possuírem
um conhecimento mais preciso de dadas situações ou pessoas ou mesmo do passado e do futuro, esse
conhecimento muitas vezes é usado como meio de manter os outros em dependência psíquica ou em
estado de idolatria. O médium e seu cliente entram num jogo de vampirismo mútuo, em que o primeiro se
alimenta da adoração servil e o segundo se vicia nas orientações e conselhos para sua vida particular.
Portanto, uma relação de poder, em que o orgulho e o egoísmo entram como atores principais. Para se
evitar esse tipo de desvirtuamento das relações sociais mediúnicas, propomos alguns cuidados para
reflexão dos médiuns e dos espíritas em geral: Nem tudo que se percebe deve ser dito. É preciso considerar as circunstâncias, as pessoas e as
situações. O médium pode ajudar com dicas, orações e ações concretas, mas não deve interferir
na liberdade alheia. É preciso evitar os laços de dependência. Se observado algum traço de fanatismo ou idolatria
entre aqueles que convivem com o médium, alertá-los e chamar atenção para o fato de que
ninguém é infalível. Se preciso for, usar de franqueza contundente para afastar a bajulação, ao
invés de incentivá-la com acolhimento piegas. Melhor a humildade rude que a vaidade
sorridente. Usar a mediunidade sempre em sentido educacional. Através dela, podemos consolar, aliviar,
curar, orientar moralmente, mas jamais devemos satisfazer curiosidades, interferir na vida alheia,
traçar diretrizes impositivas ou deixar pessoas perplexas, assustadas ou confusas com
informações que elas não podem ainda digerir. O médium não deve fazer da mediunidade sua única atividade na vida (mesmo obedecendo à
Ética espírita da gratuidade mediúnica), mas deve dedicar-se a várias atividades e desenvolver
diversas potencialidades, para afastar-se do fanatismo e ser uma pessoa integral. Se o médium vier a construir uma liderança pessoal num dado ambiente, que essa liderança não
seja baseada na mediunidade. Diz O Livro dos Médiuns que “um médium é um instrumento que,
como indivíduo, importa muito pouco” (Cap. XX, ítem 226, n. 5). Observe-se que Kardec, na
maioria das vezes, nem revelava o nome dos médiuns que atuavam na Sociedade Parisiense de
Estudos Espíritas. Ao contrário, no Brasil, lideranças são construídas com fundamento na
mediunidade. O valor do líder deve estar no próprio líder e não no fato de ele servir de
intermediário entre dois mundos. Um líder pode ser médium, mas não deveria ser líder por ser
médium.
É preciso sempre e em tudo conservar a autonomia de julgamento. Os Espíritos podem nos
trazer idéias, orientações; os médiuns podem vislumbrar algo por meio de uma percepção
extrafísica, mas o julgamento e a ação cabem ao homem encarnado, que está na Terra
justamente para desenvolver-se, usando sua liberdade de pensar e de agir e afinal de construir a
si mesmo.
Por Dora Incontri
9 de jun. de 2019
A Bíblia: um Livro de Origem Mediúnica.
Sem dúvida que os religiosos literais ficarão escandalizados com esta afirmação, mas, terão que reler a
Bíblia, pois, esta afirmação está lá.
São fatos registrados na própria Bíblia que denuncia ser este, um livro cheio de fenômenos mediúnicos.
A verdade é que aqueles que adoram gritar de Bíblia em punho, que a reencarnação não tem bases
Bíblicas e nem a sobrevivência da alma, na verdade não conhecem uma coisa nem outra.
Ignoram o que seja a Bíblia e não fazem a mínima noção do que seja Doutrina Espírita, prova é que
confunde espiritismo com todos os ramos espiritualistas.
Todo espírita é espiritualista, mas nem todo espiritualista é espírita.
O que encontramos na Bíblia? Temos materialização de espíritos, levitação, clarividência e todos os
fenômenos estudados pela doutrina espírita, e classificados posteriormente pela ciência parapsicológica.
Entretanto, quem declarou que a Bíblia é de origem Mediúnica foi o apóstolo Paulo. Atos;7:53 Vós que
recebestes a lei por ministério de anjos. Confirmado em Hebreus 1:14 Não são todos eles espíritos
ministradores enviados para serviço.O que é um fenômeno mediúnico?A mediunidade é o nome atribuído a uma capacidade humana que permite uma comunicação entre
homens e espíritos. Ela se manifestaria independente de religiões, de forma mais ou menos intensa em
todos os indivíduos.Assim, um espírito que deseja comunicar-se entra em contato com a mente do médium e, por esse meio,
se comunica oralmente (psicofonia), pela escrita (psicografia), ou ainda se faz visível ao médium
(vidência).
Vamos aos fenômenos mediúnicos. Deuteronômio cap. 4 :22 a 31 aqui temos ectoplasma
(Materialização) “no monte, do meio do fogo, da nuvem e da escuridade”. Este fenômeno foi estudado por
William Crooks quando fotografou a materialização do espírito de Katin King, por um período de 3 anos
ele documentou seu estudo com 44 fotografias.
Atos 8:26 e 29. Então disseram o espírito a Felipe aproxima-se deste carro e acompanha-o. Daniel 5:5No
mesmo instante apareceu uns dedos de mão de homem, e escreviam, defronte.Atos 12:7 Eis, porém que sobreveio um anjo do senhor, e uma luz iluminou a prisão.O que temos aqui nestas passagens: vidência, psicofonia e materialização.
Mas o que salta ao olhos é que os espíritos eram considerados anjos, como hoje são considerados
santos. Entretanto são apenas espíritos, os mesmos espíritos como os que provocaram uma onda de
fenômenos que acabou por dar origem à ciência espírita.
Na verdade, nem anjos, nem demônios; muito menos santos, apenas espíritos.
As maiorias das pessoas não conhecem a Bíblia através de uma leitura crítica, mas apenas pela
interpretação de terceiros, e são levadas a acreditar em todo tipo de interpretação esdrúxula e aceitam
sem cogitar de sua veracidade.O que é a Doutrina Espírita?O Espiritismo é a ciência que trata da natureza, origem e destino dos espíritos, bem como de suas
relações com o mundo corporal.
Não é nem pretende ser uma religião social, visto que não disputa lugar entre as igrejas e seitas e muito
menos adeptos, vem apenas auxiliar as religiões na obra de espiritualização dos homens.Pois, a finalidade das religiões é arrancar o homem da animalidade e leva-lo à moralidade.Nisto que a
doutrina espírita vem contribuir com seus estudos e suas pesquisas sobre a mediunidade.
Todavia muito antes de Kardec escrever O Livro dos Médiuns, a Bíblia já ensinava como proceder em
uma reunião Espírita. ( I corintios cap.14 a 15).Clarividência na Bíblia encontra-se em (Ezequiel cap.22 v.8), mais adiante levitação (Ezequiel cap.3 v.
14 e 15).Materialização e Escrita direta se encontram em (Daniel cap.5 v.4,5 e 6).
A Doutrina Espírita foi a primeira a estudar todos os eventos mediúnicos que aparecem por toda a Bíblia,
os quais ocorrem por toda a história da civilização, e que foram classificados ora por sobrenaturais, ora
por obra do demônio.
Cabia ao espiritismo como doutrina cientifica e filosófica, revelar que não existem anjos e nem demônios,
e que o sobrenatural era apenas a ignorância de certas leis até então desconhecidas.
