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2 de out. de 2013

TVP- TERAPIA DE VIDAS PASSADAS! A REGRESSÃO É UM BOM MÉTODO?

O tema Terapia de Vida Passada - TVP - ganhou, ultimamente, grande espaço nos meios de comunicação em geral. Como todo tema polêmico, tem gerado muitos debates e opiniões. Mas por que uma proposta terapêutica como essa pode gerar tanta polêmica? Pelo lado da ciência, o centro da questão está na utilização de uma hipótese de trabalho reencarnacionista, que a ciência ocidental continua julgando um tema religioso ou místico, que não pode ser considerado como objeto de estudo.

Para a Doutrina Espírita, apesar defender a reencarnação como processo natural na vida do ser humano, a questão está na utilização da Regressão de Memória à nossas vidas passadas. O objetivo deste artigo será o de discutir alguns dos principais pontos desta relação entre a Terapia de Vida Passada e o Espiritismo.
Para evitar os “achismos”, resolvemos fazer uma pesquisa a nível nacional, no final de 1998, em que apresentávamos para a população espírita um questionário sobre a Terapia de Vida Passada. Dos 500 que foram respondidos, identificamos algumas das principais preocupações do espírita em relação à Terapia de Vida Passada - TVP - e a Regressão de Memória:
  • Necessidade do esquecimento do passado;
  • Não poder interferir no processo de sofrimento causado por problemas no passado;
  • Fazer Regressão por curiosidade;

Na verdade, o que se pode observar é que a maioria das pessoas tem dúvidas se deveriam ou não utilizar a TVP como recurso, não tem uma informação correta sobre o que é a TVP, hoje.

A TVP se insere na abordagem da Psicologia Transpessoal, um ramo mais recente da Psicologia que considera o componente espiritual como uma das dimensões do ser humano, que interfere no entendimento do homem e de seus sofrimentos. Porém, na TVP consideramos a hipótese de trabalho da reencarnação como base de explicação do conteúdo obtido no processo de Regressão de Memória, isto é, julgamos que os relatos obtidos com os indivíduos em Estado Alterado de Consciência se referem às suas experiências vividas em outras encarnações.

Para a TVP, a maioria dos problemas que temos na vida atual decorrem de situações traumáticas ou bastante desequilibradas que foram vividas pelo indivíduo no passado e que deixaram marcas profundas no seu psiquismo profundo. Todas essas experiências estão registradas nesta instância Inconsciente que o Dr. Jorge Andréa chama de Inconsciente do Pretérito. Algumas situações na vida atual, parecem desencadear o surgimento, na zona mais consciente do psiquismo, desses desequilíbrios, transformando-se em verdadeiras patologias. 

Podemos citar as fobias, a Síndrome do Pânico, distúrbios de comportamento como os sexuais ou os compulsivos, a depressão, a ansiedade, etc. como algumas que podem se beneficiar com o tratamento pela TVP.
O primeiro passo do processo está em tornar consciente esse conteúdo do passado. 

É nesse momento que podemos utilizar a Regressão de Memória na identificação da situação do passado geradora do sofrimento atual. Posterior e concomitantemente a essa identificação, teremos que utilizar diversas intervenções específicas para cada caso, visando dissociar a personalidade atual daqueles traumas vividos no passado. Como vimos não basta apenas lembrar o passado. Há uma necessidade de um acompanhamento terapêutico criterioso do delicado conteúdo emocional e psíquico que surge do processo de Regressão. A nossa experiência tem indicado a necessidade da TVP só ser feita por profissional da área de saúde mental que estaria habilitado ao processo de forma integral.

Como podemos ver a finalidade da TVP é terapêutica. Com isso desfaz-se uma das grandes preocupações do público espírita, em particular: a curiosidade. Na verdade o terapeuta, quando executa um trabalho sério, não considera os casos em que as pessoas procuram para saber o que foram ou fizeram de extraordinário em suas vidas passadas. Julgamos que o material que lidamos seja muito delicado para uma finalidade fútil !

