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6 de nov. de 2021

Reflexões sobre Eternidade por Chico Xavier



"O que eu tenho não me pertence embora faça parte de mim. Tudo o que sou me foi um dia emprestado pelo Criador, para que eu possa dividir com aqueles que entram na minha vida. Ninguém cruza nosso caminho por acaso e nós não entramos na vida de alguém sem nenhuma razão. Há muito o que dar e o que receber; há muito o que aprender, com experiências boas ou negativas. É isso…tente ver as coisas negativas que acontecem com você como algo que acontece por uma razão precisa. E não se lamente pelo ocorrido, além de não servir de nada reclamar, isso vai lhe vendar os olhos para continuar seu caminho. Quando não conseguimos tirar da cabeça que alguém nos feriu, estamos somente reavivando a ferida, tornando-a muitas vezes bem maior do que era no início. Nem sempre as pessoas nos ferem voluntariamente. Muitas vezes somos nós que nos sentimos feridos e a pessoa nem mesmo percebeu; e nos sentimos decepcionados porque aquela pessoa não correspondeu às nossas expectativas. Às nossas expectativas! E sabemos lá quais eram as suas expectativas? Nós tanto nos decepcionamos quanto decepcionamos os outros. Mas claro é bem mais fácil pensar nas coisas que nos atingem. Quando alguém lhe disser que o magoou sem intenção, acredite nela! Vai lhe fazer bem, assim talvez ela poderá entender quando você, sinceramente, disser que “foi sem querer. ”Dê de você mesmo o quanto puder! Sabe, quando você se for, a única coisa que vai deixar é a lembrança do que fez aqui. Seja bom, tente dar sempre o primeiro passo, nunca negue uma ajuda ao seu alcance, perdoe e dê de você mesmo. SEJA UMA BENÇÃO! Deus não vem em pessoa para abençoar. Ele usa os que estão aqui dispostos a cumprir essa missão. Todos nós podemos ser anjos. A eternidade está nas mãos de todos nós. Viva de maneira que quando você se for, muito de você ainda fique naqueles que tiveram a boa ventura de encontrá-lo!"

Francisco Cândido Xavier

11 de out. de 2021

Não estrague o seu dia por André Luiz, psicografado por Chico Xavier


Você já experimentou, alguma vez, aquele amanhecer sombrio, em que tudo lhe parece amargo?

Esses dias aparentemente têm os mesmos aspectos para todos nós, mas são vividos de maneira diferente por cada indivíduo.

Alguns ficam tristes e quase calados. Buscam isolar-se para evitar qualquer contato com alguém que lhes faça perguntas sobre o que está acontecendo, por que está assim etc.

Outros deixam o mau humor dirigir seus passos e, em poucos minutos, azedam todo o ambiente em que se encontram. Distribuem gestos bruscos, falam com irritação, respondem com azedume, culpam os outros por tudo de errado que acontece.

E a resposta para comportamentos desse tipo logo se faz sentir no organismo, em forma de azia, enxaqueca, dores musculares, entre outros males. E o pior de tudo é que nem sabemos o porquê de tanta irritação. Não paramos um pouco para meditar sobre a situação em que nos encontramos, nem para mudar o curso dos acontecimentos.

De maneira irrefletida, estragamos o nosso dia movidos por um estado d´alma que nos toma de assalto e no qual nos deixamos mergulhar, sem refletir. Passados esses momentos amargos, fica uma desagradável sensação de mal-estar, de indisposição, de sentimentos feridos, de relacionamento comprometido.

Assim, se você sentir que está diante de uma manhã sombria, de um momento amargo, vale a pena tomar medidas urgentes para não se deixar cair nas armadilhas.

Se ainda está em casa, faça uma prece antes de sair. Se estiver no trabalho, busque um local que lhe permita ficar só por um instante, respire fundo e eleve o pensamento a Deus, rogando forças e discernimento para não se deixar levar por circunstâncias desagradáveis.

Lembre-se sempre que todos temos momentos difíceis e, que só depende de nós complicá-los ainda mais, ou sair deles com sabedoria e bom senso. Lembre-se ainda que, por mais difícil que esteja a situação, ela será tragada pelas horas e substituída por momentos mais leves e mais felizes.

Por essa razão, nunca valerá a pena estragar o seu dia. Não estrague o seu dia. A sua irritação não solucionará problema algum. As suas contrariedades não alteram a natureza das coisas. Os seus desapontamentos não fazem o trabalho que só o tempo conseguirá realizar. O seu mau humor não modifica a vida. A sua dor não impedirá que o sol brilhe amanhã sobre os bons e os maus. A sua tristeza não iluminará os caminhos. O seu desânimo não edificará a ninguém. As suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua própria felicidade. As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você.

Não estrague o seu dia.

Aprenda com a Sabedoria Divina a desculpar infinitamente, construindo e reconstruindo sempre para o infinito Bem.

Redação do Momento Espírita - cap. 38 do livro “Agenda Cristã”, pelo Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.

8 de out. de 2021

Chico Xavier no Carandiru - penitenciária de São Paulo


Em uma entrevista concedida em Uberaba, na data de 11/03/1979, a um grupo de jovens integrantes da Juventude Espírita Abel Gomes, do Rio de Janeiro, em fraternal clima de bate-papo, Chico passou uma série de informações.

Ao longo da entrevista, o médium narrou fatos interessantes ocorridos durante uma visita que fez à Penitenciária de São Paulo. Esclarecendo sobre a importância do livro Espírita e mais diversos outros assuntos espíritas com aquele seu modo simples de falar, sua humildade para colocar os fatos e situações, ele comentou:

— Vocês sabem que já visitei a penitenciária? Naquela ocasião, antecedendo nobre visita, a Diretoria do presídio divulgou internamente àqueles que quisessem ouvir a palestra de Chico, que se inscrevessem e, para imensa surpresa, 542 detentos se inscreveram, além de mais de 100 funcionários. Foi um encontro tão agradável com a presença de tantos Espíritos de Luz, que tive vontade de passar férias na cadeia. Não para ficar descansando, mas para conversar toda noite com esses irmãos desamparados e desiludidos da vida, cheios de remorso, mágoas, desejos de vingança, suicídio etc. Senti que eles absorviam cada sílaba que eu falava durante os breves minutos em que me foi permitido falar e depois os amparadores explicaram que a luz se expandia para todos as mais profundas fendas daquele lugar de sofrimento.