Mas, e a proibição de evocar os mortos? Esta proibição por si já é a prova que os espíritos poderiam
se comunicar, pois como proibir algo que não existe?
( Deuteronômio cap.18 ), o que a Bíblia condena, também o Espiritismo condena.
O Evangelho Segundo o Espiritismo: “Não soliciteis milagres nem prodígios ao Espiritismo porque ele
declara formalmente que não os produz”.Todavia vamos indo mais adiante, se existia a proibição de evocar os mortos que são espíritos como na 1
epistola de João cap4 v1, a recomendação é a seguinte; “Amados, não deis crédito a qualquer espírito:
antes, provai os espíritos se procedem de Deus”.Porque esta recomendação se existia uma proibição de consultar os mortos?Em A Gênese, e em O Livro dos Espíritos, Kardec esclarece que a finalidade da prática espírita é
moralizar os homens e os povos; E quem conhece o Espiritismo sabe que todo o interesse pessoal,
particular, é rigorosamente condenado. Adivinhações, agouros, feitiçaria, encantamentos, consultas
interesseiras, são praticas de magia antiga, que Moisés condenou, como o Espiritismo condena hoje.
Na verdade, é que aqueles que declaram de Bíblia em punho, que o Espiritismo é condenado na
bíblia, não conhecem uma coisa nem outra, pois existe uma diferença enorme entre a capacidade de
reconhecer palavras, e a capacidade de ler compreensivamente.
O que se percebe com facilidade é a multiplicação de seitas forjadas por videntes e profetas de ultima
hora ungidos pelo Deus mamon, na sua maioria leigos, que se apresentam como missionários de olhos
mais voltados para os bens terrenos do que para os tesouros do Céu.
São míopes conduzindo cegos para o precipício da ignorância e do fanatismo, no qual fatalmente cairão.
O que todos devem ter em mente é que quando não existe questionamento e crítica, quando não há
debate transparente, certamente haverá dominação, ignorância, apatia e graves entraves à autonomia da
razão humana e ao desenvolvimento espiritual da humanidade.
Por Francisco Amado
5 de jun. de 2019
Conceito de Mediunidade
Médium quer dizer medianeiro, intermediário. Mediunidade é a faculdade humana, natural, pela qual se
estabelecem as relações entre homens e espíritos.
Não é um poder oculto que se possa desenvolver através de práticas rituais ou pelo poder misterioso de
um iniciado ou de um guru. A Mediunidade pertence ao campo da comunicação. Desenvolve-se
naturalmente nas pessoas de maior sensibilidade para a captação mental e sensorial de coisas e fatos do
mundo espiritual que nos cerca e nos afeta com as suas vibrações psíquicas e afetivas. Da mesma forma
que a inteligência e as demais faculdades humanas, a Mediunidade se desenvolve no processo de
relação. Geralmente o seu desenvolvimento é cíclico, ou seja, processa-se por etapas sucessivas, em
forma de espiral. As crianças a possuem, por assim dizer, à flor da pele, mas resguardada pela influência
benéfica e controladora dos espíritos protetores, que as religiões chamam de anjos da guarda. Nessa
fase infantil as manifestações mediúnicas são mais de caráter anímico; a criança projeta a sua alma nas
coisas e nos seres que a rodeiam, recebem as intuições orientadoras dos seus protetores, às vezes vêem
e denunciam a presença de espíritos e não raro transmitem avisos e recados dos espíritos aos familiares,
de maneira positiva e direta ou de maneira simbólica e indireta. Quando passam dos sete ou oito anos
integram-se melhor no condiciona-mento da vida terrena, desligando-se progressivamente das relações
espirituais e dando mais importância às relações humanas. O espírito se ajusta no seu escafandro para
enfrentar os problemas do mundo. Fecha-se o primeiro ciclo mediúnico, para a seguir abrir-se o segundo.
Considera-se então que a criança não tem mediunidade, a fase anterior é levada à conta da imaginação e
da fabulação infantis.
É geralmente na adolescência, a partir dos doze ou treze anos, que se inicia o segundo ciclo. No primeiro
ciclo só se deve intervir no processo mediúnico com preces e passes, para abrandar as excitações
naturais da criança, quase sempre carregadas de reminiscências estranhas do passado carnal ou
espiritual. Na adolescência o seu corpo já amadureceu o suficiente para que as manifestações
mediúnicas se tornem mais intensas e positivas. É tempo de encaminhá-la com informações mais
precisas sobre o problema mediúnico. Não se deve tentar o seu desenvolvimento em sessões, a não ser
que se trate de um caso obsessivo. Mas mesmo nesse caso é necessário cuidado para orientar o
adolescente sem excitar a sua imaginação, acostumando-o ao processo natural regido pelas leis do
crescimento. O passe, a prece, as reuniões para estudo doutrinário são os meios de auxiliar o processo
sem forçá-lo, dando-lhe a orientação necessária. Certos adolescentes integram-se rápida e naturalmente
na nova situação e se preparam a sério para a atividade mediúnica. Outros rejeitam a mediunidade e
procuram voltar-se apenas para os sonhos juvenis. É a hora das atividades lúdicas, dos jogos e esportes,
do estudo e aquisição de conhecimentos gerais, da integração mais completa na realidade terrena. Não
se deve forçá-los, mas apenas estimulá-los no tocante aos ensinos espíritas. Sua mente se abre para o
contato mais profundo e constante com a vida do mundo. Mas ele já traz na consciência as diretrizes
próprias da sua vida, que se manifestarão mais ou menos nítidas em suas tendências e em seus anseios.
Forçá-lo a seguir um rumo que repele é cometer uma violência de graves conseqüências futuras. Os
exemplos dos familiares influem mais em suas opções do que os ensinos e as exortações orais. Ele toma
conta de si mesmo e firma a sua personalidade. É preciso respeitá-lo e ajudá-lo com amor e
compreensão. No caso de manifestações espontâneas da mediunidade é conveniente reduzi-las ao
círculo privado da família ou de um grupo de amigos nas instituições juvenis, até que sua mediunidade se
defina, impondo-se por si mesma.
O terceiro ciclo ocorre geralmente na passagem da adolescência para a juventude, entre os dezoito e
vinte e cinco anos. É o tempo, nessa fase, dos estudos sérios do Espiritismo e da Mediunidade, bem
como da prática mediúnica livre, nos centros e grupos espíritas. Se a mediunidade não se definiu
devidamente, não se deve ter preocupações. Há processos que demoram até a proximidade dos 30 anos,
da maturidade corporal, para a verdadeira eclosão da mediunidade. Basta mantê-lo em ligação com as
atividades espíritas, sem forçá-lo. Se ele não revela nenhuma tendência mediúnica, o melhor é dar-lhe
apenas acesso a atividades sociais ou assistenciais. As sessões de educação mediúnica (impropriamente
chamadas de desenvolvimento) destinam-se apenas a médiuns já caracterizados por manifestações
espontâneas, portanto já desenvolvidos.