Mas, a questão mais delicada do espírita parece ser a de se “levantar o véu que encobre o passado” já que seria uma “dádiva divina”. Se observarmos no contexto da Doutrina, as principais referências sobre o assunto estão em O Livro dos Espíritos na parte 2a., cap. VII, em um item que engloba as perguntas 392 à 399, com o título: O esquecimento do passado. Nesse ponto os Espíritos alertam para os inconvenientes que a lembrança do passado teria para os indivíduos. E nós concordamos inteiramente com isso !!! Vamos observar que este capítulo trata “Da 
Volta do Espírito à Vida Corporal”. É claro que quando voltamos ao corpo físico necessitamos do esquecimento de nossas vidas pregressas. Como, uma criança conseguiria estruturar uma nova personalidade lembrando simultaneamente de todas as suas vidas passadas? Seria impossível.


Diversas obras na literatura espírita defendem a utilização terapêutica da Terapia de Vida Passada. Dos autores encarnados, citamos o Dr. Jorge Andréa, psiquiatra e pesquisador do psiquismo profundo e da reencarnação com vasta contribuição nessa área. Mesmo entre os desencarnados, através das obras psicografadas, não há uma contra-indicação à utilização da TVP nos casos em que verificamos graves problemas psíquicos, emocionais, físicos ou de comportamento. Pelo contrário. 

Espíritos como Joanna de Ângelis e Bezerra de Menezes tem ressaltado, através de algumas de suas obras, a importância deste tipo de abordagem científica na minimização do sofrimento humano. Mas é claro que a TVP não é uma panacéia capaz de resolver todos os problemas. Como toda abordagem terapêutica tem suas limitações e dificuldades que somente uma atuação séria e criteriosa poderá superar, ampliando o potencial de cura de sua aplicação.

É o sofrimento o nosso grande objetivo! Para nossa surpresa, muitos espíritas responderam afirmativamente à questão: “o sofrimento é a melhor forma de pagarmos os erros do passado”. Isso pode levar a um entendimento distorcido da finalidade da vida e do sofrimento. A Doutrina Espírita deixa bem claro qual é o objetivo das encarnações sucessivas: o desenvolvimento moral e intelectual do ser. 

O sofrimento representa um desequilíbrio resultante de um comportamento inadequado do passado que ainda mantém características na personalidade atual. Na medida em que se resolvam as causas cessam-se os efeitos. Em O Livro dos Espíritos, questão 1004, Kardec pergunta sobre o critério de duração dos sofrimentos a que os espíritos respondem ser função da melhora do indivíduo. Na resposta fica clara a finalidade pedagógica do sofrimento, pois quando a pessoa melhora o aspecto desequilibrado o sofrimento perde o sentido, modificando-se ou extinguindo-se.

Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo 5, temos a orientação dos espíritos de que devemos empreender todos os nossos esforços no sentido de minimizar o sofrimento dos homens. Ora se a TVP desponta como um instrumento da ciência que pode ajudar nesse processo de aprimoramento do ser humano pela dura de alguns de seus sofrimentos, por que não utilizá-la? Será que não poderíamos utilizar a TVP para ajudar uma pessoa a superar sua Síndrome do Pânico ou de uma depressão profunda por exemplo, simplesmente porque utilizaremos de suas lembranças pretéritas? Nos parece que se a TVP é uma conquista da Ciência ela está consoante aos desígnios de Deus para o progresso da Humanidade.

A ciência avança no sentido da confirmação do espírito, como origem e princípio básico da vida, e da reencarnação como mecanismo natural fundamental para o entendimento do homem e de seus sofrimentos. A TVP, aplicada de forma séria e criteriosa, demonstra ser um instrumento legítimo deste movimento. Como resultado desta aplicação o indivíduo se reconhece como ser espiritual eterno em passagem temporária de aprendizado pelo corpo. Ao verificar as conseqüências de seus atos passados nos seus problemas atuais pode refletir e decidir sobre quais são os valores existenciais essenciais para o seu espírito hoje e descobre a necessidade de desenvolver o Abrandamento de suas tendências negativas e a Aceitação dos problemas que enfrentamos. Ao final, perceberá a necessidade de reclamar menos e Amar mais, a si mesmo e aos outros.

MEDICINA ESPÍRITA! DEBATE ENTRE MEDICINAS ALTERNATIVAS E AS CONVENCIONAIS!



