O espiritismo deixa claro que é através do pensamento que atraímos os espíritos. Bons pensamentos atraem bons espíritos, maus pensamentos atraem maus espíritos. Não me corrija, dizendo que não são bons e maus, que são mais adiantados ou menos adiantados. Na prática dá no mesmo, e a aplicação do pensamento é essencialmente prática.
Existe uma cacetada de livros sobre o poder da mente, pensamento positivo, mente subconsciente. Nenhum deles explica como funciona o poder de atração do pensamento, ou o poder criador do pensamento, apenas demonstram com exemplos e argumentos lógicos que o poder existe e funciona. Allan Kardec escreveu na Revista Espírita de dezembro de 1864 que o pensamento age sobre os fluidos ambientes como o som age sobre o ar. André Luiz na obra Nos Domínios da Mediunidade afirma que o pensamento exterioriza-se e projeta-se, formando imagens e sugestões que arremessa sobre os objetivos que se propõe atingir.
O espiritismo prega antes de mais nada a reforma íntima, ótimo. Quem disse que uma coisa exclui a outra? É justamente pelo domínio do pensamento que trabalhamos a reforma íntima. Claro que pensamento e intenção sem iniciativa e ação de pouco adiantam. É preciso aliar a força do pensamento à determinação na prática. O pensamento cria, o pensamento transforma, o pensamento renova. Não podemos esquecer que todo processo criativo, bom ou mau, antes de ser posto em prática foi criado em pensamento.
O pensamento elevado é oração. O pensamento edificante e honesto vale mais que um amontoado de palavras ditas da boca pra fora. O pensamento íntegro e construtivo evita uma série de pequenas quedas cotidianas que, somadas, fazem de nós pessoas fracas, permanentemente necessitadas de ajuda exterior, bebedores de água fluida, maníacos por passes.
Não é deboche. Há grande valor na água fluidificada e nos passes. Mas depender deles a vida inteira? Não seremos capazes de ativar nossas próprias energias? Claro que sim, basta querer, querer de verdade e exercitar. Nada na vida se aprende ou se adquire sem exercício e sem esforço. E é isso que nos fortalece. O confronto com nós mesmos, a vitória sobre nós mesmos. Você é do tipo que se compara com os outros? Já experimentou se comparar a si mesmo? Compare-se com o seu melhor e com o seu pior, veja, perceba como é grande o abismo que separa um do outro. Temos possibilidades opostas dentro de nós. E extremas. Quem decide o que fazer com suas possibilidades é você. Quem faz a sua reforma íntima é você mesmo, por isso é íntima.
É lógico que precisamos manter o foco, e isso dá trabalho, por nossa incipiência no assunto. Mas é um trabalho bom, que rende frutos na exata proporção de nosso esforço pessoal, que nos enobrece e alegra. Recuse-se a ser hipnotizado pela propaganda da fraqueza, da dor, da doença, do sofrimento, da provação, da expiação, do carma, da mãe do Badanha. Todos nós já enfrentamos problemas sérios, sabemos o quanto é difícil acreditar em algo positivo nesses momentos. Parece falta de respeito falar de superação de dificuldades com quem está passando por um momento angustiante. A esses espero que enfrentem o problema, não somente passem por ele. Você pode muito mais do que vem fazendo até agora, não importa o quanto já tenha feito. Sempre pode e deve ser melhor. Reforme-se! Reformemo-nos! Vamos dominar os nossos pensamentos. Eles partem de nós e só terão vida própria se permitirmos isso. Não esqueça, o pensamento é seu. Você manda, ele obedece.
Morel Felipe Wilkon
Este espaço foi criado com o objetivo de falar um pouco a respeito do Espiritismo, trazer alguns esclarecimentos a respeito desta doutrina tão consoladora.
16 de nov. de 2021
O domínio do pensamento e a reforma íntima
11 de nov. de 2021
Aceitação: O início da transformação
A primeira impressão que temos quando ouvimos ou pensamos em aceitar, seja uma pessoa, um fato ou uma circunstância é de que estaremos nos submetendo ou nos subjugando, desistindo de lutar, sendo fracos. De verdade, se quisermos modificar qualquer aspecto da nossa vida e de nós mesmos, devemos começar aceitando.
A aceitação é detentora de um poder transformador que só quem já experimentou pode avaliar. É difícil aceitar uma perda material ou afetiva; uma dificuldade financeira; uma doença; uma humilhação; uma traição. Mas a aceitação é um ato de força interior, sabedoria e humildade, pois existem inúmeras situações que não estão sob o nosso controle.
As pessoas são como são, dificilmente mudam. Não podemos contar com isso. A única pessoa que podemos mudar somos nós mesmos, portanto, se não houver aceitação, o que estaremos fazendo é insensato, é insano. Ser resistente, brigar, revoltar-se, negar, deprimir, desesperar, indignar-se, culpar, culpar-se são reações emocionais carregadas de raiva. Raiva do outro, raiva de si mesmo, raiva da vida. E a raiva destrói, desagrega.
A aceitação é uma força que desconhecemos porque somos condicionados a lutar, a esbravejar, a brigar. Aceitar não é desistir, nem tão pouco resignar-se. Aceitar é estar lúcido do momento presente e, se assim a vida se apresenta, assim deve ser.
Tudo está coordenado pela Lei da Ação e Reação. No instante em que aceitamos, desmaterializamos situações que foram criadas por nós, soluções surgem naturalmente através da intuição ou fatos trazem as respostas e as saídas para o problema.
Tudo é movimento. Nada é permanente. A nossa tendência “natural” é resistir, não aceitar, combater tudo o que nos contraria e o que nos gera sofrimento. Dessa forma, prolongamos a situação. Resistir só nos mantém presos dentro da situação desconfortável, muitas vezes perpetuando e tornando tudo mais complicado e pesado.
Quando não aceitamos nos tornamos amargos, revoltados, frustrados, insatisfeitos, cheios de rancor e tristeza e esses padrões mentais e emocionais criam mais dificuldades, nunca trazem solução. Aceitar é expandir a consciência e encontrar respostas, soluções, alívio. Aceitar é o que nos leva à Fé. É fundamental entender que aceitar não significa desistir e seguir adiante com otimismo. Ter muitos propósitos a serem atingidos é atitude saudável diante da vida. Aceitar se refere ao momento presente, ao agora.
No instante que você aceita, você se entrega ao que a vida quer lhe oferecer. Novas ideias surgem para prosseguir na direção desejada, saindo do sofrimento.
Ana Cristina Pereira
10 de nov. de 2021
Seu espírito precisa dos seus familiares imperfeitos
“Aprendi o silêncio com os faladores, a tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos; e, por estranho que pareça, sou grato a esses professores.” - Khalil Gibran
A família é um campo de provas. É o encontro de espíritos que possuem vários graus diferentes de imaturidades. Com suas qualidades e seus defeitos, cada espírito estimula a evolução do outro.
O traço de personalidade difícil ou negativo de um familiar te obrigará a sair da zona de conforto. Estas dificuldades te obrigarão a evoluir internamente, se quiser ser mais feliz e ter paz.