Há ainda um quarto ciclo, correspondente a mediunidades que só aparecem após a maturidade, na
velhice ou na sua aproximação. Trata-se de manifestações que se tornam possíveis devido às condições
da idade: enfraquecimento físico, permitindo mais fácil expansão das energias perispiríticas; maior
introversão da mente, com a diminuição de atividades da vida prática, estado de apatia neuropsíquica,
provocado pelas mudanças orgânicas do envelhecimento. Esses fatores permitem maior desprendimento
do espírito e seu relacionamento com entidades desencarnadas. Esse tipo de mediunidade tardia tem
pouca duração, constituindo uma espécie de preparação mediúnica para a morte. Restringe-se a
fenômenos de vidência, comunicação oral, intuição, percepção extra-sensorial e psicografia. Embora seja
uma preparação, a morte pode demorar vários anos, durante os quais o espírito se adapta aos problemas
espirituais com que não se preocupou no correr da vida. Esses fatos comprovam o conceito de
mediunidade como simples modalidade do relacionamento homem-espírito. Kardec lembra que o fato de
o espírito estar encarnado não o priva de relacionar-se com os espíritos libertos, da mesma maneira que
um cidadão encarcerado pode conversar com um cidadão livre através das grades. Não se trata das
conhecidas visões de moribundos no leito mortuário, mas de típico desenvolvimento tardio de
mediunidade que, pela completa integração do indivíduo na vida carnal, imantado aos problemas do dia
a-dia, não conseguiu aflorar. A sua manifestação tardia lembra o adágio de que os extremos se tocam. A
velhice nos devolve à proximidade do mundo espiritual, em posição semelhante à das crianças.
Na verdade, a potencialidade mediúnica nunca permanece letárgica. Pelo contrário, ela se atualiza com
mais freqüência do que supomos, passa de potência a ato em diversos momentos da vida, através de
pressentimentos, previsões de acontecimentos simples, como o encontro de um amigo há muito ausente,
percepções extra-sensoriais que atribuímos à imaginação ou à lembrança e assim por diante. Vivemos
mediunicamente, entre dois mundos e em relação permanente com entidades espirituais. Durante o sono,
como Kardec provou através de pesquisas ao longo de mais de dez anos, desprendemo-nos do corpo
que repousa e passamos ao plano espiritual. Nos momentos de ausência psíquica de distração, de
cochilo, distanciamo-nos do corpo rapidamente e a ele retornamos como o pássaro que voa e volta ao
ninho. A Psicologia procura explicar esses lapsos fisiologicamente, mas as reações orgânicas a que
atribui o fato não são causa e sim efeito de um ato mediúnico de afastamento do espírito. Os estudos de
Hipnotismo comprovam isso, mostrando que a hipnose interfere constantemente em nossa vigília,
fazendo-nos dormir em pé e sonhar acordados, como geralmente se diz. A busca científica de uma
essência orgânica da mediunidade nunca deu nem dará resultados. Porque a mediunidade tem sua
essência na liberdade do espírito.
Chegando a este ponto podemos colocar o problema em termos mais precisos: a mediunidade é a
manifestação do espírito através do corpo. No ato mediúnico tanto se manifesta o espírito do médium
como um espírito ao qual ele atende e serve. Os problemas mediúnicos consistem, portanto,
simplesmente na disciplinação das relações espírito-corpo. É o que chamamos de educação mediúnica.
Na proporção em que o médium aprende como espírito, a controlar a sua liberdade e a selecionar as suas
relações espirituais, sua mediunidade se aprimora e se torna segura. Assim o bom médium é aquele que
mantém o seu equilíbrio psicofísico e procede na vida de maneira a criar para si mesmo um ambiente
espiritual de moralidade, amor e respeito pelo próximo. A dificuldade maior está em se fazer o médium
compreender que, para tanto, não precisa tornar-se santo, mas apenas um homem de bem. Os objetivos
de santidade perseguidos pelas religiões, através dos milênios, gerou no mundo uma expectativa
incômoda para todos os que se dedicam aos problemas espirituais. Ninguém se torna santo através de
sufocação dos poderes vitais do homem e adoção de um comportamento social de aparência piedosa. O
resultado disso é o fingimento, a hipocrisia que Jesus condenou incessantemente nos fariseus, uma
atitude permanente de condescendência e bondade que não corresponde às condições íntimas da
criatura. O médium deve ser espontâneo, natural, uma criatura humana normal, que não tem motivos para
se julgar superior aos outros. Todo fingimento e todo artifício nas relações sociais leva os indivíduos à
falsidade e à trapaça. A chamada reforma - íntima esquematizada e forçada não modifica ninguém,
apenas artificializa enganosamente os que a seguem. As mudanças interiores da criatura decorrem de
suas experiências na existência, experiências vitais e consciências que produzem mudanças profundas
na visão íntima do mundo e da vida.
Essa colocação dos problemas mediúnicos sugere um conceito da mediunidade que nos leva às próprias
raízes do Espiritismo. A Mediunidade nos aparece como o fundamento de toda a realidade. O momento
do Fiat, da Criação do Cosmos, é um ato mediúnico. Quando o espírito estrutura a matéria para se
manifestar na Criação, constrói o elemento intermediário entre ele e a realidade sensível ou material. A
matéria se torna o médium do espírito. Assim, a vida é uma permanente manifestação mediúnica do
espírito que, por ela, se projeta e se manifesta no plano sensível ou material. O Inteligível, que é o
espírito, o princípio inteligente do Universo, dá a sua mensagem inteligente através das infinitas formas da
Natureza, desde os reinos mineral, vegetal e animal, até o reino hominal, onde a mediunidade se define
em sua plenitude. A responsabilidade do Homem, da Criatura Humana, expressão mais elevada do
Médium, adquire dimensões cósmicas. Ele é o produto multimilenar da evolução universal e carrega em
sua mediunidade individual o pesado dever de contribuir para que a Humanidade realize o seu destino
cósmico. A compreensão deste problema é indispensável para que os médiuns aprendam a zelar pelas
suas faculdades.
Por José Herculano Pires
30 de mai. de 2019
Mediunidade olfativa
Digna de menção, embora não muito citada, a capacidade da sensação olfativa do plano espiritual.
Os médiuns percebem e distinguem três tipos de odores nesse plano.
1 - O odor da aura da pessoa, suave e agradável quando há elevação; acre e insuportável no involuído, ou em quem está envolto em fluidos pesados por vícios habituais e degradantes;
2 - O odor do pensamento, doce e perfumado se provém de pensamentos bons; metálico e causando forte impacto no chakra cardíaco (plexo cardíaco e glândula timo) quando de baixo teor vibratório;
3 - O odor dos sentimentos, perfumado, de flores, quando bons, e fétidos quando maus ou raivosos.
Interessante anotar que as pessoas possuem tipos de odor característicos individuais, que podem ser identificados mesmo de longe, desde que exista ligação fluídica entre a pessoa e o sensitivo; de tal forma que é possível dizer quais os tipos de pensamento ou sentimento que determinada pessoa está emitindo naquele momento, mesmo que os dois estejam separadas por longas distâncias.
Já o odor da aura só é percebido de perto. Tecnicamente pode explicar-se porque a vibração odorífera é causada por emissão espiritual de tipo eletromagnético (como a vibração do pensamento) e percorre a atmosfera com a velocidade da luz.
Essas vibrações são recebidas pelos nervos olfativos e, quando o sensitivo está treinado, pode distingui-las comodamente.
Outra observação: com freqüência o sensitivo percebe a emissão tempos depois. Dá-se isso quando ate se acha ocupado ou distraído; mas os fluidos odoríferos mantêm-se em seu redor, circundando-o de tal modo que, quando este desperta, percebe o odor, e o identifica, apenas não sendo capaz de apurar há quanto tempo se deu a emissão.