A competição pela hegemonia no campo da prática terapêutica atravessa os séculos. Toda a História é pontuada por conflitos entre um grupo que se arroga a exclusividade do conhecimento médico - supostamente superior e verdadeiro, contra outros, tachados de charlatões. No Brasil, a restrição do exercício da medicina aos diplomados tem encontrado inúmeros desafios. Entre os anos 1890 e 1940, especialmente, uma das preocupações constantes para muitos médicos foram às práticas e doutrinas espíritas imiscuindo-se na atividade de cura e de terapia.

Nesse período, muitos profissionais da área da saúde formularam teorias para explicá-las e deslegitimá-las - o que não raramente assumia a forma de campanhas contra o espiritismo -, enquadrando-as - junto a tantos outros sistemas que concorriam com a medicina oficial - nos casos de “charlatanismo”. A eficácia dessas práticas nem chegava a ser objeto de discussão no âmbito da medicina acadêmica: era terminantemente negada.

Argumentava-se que ela colocava pacientes sob a responsabilidade de pessoas sem competência para tratá-las; impedia a intervenção qualificada dos médicos (com seus saberes e suas práticas oficiais) e ainda podia ser diretamente prejudicial, agravando uma enfermidade. Esse tipo de “medicina” - “supersticiosa”, “primitiva” e “irracional” - só podia existir em virtude da “ignorância” e do “misticismo” do povo, conjugados à falta de repressão por parte das autoridades competentes.
A partir da década de 1940, de acordo com Emerson Giumbelli, a tensão entre a medicina acadêmica e o espiritismo parece ter se atenuado. Esforçandose para alcançar legitimidade frente aos poderes públicos como umas religiões, os espíritas, coordenadas pela Federação Espírita Brasileira, foram gradativamente abandonando os traços que os identificavam à ciência médico formal e acadêmica, e paulatinamente intervindo no campo espiritual e moral.

 Daí a difusão de práticas que se destinavam a agir sobre o espírito, como os “passes” e as “desobsessões”. O “físico” e o “material” só seriam atingidos, caso o fossem, de modo tangencial, em virtude de sua ligação ao espírito.
Recentemente, porém, o espiritismo volta a ganhar evidência, sinalizando a retomada de uma perspectiva de “ciência espiritualizada”. Médicos espíritas vêm propondo um novo paradigma na medicina que leva em conta a espiritualidade e seus corolários - chamam-no de paradigma médico-espírita.

Coordenados pela AME-Brasil - Associação Médico-Espírita do Brasil, criada na cidade de São Paulo em 1995 -, esses profissionais têm feito pesquisas,
congressos e campanhas, buscando implementar mudanças na base da medicina oficial; fato que vem crescendo no Brasil e despertando a atenção de
pesquisadores no país e no exterior.

Há de se destacar também que cresce o número de estudos científicos a respeito do efeito da religiosidade sobre a saúde. Também, vários médicos vêm associando a seus trabalhos os princípios de suas crenças religiosas, como, por exemplo, os médicos católicos, que fundaram a Associação Católica Médica.

No encalço dessas críticas à “medicina oficial”, proclamando a união entre a religião e a ciência, a fé e a razão, os médicos espíritas reivindicam, de modo bastante articulado, um espaço dentro da própria ciência médica, tentando escapar aos epítetos que acompanham as práticas de cura espírita, como o de
“supersticiosa”, “primitiva” e “irracional”. Visa também coordenar ações “anticharlatanismo”, i.e., desmascarar pessoas não espíritas e sem formação médica que se dizem capazes de realizar “milagres”.

A Crise da Biomedicina e a Emergência das Medicinas Alternativas

O termo biomedicina tem sido amiúde, empregado nos trabalhos antropológicos para designar a medicina moderna, remetendo à estrutura institucional da medicina no Ocidente. Os fundamentos dessa ciência alicerçam-se na mecânica clássica; assim, os médicos supõem poder isolar as partes do todo para compreendê-las e, adiante, reintegrá-las ao seu mecanismo original - a leitura do todo é o resultado da leitura das partes isoladas. Ostentam um discurso de caráter universal e generalizante, deixando os casos individuais em plano secundário.

