Este espaço foi criado com o objetivo de falar um pouco a respeito do Espiritismo, trazer alguns esclarecimentos a respeito desta doutrina tão consoladora.
Na Psicologia Contemporânea, duas palavras foram substituídas: culpa e pecado.
Anteriormente, a mentalidade medieval havia estabelecido que nós somos herdeiros do pecado da desobediência e consequentemente do pecado da carne, da coabitação carnal, do pecado da rebeldia, em que vimos configurados na desobediência de Eva e Adão naturalmente a sua humanização na mitologia e depois a perversidade de Caim. Temos mais essa herança arquetípica do que a do Amor de Deus, do Éden, que é o estado interior. A Mitologia localizou o Éden na Mesopotâmia, e Deus localizou no nosso mundo interior. 'O reino dos céus está dentro de vós' e a bondade de Abel, mas as criaturas que nos mandaram a mensagem ideológica, por serem mais instintos do que a razão, eram mais punitivas do que amorosas e criaram o símbolo do pecado e da culpa. Nessas duas colocações de comportamento (pecado e culpa) abriu-se um espaço para castigo e punição e os remédios para tais condutas.
A Idade Média esteve repleta de punidores, mas Jesus mandou o Consolador para enxugar nossas lágrimas de uma forma muito especial, enxugando nossas lágrimas, erradicando o foco, as consequências e as causas fomentadoras das mágoas. Diante disso, não somos nem culpados e nem pecadores. Somos responsáveis e, quando assumimos a responsabilidade pelos atos praticados, não nos pesa a culpa e o processo, assim deixa de ser punitivo e se torna reparador.
Em "O Céu e o Inferno", cap. 7 Kardec destaca no Código Penal da Vida Futura, o mais belo código penalógico da humanidade sobre a vida dos desencarnados, a partir da nossa conduta terrestre.
Todos nós erramos e temos o direito de errar. Logo após o erro que é uma experiência, passamos inevitavelmente por três fases. Como somos pessoas inteligentes e responsáveis, ao nos darmos conta do erro, arrependemo-nos, mas isto só não basta.
O arrependimento é a conscientização entre o Ego e o Self. A ponte que estabeleço entre o Ego, aquilo que apresento e o Ser real que Sou.
Dou-me conta de que não deveria ter feito, porém eu fiz. Lamento mas dentro da Psicologia Moderna lamentar sem se queixar já é saudável; suaviza os travos da expiação, abrindo pela esperança o caminho da reabilitação, só a reparação, contudo, pode anular o efeito destruindo-lhe a causa.
A ação responsável diante da vida exige que reparemos o desamor, transformando tal atitude em atos de amor.
Opera-se, na Terra, neste largo período, a grande transição anunciada pelas Escrituras e confirmada pelo Espiritismo.
O planeta sofrido experimenta convulsões especiais, tanto na sua estrutura física e atmosférica, ajustando as suas diversas camadas tectônicas, quanto na sua constituição moral. Isto porque os espíritos que o habitam, ainda caminhando em faixas de inferioridade, estão sendo substituídos por outros mais elevados que o impulsionarão pelas trilhas do progresso moral, dando lugar a uma era nova de paz e de felicidade.
Os espíritos renitentes na perversidade, nos desmandos, na sensualidade e vileza estão sendo recambiados lentamente para mundos inferiores onde enfrentarão as consequências dos seus atos ignóbeis, assim renovando-se e predispondo-se ao retorno planetário, quando recuperados e decididos ao cumprimento das leis de amor.
Por outro lado, aqueles que permaneceram nas regiões inferiores estão sendo trazidos à reencarnação de modo a desfrutarem da oportunidade de trabalho e de aprendizado, modificando os hábitos infelizes a que se têm submetido, podendo avançar sob a governança de Deus.
Caso se oponham às exigências da evolução, também sofrerão um tipo de expurgo temporário para regiões primárias entre as raças atrasadas, tendo o ensejo de ser úteis e de sofrer os efeitos danosos da sua rebeldia.