Baseado no livro Técnicas da mediunidade de Carlos Torres Pastorino
1 de set. de 2017
A mediunidade nos palcos
A faculdade mediúnica, mesmo quando restrita aos limites das manifestações físicas, não foi concedida para exibições de feira.” (Allan Kardec, item 308, de O Livro dos Médiuns.)
A comunicação existente entre aqueles que vivem na Terra e os que já demandaram a pátria espiritual é prática antiga que remonta aos primeiros tempos da humanidade, no entanto, após a codificação da Doutrina Espírita, por Allan Kardec, a partir de 1857, esse intercâmbio ganhou maior detalhamento, com disciplina, orientação e conhecimento de causa.
Somente Francisco Cândido Xavier publicou mais de 400 livros através da psicografia, trazendo à Terra as informações da vida espiritual. Dentre eles, uma grande quantidade versa sobre a comunicação de familiares que partiram deste mundo com os que ficaram.
A comunicabilidade com os Espíritos, hoje, com o aval de grandes setores da ciência e diante de profundos estudos efetuados pelas Universidades mais conceituadas dos Estados Unidos e Europa, é, incontestavelmente, uma realidade. A grande maioria da população brasileira sabe disso.
No entanto, esse intercâmbio entre os dois mundos não se dá de forma leviana, irresponsável e inconsequente. É fruto das Leis Universais, sábias e perfeitas, portanto, deve ser tratado com seriedade, responsabilidade, equilíbrio e, acima de tudo, com muita dignidade.
A mediunidade, embora seja uma faculdade inerente ao homem, carece de estudo, reflexão e experiência, para produzir o bem a que se destina, não podendo estar nas mãos dos vaidosos, orgulhosos e caçadores de projeção e fama, sem sérios prejuízos.
Allan Kardec, conhecendo como ninguém a personalidade humana, em “O Livro dos Médiuns”, advertiu: “a mediunidade não foi concedida para exibição de feira”, isto é, não veio ao mundo para ser vedete de palco e nem para servir de espetáculo, em atendimento aos interesses mesquinhos de médiuns e criaturas que apenas buscam a promoção pessoal.
E, esses desavisados, buscam com avidez, a mediunidade, para se apresentarem no meio artístico, na televisão, no rádio, no jornal etc, dando vazão à vaidade e ao orgulho que carregam no âmago.
Lamentamos profundamente que essa faculdade tão nobre, tão bela e que tantos serviços pode oferecer à humanidade, esteja sendo manuseada por apresentadores de programas televisivos, abrindo portas para que aventureiros adentrem nossos lares, com palavrórios vazios, mentirosos, ferindo criaturas e arrasando famílias que carregam a dor da separação de entes queridos.
Se aqui na Terra existem comentaristas do Governo que nada entendem de política, se existem os que discutem futebol sem nunca terem ido aos estádios, se existem os que falam de assistência social sem vontade de oferecer uma esmola, no Mundo Espiritual, obviamente, encontramos Espíritos que pouco entendem das coisas e também se lançam a falar, discutir e comentar o que não sabem. E, esses médiuns de plantão, muitos sem saberem, servem a esses Espíritos, esparramando asneiras e comprometendo estruturas familiares de forma leviana, sob a proteção de meios de comunicação de massa.
Allan Kardec, ainda em “O Livro dos Médiuns”, afirma, no item 308: “Quem pretender dispor de Espíritos às suas ordens para os exibir em público pode ser suspeito, com justiça, de charlatanismo ou de prática mais ou menos hábil de prestidigitação”.
Portanto, devemos saber sempre mais sobre o charlatanismo, mistificação, prestidigitação etc., para que não sejamos enganados por esses espertalhões de programas de auditórios.
Em “O Livro dos Espíritos”, na pergunta 163, Allan Kardec perguntou: “A alma, deixando o corpo, tem imediata consciência de si mesma? Obteve como resposta: “Consciência imediata, não é bem o termo. Ela passa algum tempo em estado de perturbação”.
Assim, caro leitor, como um Espírito recem-desencarnado, às vezes de forma traumatizante, pode se comunicar conosco momentos depois de seu desencarne?
E, se desejarmos conhecer mais sobre o assunto, pois que um artigo se torna insuficiente para destacar a abrangência do tema, consultemos “O Livro dos Espíritos” e o “O Livro dos Médiuns”, ambos de Allan Kardec, obras que versam sobre a mediunidade e relação de encarnados com desencarnados.
Fiquemos alertas e reflitamos demoradamente em Jesus quando afirma: “Meus bem-amados, não acrediteis em todos os Espíritos, mas experimentai se os Espíritos são de Deus, porque vários falsos profetas se ergueram no mundo”. (João, 1ª Epístola, Cap. IV: V. 1).
Somente o estudo sério e a firmeza de caráter com o tempero da dignidade e lisura de comportamento nos mostrarão a verdade que nos libertará das peias da ignorância, destinando-nos ao rumo da angelitude.
Meditemos.
Waldenir A. Cuin
A comunicação existente entre aqueles que vivem na Terra e os que já demandaram a pátria espiritual é prática antiga que remonta aos primeiros tempos da humanidade, no entanto, após a codificação da Doutrina Espírita, por Allan Kardec, a partir de 1857, esse intercâmbio ganhou maior detalhamento, com disciplina, orientação e conhecimento de causa.
Somente Francisco Cândido Xavier publicou mais de 400 livros através da psicografia, trazendo à Terra as informações da vida espiritual. Dentre eles, uma grande quantidade versa sobre a comunicação de familiares que partiram deste mundo com os que ficaram.
A comunicabilidade com os Espíritos, hoje, com o aval de grandes setores da ciência e diante de profundos estudos efetuados pelas Universidades mais conceituadas dos Estados Unidos e Europa, é, incontestavelmente, uma realidade. A grande maioria da população brasileira sabe disso.
No entanto, esse intercâmbio entre os dois mundos não se dá de forma leviana, irresponsável e inconsequente. É fruto das Leis Universais, sábias e perfeitas, portanto, deve ser tratado com seriedade, responsabilidade, equilíbrio e, acima de tudo, com muita dignidade.
A mediunidade, embora seja uma faculdade inerente ao homem, carece de estudo, reflexão e experiência, para produzir o bem a que se destina, não podendo estar nas mãos dos vaidosos, orgulhosos e caçadores de projeção e fama, sem sérios prejuízos.
Allan Kardec, conhecendo como ninguém a personalidade humana, em “O Livro dos Médiuns”, advertiu: “a mediunidade não foi concedida para exibição de feira”, isto é, não veio ao mundo para ser vedete de palco e nem para servir de espetáculo, em atendimento aos interesses mesquinhos de médiuns e criaturas que apenas buscam a promoção pessoal.
E, esses desavisados, buscam com avidez, a mediunidade, para se apresentarem no meio artístico, na televisão, no rádio, no jornal etc, dando vazão à vaidade e ao orgulho que carregam no âmago.
Lamentamos profundamente que essa faculdade tão nobre, tão bela e que tantos serviços pode oferecer à humanidade, esteja sendo manuseada por apresentadores de programas televisivos, abrindo portas para que aventureiros adentrem nossos lares, com palavrórios vazios, mentirosos, ferindo criaturas e arrasando famílias que carregam a dor da separação de entes queridos.