Na perspectiva biomédica, as doenças são entendidas como se fossem “coisas, de existência concreta, fixa e imutável, de lugar para lugar e de pessoa para pessoa.” Expressam-se por um conjunto de sinais e sintomas que são manifestações de lesões de uni ou multicausalidades, que alteram a morfologia e a dinâmica do corpo. Elas devem ser buscadas no âmago do organismo e
corrigidas por algum tipo de intervenção concreta: terapêutica medicamentosa ou cirúrgica.

A biomedicina, situando-se no âmbito das ciências naturais, busca trabalhar com dados físicos e quantificáveis. Fiel a esse objetivo, ela não leva em conta a subjetividade do adoecimento – a complexidade e a singularidade do sofrimento humano -, já que ela não pode ser objetivada e generalizada.


 “Uma Nova Medicina para um Novo Milênio”

O título desta seção, tomado emprestado de um artigo espírita, revela-nos o entusiasmo dos médicos espíritas nesses últimos anos. A leitura que fazem deste momento é a de um campo fértil para a ação. Imbuídos de uma visão teleológica e fatalista, peculiar à doutrina espírita, os médicos espíritas vêm
enxergando, nos acontecimentos recentes da medicina – crise do paradigma biomédico e crescimento das medicinas holísticas -, prenúncios favoráveis para uma ação mais enérgica, mais meticulosa no sentido de estender os seus fundamentos de espiritualidade para essa ciência.

A crescente procura pelas medicinas alternativas – ou, outrora consideradas alternativas – vem ao encontro das aspirações dos médicos espíritas. A principal “vantagem” dessas medicinas em relação à biomedicina reside na compreensão do todo, ou seja, na interpretação do binômio saúde-doença, em que os aspectos psíquicos e físicos são indissociáveis na busca do restabelecimento do equilíbrio.

Os custos crescentes que a medicina convencional acarreta; somados aos fracassos em lidar com algumas doenças - como câncer, doenças do coração, hipertensão arterial, doenças psiquiátricas, entre outras que não se mostram tratáveis pela intervenção tecnológica baseada no modelo uni causal de doenças -; além das novas doenças, males e causas de mortes que passam a ser cada vez mais relacionadas com as condições de trabalho e de vida num
determinado contexto socioeconômico e cultural, vêm tornando as medicinas alternativas uma realidade cada vez mais presente.

Ciente das dificuldades da biomedicina em relação aos desafios mencionados acima, os médicos espíritas têm estado atentos à situação para difundir seus pressupostos como uma solução a estes impasses. Fazendo coro a essas medicinas, os médicos espíritas vêm reforçando as críticas ao “reducionismo” da biomedicina e defendendo uma espécie de abertura para as propostas holísticas que tomam de assalto a época em que vivemos. Enumerando pesquisas científicas que mostram a evidência de “algo além da matéria”, os espíritas esperam chamar a atenção da comunidade acadêmica para as “realidades” de um “novo tempo” que se anuncia.


E prosseguem na enumeração de vários exemplos que, no imaginário espírita, se não corroboram de fato uma mudança, pelo menos indicam a possibilidade de abertura da comunidade científica para “realidades” que até então eram desconsideradas como objeto de especulação.

O protocolo de qualidade de vida da Organização Mundial da Saúde, de 1946, é frequentemente lembrado pelos espíritas como um avanço na superação do materialismo da medicina convencional. Neste, ficou acordado que a "saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental, social e não apenas a ausência de doença". Compreendendo que o bem estar mental deve contemplar também a dimensão espiritual, os médicos espíritas têm evocado esse protocolo, não raras vezes, como uma das justificativas para a abertura de cursos de “espiritualidade e medicina” em diversas universidades.

Para os espíritas, “a higiene mental implica na elevação do pensamento e por isso todo aquele que se alimenta mentalmente de imagens e propósitos saudáveis, equilibrados e bons, atrairá para si afinidades nesse sentido e consequentemente se sentirá bem”. Segundo eles, a sede do pensamento encontra-se no espírito. O pensamento é uma vibração capaz de agir no corpo e atrair vibrações outras que estejam na mesma “faixa”. Dessa forma, a “qualidade” do pensamento é capital para a saúde; pois, além de ter efeito direto no organismo, o pensamento também atrai companhias espirituais afins, que podem ou prejudicar a saúde do “espírito encarnado” ou contribuir com a sua manutenção.