Concomitantemente, espíritos nobres que conseguiram superar os impedimentos que os retinham na retaguarda, estarão chegando a fim de promoverem o bem e alargarem os horizontes da felicidade humana, trabalhando infatigavelmente na reconstrução da sociedade, então fiel aos desígnios divinos.
Da mesma forma, missionários do amor e da caridade, procedentes de outras esferas estarão revestindo-se da indumentária carnal para tornar essa fase de luta iluminativa mais amena, proporcionando condições dignificantes, que estimulem o avanço e a felicidade.
Não serão apenas os cataclismos físicos que sacudirão o planeta, como resultado da lei de destruição, geradora desses fenômenos, como ocorre com o outono que derruba a folhagem das árvores, a fim de que possam enfrentar a invernia rigorosa, renascendo exuberantes com a chegada da primavera, mas também os de natureza moral, social e humana que assinalarão os dias tormentosos que já se vivem.
Os combates apresentam-se individuais e coletivos, ameaçando de destruição a vida com hecatombes inimagináveis.
A loucura, decorrente do materialismo dos indivíduos, atira-os nos abismos da violência e da insensatez, ampliando o campo do desespero que se alarga em todas as direções.
Esfacelam-se os lares, desorganizam-se os relacionamentos afetivos, desestruturam-se as instituições, as oficinas de trabalho convertem-se em áreas de competição desleal, as ruas do mundo transformam-se em campos de lutas perversas, levando de roldão os sentimentos de solidariedade e de respeito, de amor e de caridade...
A turbulência vence a paz, o conflito domina o amor, a luta desigual substitui a fraternidade. A fatalidade da existência humana é a conquista do amor que proporciona plenitude. Há, em toda parte, uma destinação inevitável, que expressa a ordem universal e a presença de uma Consciência Cósmica atuante.
A rebeldia que predomina no comportamento humano elegeu a violência como instrumento para conseguir o prazer que lhe não chega da maneira espontânea, gerando lamentáveis consequências, que se avolumam em desaires contínuos.
É inevitável a colheita da sementeira por aquele que a fez, tornando-se rico de grãos abençoados ou de espículos venenosos.
Como as leis da vida não podem ser derrogadas, toda objeção que se lhes faz converte-se em aflição, impedindo a conquista do bem-estar. Da mesma forma, como o progresso é inevitável, o que não seja conquistado através do dever, sê-lo-á pelos impositivos estruturais de que o mesmo se constitui.
A melhor maneira, portanto, de compartilhar conscientemente da grande transição é através da consciência de responsabilidade pessoal, realizando as mudanças íntimas que se tornem próprias para a harmonia do conjunto.
Nenhuma conquista exterior será lograda se não proceder das paisagens íntimas, nas quais estão instalados os hábitos. Esses, de natureza perniciosa, devem ser substituídos por aqueles que são saudáveis, portanto, propiciatórios de bem-estar e de harmonia emocional.
Na mente está a chave para que seja operada a grande mudança.
Quando se tem domínio sobre ela, os pensamentos podem ser canalizados em sentido edificante, dando lugar a palavras corretas e a atos dignos. O indivíduo, que se renova moralmente, contribui de forma segura para as alterações que se vêm operando no planeta.
Não é necessário que o turbilhão dos sofrimentos gerais o sensibilize, a fim de que possa contribuir eficazmente com os espíritos que operam em favor da grande transição.
Dispondo das ferramentas morais do enobrecimento, torna-se cooperador eficiente em razão de trabalhar junto ao seu próximo pela mudança de convicção em torno dos objetivos existenciais, ao tempo em que se transforma num exemplo de alegria e de felicidade para todos. O bem fascina todos aqueles que o observam e atrai quantos se encontram distantes da sua ação, o mesmo ocorrendo com a alegria e a saúde.