E depois Chico foi inquirido amorosamente pelos jovens:

P - Haviam Espíritos de Luz dentro das celas mais sombrias?
R - Sim, muitos, que velam o tempo todo pelos encarcerados em provação.
P - E como eles atuam?
R - Levando Luz à mente dos presos e intuindo sobre o amor universal e sobre a paciência para a remissão das penas.

E Chico, amorosamente, continuou contando mais detalhes
- Desses 542, um me disse:
- “Pois é, Chico, nós somos tratados por números. Somos muitos e estamos alocados em diversos pavilhões e celas. Então, têm que colocar número, n.º 3, n.º 14, letras A, B e C. e isso nos dá muito desgosto, pois somos tratados de uma forma impessoal.”

- Então eu disse assim: — Meu filho, quem é de nós hoje que não é tratado por número? É número de telefone, de carro, de casa, do CEP, do CIC, do RG, e lá fora somos cobrados de mais números do que vocês aqui dentro. Só que agora estamos na cela ambulante e vocês estão na cela fixa. Não ligue para isso, logo passa... aliás, tudo passa na vida! Eles riram muito e a cada sorriso se espalhavam pétalas de luz na forma de bálsamos reluzentes e brilhantes a todos os presentes. Nesses breves momentos de luz e paz, (bem como nos cultos evangélicos e católicos também), os amparadores aproveitavam para curar e tratar os presos mais necessitados e doentes.

Chico: - Há muita gente boa encarcerada por lá nas mais diversas provações e a nós cabe compreender a situação deles sem julgar, pois eles já foram julgados pela justiça da terra… muitos desses caíram no campo da moral por fraquezas particulares e lá foram parar a fim de se retificarem perante a sociedade e Deus. Muitos conseguem, outros pioram. Depende de cada um.

E Chico continuou sendo inquirido:

P. - Chico, os Espíritos mais iluminados que estão lá dentro têm a tarefa de ajudar a recuperar os presos? E é por isso que estão lá dentro?
R. - Sim, eles estão lá para amparar. Porém, sabem que ninguém passa por nada que não tenha que passar, tudo está ocorrendo para o reajuste com as leis universais, principalmente a eles que plantaram muitas dores na sociedade.

Terminada a reunião, na hora de sair do pátio onde estavam os presos reunidos, Chico disse ao diretor: Preciso ir embora, mas antes eu quero beijar e abraçar. Ele falou para mim: — “Deus me livre. Não, senhor. Você não vai abraçar, nem beijar ninguém.” Então eu disse a ele: — Não, senhor doutor, eu não viria aqui fazer prece para depois me distanciar dos nossos irmãos. Não está certo. Sendo assim, eu lhe peço licença para abraçar. — “Chico, nesse salão, no outro dia, mataram um guarda de 23 anos. Afiaram a colher até virar punhal. Mataram e não se soube quem matou. Aqui tem criminosos com sentenças de mais de 200 anos. Eles podem te matar…”

- Pouco importa, vim aqui para o encontro fraterno e o senhor não me permite abraçá-los? São meus irmãos.

- Então, você vai fazer o seguinte: você vai abraçar através da mesa. — Tem que recuar esse povo que veio com você (umas 40 pessoas). Ficam só dois senhores vibrando ao lado da mesa e nós vamos colocar 18 armas ao lado. Se ocorrer qualquer infortúnio, você morre junto.” Eu fiquei na frente e comecei a abraçar os 542. Eu abraçava e beijava; muitos que falavam comigo, um segredinho, podia falar assim meio minuto. Dos 542, só um de uns 40 anos, chegou perto de mim e ficou impassível como uma estátua. Pedi que dessem uma rosa a ele. Quando aquele chegou e ficou parado eu disse a ele: — O senhor permite que eu o abrace? — “Perfeitamente”, respondeu-me. Então, eu o abracei. E continuou, O Sr. deixa que eu o beije? — “Pode beijar.” Eu beijei de um lado, de outro, beijei quatro vezes. Neste momento, duas lágrimas rolaram dos olhos dele. Então, ele disse: — “Muito obrigado.” E foi embora. Foi o único que chorou e certamente estava passando por um turbilhão de pensamentos. Depois ficamos sabendo que esse preso se regenerou e virou um grande líder cristão na cadeia, mesmo ainda tendo 67 anos de reclusão a cumprir pela morte de mais de 12 pessoas, pois era um ¨ justiceiro do submundo¨. A partir daí, virou um justiceiro de Jesus e isso graças a linda visita de Chico Xavier.

Comentários: O complexo prisional do Carandiru, na Zona Norte de SP, foi formado por 9 pavilhões enormes e no seu auge abrigou 10.000 apenados. Em 1992, houve um massacre onde morreram 111 presos. Em 2007, iniciou-se sua desativação e pouco tempo depois foi implodido, colocando fim a um triste legado prisional.

Extraído do livro Entender Conversando

Equipe de Divulgação U.E.V.

25 de dez. de 2014

O Advogado da Cruz


No mundo antigo, o apelo à Justiça significava a punição com a morte. As dívidas pequeninas representavam cativeiro absoluto. Os vencidos eram atirados nos vales imundos. Arrastavam-se os delinqüentes nos cárceres sem esperança. As dádivas agradáveis aos deuses partiam das mãos ricas e poderosas. Os tiranos cobriam-se de flores, enquanto os miseráveis se trajavam de espinhos.
Mas, um dia, chegou ao mundo o Sublime Advogado dos oprimidos. Não havia, na Terra, lugar para Ele. Resignou-se a alcançar a porta dos homens, através de uma estrebaria singela.
Em breve, porém, restaurava o templo da fé viva, na igreja universal dos corações amantes do bem. Deu vista aos cegos. Curou leprosos e paralíticos. Dignificou o trabalho edificante, exaltou o esforço dos humildes, quebrou as algemas da ignorância, instituiu a fraternidade e o perdão.
Processaram-no, todavia, os homens perversos, à conta de herético, feiticeiro e ladrão.
Depois do insulto, da ironia, da pedrada, conduziram-no ao madeiro destinado aos criminosos comuns.
Ele, que ensinara a Justiça, não se justificou; que salvara a muitos, não se salvou da crucificação; que sabia a verdade, calou-se para não ferir os próprios verdugos.
Desde esse dia, contudo, o Sublime Advogado transformou-se no Advogado da Cruz e, desde o supremo sacrifício, sua voz tornou-se mais alta para os corações humanos. ele, que falava na Palestina, começou a ser ouvido no mundo inteiro; que apenas conversava como o povo de Israel, passou a entender-se com as várias nações do Globo; que somente se dirigia aos homens de pequeno país, passou a orientar os missionários retos de todos os serviços edificantes da Humanidade.
Que importam, pois, nos domínios da Fé, as perseguições da maldade e os ataques da ignorância? A advogado da Cruz continua operando em silêncio e falará, em todos os acontecimentos da Terra, aos que possuam "ouvidos de ouvir".
Pelo Espírito Emmanuel
XAVIER, Francisco Cândido. Antologia Mediúnica do Natal. Espíritos Diversos. FEB.