Não obstante o otimismo reinante existe uma grande preocupação no que tange ao exercício legal da medicina espírita, o que se justifica pelos percalços já vividos.

À Guisa de Conclusão

Sugerimos a hipótese de que o espiritismo, talvez motivado pelas circunstâncias do presente, esteja retomando a dimensão de uma ciência espiritualizada, no âmbito médico.

No rastro da crise da medicina e na experimentação de novas terapias, os médicos espíritas vão traçando suas ações para expandir seus fundamentos e estendê-los à ciência médica vigente. A reapropriação de novas pesquisas que contestam os fundamentos dessa ciência é um dos expedientes de que os espíritas lançam mão. Os eventos que podem ser usados como “testemunho” da influência dos espíritos sobre a matéria ou da vida após a morte também são um recurso à parte. Um dos grandes exemplos, que já citamos, são as EQMs (Experiências Quase Morte), que têm despertado o interesse não só da academia, mas também da mídia em geral, sendo amplamente discutidas em jornais, revistas e filmes.

TRANSTORNOS MENTAIS PODEM SER REFLEXO DE VIDAS PASSADAS!


Para a medicina tradicional, uma questão genética, complexa, que pode ser, talvez, causada por alterações químicas no cérebro. E que, apesar de tantos estudos, ainda não se sabe ao certo a causa deles. Mas para os médicos espíritas, os transtornos mentais têm, sim, explicações. Essa área da medicina, inclusive, é a que mais se distancia da medicina tradicional. Questões emocionais desta e de outras vidas entram em jogo. "O transtorno mental é um resquício do passado", define o presidente da Associação Mineira dos Médicos Espíritas, Andrei Moreira, apontando aí as vidas passadas como ponto de partida para essa discussão.

Uma vez que as interpretações para os males mentais são diferentes para os médicos espíritas, na série do Estado de Minas, A saúde à luz do espiritismo, que começou ontem, o tema a ser tratado nesta segunda reportagem é referente a essas explicações sobre os males da mente. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, as doenças mentais e neurológicas atingem aproximadamente 700 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, estima-se que 23 milhões de pessoas precisam de algum atendimento em saúde mental. Pelo menos 5 milhões sofrem com transtornos graves e persistentes.

Segundo o psiquiatra e diretor-técnico do Hospital André Luiz, Roberto Lúcio Vieira, a psiquiatria é a área da medicina em que os ensinamentos espíritas mais conseguem aparecer. Isso porque, segundo ele, além de levar em consideração questões genéticas, assim como a medicina tradicional, os médicos espíritas, diante de um paciente com transtorno mental grave, levam em conta as vidas passadas. "O adoecer é o caminho para cura. Temos percebido que muitos males, como os quadros graves de esquizofrenia, geralmente são de espíritos que, em outras vidas, abusaram muito do poder que tinham, cometeram homicídios ou tentaram o suicídio várias vezes. Quando eles adoecem nesta vida, é porque bateu a culpa da vida anterior", explica Roberto.

Leia a primeira matéria da série 'A saúde à luz do espiritismo:

Por que adoecemos?

Também membro da Associação Mineira Médico Espírita, Roberto, em um artigo escrito no portal da entidade, diz que a doutrina espírita tem mostrado que os processos mentais seriam frutos da atividade espiritual, com repercussão na estrutura física cerebral. "Sendo assim, o cérebro seria apenas o instrumento. No entanto, para ocorrer essa integração entre a essência espiritual, sua manifestação e a estrutura física, é necessária a existência de um elemento que seja intermediário, tanto na função quanto em sua composição. Esse corpo é chamado espiritual ou perispírito", define.