Se aqui na Terra existem comentaristas do Governo que nada entendem de política, se existem os que discutem futebol sem nunca terem ido aos estádios, se existem os que falam de assistência social sem vontade de oferecer uma esmola, no Mundo Espiritual, obviamente, encontramos Espíritos que pouco entendem das coisas e também se lançam a falar, discutir e comentar o que não sabem. E, esses médiuns de plantão, muitos sem saberem, servem a esses Espíritos, esparramando asneiras e comprometendo estruturas familiares de forma leviana, sob a proteção de meios de comunicação de massa.
Allan Kardec, ainda em “O Livro dos Médiuns”, afirma, no item 308: “Quem pretender dispor de Espíritos às suas ordens para os exibir em público pode ser suspeito, com justiça, de charlatanismo ou de prática mais ou menos hábil de prestidigitação”.
Portanto, devemos saber sempre mais sobre o charlatanismo, mistificação, prestidigitação etc., para que não sejamos enganados por esses espertalhões de programas de auditórios.
Em “O Livro dos Espíritos”, na pergunta 163, Allan Kardec perguntou: “A alma, deixando o corpo, tem imediata consciência de si mesma? Obteve como resposta: “Consciência imediata, não é bem o termo. Ela passa algum tempo em estado de perturbação”.
Assim, caro leitor, como um Espírito recem-desencarnado, às vezes de forma traumatizante, pode se comunicar conosco momentos depois de seu desencarne?
E, se desejarmos conhecer mais sobre o assunto, pois que um artigo se torna insuficiente para destacar a abrangência do tema, consultemos “O Livro dos Espíritos” e o “O Livro dos Médiuns”, ambos de Allan Kardec, obras que versam sobre a mediunidade e relação de encarnados com desencarnados.
Fiquemos alertas e reflitamos demoradamente em Jesus quando afirma: “Meus bem-amados, não acrediteis em todos os Espíritos, mas experimentai se os Espíritos são de Deus, porque vários falsos profetas se ergueram no mundo”. (João, 1ª Epístola, Cap. IV: V. 1).
Somente o estudo sério e a firmeza de caráter com o tempero da dignidade e lisura de comportamento nos mostrarão a verdade que nos libertará das peias da ignorância, destinando-nos ao rumo da angelitude.
Meditemos.
5 de nov. de 2016
Mediunidade no tempo de Jesus
Paulo da Silva Neto Sobrinho
“Se alguém julga ser profeta ou inspirado pelo Espírito, reconheça um
mandamento do Senhor nas coisas que estou escrevendo para vocês” (PAULO, aos coríntios).
mandamento do Senhor nas coisas que estou escrevendo para vocês” (PAULO, aos coríntios).
Introdução
A mediunidade é uma faculdade humana que consiste na sintonia espiritual entre dois seres. Normalmente, a usamos para designar a influência de um Espírito desencarnado sobre um encarnado, entretanto, julgamos que, acima de tudo, por se tratar de uma aquisição do Espírito imortal, pouco importa a situação em que se encontram esses dois seres, para que se processe a ligação espiritual entre eles.É comum que ataques ao Espiritismo ocorram por conta desse “dom”, como se ele viesse a acontecer exclusivamente em nosso meio. Ledo engano, pois, conforme já o dissemos, é uma faculdade humana, e assim sendo, todos a possuem, variando apenas quanto ao seu grau.
Os detratores querem, por todos os meios, fazer com que as pessoas acreditem que isso é coisa nova, mas podemos provar que a mediunidade não é coisa nova e que até mesmo Jesus dela pode nos dar notícias. É o que veremos a seguir.
A mediunidade e Jesus
Quando Jesus recomenda a seus doze discípulos a divulgação de que o “reino do Céu está próximo” fica evidenciado, aos que estudaram ou vivenciam esse fenômeno, que o Mestre estava falando mesmo era da faculdade mediúnica. Entretanto, por conta dos tradutores ou dos teólogos, essa realidade ficou comprometida no texto bíblico. Entretanto, como é impossível “tapar o sol com uma peneira”, podemos perfeitamente identificá-la, apesar de todo o esforço para escondê-la.O evangelista Mateus narra o seguinte:
“Eis que eu envio vocês como ovelhas no meio de lobos. Portanto, sejam prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Tenham cuidado com os homens, porque eles entregarão vocês aos tribunais e açoitarão vocês nas sinagogas deles. Vocês vão ser levados diante de governadores e reis, por minha causa, a fim de serem testemunhas para eles e para as nações. Quando entregarem vocês, não fiquem preocupados como ou com aquilo que vocês vão falar, porque, nessa hora, será sugerido a vocês o que vocês devem dizer. Com efeito, não serão vocês que irão falar, e sim o Espírito do Pai de vocês é quem falará através de vocês”. (10,16-20).
A primeira observação que faremos é que por ter tentado a Eva, dizem que a serpente seria o próprio satanás, entretanto, isso fica estranho, porquanto o próprio Jesus nos recomenda sermos prudentes como as serpentes. Esse fato demonstra que tal associação é apenas fruto do dogmatismo que só produz o fanatismo religioso.
Essa fala de Jesus é inequívoca quanto ao fenômeno mediúnico: “não fiquem preocupados como ou com aquilo que vocês vão falar, porque, nessa hora, será sugerido a vocês”, e arremata: “Com efeito, não serão vocês que irão falar, e sim o Espírito do Pai de vocês é quem falará através de vocês”. A tentativa de esconder o fenômeno fica por conta da expressão “o Espírito do Pai”, quando a realidade é “um Espírito do Pai” a mudança do artigo indefinido para o artigo definido tem como objetivo principal desvirtuar a fenomenologia em primeiro plano e em segundo, mais um ajuste de texto bíblico para apoiar a trindade divina copiada dos povos pagãos.
O filósofo e teólogo Carlos Torres Pastorino abordando a questão da mudança do artigo, diz:
“...Novamente sem artigo. Repisamos: a língua grega não possuía artigos indefinidos. Quando a palavra era determinada, empregava-se o artigo definido ‘ho, he, to’. Quando era indeterminada (caso em que nós empregamos o artigo indefinido), o grego deixava a palavra sem artigo. Então quando não aparece em grego o artigo, temos que colocar, em português, o artigo indefinido: UM espírito santo, e nunca traduzir com o definido: O espírito santo”. (Sabedoria do Evangelho, volume 1, pág 43).
Se sustentarmos a expressão “o Espírito do Pai” teremos forçosamente que admitir que o próprio Deus venha a se manifestar num ser humano. Pensamento absurdo como esse só pode ser pela falta de compreensão da grandeza de Deus. Dizem os cientistas que no cosmo há 100 bilhões de galáxias, cada uma delas com cerca de 100 bilhões de estrelas, fazendo do Universo uma coisa fora do alcance de nossa limitada imaginação, mas, mesmo que a custa de um grande esforço, vamos imaginar tamanha grandeza. Bom, façamos agora a pergunta: o que criou tudo isso? Diante disso, admitir que esse ser possa estar pessoalmente inspirando uma pessoa é fora de proposto, coisa aceitável a de povos primitivos, cujos conhecimentos não lhes permitem ir mais longe, por restrição imposta pelo seu hábitat.