24 de dez. de 2014

Nas Orações de Natal


Rememorando o Natal, lembramo-nos de que Jesus é o Suprimento Divino à Necessidade Humana.
Para o Sofrimento, é o Consolo;
Para a Aflição, é a Esperança;
Para a Tristeza, é o Bom Ânimo;
Para o Desespero, é a Fé Viva;
Para o Desequilíbrio, é o Reajuste;
Para o Orgulho, é a Humildade;
Para a Violência, é a Tolerância;
Para a Vaidade, é a Singeleza;
Para a Ofensa, é a Compreensão;
Para a discórdia, é a Paz;
Para o egoísmo, é a Renúncia;
Para a ambição, é o Sacrifício;
Para a Ignorância, é o Esclarecimento;
Para a Inconformação, é a Serenidade;
Para a Dor, é a Paciência;
Para a Angústia, é o Bálsamo;
Para a Ilusão, é a Verdade;
Para a Morte, é a Ressurreição.
Se nos propomos, assim, aceitar o Cristo por Mestre e Senhor de nossos caminhos, é imprescindível recordar que o seu Apostolado não veio para os sãos e, sim, para os antigos doentes da Terra, entre os quais nos alistamos...
Buscando, pois, acompanhá-lo e servi-lo, façamos de nosso coração uma luz que possa inflamar-se ao toque de seu infinito amor, cada dia, a fim de que nossa tarefa ilumine com Ele a milenária estrada de nossas experiências, expulsando as sombras de nossos velhos enganos e despertando-nos o espírito para a glória imperecível da Vida Eterna.
Pelo Espírito Emmanuel
XAVIER, Francisco Cândido. Os Dois Maiores Amores. Espíritos Diversos. GEEM.

6 de dez. de 2014

Cura Verdadeira

natureza1
Todas as criaturas humanas adoecem. Raras são aquelas que trabalham para a cura real.
A ação medicamentosa, por si só, não restaura integralmente a saúde.
O comprimido ajuda. A injeção melhora. Entretanto, não podemos esquecer que os verdadeiros males procedem do coração.
A mente é uma fonte criadora e a vida plasma, em nós mesmos, aquilo que desejamos.
Assim, a medicação não nos valerá muito se prosseguirmos tristes e acabrunhados, porque a tristeza é geratriz e mantenedora de muitos males.
Como poderemos pretender ter a saúde restaurada, se nos permitimos a cólera ou o desânimo por muitas horas?
O desalento é anestésico que entorpece e acaba por destruir quem o cultiva.
A ociosidade que corrompe as horas e a inutilidade que desperdiça o tempo valioso extingue as forças físicas e as do Espírito.
Mesmo porque, a mente ociosa acaba por se dedicar a muitas coisas ruins, como a maledicência e a crítica destrutiva.
Se não sabemos calar, nem desculpar; se não ajudamos, nem compreendemos, como encontrar harmonia íntima?
Por mais que o socorro espiritual venha em nosso favor, devoramos as próprias energias com atitudes negativas.
E, com respeito ao socorro médico, mal surgem as primeiras melhoras, abandonamos o remédio, a dieta, os cuidados, demonstrando a nossa indisciplina.
Por isso, se estamos doentes, antes de qualquer medicação, aprendamos a orar e a entender, a auxiliar e a preparar o coração para a grande mudança.
Fujamos da indelicadeza e do azedume constante que nos conduzirão à brutalidade no trato com os demais.
Enriqueçamos nossos fatores de simpatia pessoal, pela prática do amor fraterno.
Busquemos intimidade com a sabedoria, pelo estudo e a meditação.
Não manchemos nosso caminho. Sirvamos sempre. Trabalhemos na extensão do bem a todos.
Guardemos lealdade ao Mestre Jesus a quem dizemos seguir e permaneçamos com a certeza de que, cultivando a prece, vibrando positivamente pela vida, abraçando a oração diária, desde logo, a medicação de que nos servirmos atuará rápida e beneficamente em nosso corpo.
*   *   *
Que queres que eu te faça? Perguntou Jesus ao cego de Jericó, que O buscava.
Que me devolvas a visão, respondeu Ele.
Acreditas firmemente que eu possa te curar? Retornou o Mestre a indagar.
E como a resposta fosse afirmativa, o cego passou a enxergar.
No fato em destaque, observamos que a vontade do paciente e a fé no profeta de Nazaré, foram as molas da cura.
Portanto, a cura real somente nos alcançará se melhorarmos as nossas disposições íntimas e atendermos aos preceitos médicos com disciplina e seriedade.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 86 do livro
Fonte viva, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco
Cândido Xavier, ed. Feb.