MATÉRIA 
O perispírito, de acordo com o conhecimento espírita, é envoltório fluídico que uniria a alma humana ao corpo físico e, através do qual, o espírito atuaria na matéria. Mas, antes de mais nada, é preciso compreender que, para o espiritismo, somos seres em constante evolução e estar encarnado é o processo para evoluir. No livro a Cura e Auto-Cura, uma visão médico espírita, do homeopata Andrei Moreira, ele explica que a reencarnação é a lei biológica natural, "instrumento da evolução, em que o ser experimenta o contato com a diversidade e desenvolve aptidões necessárias ao progresso." Ele diz que a reercarnação devolve ao homem o fruto de suas escolhas, "em mecanismos naturais de reencontros, saúde ou doença."




Segundo explica o psiquiatra espírita Jaider Rodrigues, o paciente da psiquiatria é visto por dois viés: "Levamos em conta a influência espiritual, que pode ser do próprio paciente, ou seja, questões do próprio espírito e, também, as influências externas, que podem ser de outros espíritos que passam a influenciar no quadro mental do paciente", explica, acrescentando que todos os casos são passivos de auxílio. "Usamos os recursos da ciência, acrescidos da compreensão espírita."

Jaider lembra do caso de uma paciente que lhe chamou a atenção. Muito bonita e, com no máximo 30 anos, essa mulher, de BH, desenvolveu um quadro de esquizofrenia grave, sem motivo aparente. "Ela entrou em um quadro psicótico e tivemos que interná-la no Hospital André Luiz, pois estava agressiva, falava coisas sem sentido. Durante as sessões mediúnicas que fazemos para os pacientes, apareceu um espírito dizendo ter sido escravo na vida anterior e contou que aquela mulher, na sua última vida, tinha sido casada com um senhor de engenho e abusava muito dos escravos, com requinte de crueldade. Nesta vida, esses espíritos a perturbaram", conta, dizendo que o espírito avisou ainda que seria difícil livrá-la dessas influências externas, e que por mais que os médicos fizessem, nada ia adiantar. "Por um tempo, ela conseguiu melhorar. Mas não durou muito e faleceu", lamenta Jaider.

Processo de evolução
Geralmente, os transtornos quando se manifestam, é a culpa do que se fez em outra vida, como apontam os estudos espíritas. Mas, de acordo com os médicos, não se trata de um castigo divino. Faz parte do processo de evolução daquele espírito. Ouvir vozes, de acordo com Jaider, pode ser, sim, um espírito falando. A obsessão, de acordo com o precursor do espiritismo, Alan Kardec, é a ação persistente que um espírito mau exerce sobre um indivíduo. "Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples influência moral sem perceptíveis sinais exteriores até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais", diz em seu livro, o Evangelho segundo o espiritismo. Ele diz que a obsessão ocorrerá toda vez que alguém, encarnado ou desencarnado, exercer sobre o outro constrição mental negativa.

De acordo com Kardec, há vários tipos de obsessão, sendo o mais grave o de subjugação, em que o obsessor interfere e domina o cérebro do encarnado. A subjugação pode ser psíquica, física ou fisiopsíquica. Assim, as doenças mentais ou físicas podem, sim, de acordo com o conhecimento espírita, sofrer influências externas. Um dos tratamentos indicados são os passes, idas ao centro espírita e sessões de desobsessão, em que os médicos médiuns ajudam os espíritos desencarnados e encarnados envolvidos no processo a receber esclarecimentos, para que ambos tenham bases sólidas para mudar hábitos e atitudes, condicionando-se a atitudes mentais mais saudáveis. Segundo escreveu Francisco Cândido Xavier, ao psicografar a obra de André Luíz, Mundo maior, "o processo obsessivo não é, na realidade, uma doença, é simplesmente um reflexo de mentes doentias que se unem. Ele não é uma causa, é o efeito de um 'mal' anterior".


REBELDES 
Nesses casos de transtornos mentais, além do conhecimento espírita, medicamentos são usados. Kardec acreditava que somente medicação não traria alívio. No Hospital André Luiz, em BH, que tem 45 anos de funcionamento, sendo referência para casos psiquiátricos, os pacientes, de acordo com o diretor, Roberto Lúcio Vieira, são de todas as crenças, sendo o diferencial da unidade o tratamento espiritual. Segundo ele, há no hospital 350 funcionários que trabalham voluntariamente. "Com autorização do paciente ou da família, aplicamos os conhecimentos do espiritismo." De acordo com ele, algumas doenças psiquiátricas, geralmente, são de indivíduos mais rebeldes.