Quem aproveitar este desafio irá evoluir. Terá como prêmio uma maior facilidade para superar todos os problemas e o usufruto maior de todas as qualidades e oportunidades.
A família é a base do treinamento para a vida social ser melhor.
Concluindo: na família ou na sociedade, você se relacionará com pessoas que não são perfeitas. Isto pode ser ótimo, desde que você desenvolva qualidades. Como diz o ditado: “é melhor ser calmo do que sofrer quando alguém te irrita”. Ou seja, para não sofrer você será estimulado a desenvolver a calma (ou ficará irritado sempre).
Persista na intenção de amadurecer. Você obrigatoriamente terá que desenvolver qualidades... Que estas qualidades sejam desenvolvidas nesta vida.
Viva com sabedoria! Viva melhor!
Dica para uma vida melhor:
A vida é composta de muitas partes. Às vezes, as melhores partes são deixadas em segundo plano ou não são desenvolvidas porque o foco da mente fica no conflito, na perda, na desilusão, no desejo e na simulação.
O objetivo é chegar a um nível de liberdade interior que te permita viver bem, mesmo quando existirem muitos eventos externos negativos.
Blog Nascer Várias Vezes
Dica de Leitura:
A família é o campo de provas para a evolução do espírito
Regis Mesquita
9 de nov. de 2021
Pessoas tóxicas: como vencer sem entrar no jogo
Com toda certeza, todos já tiveram ou pelo menos têm uma pessoa tóxica na sua vida. Na maioria das vezes, elas aparecem do nada, mostram-se companheiras e atenciosas, depois de um tempo de relacionamento, revelam a verdadeira face, mostrando real preocupação conosco, apenas era fachada. A proximidade que buscava era para nos conhecer melhor para que pudesse colocar em prática seus planos maldosos.
Elas podem estar dentro de nossas casas: pais, irmãos e avós... e desde cedo nos fazem passar por situações extremamente difíceis e dolorosas, que nunca deveriam vir de pessoa com a qual compartilhamos o mesmo sangue. Prejudicam nosso crescimento e nos fazem desenvolver questões emocionais sérias, que se não tratadas podem limitar nossas vidas de várias maneiras.
Pessoas tóxicas costumam ter capacidade de manipulação. Por isso, podemos passar anos de nossas vidas sendo controlados por elas, a cada passo e decisão, sem ao menos perceber. Acreditamos que está agindo em nosso próprio favor, mas cada atitude causará grande dor no futuro.
Outra arma é a culpa. Manipulam esse sentimento e nos induzem a fazer exatamente o que desejam, com pretexto de que magoaremos outras pessoas, caso escolhamos seguir outro caminho. Usam o amor que temos por elas e por outras pessoas contra nós e nos pressionam a fazer determinadas coisas, ainda que saibam que isso só nos trará dor.
Realmente, é trabalhoso conviver com uma pessoa tóxica, ainda mais quando é alguém de quem não podemos nos libertar facilmente, seja por nutrirmos sentimento de amor por essa pessoa ou porque estão presentes nos círculos importantes de nossas vidas.
Muitos de nós, quando percebemos alguém nos manipulando, temos a primeira reação de nos vingar, fazer a pessoa receber de volta tudo aquilo que nos fez sentir: dor, solidão, sensação de estar perdido e sem rumo. Porém, é plano que raramente dá certo. Porque pessoas tóxicas não são como nós, não sentem da mesma forma e provavelmente estão esperando reação, se mantêm preparadas para tudo o que possa acontecer.
Não podemos nos igualar a elas, investir esforço no mal dos outros. Isso não nos leva a lugar algum e certamente não nos ajuda a curar nossas feridas. A única maneira de realmente vencer uma pessoa tóxica é não entrar no seu jogo, não nos condicionar a acreditar em tudo o que dizem e saber o nosso valor.
Quando reconhecemos quem realmente somos, todos os seus planos perdem sentido, e sua maldade não nos atinge mais porque nos libertamos do seu controle e estamos livres para buscar melhor vida para nós mesmos, longe de todo o seu veneno.
Mais importante do que qualquer vingança é a paz, é ela que realmente merecemos. Portanto, se tiver uma pessoa tóxica em nossa vida, não entremos no seu jogo, nem tentemos vingança por tudo o que ela já nos fez. Ao invés disso, use a melhor arma: a inteligência. Busque ser o seu melhor a cada dia, essa é melhor retribuição que poderá oferecer a todos aqueles que tentam derrubá-lo.
Parece difícil neste momento, mas temos força suficiente para vencer. Acreditemos no potencial já adquirido e conquistemos todas as coisas incríveis que estão esperando por nós!
Autor Desconhecido
8 de nov. de 2021
Dicas para aliviar a ansiedade
A ansiedade é um estado de alerta que alimenta o planejamento de ações, buscando saídas, alternativas e ensaiando ações de enfrentamento ou fuga. É o preparo do corpo para fazer algo que nem sempre é feito. O corpo responde ao que pensamos e, geralmente, os pensamentos ansiosos nos deslocam do aqui e agora para situação que tememos ou que nos causa alguma preocupação ou apreensão. A medida que você pensa, por exemplo, em algo que o amedronta, o cérebro recebe a mensagem “precisamos estar alertas, precisamos nos defender”. O corpo se prepara para enfrentar a situação e o que acontece é que a situação não acontece de fato e, todo esse preparo gera energia que não é utilizada corretamente.
Dicas
- Tomar consciência do nosso processo emocional, da nossa maneira de ser e ver as coisas para interromper e curar a ansiedade;
- Aceitar o que se sente de fato, não negar esse sentimento;
- Responsabilizar-se pelo que estamos causando a nós mesmos;
- Retirar as pressões, não se cobrar de mais por coisas que não estão em nossas mãos;
- Reconhecer e confiar na força natural dos nossos recursos interiores para pararmos de querer controlar o futuro e os outros com o pensamento;
- Agir de forma inteligente, usando nossa inteligência emocional e não nossos instintos irracionais;
- Refletir que não temos como adivinhar o futuro e que a probabilidade de alguma coisa vir a ter resultado positivo ou negativo é de 50% de cada lado;
- Centrar-se e viver o aqui e agora: se precisar, faça algo como pular, chupar bala ardida, andar descalço em chão frio etc. Isso nos traz para o momento presente.
Lembre-se: se você tem uma necessidade, o correto é que consiga gerar ação para satisfazer sua necessidade com bom senso, ou seja, a necessidade tem que ser satisfeita por ações que gerem conforto e bem-estar e não o contrário. E, para perceber a ação correta, você precisa estar no aqui e agora, em contato com o que sente e com suas reais possibilidades.
Lourdes Possatto
5 de nov. de 2021
A ciência comprova: o pensamento negativo faz mal para a saúde
Você sabia que ao reclamar com frequência está destruindo a sua saúde? A medicina nos dias de hoje comprova isso e o mais surpreendente é que você pode de fato mudar a sua realidade por meio dos seus pensamentos.