10 de mai. de 2014

Perto de Deus


Entre a alma, prestes a reencarnar na Terra, e o Mensageiro Divino travou-se expressivo diálogo:
– Anjo bom – disse ela –, já fiz numerosas romagens no mundo. Cansei-me de prazeres envenenados e posses inúteis... Se posso pedir algo, desejaria agora colocar-me em serviço, perto de Deus, embora deva achar-me entre os homens...
– Sabes efetivamente a que aspiras? que responsabilidade procuras? – replicou o interpelado. – Quando falham aqueles que servem à vida, perto de Deus, a obra da vida, em torno deles, é perturbada nos mais íntimos mecanismos.
– Por misericórdia, anjo amigo! Dar-me-ás instruções...
– Conseguirás aceitá-las?
– Assim espero, com o amparo do Senhor.
– O Céu, então, conceder-te-á o que solicitas.
– Posso informar-me quanto ao trabalho que me aguarda?
– Porque estarás mais perto de Deus, conquanto entre os homens, recolherás dos homens o tratamento que eles habitualmente dão a Deus...
– Como assim?
– Amarás com todas as fibras de teu espírito, mas ninguém conhecerá, nem te avaliará as reservas de ternura!... Viverás abençoando e servindo, qual se carregasses no próprio peito a suprema felicidade e o desespero supremo. Nunca te fartarás de dar e os que te cercarem jamais se fartarão de exigir...
– Que mais?
– Dar-te-ão no mundo um nome bendito, como se faz com o Pai Celestial; contudo, qual se faz igualmente até hoje na Terra com o Todo-Misericordioso, reclamar-se-á tudo de ti, sem que se te dê coisa alguma. Embora detendo o direito de fulgir à luz do primeiro lugar nas assembléias humanas, estarás na sombra do último... Nutrirás as criaturas queridas com a essência do próprio sangue; no entanto, serás apartada geralmente de todas elas, como se o mundo esmerasse em te apunhalar o coração.Muitas vezes, serás obrigada a sorrir, engolindo as próprias lágrimas, e conhecerás a verdade com a obrigação de respeitar a mentira... Conquanto venhas a residir no regozijo oculto da vizinhança de Deus, respirarás no fogo invisível do sofrimento!...
– Que mais?
– Adornarás as outras criaturas para que brilhem nos salões da beleza ou nos torneios da inteligência; entretanto, raras te guardarão na memória, quando erguidas ao fausto do poder ou ao delírio da fama. Produzirás o encanto da paz; todavia, quando os homens se inclinem à guerra, serás impotente para afastar-lhes o impulso homicida... Por isso mesmo, debalde chorarás quando se decidirem ao extermínio uns dos outros, de vez que te acharás perto do Todo-Sábio e, por enquanto, o Todo-Sábio é o Grande Anônimo entre os povos da Terra...
– Que mais?
– Todas as profissões no Planeta são honorificadas com salários correspondentes às tarefas executadas, mas o teu ofício, porque estejas em mais íntima associação com o Eterno e para que não comprometas a Obra da Divina Providência, não terá compensações amoedadas. Outros seareiros da Vinha Terrestre serão beneficiados com a determinação de horários especiais; contudo, já que o Supremo Pai serve dia e noite, não disporás de ocasiões para descanso certo, porquanto o amor te colocará em permanente vigília!... Não medirás sacrifícios para auxiliar, com absoluto esquecimento de ti; no entanto, verás teu carinho e abnegação apelidados, quase sempre, por fanatismo e loucura... Zelarás pelos outros, mas os outros muito dificilmente se lembrarão de zelar por ti... Farás o pão dos entes amados...Na maioria das circunstâncias, porém, serás a última pessoa a servir-se dos restos da mesa, e, quando o repouso felicite aqueles que te consumirem as horas, velarás, noite adentro, sozinha e esquecida, entre a prece e a aflição... Espiritualmente, viverás mais perto de Deus, e, em razão disso, terás por dever agir com o ilimitado amor com que Deus ama...
– Anjo bom – disse a Alma, em pranto de emoção e esperança –, que missão será essa?
O Emissário Divino endereçou-lhe profundo olhar e respondeu num gesto de bênção:
– Serás mãe!...
XAVIER, Francisco Cândido. Estante da vida. Pelo Espírito Irmão X. FEB. Capítulo 13.

Em Louvor das Mães


O lar é a célula ativa do organismo social e a mulher, dentro dele, é a força essencial que rege a própria vida.
Se a criança é o futuro, no coração das mães que repousa a sementeira de todos os bens e de todos os males do porvir.
O homem é o pensamento.
A mulher é o ideal.
O homem é a oficina.
A mulher é o santuário.
O homem realiza.
A mulher inspira.
Compreender a gloriosa missão da alma feminina, no soerguimento na Terra, é apostolado fundamental do Cristianismo renascente em nossa Doutrina Consoladora.
Auxiliar, assim, o espírito materno, no desempenho de sua tarefa sublime, constitui obrigação primária de todos nós que abraçamos nos Centros Espíritas novos lares de idealismo superior e que buscamos na Boa Nova do Divino Mestre a orientação maternal para a renovação de nossos destinos.
Nesse sentido, se nos cabe reconhecer no homem o condutor da civilização e o mordomo dos patrimônios materiais na gleba planetária, não podemos esquecer que na mulher devemos identificar o anjo da esperança, ternura e amor, a descer para ajudar, erguer e salvar nos despenhadeiros da sombra, oferecendo-nos, no campo abençoado da luta regenerativa, novos tabernáculos de serviço e purificação.
Glorifiquemos, desse modo, o ministério santificante da maternidade na Terra, recordando que o Todo-Misericordioso, quando se designou enviar ao mundo o seu mais sublime legado para o aperfeiçoamento e a elevação dos homens, chamou um coração de mulher, em Maria Santíssima, e, através das suas mãos devotadas à humanidade e ao bem, à renunciação e ao sacrifício, materializou para nós o coração divino de Nosso Senhor Jesus Cristo, a luz de todos os séculos e o alvo de redenção da Humanidade inteira.
Pelo Espírito Emmanuel
Francisco Cândido Xavier. Cartas do Coração