É o caso, por exemplo, da depressão, que afeta cerca de 35 milhões de pessoas no Brasil. "É uma doença que demarca a grande rebeldia do espírito", diz Roberto. Segundo Jaider, geralmente, é o espírito não se contentando com a vida que Deus lhe deu. "É como se dissesse 'já que não tenho a vida que quero, não aceito a vida que tenho'. Se o paciente der espaço, a gente estimula a relação com Deus e o hábito da oração", conta. Os pensamentos negativos também contribuem para o quadro.

Outro mal apontado pelos médicos é o de Alzheimer. Segundo Roberto, assim como a medicina tradicional vem tentando entender essa doença que afeta a memória do paciente, o espiritismo também busca suas explicações. Um dos esclarecimentos para a causa da enfermidade é que a grande maioria dos portadores da doença foi culturalmente pobre durante a vida, se prendeu a questões materiais e dificuldades de relacionamento. "Quando ocorre o Alzheimer, é como se fosse uma oportunidade para que essa pessoa chegue mais "limpa" espiritualmente no outro plano. E para os familiares, é uma prova de paciência."

Uma nova visão

  • Transtorno mental

Os médicos espíritas passaram a perceber, por meio de estudos e casos clínicos, que muitos pacientes que desenvolvem algum transtorno mental sofrem influência da sua vida anterior. No caso da esquizofrenia grave, por exemplo, tem-se percebido que esses espíritos, em vidas passadas, cometeram alguma transgressão às leis divinas e, nesta vida, sentiram o peso da culpa. O paciente pode, sim, sofrer ainda influência de outros espíritos que tiveram alguma ligação com ele nas outras vidas.


  • Mal de Alzheimer

Assim como a medicina tradicional estuda as causas do Mal do Alzhemeir, a doutrina espírita começa a perceber que as pessoas portadoras do mal, geralmente, foram pessoas apegadas a bens materiais e muito vaidosas, que precisam do desapego, do "esquecimento", marca da doença, para evoluir e fazer uma limpeza na alma.


  • Depressão

Para os médicos espíritas, a depressão atinge aqueles espíritos rebeldes, que não estão satisfeitos com a vida que Deus lhe deu. Assim, se abrem para os pensamentos negativos e as influências externas que podem contribuir para o agravamento
do quadro.

Médico psiquiatra/ espírita Jaider Rodrigues

10 de set. de 2013

Medicina reconhece obsessão espiritual



É realmente um grande passo na história da humanidade. Recebi esta notícia por email faz um tempo e resolvi postar aqui para vocês.

Dr. Sérgio Felipe de Oliveira com a palavra:

Ouvir vozes e ver espíritos não é motivo para tomar remédio de faixa preta pelo resto da vida... Até que enfim as mentes materialistas estão se abrindo para a Nova Era; para aqueles que queiram acordar, boa viagem, para os que preferem ainda não mudar de opinião, boa viagem também...

Uma nova postura da medicina frente aos desafios da espiritualidade.

Vejam que interessante a palestra sobre a glândula pineal do Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico psiquiatra que coordena a cadeira de Medicina e Espiritualidade na USP:





A obsessão espiritual como doença_da_alma, já é reconhecida pela Medicina. Em artigos anteriores, escrevi que a obsessão espiritual, na qualidade de doença da alma, ainda não era catalogada nos compêndios da Medicina, por esta se estruturar numa visão cartesiana, puramente organicista do Ser e, com isso, não levava em consideração a existência da alma, do espírito. No entanto, quero retificar, atualizar os leitores de meus artigos com essa informação, pois desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social. Antes, a OMS definia saúde como o estado de completo bem-estar biológico, psicológico e social do indivíduo e desconsiderava o bem estar espiritual, isto é, o sofrimento da alma; tinha, portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana, não a vendo em sua totalidade:
mente, corpo e espírito.

Mas, após a data mencionada acima, ela passou a definir saúde como o estado de completo bem-estar do ser humano integral:

biológico, psicológico e espiritual.

Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecida na Medicina como possessão e estado_de_transe, que é um item do CID - Código Internacional de Doenças - que permite o diagnóstico da interferência espiritual Obsessora.

O CID 10, item F.44.3 - define estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade com manutenção de consciência do meio-ambiente, fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença.

Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença.

Neste aspecto, a alucinação é um sintoma que pode surgir tanto nos transtornos mentais psiquiátricos - nesse caso, seria uma doença, um transtorno dissociativo psicótico ou o que popularmente se chama de loucura bem como na interferência de um ser desencarnado, a Obsessão espiritual..

Portanto, a Psiquiatria já faz a distinção entre o estado de transe normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios.

O manual de estatística de desordens mentais da Associação Americana de Psiquiatria - DSM IV - alerta que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma alucinação ou loucura.

Na Faculdade de Medicina DA USP, o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico, que coordena a cadeira (hoje obrigatória) de Medicina e Espiritualidade.

Na Psicologia, Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, estudou o caso de uma médium que recebia espíritos por incorporação nas sessões espíritas.

Na prática, embora o Código Internacional de Doenças (CID) seja conhecido no mundo todo, lamentavelmente o que se percebe ainda é muitos médicos rotularem todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos como psicóticas e tratam-nas com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas.




Em minha prática clínica (também praticada por Ian Stevenson), a grande maioria dos pacientes, rotulados pelos psiquiatras de "psicóticos" por ouvirem vozes (clariaudiência) ou verem espíritos (clarividência), na verdade, são médiuns com desequilíbrio mediúnico e não com um desequilíbrio mental, psiquiátrico. (Muitos desses pacientes poderiam se curar a partir do momento que tivermos uma Medicina que leva em consideração o Ser Integral).

Portanto, a obsessão espiritual como uma enfermidade da alma, merece ser estudada de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a qualidade de vida do enfermo.

Texto de Osvaldo Shimoda

Colaboração de CEECAL - Centro de Estudos Espírita Caminho da Luz.

Sérgio Felipe de Oliveira é um psiquiatra brasileiro, doutor em Neurociências, mestre em Ciências pela USP (Universidade de São Paulo) e destacado pesquisador na área da Psicobiofísica. A sua pesquisa reúne conceitos de Psicologia, de Física, de Biologia e de Espiritismo.

Desenvolve estudos sobre a glândula pineal, estabelecendo relações com atividades psíquicas e recepção de sinais do mundo espiritual por meio de ondas eletromagnéticas. Realiza um trabalho junto à Associação Médico-Espírita de São Paulo AMESP e possui a clínica Pineal Mind, onde faz seus atendimentos e aplica suas pesquisas.

Segundo o mesmo, a pineal forma os cristais de apatite que, em indivíduos adultos, facilita a captura do campo magnético que chega e repele outros cristais. Esses cristais são apontados através de exames de tomografia em pacientes com facilidade no fenómeno da incorporação. Já em outros pacientes, em que os exames não apontam tais cristais, foi observado que o desdobramento fora facilmente apontado.

Segundo a revista Espiritismo & Ciência, "o mistério não é recente. Há mais de dois mil anos, a glândula pineal é tida como a sede da alma. Para os praticantes da ioga, a pineal é o ajna chakra, ou o “terceiro olho”, que leva ao autoconhecimento. O filósofo e matemático francês René Descartes, em Carta a Mersenne, de 1640, afirma que “existiria no cérebro uma glândula que seria o local onde a alma se fixaria mais intensamente”.

Sérgio Felipe de Oliveira tem feito palestras sobre o tema em várias universidades do Brasil e do exterior, inclusive na Universidade de Londres. Numa apresentação na Universidade de Caxias do Sul, o pesquisador afirmou ter recebido vários estímulos para estudar a glândula pineal quando ainda estava concentrado em pesquisas na área de física e matemática. Um desses estímulos foi uma visão em que lhe apareceu o professor Zerbini, renomado médico cardiologista e pioneiro dos transplantes de coração no Brasil. Zerbini, a quem Sérgio teria substituído em seus dois últimos compromissos acadêmicos, sugeriu a Sérgio insistentemente (durante a visão) que estudasse a glândula pineal, conforme o relato do pesquisador.