Sinapses que disparam juntas se conectam
Sinapses são estruturas que estão presentes no nosso cérebro e agem como transmissores de mensagens que geram pensamentos, fala e movimento. Quando surge um pensamento na sua mente, uma sinapse automaticamente se conecta com outra por meio de um movimento químico. Para simplificar este processo e torná-lo mais fácil de entender, é nada mais que um sinal elétrico que cria uma espécie de ponte no seu cérebro.
Toda vez que isso acontece, as sinapses crescem juntas e a distância entre elas é reduzida. Com isso, o sinal elétrico surge muito mais rápido. Dessa forma, surge o pensamento que remodela o seu cérebro. Portanto, atenção aos pensamentos.
O caminho mais curto leva à vitória
As sinapses que se formam com mais força no cérebro são aquelas relacionadas à sua personalidade - sua inteligência, atitudes e adaptabilidade em diversas situações. Além disso, determinam quais são os seus pensamentos mais acessíveis, que exercem grande influência na sua conversação.
Quanto mais o pensamento se repete na sua mente, mais perto você traz as sinapses. Portanto, o pensamento que ganha a corrida dentro da sua mente é aquele que tem a distância mais curta entre as sinapses. Com isso em mente, direcione o seu pensamento para coisas positivas!
Aceitação x arrependimento, impulso x desejo, amor x medo
Sempre que a oportunidade surge por meio de uma reação provocada por um pensamento, geralmente encaramos as seguintes escolhas: amor contra medo; aceitação contra arrependimento, impulso contra desejo; e otimismo contra pessimismo.
Ao pegar o primeiro exemplo, você pode escolher por amar a tudo e todos e deixar de lado a sua necessidade de ter controle. Se aceitar tudo na sua vida pela perspectiva do amor e deixar o excesso de controle de lado, você verá que não há nada a temer.
De acordo com a filosofia budista, o universo é um lugar onde se encontram o sofrimento e o caos, assim como nossas tentativas de exercer controle sobre tudo que se passa dentro dele, mas isso é inútil.
Praticar a aceitação, naturalmente de forma a deixar fluir a vida, vai te dar uma sensação de agradecimento pela experiência e lição vivida. Dessa forma, as sinapses no seu cérebro que representam o amor estarão mais fortalecidas e assim evita-se as sinapses relacionadas a tristeza, arrependimento, pessimismo, medo e depressão. Se você repetidamente abraçar as situações de forma otimista e positiva, sejam quais forem, a sua mente estará tomada por essa positividade.
Você deve saber que não se trata de uma prática infalível, pois em alguns casos o peso das emoções cai sobre nós e fica mais difícil evitar a negatividade. Encare isso como um músculo do seu corpo: você só verá os resultados, se praticar exercícios repetidos com regularidade e, dessa forma, vai ganhar força mental. Assim, o mundo será visto com mais beleza e amor.
Neurônios-espelho
Seus pensamentos podem realmente dar forma à sua própria realidade, mas o que talvez não saiba é que os pensamentos das pessoas ao seu redor também podem contribuir para isso. Quando observamos alguém vivenciando emoção específica, nosso cérebro testa essa mesma emoção para tentar entender o que o outro está sentindo. Esta é a base da empatia, que por um lado pode ser muito bom, mas por outro também pode causar efeitos negativos.
Imagine um pensamento coletivo: quando a raiva coletiva influencia outros a irem contra um inimigo em comum, ou de forma mais simplificada, ouvir pessoas que repreendem a tudo e a todos para ter algum tipo de autovalidação. Mesmo que a princípio relute contra isso, você vai acabar aceitando esses pensamentos e agindo da mesma forma.
O fato é: infelizmente, a vida em alguns casos pode ser caótica. Porém, se você deixar esse caos te envolver por completo, permitirá que seu cérebro siga esse caminho, tornando-se uma pessoa amarga e exausta, ao invés de ser pessoa otimista e com amor no coração.
Esteja sempre com pessoas otimistas e com amor, ao invés daquelas negativas e amargas que sempre verão o lado ruim da vida. Isso não significa que você deve ignorar pessoas queridas que estão passando por momentos difíceis, ou muito menos criticar injustiças do mundo. O pensamento positivo também deve ser crítico, mas sem excessos e envolvimento.
O estresse pode matar
Negatividade, arrependimento, apego a desejos e reclamações sem sentido pode matar. É isso mesmo. Essas emoções negativas desencadeiam estresse, o seu cérebro fica sobrecarregado, e com isso, ele alimenta sinapses relacionadas a esses sentimentos ruins. O resultado: doenças, inclusive cardíacas.
O cortisol, hormônio que produzimos quando estamos estressados, em doses elevadas pode causar problemas de memória e aprendizado, acabar com a sua imunidade, diminuir a massa óssea, aumentar o seu peso e pressão sanguínea, além dos níveis de colesterol, fora os riscos de infarto. Foque o pensamento na positividade e alimente sinapses para isso!
O ponto de partida
O mundo pode ser um lugar caótico, mas estamos nele. Cada momento da sua vida tem o potencial para gerar outros que podem ser de dor e mágoa, fortalecimento e vitória, por mais difíceis que sejam. A escolha de como será a maioria dos momentos futuros depende de você.
Escolha se prefere viver no amor ou no medo. É claro que a vida vai te dar momentos desafiadores, como a perda de pessoas queridas, pois um dia todos vão morrer, o fim de um romance, momentos difíceis no trabalho, mas você não pode se apegar ao medo, arrependimentos e outras emoções negativas que vão disparar cada vez mais sinapses também negativas.
Por mais difícil que seja, não alimente esses momentos com emoções ruins, isso o tornará cínico, amargo, arrependido. Guie seus pensamentos de forma positiva e a vida o favorecerá. Ao enfrentar uma fase difícil, aceite-a. Diga: sim, isso é ruim, e o que posso aprender com isso? Como posso ser uma pessoa melhor? E como tirar forças de tudo isso para alcançar a felicidade?
Fique atento às lições aprendidas com seus fracassos. Cada dia pode ser melhor. Tente algo novo todos os dias, deixe o amor superar o medo e viva melhor. Quanto mais pensar dessa forma, mais feliz você será. Lembre-se: desencadeie sinapses no seu cérebro que o conduzam a uma vida plena.
Fonte: Psychpedia
4 de nov. de 2021
Reflexões sobre Compreensão e Tolerância
"O verdadeiro caráter da caridade é a modéstia e a humildade, e consiste em não se ver superficialmente os defeitos alheios, mas em se procurar salientar o que há de bom e virtuoso no próximo. Porque, se o coração humano é um abismo de corrupção, existem sempre, nos seus mais ocultos refolhos, os germes de alguns bons sentimentos, centelha vivaz da essência espiritual " Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo X. Bem-aventurados os Misericordiosos. Item 18. Dufétre.