Coração de Mãe


Dizem que quando a Terra foi criada 
Fazendo-se possuída 
Pelos filhos da vida 
Que vinham de outros mundos,
Tudo na estrada humana, 
Cortando a imensidão dos campos infecundos
Era a dominação do ódio que se aferra 
À dissenção, à morte, ao desespero e à guerra ...
Foi quando um mensageiro 
Do Céu às criaturas, 
Regressou às Alturas 
E disse humildemente ao Grande Deus:
- Senhor! O que posso fazer dos homens sem amor?
Do cérebro mais tardo ao gênio mais precoce, 
Tudo na Terra é luta em conquistas da posse. 
Compadece-te oh! Pai! ... Veneno, flecha e clava 
Formam no mundo inteiro a Humanidade escrava, 
Da descrença, do mal, da impiedade e do crime, 
Sem qualquer esperança a que se arrime. 
Já não se agüenta ouvir os urros do mais forte
E o choro dos vencidos, 
Pisados, massacrados e caídos
Nos sarcasmos da morte. 
Que fazer, Grande Deus, nas trevas dessa luta,
Em que a luz se nos nega e ninguém nos escuta?
Revelou-se que o Pai de Infinita Bondade, 
Pensou, por muito tempo, e disse, comovido: 
- Aceito, filho meu, quanto me falas, 
Entendo-te o pedido! ... 
Volta ao mundo a servir na tarefa em que avanças,
Os que morrem no mal renascerão crianças, 
A Terra evoluirá, - ponderou o Senhor - 
Ninguém alterará minha obra de amor. 
A fim de desarmar a violência e a cobiça,
Instalarei no mundo a força da Justiça 
E para que haja amor exterminando o orgulho,
Sem pancada, sem grito, sem barulho, 
Enviarei alguém, 
Que ame os filhos meus, com o meu amor ao bem,
Na exaltação da paz, sem desprezo a ninguém. 
Alguém que saiba amar, a servir e a sofrer, 
Cultivando o perdão como simples dever.
Dizem que foi assim 
Que a Terra começou a fazer-se jardim.
Ouviu-se verbo novo, alteraram-se imagens,
E conforme o Senhor mandou e prometeu, 
Entre as rudes mulheres dos selvagens, 
O Coração de Mãe apareceu.
 Francisco Cândido Xavier.  Pelo Espírito Maria Dolores.

10 de mar. de 2014

Começar de Novo

misc11nErros passados, tristezas contraídas, lágrimas choradas, desajustes crônicos!…
Às vezes, acreditas que todas as bênçãos jazem extintas, que todas as portas se mostram cerradas à necessária renovação!…
Esqueces-te, porém, de que a própria sabedoria da vida determina que o dia se refaça a cada amanhã.
Começar de novo é o processo da Natureza, desde a semente singela ao gigante solar.
Se experimentaste o peso do desengano, nada te obriga a permanecer sob a corrente do desencanto. Reinicia a construção de teus ideais, em bases mais sólidas, e torna ao calor da experiência, a fim de acalentá-los em plenitude de forças novas.
O fracasso visitou-nos em algum tentame de elevação, mas isso não é motivo para desgosto e autopiedade, porquanto, freqüentemente, o malogro de nossos anseios significa ordem do Alto para mudança de rumo, e começar de novo é o caminho para o êxito desejado.
Temos sido desatentos, diante dos outros, cultivando indiferença ou ingratidão; no entanto, é perfeitamente possível refazer atitudes e começar de novo a plantação da simpatia, oferecendo bondade e compreensão àqueles que nos cercam.
Teremos perdido afeições que supúnhamos inalteráveis; todavia, não será justo, por isso, que venhamos a cair em desânimo. O tempo nos permite começar de novo, na procura das nossas afinidades autênticas, aquelas afinidades suscetíveis de insuflar-nos coragem para suportar as provações do caminho e assegurar-nos o contentamento de viver.
Desfaçamo-nos de pensamentos amargos, das cargas de angústia, dos ressentimentos que nos alcancem e das mágoas requentadas no peito! Descerremos as janelas da alma para que o sol do entendimento nos higienize e reaqueça a casa íntima.
Emmanuel -
psicografado por Francisco Cândido Xavier
Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/mensagens-de-animo/comecar-de-novo-emmanuel-41144/#ixzz2TsK4HccJ
Erros passados, tristezas contraídas, lágrimas choradas, desajustes crônicos!…
Às vezes, acreditas que todas as bênçãos jazem extintas, que todas as portas se mostram cerradas à necessária renovação!…
Esqueces-te, porém, de que a própria sabedoria da vida determina que o dia se refaça a cada amanhã.
Começar de novo é o processo da Natureza, desde a semente singela ao gigante solar.
Se experimentaste o peso do desengano, nada te obriga a permanecer sob a corrente do desencanto. Reinicia a construção de teus ideais, em bases mais sólidas, e torna ao calor da experiência, a fim de acalentá-los em plenitude de forças novas.
O fracasso visitou-nos em algum tentame de elevação, mas isso não é motivo para desgosto e autopiedade, porquanto, freqüentemente, o malogro de nossos anseios significa ordem do Alto para mudança de rumo, e começar de novo é o caminho para o êxito desejado.
Temos sido desatentos, diante dos outros, cultivando indiferença ou ingratidão; no entanto, é perfeitamente possível refazer atitudes e começar de novo a plantação da simpatia, oferecendo bondade e compreensão àqueles que nos cercam.
Teremos perdido afeições que supúnhamos inalteráveis; todavia, não será justo, por isso, que venhamos a cair em desânimo. O tempo nos permite começar de novo, na procura das nossas afinidades autênticas, aquelas afinidades suscetíveis de insuflar-nos coragem para suportar as provações do caminho e assegurar-nos o contentamento de viver.
Desfaçamo-nos de pensamentos amargos, das cargas de angústia, dos ressentimentos que nos alcancem e das mágoas requentadas no peito! Descerremos as janelas da alma para que o sol do entendimento nos higienize e reaqueça a casa íntima.
Emmanuel -
psicografado por Francisco Cândido Xavier

Endireitai os caminhos

images (42)“Endireitai os caminhos do Senhor, como disse o profeta Isaías.” – João Batista. (João, 1:23.)
A exortação do Precursor permanece no ar, convocando os homens de boa-vontade à regeneração das estradas comuns.
Em todos os tempos, observamos criaturas que se candidatam à fé, que anseiam pelos benefícios do Cristo. Clamam pela sua paz, pela presença divina e, por vezes, após transformarem os melhores sentimentos em inquietação injusta, acabam desanimadas e vencidas.
Onde está Jesus que não lhes veio ao encontro dos rogos sucessivos? em que esfera longínqua permanecerá o Senhor, distante de suas amarguras? Não compreendem que, através de mensageiros generosos do seu amor, o Cristo se encontra, em cada dia, ao lado de todo os discípulos sinceros. Falta-lhes dedicação ao bem de si mesmos. Correm ao encalço do Mestre Divino, desatentos ao conselho de João: “endireitai os caminhos”.
Para que alguém sinta a influência santificadora do Cristo, é preciso retificar a estrada em que tem vivido. Muitos choram em veredas do crime, lamentam-se nos resvaladouros do erro sistemático, invocam o céu sem o desapego às paixões avassaladoras do campo material. Em tais condições, não é justo dirigir-se a alma ao Salvador, que aceitou humilhação e a cruz sem queixas de qualquer natureza.
Se queres que Jesus venha santificar as tuas atividades, endireita os caminhos da existência, regenera os teus impulsos.
Desfaze as sombras que te rodeiam e senti-Lo-ás, ao teu lado, com a sua benção.
Livro: Caminho, Verdade e Vida
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier

21 de jan. de 2014

Algo mais




Um crente sincero na bondade de Deus, desejando aprender como colaborar na construção do Reino de Deus, certo dia pediu ao Senhor a permissão para compreender os propósitos Divinos e saiu a campo.