A mediunidade no apostolado
Um fato, que reputamos como de inquestionável ocorrência da mediunidade, aconteceu logo depois da morte de Jesus, quando os discípulos reunidos receberam “como que línguas de fogo” e começaram a falar em línguas, de tal sorte que, apesar da heterogeneidade do povo que os ouvia, cada um entendia o que falavam em sua própria língua. Fato extraordinário registrado no livro Atos dos Apóstolos, desta forma:“Quando chegou o dia de Pentecostes, todos eles estavam reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho como o sopro de um forte vendaval, e encheu a casa onde eles se encontravam. Apareceram então umas como línguas de fogo, que se espalharam e foram pousar sobre cada um deles. Todos ficaram repletos do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. Acontece que em Jerusalém moravam judeus devotos de todas as nações do mundo. Quando ouviram o barulho, todos se reuniram e ficaram confusos, pois cada um ouvia, na sua própria língua, os discípulos falarem”. (Atos 2, 1-6).
Aqui podemos identificar o fenômeno mediúnico conhecido como xenoglossia, que na definição do Aurélio é: A fala espontânea em língua(s) que não fora(m) previamente aprendida(s). Mas, como da vez anterior, tentam mudar o sentido, para isso alteram o artigo indefinido para o definido, quando a realidade seria exatamente que estavam “repletos de um Espírito santo (bom)”.
Fato semelhante aconteceu, um pouco mais tarde, nomeado como o Pentecostes dos pagãos:
“Pedro ainda estava falando, quando o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a Palavra. Os fiéis de origem judaica, que tinham ido com Pedro, ficaram admirados de que o dom do Espírito Santo também fosse derramado sobre os pagãos. De fato, eles os ouviam falar em línguas estranhas e louvar a grandeza de Deus...” (At 10, 44-46).
Episódio que confirma que “Deus não faz acepção de pessoas” (At 10,34), daí podermos estender à mediunidade como uma faculdade exclusiva a um determinado grupo religioso, mas existindo em todos segmentos em suas expressões de religiosidade.
A mediunidade como era “transmitida”
A bem da verdade não há como ninguém transmitir a mediunidade para outra pessoa, entretanto, pelos relatos bíblicos, a imposição das mãos fazia com que houvesse sua eclosão, óbvio que naqueles que a possuíam em estado latente. Vejamos algumas situações em que isso ocorreu.Em Atos 8, 17-18:
“Então Pedro e João impuseram as mãos sobre os samaritanos, e eles receberam o Espírito Santo. Simão viu que o Espírito Santo era comunicado através da imposição das mãos. Dêem para mim também esse poder, a fim de que receba o Espírito todo aquele sobre o qual eu impuser as mãos”.
Simão era um mago que, com suas artes mágicas, deixava o povo da região de Samaria maravilhado. Mas, ao ver o “poder” de Pedro e João, ficou impressionado com o que fizeram, daí lhes oferece dinheiro a fim de que dessem a ele esse poder, para que sobre todos os que ele impusesse as mãos, também recebessem o Espírito Santo.
Em Atos 19, 1-7:
“Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo atravessou as regiões mais altas e chegou a Éfeso. Encontrou aí alguns discípulos, e perguntou-lhes: ‘Quando vocês abraçaram a fé receberam o Espírito Santo?’ Eles responderam: ‘Nós nem sequer ouvimos falar que existe um Espírito Santo’. Paulo perguntou: ‘Que batismo vocês receberam?’ Eles responderam: ‘O batismo de João’. Então Paulo explicou: ‘João batizava como sinal de arrependimento e pedia que o povo acreditasse naquele que devia vir depois dele, isto é, em Jesus’. Ao ouvir isso, eles se fizeram batizar em nome do Senhor Jesus. Logo que Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles, e começaram a falar em línguas e a profetizar. Eram, ao todo, doze homens”.
Será que podemos entender que o batismo de Jesus é “receber o Espírito Santo”, conseguido pela imposição das mãos? A narrativa nos leva a aceitar essa hipótese, apenas mantemos a ressalva feita anteriormente quanto à expressão “o Espírito Santo”.
A mediunidade como os dons do Espírito
Na estrada de Damasco, Paulo, que até então perseguia os cristãos, numa ocorrência transcendente, se encontra com Jesus, passando, a partir daí, a segui-lo. Durante o seu apostolado se comunicava diretamente com o Espírito de Jesus, demonstrando sua incontestável mediunidade.Aliás, o apóstolo Paulo foi quem mais entendeu do fenômeno mediúnico, tanto que existem recomendações preciosas de sua parte aos agrupamentos cristãos de então. Ele o chamava de “dons do Espírito”.“Sobre os dons do Espírito, irmãos, não quero que vocês fiquem na ignorância” (1Cor 12,1), mostrando-se interessado em que todos pudessem conhecer tais fenômenos.
E esclarece o apóstolo dos gentios:
“Existem dons diferentes, mas o Espírito é o mesmo; diferentes serviços, mas o Senhor é o mesmo; diferentes modos de agir, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para a utilidade de todos. A um, o Espírito dá a palavra de sabedoria; a outro, a palavra de ciência segundo o mesmo Espírito; a outro, o mesmo Espírito dá a fé; a outro ainda, o único e mesmo Espírito concede o dom das curas; a outro, o poder de fazer milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, o dom de falar em línguas; a outro ainda, o dom de as interpretar. Mas é o único e mesmo Espírito quem realiza tudo isso, distribuindo os seus dons a cada um, conforme ele quer”. (1 Cor 12,4-11).
Novamente, mudando-se “o Espírito” para “um Espírito”, estaremos diante da faculdade mediúnica, basta “ter olhos de ver”.
Ao que parece, naquela época, os médiuns se preocupavam mais com a xenoglossia Paulo para desfazer esse engano novamente faz outras recomendações aos coríntios (1Cor 14,1-25). Disse ele:
“...aspirem aos dons do Espírito, principalmente à profecia. Pois aquele que fala em línguas não fala aos homens, mas a Deus. Ninguém o entende, pois ele, em espírito, diz coisas incompreensíveis. Mas aquele que profetiza fala aos homens: edifica, exorta, consola. Aquele que fala em línguas edifica a si mesmo, ao passo que aquele que profetiza edifica a assembléia. Eu desejo que vocês todos falem em línguas, mas prefiro que profetizem. Aquele que profetiza é maior do que aquele que fala em línguas, a menos que este mesmo as interprete, para que a assembléia seja edificada...”.
Conclusão
Como apregoa a Doutrina Espírita o fenômeno mediúnico nada mais é que uma ocorrência de ordem natural. Podemos identificá-lo desde os mais remotos tempos da humanidade, e não poderia ser diferente, pois, em se tratando de uma manifestação de uma faculdade humana, deverá ser mesmo tão velha quanto a permanência do homem aqui na Terra.Mas, infelizmente, a intolerância religiosa, a ignorância e, por vezes, a má-vontade, não permitiu que fosse divulgada da forma correta, ficando mais por conta de uma ocorrência sobrenatural, que só acontecia a uns poucos privilegiados. Coube ao Espiritismo a desmistificação desse fenômeno, bem como a sua explicação racional. Kardec nos deixou um legado importantíssimo para todos que possam se interessar pelo assunto, quando lança O Livro dos Médiuns, que recomendamos aos que buscam o conhecimento dessa fenomenologia, ainda muito incompreendida em nossos dias.
Nov/2004.
Referência bibliográfica.
- PASTORINO, Carlos Torres, Sabedoria do Evangelho, volume 1, Revista Mensal Sabedoria, Rio, 1964.