A maneira de procurar entender justificativas ou atitudes daqueles com quem estamos dialogando, leva-nos, certamente, a disposição de não-interferência nos próprios pontos de vista, portanto, de isenção, imparcialidade e neutralidade. Para sermos compreensivos precisamos estar preparados para aceitar reações, e a conduta, o modo de ser das pessoas, sem prejulgamentos ou condenações.
Precisamos estar preparados para aceitar as criaturas como elas são, do jeito que elas se expressam, até mesmo quando corrompidas, criminosas, assaltantes, prostituídas ou viciadas. Encarando-as com o pressuposto de que possuem essência espiritual e como tal são passíveis de bons sentimentos, com potencialidades latentes, sujeitas ao desenvolvimento, a nossa firme convicção nesses valores espirituais poderá transmitir aos seres mais difíceis a confiança que um dia esperavam para sair do estado conturbado e se conduzir a rumo seguro em sua vida.
A rigor não temos meios de avaliar as profundezas do caráter de ninguém, pois quaisquer conclusões apressadas são falsas. A atitude mais prudente, honesta e cristã é a de compreensão e tolerância para com quaisquer indivíduos. Esse é o nosso comportamento mais produtivo.
O sentimento de tolerância é consequência da compreensão. Como não nos cabe salientar os erros e defeitos alheios, nem mesmo criticá-los, devemos admitir, desculpar, aceitar, perdoar, atenuar e mesmo comutar esses erros. Em nosso relacionamento comum, como podemos ser compreensivos e tolerantes?
- Evitando fazer comentários desairosos e deprimentes em relação a quaisquer criaturas;
- Aceitando as reações alheias sem nos aborrecer e sem condená-las;
- Ouvindo serenamente, por mais chocantes e pavorosas que sejam suas narrações, aqueles que nos confiem seus problemas, sem esboçarmos escândalo, mas ajudando-os a encontrar, por eles mesmos, os caminhos de saída;
- Afastando, de todas as maneiras, ressentimentos, mágoas ou remorsos que os dissabores provocados por alguém estejam nos perturbando a tranquilidade;
- Eliminando a intransigência nas nossas análises em relação ao comportamento do próximo;
- Ponderando com isenção e equilíbrio infrações cometidas por funcionários, na oficina de trabalho ou no meio doméstico, aproveitando experiências deles para renovar-lhes oportunidades de acertos;
- Não nos referindo a exemplos próprios de boa conduta para recomendar procedimentos a outrem;
- Transformando austeridade punidora dos maus comportamentos entre familiares em colóquios abertos, ouvindo e comentando coletivamente em torno dos problemas para que se chegue calmamente às correções cabíveis.
"Sede indulgentes, meus amigos, porque a indulgência atrai, acalma, corrige, enquanto o rigor desalenta, afasta e irrita." A Indulgência - José, Espírito Protetor.
Ney P. Peres
2 de nov. de 2021
É na escuta que o amor começa e é na não-escuta que ele termina
Rubem Alves foi psicanalista, educador, teólogo, escritor e pastor. Com sua sabedoria e dom com as palavras, trouxe momentos de reflexão para todos nós e nos inspirou a buscar uma realidade de vida autêntica. Em um de seus livros, “O amor que acende a Lua”, fala sobre importância da escuta nos relacionamentos:
“O que as pessoas mais desejam é alguém que as escute de maneira calma e tranquila. Em silêncio. Sem dar conselhos. Sem que digam: ‘Se eu fosse você…’. A gente ama não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A fala só é bonita quando ela nasce de longa e silenciosa escuta. É na escuta que o amor começa. E é na não-escuta que ele termina”.
Não aprendi isso nos livros. Aprendi prestando atenção. Todos reunidos alegremente no restaurante: pai, mãe, filhos, falatório alegre. Na cabeceira, a avó com sua cabeça branca. Silenciosa. Como se não existisse. Não é por não ter o que dizer que não falava. Não falava por não ter quem quisesse ouvir. O silêncio dos velhos. No tempo de Freud, as pessoas procuravam terapeutas para se curarem da dor das repressões. Aprendi que hoje pessoas procuram terapeutas por causa da dor de não haver quem escute. Não pedem para ser curadas de alguma doença. Pedem para ser escutadas. Querem a cura para dor da solidão.
As palavras de Rubem nos fazem refletir sobre relacionamentos atuais, onde parece que a escuta está cada vez mais ausente, quando nos importamos apenas em falar e ser ouvidos, mas nunca em entender o lado do outro. Quantas vezes você já tentou falar com alguém e sentiu como se estivesse falando sozinho? E quantas vezes você já deixou de prestar atenção quando algum amigo ou familiar estava conversando com você?
Estamos alheios ao que acontece ao nosso redor porque a tela dos celulares parece ser mais importante. As redes sociais e as mensagens competem com pessoas por nossa atenção. Deixamos de valorizar o diálogo, presença, raramente nos envolvemos com história que nos é contada, só esperamos a nossa vez de falar. Não queremos compreender, só responder e nos afirmar.
A escuta ativa como maneira de preservar o amor
A escuta ativa nada mais é que realmente estar presente no momento, dedicar-se a escutar o que a outra pessoa está falando com atenção e não se apressar para ir embora ou para falar. Quando praticamos a escuta ativa, melhoramos qualidade de nossos relacionamentos e nos conectamos ao outro em nível profundo. Esse contato apenas nos faz bem.
Como praticar a escuta ativa:
1. Aprendendo a escutar a outra pessoa - Esse exercício dura poucos minutos e faz grande diferença em seus relacionamentos. Peça a um amigo ou familiar para auxiliá-lo. Por dois minutos, um fala sobre algum tema específico e o outro escuta. O ouvinte não falará durante esse tempo, apenas mostrará atenção através de expressões corporais. O principal objetivo é focar no que o outro está dizendo. Depois de ambos realizarem as duas partes, reflitam sobre como se sentem. Se sentiram que foram realmente escutados.
2. Tenha a mente aberta e entenda o que o outro está dizendo - Muitas vezes julgamos o que outras pessoas têm a dizer sem considerar que suas palavras podem fazer bem para nós, podem ajudar a evoluir para nossas melhores versões.
As perguntas abaixo ajudarão a focar no que o outro lhe diz e menos nas conclusões que podem ser precipitadas:
Posso escutar tudo o que a pessoa tem a dizer sem interromper?
Posso me controlar para não julgar o que ela está dizendo, apenas escutar?
Posso me controlar para apenas escutar sem dar conselhos?
Posso ficar séria, sem interromper sua fala com palavras ou gestos não apropriados?
3. Fique atento, mas de uma maneira natural - Você não precisa exagerar para estar atento ao que pessoa diz. Fique natural, não force seus olhos em direção à pessoa, apenas concentre-se em suas palavras. A conexão verdadeira é um valor que precisa ser resgatado. Todos nós temos coisas para compartilhar e para aprender com pessoas ao nosso redor. A vida se torna interessante e significativa quando aprendemos a escutar de forma saudável.
Portanto, comece a praticar a escuta ativa. Você ficará impressionado com a melhora em seus relacionamentos e em sua vida!