De início, encontrou-se com o vento que cantava e o vento lhe disse:

Deus mandou que eu ajudasse as sementeiras e varresse os caminhos, mas eu gosto também de cantar, embalando os doentes e as criancinhas.

Em seguida, o devoto surpreendeu uma flor que inundava o ar de perfume, e a flor lhe contou:

Minha missão é preparar o fruto; entretanto, produzo também o aroma que perfuma até mesmo os lugares mais impuros.

Logo após, o homem parou ao pé de grande árvore que protegia um poço de água, cheio de rãs, e a árvore lhe contou:

Confiou-me o Senhor a tarefa de auxiliar o homem; contudo, creio que devo amparar igualmente as fontes, os pássaros e os animais.

O visitante olhou os feios batráquios e fez um gesto de repulsa, mas a árvore continuou:

Estas rãs são boas amigas. Hoje posso ajudá-las, mas depois serei ajudada por elas, na defesa de minhas próprias raízes contra os vermes da destruição e da morte.

O aprendiz compreendeu o ensinamento e seguiu adiante, chegando numa grande cerâmica.

Acariciou o barro que estava sobre a mesa e o barro lhe disse:

Meu trabalho é o de garantir o solo firme, mas obedeço ao oleiro e procuro ajudar na residência do homem, dando forma a tijolos, telhas e vasos.

Então, o devoto regressou ao lar e compreendeu que para servir na edificação do Reino de Deus é preciso ajudar aos outros, sempre mais, e realizar cada dia algo a mais.

* * *

Temos que convir que, se cada um fizesse somente a sua obrigação, a Humanidade não teria saído das cavernas.

O progresso só se realiza porque há pessoas que fazem algo mais que sua obrigação pura e simples.

O esforço que cada criatura faz, em prol do bem comum, é o que propicia a realização das conquistas maiores.

Se os homens de gênio tivessem apenas cumprido seu tempo justo de trabalho, não desfrutaríamos hoje das grandes descobertas.

Se Pasteur, Thomas Edison, Pierre e Marie Curie, Graham Bell e outros tantos cientistas não tivessem feito algo mais que a sua obrigação, a Humanidade não teria atingido tamanho progresso.

Nós, por nossa vez, também podemos e devemos fazer algo a mais para conquistar uma sociedade justa e feliz.

Além das oito horas diárias de trabalho, podemos dedicar alguns minutos para tirar alguém do analfabetismo.

Para ensinar um serviçal a utilizar corretamente os produtos e equipamentos de trabalho.

Para socorrer um ancião desvalido. Uma criança desamparada. Um animal ferido. Um enfermo sem esperanças.

Aprendamos, com o devoto da fábula que, para a construção de um reino feliz, Deus espera que cada um de nós faça algo mais.

Redação do Momento Espírita com base no cap.15, do livro
Antologia da criança, pelo Espírito Meimei, psicografado
por Francisco Cândido Xavier, ed.Ideal.
Em 25.05.2009.

2 de dez. de 2013

Acidentados da Alma

14Compadeces-te dos caídos em moléstia ou desastre, e que apresentam no corpo comovedoras mutilações.
Inclina-te, porém, com igual compaixão para aqueles outros que comparecem, diante de ti, por acidentados da alma, cujas lesões dolorosas não aparecem.
Além da posição de necessitados, pelas chagas ocultas de que são portadores, quase sempre se mostram na feição de companheiros menos atrativos e desejáveis.
***
Surgem pessoalmente bem-postos, estadeando exigências ou formulando complicações, no entanto, bastas vezes trazem o coração sob provas difíceis;
espancam-te a sensibilidade com palavras ferinas, contudo, em vários lances da experiência, são feixes de nervos destrambelhados que a doença consome;
revelam-se na condição de amigos, supostos ingratos, que nos deixam em abandono, nas horas de crise, mas, em muitos casos, são enfermos de espírito, que se enviscam, inconscientes, nas tramas da obsessão;
acolhem-te o carinho com manifestações de aspereza, todavia, estarão provavelmente agitados pelo fogo do desespero, lembrando árvores benfeitoras quando a praga as dizima;
são delinquentes e constrangem-te a profundo desgosto, pelo comportamento incorreto;
no entanto, em múltiplas circunstâncias, são almas nobres tombadas em tentação, para as quais já existe bastante angústia na cabeça atormentada que o remorso atenaza e a dor suplicia…
***
Não te digo que aproves o mal sob a alegação de resguardar a bondade.
A retificação permanece na ordem e na segurança da vida, tanto quanto vige o remédio na defesa e sustentação da saúde.
Age, porém, diante dos acidentados da alma, com a prudência e a piedade do enfermo que socorre a contusão, sem alargar a ferida.
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Restaurar sem destruir.
Emendar sem proscrever.
Não ignorar que os irmãos transviados se encontram encarcerados em labirintos de sombra, sendo necessário garantir-lhes uma saída adequada.
***
Em qualquer processo de reajuste, recordemos Jesus que, a ensinar servindo e corrigir amando, declarou não ter vindo à Terra para curar os sãos.
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Emmanuel
Chico Xavier

Socorre a ti mesmo

images (22)

Cura a catarata e a conjuntivite,mas corrige a visão espiritual de teus olhos. Defende-te contra a surdez,entretanto ,retifica o seu modo de registrar as vozes e solicitações variadas que te procuram. Medica a arritmia e a dispneia,contudo, não entregues o coração à impulsividade arrasadora. Combate a neurastenia e o esgotamento,no entanto, cuida de reajustar as emoções e tendências. Persegue a gastralgia,mas educa seu apetite à mesa. Melhora as condições do sangue,todavia , não o sobrecarregues com os resíduos de prazeres inferiores. Guerreia a hepatite,entretanto,livra o fígado dos excessos em que te comprazes. Remove os perigos da uremia,contudo,não sufoques os rins com os venenos de taças brilhantes. Desloca o reumatismo dos membros,reparando,porém,o que fazes com teus pés,braços e mãos. Sana os desacertos cerebrais que te ameaçam,todavia,aprende a guardar a mente no idealismo superior e nos atos nobres. Consagra-te a própria cura,mas não esqueças a pregação do Reino Divino aos teus órgãos. Eles são vivos e educáveis.Sem que teu pensamento se purifique e sem que a tua vontade comande o barco do organismo para o bem,a intervenção dos remédios humanos não passará de medida em trânsito para a inutilidade.