- Bíblia Sagrada, Edição Pastoral, Paulus, São Paulo, 43ª ed. 2001.
8 de out. de 2016
NEM TUDO É MEDIUNIDADE
Realmente, sintomas físicos ou mesmo perturbações emocionais e psicológicas podem ser confundidos com mediunidade. Atendentes fraternos, dirigentes, coordenadores de estudos e mesmo palestrantes ou escritores, precisamos sempre levar em conta esse detalhe.
Mediunidade, como já aprendemos, não é doença, nem tampouco privilégio ou exclusividade dos espíritas. É, antes, potencialidade humana, apesar dos diferentes estágios em que se apresenta e das variáveis que afetam sua manifestação, inclusive de maturidade emocional, intelectual e do meio onde se apresenta.
Não é incomum pessoas tristonhas e deprimidas, muitas vezes dependentes de medicamentos, serem confundidas pela precipitação de dirigentes que alegam ser o exercício da mediunidade o único caminho de superação desses estados.
Indicam presença de espíritos perturbados ou perturbadores como causa do abatimento e apontam, equivocadamente, como causa uma suposta hipnose de espíritos, agravando ainda mais o quadro de aflição da pessoa que simplesmente precisa de ajuda...
Tais considerações foram inspiradas no capítulo 22 do livro Encontros com a Consciência, ditado pelo Espírito Irmão Malco ao médium Alaor Borges Jr. Referido capítulo descreve o diálogo de um atendimento fraterno. Aliás, todo o livro é composto de casos relacionados a ocorrências em centros espíritas, inclusive com muitos ensinos de Chico Xavier. No caso em questão, o Espírito que relata a ocorrência conclui com sabedoria: “(...) Passei a entender que, na condição de socorrista espiritual, temos que ter muito critério. Nem todo distúrbio nervoso, qual seja a depressão, síndrome do pânico, insônia e outras mais, estão relacionadas à presença de mediunidade (...)”.
Nesse ponto, interrompemos a transcrição para destacar, aí sim, caminhos de superação de estados de abatimento, na continuidade do raciocínio do autor: “(...) mas o serviço prestado pelo passe, as palestras, a água magnetizada e o vínculo com as atividades assistenciais da casa têm valor inconcebível. (...)”.
O destaque é nosso e proposital. Não percebemos que muito mais que focar nossa atenção em supostas influências de espíritos, embora elas sejam reais e contínuas, precisamos, isso sim, prestar mais atenção em nossas reações e procurar no Espiritismo o que ele realmente tem a oferecer: o consolo, a diretriz, o conforto, a orientação, a luz para nossos caminhos, a lucidez de seus fundamentos, caminhos claros de entusiasmo e superação das dificuldades que normalmente enfrentamos, até pela nossa condição humana. Recursos que encontramos, principalmente, nos estudos, palestras...
O livro é rico de casos assim. Mágoas, dinheiro, opiniões, relacionamentos, dificuldades, influências, inspiração, pressa, entre outros temas, vão surpreender o leitor. Exatamente pela clareza e concisão dos diálogos. Não deixe de conhecer. Trará benefícios para os grupos espíritas.
Orson Peter Carrara
Mediunidade, como já aprendemos, não é doença, nem tampouco privilégio ou exclusividade dos espíritas. É, antes, potencialidade humana, apesar dos diferentes estágios em que se apresenta e das variáveis que afetam sua manifestação, inclusive de maturidade emocional, intelectual e do meio onde se apresenta.
Não é incomum pessoas tristonhas e deprimidas, muitas vezes dependentes de medicamentos, serem confundidas pela precipitação de dirigentes que alegam ser o exercício da mediunidade o único caminho de superação desses estados.
Indicam presença de espíritos perturbados ou perturbadores como causa do abatimento e apontam, equivocadamente, como causa uma suposta hipnose de espíritos, agravando ainda mais o quadro de aflição da pessoa que simplesmente precisa de ajuda...
Tais considerações foram inspiradas no capítulo 22 do livro Encontros com a Consciência, ditado pelo Espírito Irmão Malco ao médium Alaor Borges Jr. Referido capítulo descreve o diálogo de um atendimento fraterno. Aliás, todo o livro é composto de casos relacionados a ocorrências em centros espíritas, inclusive com muitos ensinos de Chico Xavier. No caso em questão, o Espírito que relata a ocorrência conclui com sabedoria: “(...) Passei a entender que, na condição de socorrista espiritual, temos que ter muito critério. Nem todo distúrbio nervoso, qual seja a depressão, síndrome do pânico, insônia e outras mais, estão relacionadas à presença de mediunidade (...)”.
Nesse ponto, interrompemos a transcrição para destacar, aí sim, caminhos de superação de estados de abatimento, na continuidade do raciocínio do autor: “(...) mas o serviço prestado pelo passe, as palestras, a água magnetizada e o vínculo com as atividades assistenciais da casa têm valor inconcebível. (...)”.
O destaque é nosso e proposital. Não percebemos que muito mais que focar nossa atenção em supostas influências de espíritos, embora elas sejam reais e contínuas, precisamos, isso sim, prestar mais atenção em nossas reações e procurar no Espiritismo o que ele realmente tem a oferecer: o consolo, a diretriz, o conforto, a orientação, a luz para nossos caminhos, a lucidez de seus fundamentos, caminhos claros de entusiasmo e superação das dificuldades que normalmente enfrentamos, até pela nossa condição humana. Recursos que encontramos, principalmente, nos estudos, palestras...
O livro é rico de casos assim. Mágoas, dinheiro, opiniões, relacionamentos, dificuldades, influências, inspiração, pressa, entre outros temas, vão surpreender o leitor. Exatamente pela clareza e concisão dos diálogos. Não deixe de conhecer. Trará benefícios para os grupos espíritas.
Orson Peter Carrara
23 de jul. de 2015
MÉDIUNS DOENTES E A MEDIUNIDADE! RESPONSABILIDADE DA CASA ESPÍRITA!
Um dos graves problemas da casa espírita, são dirigentes que não tomam o devido cuidado ao colocar pessoas doentes física e mentalmente nas frentes mediúnicas de trabalho das casas. Percebe-se uma falta de cuidado com esta seleção, que não visa exclusão e sim, cuidados que devemos ter com as pessoas. Repara-se com alguns critérios de avaliação, que algumas pessoas jamais poderiam estar exercendo a mediunidade, pois não encontram-se em equilíbrio para a mesma. Simplesmente se a pessoa se apresenta, alguém que se acha inspirado pelos "Deuses", determina que a mesma está em desequilíbrio pela necessidade do exercício da mediunidade, o que na maioria das vezes, não passa de problemas que podem até se agravar com a prática mediúnica.
O homem, ao buscar as verdades espirituais, desprende-se do ego e cresce cada vez mais para o alto; torna-se pessoa mansa e amiga da verdade. Hoje, analisando o movimento espírita, constatamos entristecidos que vários centros espíritas brincam com a ignorância do próximo: médiuns doentes e fanáticos enxergam espíritos em todos os lugares e mentem na conversação, comunicando fatos que percebemos logo serem mentirosos.