31 de out. de 2021
A Consciência da sua Missão por Roberto Shinyashiki
Frequentemente, eu me pergunto: "O que cada um de nós está fazendo neste planeta?"
Se a vida for somente tentar aproveitar o máximo possível as horas e os minutos, esse filme é bobo. Tenho certeza de que existe sentido melhor em tudo o que vivemos. Para mim, nossa vinda ao planeta Terra tem, basicamente, dois motivos: evoluir espiritualmente e aprender a amar melhor.
Todos os nossos bens, na verdade, não são nossos. Somos apenas as nossas almas. E devemos aproveitar todas as oportunidades que a vida nos dá para nos aprimorarmos como pessoas.
Portanto, lembre-se sempre que os seus fracassos são sempre os melhores professores e que é nos momentos difíceis que as pessoas precisam encontrar razão maior para continuar em frente. As nossas ações, especialmente quando temos de nos superar, fazem de nós pessoas melhores.
A nossa capacidade de resistir às tentações, aos desânimos, para continuar o caminho, é que nos torna pessoas especiais. Ninguém veio a essa vida com a missão de juntar dinheiro e comer do bom e do melhor. Ganhar dinheiro e alimentar-se bem fazem parte da vida, mas, não podem ser a razão de viver.
Tenho certeza de que pessoas como: Martin Luther King, Mahatma Ghandi, Nelson Mandela, Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce, Betinho e tantas outras anônimas, que lutaram e lutam para melhorar a vida dos mais fracos e dos mais pobres, não estavam motivadas pela ideia de ganhar dinheiro.
O que move, então, essas pessoas generosas a trabalhar diariamente, sem jamais desistir? A resposta é uma só: a consciência de sua missão nesta vida.
Quando você tem a consciência de que, através do seu trabalho, está realizando sua missão, você desenvolve força extra, capaz de levá-lo ao cume da montanha mais alta do planeta.
Infelizmente, muita gente se perde nesta viagem e distorce o sentido de sua existência, pensando que acumular bens materiais é o objetivo da vida. E quando chega no final do caminho percebe que o caixão não tem gavetas e que só vai poder levar daqui o bem que fez às pessoas.
Se você tem estado angustiado sem motivo aparente, está aí aviso para parar e refletir sobre o seu estilo de vida. Escute a sua alma: ela tem a orientação sobre qual caminho seguir. Tudo na vida é convite para o avanço e a conquista de valores, na harmonia e na glória do bem.
Roberto Shinyashiki
22 de out. de 2021
Partida e Chegada por Henry Sobel
Quando observamos da praia um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar adentro, impelido pela brisa matinal, estamos diante de um espetáculo de beleza rara. O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor.
Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto branco na linha remota e indecisa, onde o mar e o céu se encontram. Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente exclamará: "já se foi".
Terá sumido? Evaporado? Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha quando estava próximo de nós. Continua tão capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas.
O veleiro não evaporou, apenas não o podemos mais ver. Mas ele continua o mesmo. E talvez, no exato instante em que alguém diz: "já se foi", haverá outras vozes, mais além, a afirmar: "lá vem o veleiro!".
Assim é a morte.
Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro e o vemos sumir na linha que separa o visível do invisível dizemos: "já se foi". Terá sumido? Evaporado? Não, certamente. Apenas o perdemos de vista.
O ser que amamos continua o mesmo, suas conquistas persistem dentro do mistério divino. Nada se perde, a não ser o corpo físico de que não mais necessita. E é assim que, no mesmo instante em que dizemos: "já se foi", no além, outro alguém dirá: "já está chegando". Chegou ao destino levando consigo as aquisições feitas durante a vida.
Na vida, cada um leva sua carga de vícios e virtudes, de afetos e desafetos até que se resolva por desfazer-se do que julgar desnecessário. A vida é feita de partidas e chegadas. De idas e vindas.
E o que para uns parece ser a partida, para outros é a chegada.
Assim, um dia todos nós partimos como seres imortais que somos, todos nós ao encontro daquele que nos criou.
Henry Sobel
21 de out. de 2021
Resignação Espírita e Conformismo Religioso
Uma das acusações que se faz ao Espiritismo é a de levar o homem ao conformismo. "Os espíritas se conformam com tudo e, dessa maneira, acabarão impedindo o progresso, criando entre nós um clima de marasmo, favorável às tiranias políticas do Oriente. A ideia da reencarnação é o caldo de cultura do despotismo, deste poder isolado, pois as massas crentes se entregam a qualquer jugo."
Muitos confundem a resignação espírita com o conformismo religioso. Mas, contraditoriamente, acusam o Espiritismo e não acusam as religiões. Por outro lado, tiram conclusões teóricas de fatos que podem ser observados na prática. A ideia da reencarnação não é nova, não nasceu com o Espiritismo, e não precisamos teorizar a respeito, pois temos toda a história da humanidade ante os olhos para nos mostrar praticamente os seus efeitos.
Vamos, entretanto, pôr ordem. E tratemos, primeiro, da resignação e do conformismo. A resignação espírita decorre, não de sujeição místico-religiosa às forças incontroláveis, mas de compreensão do problema da vida. Quando o espírita se resigna, não está se submetendo pelo medo, mas apenas aceitando a realidade à qual terá de se sujeitar, exatamente para superá-la, vencê-la. Não é o conformismo que se manifesta nessa resignação, mas a inteligente compreensão de que a vida é um processo em desenvolvimento, dentro do qual o homem tem de se equilibrar.
Acaso não é assim que fazemos todos, espíritas e não-espíritas, em nossa vida diária? Nós, inconformados, também somos obrigados, diariamente, a aceitar uma porção de coisas a que gostaríamos de nos furtarmos? A diferença entre resignação ou aceitação de um lado e, conformismo de outro, é que a primeira atitude é ativa e consciente, enquanto a segunda é passiva e inconsciente. O Espiritismo nos ensina a aceitar a realidade para vencê-la.
"Se a doença o acossa, dize o espírita, entende que está sendo vítima do fatalismo cármico, do destino irrevogável. Se a morte lhe rouba um ente querido, ele acha que não deve chorar, mas agradecer a Deus. Se o patrão o pune, ele se submete; se o amigo o trai, ele perdoa; se o inimigo lhe bate na face esquerda, ele lhe oferece a direita. O Espiritismo é a doutrina da despersonalização humana."
Mas acontece que essa despersonalização não é ensinada pelo Espiritismo e sim pelo Cristianismo. Quando o Espiritismo ensina a conformação diante da doença e da morte, o perdão das ofensas e das traições, nada mais está fazendo do que repetir as lições evangélicas. Ora, como acusam o Espiritismo em nome do Cristianismo, é evidente que está em contradição. Além disso, convém esclarecer que não se trata de despersonalização, mas de sublimação da personalidade. O que o Cristianismo e o Espiritismo querem é que o homem egoísta, brutal, carnal, agressivo, animalesco, seja substituído pelo homem espiritual. A "personalidade" animal deve dar lugar à verdadeira personalidade humana.