Do capítulo 51 do livro Pão Nosso,de Emmanuel,obra psicografada por Francisco Cândido Xavier. C

22 de out. de 2013

Programa de Paz



Cumprir o próprio dever. Ninguém tranquiliza ninguém, sem trazer a consciência tranquila  Usar boas palavras e bons modos.

Qualquer viajante da estrada sabe afastar-se do pé de laranja azeda. Desconhecer ofensas.

A vida não constrange criatura alguma a passar recibo numa serpente para atormentar-se com ela. Auxiliar indistintamente.

Se a fonte escolhesse os elementos a que prestar benefício, decerto que a Terra seria, francamente, um planeta inabitável.

Não censurar.

A crítica nos traça a obrigação de fazer melhor do que aqueles que nós reprovamos.

Abençoar sempre.

Qualquer trato de solo agradece o adubo que se lhe dê. Jamais vingar-se. Pessoa alguma consegue ajudar a um doente, fazendo-se mais doente ainda.

Amar os inimigos.

A obra-prima de escultura nasce no sonho do artista que a concebe, mas não dispensa o concurso do buril que lhe dá forma.

Não se lastimar por fracasso do caminho.

O Sol, em cada hemisfério do mundo, começa a trabalhar de novo diariamente.

Saber cooperar, a fim de receber cooperação.

O próprio Cristo não consegue sozinho realizar a obra de redenção da Humanidade e, em iniciando o seu apostolado na Terra, procurou doze companheiros que lhe serviram de base à divina missão.



Autor: André Luiz
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

10 de set. de 2013

Responsabilidade e Destino







"O Criador, que estabelece o bem de todos como lei para todas as criaturas, não cria Espírito algum para o exercício do mal.
A criatura, porém, na Terra ou fora da Terra, segundo o princípio de responsabilidade, ao transviar-se do bem, gera o mal por fecundação passageira de ignorância que ela mesma, atendendo aos ditames da consciência, extirpará do próprio caminho, em tantas existências de abençoada reparação, quantas se fizerem indispensáveis.
É assim que o Supremo Senhor nos cede os dons inefáveis da vida, como sejam as bençãos do corpo e da alma e os tesouros do amor e da inteligência.
Do uso feliz ou infeliz de semelhantes talentos, resultam para nós vitória ou derrota, felicidade ou infortúnio, saúde ou moléstia, harmonia ou desequilíbrio, avanço ou retardamento nos caminhos da evolução.
Examina, pois, a ti mesmo e encontrarás a extensão e a natureza de tua dívida, pela prova que te procura ou pela tentação que padeces, porque o bem verte, puro, de Deus, enquanto que o mal é obra que nos pertence - transitório fantasma de rebeldia e ilusão que criamos, ante as leis do destino, por conta própria."

Autor: Emmanuel
Livro: Religião dos Espíritos
Psicografia: Chico Xavier

8 de jul. de 2013

Por que comigo? – Entendendo o papel da dor em nossa vida


Por: CLAUDIA GELERNTER
Vinhedo, SP (Brasil)