Existem aqueles que falam do passado, do presente e do futuro, que lutam para dissolver grupos, porque a vaidade lhes banha a alma. Todos os médiuns precisam conscientizar-se de que a Lei de Deus é uma só e chama-se Verdade. Deixemos a vaidade de lado e não busquemos nos espíritos conhecidos a ascensão do nosso caminho; ao invés disso, busquemos nos amigos espirituais as palavras simples e amigas de Jesus. Não desejemos mediunidade ostensiva, mas aquela que nos ofereça oportunidades de trabalho.
Por que essa vontade de dirigir alguém, se Jesus, como Governador do Planeta, Se fez o menor de todos? Se você ouve espíritos, eduque-os para os lugares certos de conversação. Nada mais desagradável do que vivermos misturando espíritos com encarnados. Se enxergamos os amigos espirituais, não fiquemos a tocar a trombeta por isso; nem todo mundo está preparado para ouvir falar deles. Se temos premonição, que a guardemos para lugares apropriados; é muito triste brincarmos com a verdade.
Se possuímos mediunidade de psicofonia, cuidemos para bem servir àqueles que nos buscam; nada mais desagradável do que o descrédito se nos tomar a vaidade. Se a psicografia é a nossa tarefa, respeitemos os nomes veneráveis e não nos preocupemos tanto com os nomes famosos. A mensagem se conhece pelo valor moral que ela nos traz.
Se desejamos possuir conhecimento, que o façamos de maneira equilibrada, não misturando tudo de uma só vez, dando margem ao desequilíbrio, porque não temos ainda maturidade para compreendermos a grandeza de Deus. Cuidado devemos tomar. Os homens passam, mas a Doutrina [Espírita] é eterna. Se hoje a trairmos, amanhã talvez não tenhamos tempo para pedir perdão.
Livro: Chama Eterna
Irene Pacheco Machado, pelo Espírito Irmão Sérgio
20 de jul. de 2015
AMIGO IMAGINÁRIO! MEDIUNIDADE NA INFÂNCIA!
Na novela "Páginas da Vida" do ano de 2006, Nanda, morta após dar à luz Clara e Francisco, tem visitado os filhos com uma freqüência cada vez maior. Os gêmeos vêem a mãe e até conversam com ela!
Parece coisa de ficção.
Mas, na vida real, há muitos relatos de crianças que, assim como os gêmeos de Páginas da Vida, já viram ou conversaram com pessoas que já morreram (confira os casos reais no final da matéria).
De acordo com a doutrina espírita, a meninada tem mesmo mais facilidade para interagir com quem já se foi, conforme explica Sônia Zaghetto, assessora de comunicação social da FEB (Federação Espírita Brasileira):
“Isso ocorre porque as crianças ainda têm ligações ligeiramente mais tênues com o corpo físico, assim como os doentes terminais, em que a ligação espírito-corpo já se enfraqueceu e eles podem ver os espíritos.
Há medida que a pessoa cresce, vai se tornando ainda mais forte a ligação com o corpo e ela vai deixando de vê-los”. No entanto, Sônia alerta: nem todas as crianças vêem os espíritos. “É natural que os vejam, mas não é obrigatório que aconteça”, explica.
O que também pode confundir quem não está muito por dentro do tema é achar que a criança é médium só porque teve um episódio em que viu, ou ouviu um espírito. “Nem sempre a visão de espíritos pelas crianças caracteriza mediunidade. Somente com o tempo se pode discernir, pois o fenômeno pode ser passageiro. Pode ser aquela questão relacionada à ligação do espírito com o corpo.
Quando não é mediunidade, essas visões desaparecem entre 6 e 8 anos de idade. Como, por exemplo, os amiguinhos imaginários, que costumam desaparecer por volta dessa idade”, esclarece Sônia.
Ela conta ainda que um sinal de mediunidade é quando a criança começa a relatar visões e conversas com os espíritos. “Se essas manifestações ganham caráter mais constante, bem ostensivo e persistem até a pré-adolescência e juventude, tudo indica mediunidade. Logo, uma visão que ocorreu apenas uma vez, por exemplo, não é considerada indício”, conclui ela.
O que fazer quando a criança é médium?
- Os pais devem observar cuidadosamente o comportamento da criança para ver se elas não estão influenciadas por algo que viram na TV ou em filmes.
- Pode ser também que elas estejam adotando tais posturas apenas para chamar a atenção. É importante discernir e checar tudo isso na hora de avaliar se a criança está realmente vendo espíritos.
- Os pais jamais devem estimular as crianças a desenvolver mediunidade.
- Se a criança tiver idade suficiente para compreender o que está acontecendo, os pais devem explicar a ela a situação, procurando não fazer disso um fenômeno extraordinário que gere medo ou desconforto. “Se os pais não se acharem em condições de conversar com a criança (por desconhecimento do assunto), podem recorrer a um centro espírita, em que as pessoas mais experientes poderão orientá-los sobre a forma abordar o assunto com a criança”, aconselha Sônia.
O que os pais devem evitar?
- Negação pura e simples, pois a criança pode se sentir acusada de ser mentirosa e desenvolver outros problemas.
- Valorização excessiva do fenômeno.
- Demonstrar medo, pois só deixará a criança mais nervosa e insegura. “Além de que, não se deve temer os espíritos”, completa Sônia.
- Criar expectativas. “É uma imprudência. Os pais devem agir com a máxima naturalidade e ouvir a criança quando ela falar espontaneamente do assunto, sem criticá-la ou ridicularizá-la, sem se mostrar assustados, nervosos, inquietos ou vaidosos e orgulhosos diante do fenômeno que acontece com o filho”, orienta Sônia.
Casos conhecidos e comprovados de mediunidade em crianças*
CHICO XAVIER (1910-2002)
– Um dos mais conhecidos e respeitados médiuns do mundo, Chico via o espírito da mãe morta e conversava com ela desde os 5 anos de idade. Em 1922, no centenário da Independência do Brasil, ele tinha 12 anos e ganhou menção honrosa quando escreveu uma bela redação sobre o Brasil. Na ocasião, afirmou que um espírito havia lhe ditado o texto.
Os amigos duvidaram e acharam que ele tinha copiado a redação de um livro. (...) As visões de Chico fizeram com que ele fosse obrigado pelo pai a freqüentar a Igreja Católica e ele via hóstias brilhando de luz, pessoas mortas sorrindo e carregando rosas. Sebastião Scarzello - padre de Pedro Leopoldo (MG) - nunca duvidou, mas aconselhava Chico a orar mais para afastar aquelas visões.”
DIVALDO PEREIRA FRANCO
- Médium baiano, de 79 anos de idade, Divaldo é hoje o mais conhecido palestrante espírita do mundo, com milhares de palestras em mais de 80 países e mais de 150 livros psicografados. Ele declara publicamente que vê os espíritos desde criança. Aos 4 anos de idade, viu o espírito de sua avó, Maria Senhorinha, e a descreveu para sua mãe, gerando muito espanto na família católica.
JOSÉ RAUL TEIXEIRA
- Médium e conferencista espírita de Niterói - RJ, professor de Física da UFF (Universidade Federal Fluminense) e Doutor em Educação, José Raul afirma que via os espíritos desde criança e, muitas vezes, conversava com eles.
Em uma ocasião, ao ver o espírito de um amigo, quase se atirou nos braços dele. Mas a mãe - que também era médium - impediu que o filho se machucasse, pois notou que ele ia em direção ao espírito e o impediu de cair no vazio, quando se atirou nos braços do amigo invisível.
*Depoimentos cedidos pela FEB (Federação Espírita Brasileira)
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