Quanto ao caso das doenças, seria oportuno lembrar as curas espíritas. Não chega isso para mostrar que não há fatalismo cármico? O que há é a compreensão de que a doença tem o seu papel na vida humana. Porém, cabe ao homem, nesse terreno, como em todos os demais, lutar para vencê-la. O Espiritismo, longe de ser doutrina conformista, é uma doutrina de luta.
O espírita luta incessantemente, dia e noite, para superar o mundo e superar a si mesmo. Conhecendo o processo da vida e as suas exigências, não se atira cegamente à luta, mas procura realizá-la com inteligência, num constante equilíbrio entre as suas forças e o poder dos obstáculos.
José Herculano Pires, do livro "O Homem Novo"
15 de out. de 2021
Houve alguma pandemia à época de Allan Kardec?
Caros amigos espíritas ou simpatizantes do Espiritismo, compartilho uma preciosidade da Revista Espírita que se encaixa perfeitamente neste período de Coronavírus. Da Revista Espírita de novembro de 1865, Kardec escreveu um artigo denominado “O Espiritismo e o Cólera”, eis que muitos adversários compararam o Espiritismo a uma peste que tomava conta da humanidade.
Kardec, sempre educado, refuta a tese e aproveita para escrever algo sobre a pandemia da Cólera. Registre-se que no período de 1845 a 1860 houve a terceira onda pandêmica de Cólera, que ceifou milhares de vidas no mundo. Segundo alguns historiadores, essa pandemia causou o maior número de mortes no século XIX.
A cólera é uma doença bacteriana intestinal, normalmente causada pela ingestão de alimentos ou água contaminados. No artigo, Kardec cita a carta de um leitor de Constantinopla, onde teria ocorrido mais de 70 mil mortes, tendo o leitor sugerido que os espíritas de lá, pela crença religiosa, teriam sido preservados do flagelo pandêmico.
De imediato, Kardec discorda da tese afirmando que a fé espírita não poderia ser um antídoto contra a cólera, mas faz uma excelente abordagem no sentido de que o conhecimento espírita propicia uma força moral que é capaz de nos preservar de muitas doenças, porquanto essa força moral repercute no corpo físico, inclusive no sistema imunológico.
Há diversos estudos que correlacionam o binômio fé/saúde, que não se limita, é claro, apenas na crença espírita. Kardec falou do medo da morte, que atinge uma quantidade imensa de pessoas quando se instala uma pandemia. O medo patológico, que vive nesse momento, por si só, já gera um estado emocional desarmonizado, que repercute na saúde física e mental, fazendo com que o indivíduo permaneça num estado de alerta intenso, gerando ansiedade e estresse.
Para o espírita, não deve haver esse temor da morte porque acredita na imortalidade da alma, que segue viva em outras dimensões da vida, o que, segundo Kardec, serve também para sustentar a aludida força moral. O fato de não temer a morte não significa que não damos valor para a vida física, tanto que Kardec diz expressamente que devemos seguir as medidas sanitárias. O espírita deve seguir as diretrizes e as normas das autoridades públicas visando prolongar a vida, não por apego, mas por desejo de progredir. Veja que orientação atual para o coronavírus.
Kardec comenta sobre a importância da serenidade, que será vital para nossa saúde emocional e mental. A serenidade deve ser trabalhada, conquistada, de forma que devemos aproveitar o período de isolamento social imposto pelo coronavírus, a fim de buscar a meditação, a viagem interior e o autoconhecimento, ajudando na conquista da serenidade.
A oração será um recurso primordial por nos manter conectados com Deus e com as forças superiores mantenedoras da vida. Kardec aborda que o espírita deve mudar completamente seus hábitos. Vemos que o coronavírus nos impôs mudanças profissionais, familiares e sociais, de tal sorte que o espírita deve ser obediente e resignado, ajustando sua conduta às necessidades atuais, visando a saúde pessoal e coletiva.
No final do artigo, Kardec insere uma mensagem espiritual do Dr. Demeure, que foi médico na sua última encarnação, e este espírito traz recomendações oportunas, aplicáveis ao período de pandemia que vivemos na atualidade. O espírito do Dr. Demeure acentua a importância da higiene e para se evitar os resfriados. Parece que ele está falando para a humanidade dos dias vigentes.
O referido espírito insiste para se evitar o medo, que é pior do que o próprio mal pandêmico. Que cabe ao espírita manter a calma dada pela fé e não recear a morte. O médico desencarnado orienta para não se ignorar os primeiros sintomas da doença, que recomendarão medidas específicas. É claro que ele está falando da cólera, mas veja como se aplica ao coronavírus.
O espírito enfatiza a necessidade da confiança em si mesmo e em Deus como fatores vitais e propiciatórios de saúde. Por fim, toca no assunto do temperamento espiritual, que na realidade, diz respeito à nossa saúde emocional e mental, de forma que devemos evitar mágoas, ódios, tristezas, angústias, ansiedades etc, investindo na brandura, na amorosidade, na tranquilidade, no perdão, que nos ajudarão a manter a saúde espiritual, ainda que o corpo venha a adoecer.
Que artigo impressionante de 1865 e que tem plena validade para esse período de coronavírus. Que orientações extraordinárias, morais e materiais de Kardec e do Dr. Demeure, que devem ser seguidas de forma integral pelos espíritas.
Aproveitemos essas lições valiosas e que possamos seguir confiantes, com Jesus e Kardec.
Alessandro Vieira Viana de Paula
13 de out. de 2021
A arrogância segundo a espiritualidade
Um dos efeitos mais inconfessáveis da arrogância em nossos relacionamentos é a nossa falta de habilidade para conviver com honestidade emocional perante o brilho dos êxitos alheios.
Com rara facilidade, sob ação fascinadora da arrogância, julgamos-nos os melhores naquilo que fazemos. Esse é um efeito dos mais perceptíveis do estado orgulhoso de ser, isto é, a propriedade mental de nos toldar a visão para enxergar o quanto nos iludimos com as fantasias do ego.
Na maioria das vezes, o mérito alheio ainda é recebido no nosso coração como uma ameaça ou até mesmo uma afronta. Raramente, admitimos tal verdade. O hábito milenar de racionalizar nossos sentimentos constitui uma couraça psicológica enrijecida pelo orgulho.
A educação dos sentimentos depende de abundante honestidade emocional para conduzir-nos à verdade sobre nós mesmos. Sem consciência de suas raízes, jamais admitiremos a presença do ciúme e da inveja – monstros roedores da paz interior.
Combalidos por antigas frustrações, desgostosos conosco mesmo, sentimo-nos desvalorizados, tomados por uma sensação de inutilidade e abandono que tentamos mascarar com alegrias fictícias e conquistas perecíveis.
Os relacionamentos a todo instante sofrem os efeitos indesejáveis da carga vibratória dessas desconhecidas sombras íntimas, criando estados de desconforto que estipulam a antipatia ou mesmo a aversão, sem que haja, de nossa parte, qualquer intenção nesse sentido. São reflexos automáticos que trazemos na vida mental, com enorme poder de ação sobre as atitudes, sem que disso tenhamos consciência.