“Embora a dor e o pranto, não permitas
Que a tua fé sublime se abastarde…
Abraça a luta e segue para a frente,
Antes que seja tarde”
Espírito João Coutinho *
Emmanuel, o orientador Espiritual de Francisco Cândido Xavier, ditou para o Médium brasileiro a lição intitulada “A Mestra Divina”, parte do livro “Ceifa De Luz”, do mesmo autor. Neste belíssimo texto, o Espírito comenta os benefícios causados pela dor àqueles que compreendem a corrigenda, saindo da experiência, melhorados.  Explica que a dor “devolve-nos todos os golpes com que dilaceramos o corpo da vida, para que não persistamos na grade do erro ou nos cárceres do remorso”. (EMMANUEL, 1979, p. 119.) Afirma, ainda, que a Mestra Divina “aqui corrige, adiante esclarece, além reajusta, mais além aprimora” (p. 120), explicando, portanto, até onde a Dor pode atuar em nós, caso permitamos nos favoreça com suas sagradas lições.
Dentro dos postulados Espíritas, aprendemos que pertencemos, no atual estágio evolutivo, à categoria de Espíritos Imperfeitos, portanto, incompletos, em muito ignorantes, e, em muitos casos, ainda maus, essencialmente. Daí a necessidade de residirmos, temporariamente, em um mundo que reflete nosso estado íntimo, ou seja, em um planeta classificado como sendo de “provas e expiações”.
Tal classificação nos ajuda a entender o caráter da dor que nos atinge, na atualidade.
Podemos ser despertados por ela, a fim de resgatarmos débitos contraídos no passado [tanto remoto como atual], ou ainda para provarmos se já conseguimos desenvolver em nós as virtudes necessárias e possíveis para o momento.
“Não fiz nada para merecer isto! É um absurdo!”, afirmam muitos. Por certo, estes ainda não tomaram consciência de que muito temos a aprender na escola da vida; que aqui estamos na figura de devedores, buscando a regeneração, pelas vias da reencarnação e que toda experiência difícil nada mais é que oportunidade de aprendizagem. Instrumento perfeito, que serve:
Para uns, na aquisição da paciência.
Para outros, da humildade.
Outros, ainda, da resignação e da fé.
Ou de todas estas virtudes, concomitantemente.
Certo é que a Dor surge para crescermos. Este é o seu objetivo. O que faremos, com a sua visita, corre por nossa conta.
Diante das adversidades da vida, podemos buscar o que nos cabe aprender, fazendo o melhor, ou, revoltosos e indignados, podemos nos rebelar contra Deus, desfazendo-nos em muxoxos intermináveis e incabíveis.
Viktor Frankl, o eminente psiquiatra vienense, devido ao fato de ser judeu, foi perseguido e preso em campos de concentração, na Alemanha nazista. A esposa grávida, seus pais e irmãos pereceram nestes campos. Entretanto, o desafortunado homem sobreviveu e, estando em situação de completa fragilidade, buscou, acima das dores, um sentido para seu sofrimento.
Quando conseguiu a liberdade, lutou por divulgar suas percepções. Frankl passou a ensinar que o sentido da vida pode ser encontrado por uma pessoa através de três caminhos:
O primeiro diz respeito ao exercício de um trabalho que seja importante, ou a realização de um feito, uma missão, que dependa de seus conhecimentos e de sua ação, e que faça com que a pessoa se sinta responsável pelo que faz; o segundo caminho é o do amor a uma pessoa ou a uma causa, uma ideia, o que estabelece uma responsabilidade para com a pessoa amada ou à causa defendida e, por último, quando diante de um sofrimento inevitável, assumir uma postura de buscar um significado e utilidade para a dor, pois através da experiência cada pessoa pode contribuir para a vida de outras pessoas.
Afirmou ele que “dentro de cada um de nós há celeiros cheios onde nós armazenamos a colheita da nossa vida. O significado está sempre lá, como celeiros cheios de valiosas experiências. Quer sejam as ações que fizemos, ou as coisas que aprendemos, ou o amor que tivemos por alguém, ou o sofrimento que superamos com coragem e resolução, cada um destes eventos traz sentido à vida. Realmente, suportar um destino terrível com dignidade e compaixão pelos outros é algo extraordinário. Dominar seu destino e usar seu sofrimento para ajudar os outros é o mais alto de todos os significados para mim”. (FRANKL, 1985). Espírito valoroso, soube ouvir e entender a dor, retirando dela o que tinha de melhor.
No capítulo intitulado “O Poder do Amor”, do livro “No Mundo Maior”, de André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, irmã Cipriana, a devotada tarefeira do Bem, falando sobre os recursos da Dor, afirma, categoricamente, que “muitos retiram do sofrimento o óleo da paciência, com que acendem a luz para vencer as próprias trevas, ao passo que outros dele extraem pedras e acúleos de revolta, com que se despenham na sombra dos precipícios” (LUIZ, 1947 p. 92).
Sentir a dor é obrigatório. Revoltar-se com ela é opcional, assim como seguir pelos caminhos da regeneração, através da paciência e do amor.
Na atualidade, grandes dificuldades assolam o Planeta. Trata-se do processo de transição, no qual estamos à mercê de grandes convulsões, sejam de ordem individual, social, cultural, econômica, política ou geológicas. São as “dores do parto”, anunciadas profeticamente por Jesus. Dores que nos farão melhores, a fim de podermos habitar um Planeta também melhorado, física e moralmente.
Portanto, urgente nos prepararmos intimamente para este momento. Entendermos que no planejamento divino não cabem equívocos. Que nenhuma dor nos chega na qualidade de carta endereçada a outra pessoa.
Com esta certeza, teremos força para ultrapassar as ventanias que anunciam a grande tempestade, com os alicerces do entendimento e do amor.
Logo mais, quando o sol tornar a brilhar, concedendo-nos seus raios iluminativos e refazedores, anunciando um novo amanhecer no clima planetário, poderemos, uma vez melhorados, usufruir da paz que tanto almejamos.
Cabe salientar ainda que aqueles que já possuem em si as ferramentas íntimas capazes de darem conta das adversidades, sem tantos desequilíbrios emocionais, estão munidos de instrumentos que devem ser utilizados no auxílio aos irmãos por agora equivocados.
Ainda no livro “Ceifa de Luz”, agora no capítulo “Desenvolvimento Espiritual”, Emmanuel, falando sobre as questões de subdesenvolvimento humano, se utiliza da expressão para falar dos subdesenvolvidos espirituais. Comenta que devemos reconhecer que existe “uma retaguarda enorme de criaturas empobrecidas de esperança e coragem, não obstante quase toda ela constituída de companheiros com destaque merecido na cultura e na prosperidade da Terra”. (EMMANUEL, 1979, p. 207.) E, indicando nossa posição diante de tais irmãos, pede-nos para que nos abasteçamos de suficiente amor para compreendê-los e auxiliá-los, pois se tratam de “amigos chamados a caminhar nas frentes da evolução, com áreas enormes de influência e possibilidade no trabalho do bem de todos, mas detentores de escassos recursos no campo do sentimento para suportarem, com êxito, as crises da época de mudança” (EMMANUEL, 1979, p. 208).
Destacamos que o Espírito menciona “crises da época de mudança”, ou seja, fala-nos sobre a transição, por nós citada, e que traz em seu bojo a marca da dor, na forma de medicamento amargo, porém necessário, tanto para o despertamento dos que dormem, nas camas do materialismo, como para impulsionar o desenvolvimento espiritual, tão necessário nestes tempos de pós-modernidade, nos quais imperam os desregramentos morais de toda ordem.
Tempos difíceis, que nos pedem pratiquemos aquilo que Jesus nos ensinou há 2000 anos: Oração e Vigilância, a fim de buscarmos forças para darmos conta dos desafios, através do contato com as esferas mais elevadas da Vida, e, ao mesmo tempo, observando constantemente nosso íntimo, para que não venhamos a repetir antigos erros.
E, assim como escreveu Renato Teixeira, na canção “Tocando em Frente”, precisamos ter em mente que “cada um de nós compõe a própria história e cada ser em si carrega o dom de ser capaz, e ser feliz”.
Avante!
Referências Bibliográficas:
EMMANUEL [Espírito]. Ceifa de Luz.  [psicografado por] Francisco Cândido Xavier, 3ª ed. Brasília, FEB, 1979.
LUIZ, A. [Espírito]: No Mundo Maior, [psicografado por] Francisco Cândido Xavier, 1947; 26ª ed. 2ª reimpressão, Rio de Janeiro, FEB, 2009.
FRANKL, V. A Descoberta de Um Sentido No Sofrimento, Entrevista na África do Sul, 1985, disponível no Youtube, http://www.youtube.com/watch?v=5cd2KANOJuU acessado em 11 de setembro de 2011.
Em busca de sentido: um psicólogo no campo de concentração. Petrópolis: Editora Vozes, 1991.
* Espírito João Coutinho – Do livro: Poetas Redivivos, Médium: Francisco Cândido Xavier – Espíritos Diversos.