E o que é mais grave: por desconhecer a natureza dessas emoções, vemos o argueiro no olho alheio, sendo que temos uma trave em nossa visão espiritual, conforme a assertiva evangélica. Sentimos que as relações não vão bem, mas por incapacidade ou falta de habilidade em analisar a nós próprios, instintivamente fazemos uma projeção na tentativa de descobrir do lado de fora, aquilo que, em verdade, está dentro de nós.
Que nenhum discípulo de Jesus, perante os fracassos e perdas na vida interpessoal, julgue-se derrotado ou mal-intencionado. Nos serviços da Obra Cristã, nos quais somos colaboradores iniciantes, jamais devemos nos permitir desacreditar nas intenções sinceras que sustentam nossos ideais de ascensão. Quase sempre, elas constituem nossa única garantia legítima em direção aos projetos de iluminação espiritual que abraçamos.
A nobreza de intenções não é suficiente para impedir os efeitos lamentáveis da altivez que carregamos em nossos corações. Por muito tempo ainda, lutaremos tenazmente na colheita infeliz dos reflexos de prepotência e competição, que assinalam nossos impulsos uns perante os outros.
É um processo natural da evolução. Nada há de errado em sentir o que sentimos. O problema surge quando rebelamos em aceitar e investigar a existência de semelhantes atitudes de cada hora.
Perdoar e nos perdoar sempre será a solução. Olhemos para nós com lealdade, mas, igualmente, com carinho e misericórdia. Somos almas recém egressas das fileiras do mal. Estamos retomando nossos caminhos após as atitudes enfermiças de esbanjamento psicológico e emocional, que nos aprisionaram nas refregas do vazio existencial.
Tolerância, indulgência, perdão, compaixão e benevolência são algumas das expressões morais imprescindíveis no trato de uns para com os outros.
A consciência da extensão de nossas enfermidades nos levará a concluirmos que nosso movimento libertador é um hospital de vastas proporções e especificidades. Como doentes em busca da cura, reconheceremos as necessidades do amor, sem o qual adiaremos nossa alta médica. E que manifestação de amor aplicado mais palpável pode existir que a misericórdia?
Nada dói tanto quanto a ofensa não intencional, as rusgas não desejadas, as perdas afetivas, as reações inesperadas de ingratidão, o vício em colecionar certezas irremovíveis que traduzem prepotência, a indiferença e o menosprezo. São os frutos da ausência de misericórdia no coração humano.
Enquanto procurarmos as causas das decepções de nossas relações no estudo das imperfeições, não encontraremos respostas satisfatórias às nossas indagações e nem consolo para nossa alma. Somente compreendendo sinceramente quais lições evangélicas deixamos de aplicar em cada passo do caminho, obteremos alento, orientação e estímulo. Misericórdia para com as imperfeições alheias, piedade para com nossas falhas!
As casas espíritas orientadas pelas atitudes de amor adotem sem demora o projeto da misericórdia fraternal. Grupos que se reúnam em vivências de honestidade emocional. Que tenham bondade para tratar de seus sentimentos e discuti-los em equipe. Sinceros, porém, acolhedores. Grupos que possam olhar de frente para a arrogância que ainda nos domina, e que tenham coragem de confrontá-la em público. Grupos que saibam pedir perdão. Conjuntos doutrinários dispostos a estimular o brilho das qualidades uns dos outros e dispostos à compaixão com os defeitos e motivados pela abolição da rigidez mórbida.
Do livro: Escutando Sentimentos - a atitude de amar-nos como merecemos
Wanderley de Oliveira/Ermance Dufaux
7 de out. de 2021
A ciência comprova: o pensamento negativo faz mal para a saúde
Você sabia que ao reclamar com frequência está destruindo a sua saúde? A medicina nos dias de hoje comprova isso e o mais surpreendente é que você pode de fato mudar a sua realidade por meio dos seus pensamentos.
Sinapses que disparam juntas se conectam
Sinapses são estruturas que estão presentes no nosso cérebro e agem como transmissores de mensagens que geram pensamentos, fala e movimento. Quando surge um pensamento na sua mente, uma sinapse automaticamente se conecta com outra por meio de um movimento químico. Para simplificar este processo e torná-lo mais fácil de entender, é nada mais que um sinal elétrico que cria uma espécie de ponte no seu cérebro.
Toda vez que isso acontece, as sinapses crescem juntas e a distância entre elas é reduzida. Com isso, o sinal elétrico surge muito mais rápido. Dessa forma, surge o pensamento que remodela o seu cérebro. Portanto, atenção aos pensamentos.
O caminho mais curto leva à vitória
As sinapses que se formam com mais força no cérebro são aquelas relacionadas à sua personalidade - sua inteligência, atitudes e adaptabilidade em diversas situações. Além disso, determinam quais são os seus pensamentos mais acessíveis, que exercem grande influência na sua conversação.
Quanto mais o pensamento se repete na sua mente, mais perto você traz as sinapses. Portanto, o pensamento que ganha a corrida dentro da sua mente é aquele que tem a distância mais curta entre as sinapses. Com isso em mente, direcione o seu pensamento para coisas positivas!
Aceitação x arrependimento, impulso x desejo, amor x medo
Sempre que a oportunidade surge por meio de uma reação provocada por um pensamento, geralmente encaramos as seguintes escolhas: amor contra medo; aceitação contra arrependimento, impulso contra desejo; e otimismo contra pessimismo.
Ao pegar o primeiro exemplo, você pode escolher por amar a tudo e todos e deixar de lado a sua necessidade de ter controle. Se aceitar tudo na sua vida pela perspectiva do amor e deixar o excesso de controle de lado, você verá que não há nada a temer.
De acordo com a filosofia budista, o universo é um lugar onde se encontram o sofrimento e o caos, assim como nossas tentativas de exercer controle sobre tudo que se passa dentro dele, mas isso é inútil.
Praticar a aceitação, naturalmente de forma a deixar fluir a vida, vai te dar uma sensação de agradecimento pela experiência e lição vivida. Dessa forma, as sinapses no seu cérebro que representam o amor estarão mais fortalecidas e assim evita-se as sinapses relacionadas a tristeza, arrependimento, pessimismo, medo e depressão. Se você repetidamente abraçar as situações de forma otimista e positiva, sejam quais forem, a sua mente estará tomada por essa positividade.
Você deve saber que não se trata de uma prática infalível, pois em alguns casos o peso das emoções cai sobre nós e fica mais difícil evitar a negatividade. Encare isso como um músculo do seu corpo: você só verá os resultados, se praticar exercícios repetidos com regularidade e, dessa forma, vai ganhar força mental. Assim, o mundo será visto com mais beleza e amor.
Neurônios-espelho
Seus pensamentos podem realmente dar forma à sua própria realidade, mas o que talvez não saiba é que os pensamentos das pessoas ao seu redor também podem contribuir para isso. Quando observamos alguém vivenciando emoção específica, nosso cérebro testa essa mesma emoção para tentar entender o que o outro está sentindo. Esta é a base da empatia, que por um lado pode ser muito bom, mas por outro também pode causar efeitos negativos.
Imagine um pensamento coletivo: quando a raiva coletiva influencia outros a irem contra um inimigo em comum, ou de forma mais simplificada, ouvir pessoas que repreendem a tudo e a todos para ter algum tipo de autovalidação. Mesmo que a princípio relute contra isso, você vai acabar aceitando esses pensamentos e agindo da mesma forma.
O fato é: infelizmente, a vida em alguns casos pode ser caótica. Porém, se você deixar esse caos te envolver por completo, permitirá que seu cérebro siga esse caminho, tornando-se uma pessoa amarga e exausta, ao invés de ser pessoa otimista e com amor no coração.
Esteja sempre com pessoas otimistas e com amor, ao invés daquelas negativas e amargas que sempre verão o lado ruim da vida. Isso não significa que você deve ignorar pessoas queridas que estão passando por momentos difíceis, ou muito menos criticar injustiças do mundo. O pensamento positivo também deve ser crítico, mas sem excessos e envolvimento.
O estresse pode matar
Negatividade, arrependimento, apego a desejos e reclamações sem sentido pode matar. É isso mesmo. Essas emoções negativas desencadeiam estresse, o seu cérebro fica sobrecarregado, e com isso, ele alimenta sinapses relacionadas a esses sentimentos ruins. O resultado: doenças, inclusive cardíacas.
O cortisol, hormônio que produzimos quando estamos estressados, em doses elevadas pode causar problemas de memória e aprendizado, acabar com a sua imunidade, diminuir a massa óssea, aumentar o seu peso e pressão sanguínea, além dos níveis de colesterol, fora os riscos de infarto. Foque o pensamento na positividade e alimente sinapses para isso!
O ponto de partida
O mundo pode ser um lugar caótico, mas estamos nele. Cada momento da sua vida tem o potencial para gerar outros que podem ser de dor e mágoa, fortalecimento e vitória, por mais difíceis que sejam. A escolha de como será a maioria dos momentos futuros depende de você.
Escolha se prefere viver no amor ou no medo. É claro que a vida vai te dar momentos desafiadores, como a perda de pessoas queridas, pois um dia todos vão morrer, o fim de um romance, momentos difíceis no trabalho, mas você não pode se apegar ao medo, arrependimentos e outras emoções negativas que vão disparar cada vez mais sinapses também negativas.
Por mais difícil que seja, não alimente esses momentos com emoções ruins, isso o tornará cínico, amargo, arrependido. Guie seus pensamentos de forma positiva e a vida o favorecerá. Ao enfrentar uma fase difícil, aceite-a. Diga: sim, isso é ruim, e o que posso aprender com isso? Como posso ser uma pessoa melhor? E como tirar forças de tudo isso para alcançar a felicidade?
Fique atento às lições aprendidas com seus fracassos. Cada dia pode ser melhor. Tente algo novo todos os dias, deixe o amor superar o medo e viva melhor. Quanto mais pensar dessa forma, mais feliz você será. Lembre-se: desencadeie sinapses no seu cérebro que o conduzam a uma vida plena.
Fonte: Psychpedia
Reflexões sobre Compreensão e Tolerância
"O verdadeiro caráter da caridade é a modéstia e a humildade, e consiste em não se ver superficialmente os defeitos alheios, mas em se procurar salientar o que há de bom e virtuoso no próximo. Porque, se o coração humano é um abismo de corrupção, existem sempre, nos seus mais ocultos refolhos, os germes de alguns bons sentimentos, centelha vivaz da essência espiritual " Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo X. Bem-aventurados os Misericordiosos. Item 18. Dufétre.
A maneira de procurar entender justificativas ou atitudes daqueles com quem estamos dialogando, leva-nos, certamente, a disposição de não-interferência nos próprios pontos de vista, portanto, de isenção, imparcialidade e neutralidade. Para sermos compreensivos precisamos estar preparados para aceitar reações, e a conduta, o modo de ser das pessoas, sem prejulgamentos ou condenações.
Precisamos estar preparados para aceitar as criaturas como elas são, do jeito que elas se expressam, até mesmo quando corrompidas, criminosas, assaltantes, prostituídas ou viciadas. Encarando-as com o pressuposto de que possuem essência espiritual e como tal são passíveis de bons sentimentos, com potencialidades latentes, sujeitas ao desenvolvimento, a nossa firme convicção nesses valores espirituais poderá transmitir aos seres mais difíceis a confiança que um dia esperavam para sair do estado conturbado e se conduzir a rumo seguro em sua vida.
A rigor não temos meios de avaliar as profundezas do caráter de ninguém, pois quaisquer conclusões apressadas são falsas. A atitude mais prudente, honesta e cristã é a de compreensão e tolerância para com quaisquer indivíduos. Esse é o nosso comportamento mais produtivo.
O sentimento de tolerância é consequência da compreensão. Como não nos cabe salientar os erros e defeitos alheios, nem mesmo criticá-los, devemos admitir, desculpar, aceitar, perdoar, atenuar e mesmo comutar esses erros. Em nosso relacionamento comum, como podemos ser compreensivos e tolerantes?
- Evitando fazer comentários desairosos e deprimentes em relação a quaisquer criaturas;
- Aceitando as reações alheias sem nos aborrecer e sem condená-las;
- Ouvindo serenamente, por mais chocantes e pavorosas que sejam suas narrações, aqueles que nos confiem seus problemas, sem esboçarmos escândalo, mas ajudando-os a encontrar, por eles mesmos, os caminhos de saída;
- Afastando, de todas as maneiras, ressentimentos, mágoas ou remorsos que os dissabores provocados por alguém estejam nos perturbando a tranquilidade;
- Eliminando a intransigência nas nossas análises em relação ao comportamento do próximo;
- Ponderando com isenção e equilíbrio infrações cometidas por funcionários, na oficina de trabalho ou no meio doméstico, aproveitando experiências deles para renovar-lhes oportunidades de acertos;
- Não nos referindo a exemplos próprios de boa conduta para recomendar procedimentos a outrem;
- Transformando austeridade punidora dos maus comportamentos entre familiares em colóquios abertos, ouvindo e comentando coletivamente em torno dos problemas para que se chegue calmamente às correções cabíveis.
"Sede indulgentes, meus amigos, porque a indulgência atrai, acalma, corrige, enquanto o rigor desalenta, afasta e irrita." A Indulgência - José, Espírito Protetor.
Ney P. Peres
13 de fev. de 2021
A Importância dos Bons Pensamentos
9 de fev. de 2021
A questão da prisão perpétua
O Espiritismo tem, como sabemos, posição firme e clara sobre a questão da pena de morte. A visão da doutrina não se alinha a qualquer ato ou política pública que interrompa uma vida, até mesmo a de um criminoso contumaz. A adoção de tal solução, aliás, caracteriza sociedades tipicamente selvagens e intransigentes. Infelizmente, muitas nações não abdicaram ainda deste funesto procedimento.