São eles que proporcionam o maior contágio de que se tem notícia e não as manifestações aberrantes e afligentes que parecem arrastar as multidões.
Como escasseiam os exemplos de júbilo, multiplicam-se os de desespero, logo ultrapassados pelos programas de sensibilização emocional para a plenitude.
A grande transição prossegue, e porque se faz necessária, a única alternativa é examinar-lhe a maneira como se apresenta e cooperar para que as sombras que se adensam no mundo sejam diminuídas pelo Sol da imortalidade.
Nenhum receio deve ser cultivado, porque, mesmo que ocorra a morte, esse fenômeno natural é veículo da vida que se manifestará em outra dimensão.
A vida sempre responde conforme as indagações morais que lhe são dirigidas.
As aguardadas mudanças que se vêm operando trazem uma ainda não valorizada contribuição, que é a erradicação do sofrimento das paisagens espirituais da Terra. Enquanto viceje o mal, no mundo, o ser humano tornasse-lhe a vítima preferida, em face do egoísmo em que se estorcega, apenas por eleição especial.
A dor momentânea que o fere, convida-o, por outro lado, à observância das necessidades imperiosas de seguir a correnteza do amor no rumo do oceano da paz. Logo passado o período de aflição, chegará o da harmonia. Até lá, que todos os investimentos sejam de bondade e de ternura, de abnegação e de irrestrita confiança em Deus.
Joanna de Ângelis. Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, no dia 30 de julho de 2006, no Rio de Janeiro, RJ
O desejo, que leva ao prazer, pode originar-se no instinto, em forma de necessidade violenta e insopitável, tornando-se um impulso que se sobrepõe à razão, predominando em a natureza humana, quando ainda primitiva na sua forma de expressão.
Nesse caso, torna-se imperioso, devorador e incessante. Sem o controle da razão, desarticula os equipamentos delicados da emoção e conduz ao desajuste comportamental.
Como sede implacável, não se sacia, porque é devoradora, mantendo-se a nível de sensação periférica na área dos sentimentos que se não deixam de todo dominar É voraz e tormentoso, especialmente na área genésica, expressando-se como erotismo, busca sexual para o gozo.
Em esfera mais elevada, torna-se sentimento, graças à conquista de algum ideal, alguma aspiração, anseio por alcançar metas agradáveis e desafiadoras, propensão à realização enobrecedora.
Dir-se-á que as duas formas confundem-se em uma única, o que, para nós, tem sentido diferente, quando examinamos a função sexual e o desejo do belo, do nobre, do harmonioso, em comparação àquele de natureza orgânica, erótica, de compensação imediata até nova e tormentosa busca.
O desejo impõe-se como fenômeno biológico, ético e estético, necessitando ser bem administrado em um como noutro caso, a fim de se tornar motivação para o crescimento psicológico e espiritual do ser humano.
É natural, portanto, a busca do prazer, esse desejo interior de conseguir o gozo, o bem-estar, que se expressa após a conquista da meta em pauta.
Por sua vez, o prazer é incontrolável, assim como não administrável pela criatura humana.
Goethe afirmava que ele constituía uma verdadeira dádiva de Deus para todos quantos se identificam com a vida e que se alegram com o esplendor e a beleza que ela revela. A vida, em consequência, retribui-o através do amor e da graça.
O prazer se apresenta sob vários aspectos: orgânico, emocional, intelectual, espiritual, sendo, ora físico, material, e noutros momentos de natureza abstrata, estético, efêmero ou duradouro, mas que deve ser registrado fortemente no psiquismo, para que a existência humana expresse o seu significado.
O prazer depende, não raro, de como seja considerado. Aquilo que é bom, genericamente dá prazer, abrindo espaço para o medo da perda, das faltas, ou para as situações em que pode gerar danos, auxiliando na queda do indivíduo em calabouços de aflição.
Muitas pessoas consideram o prazer apenas como sendo expressão da lascívia, e se olvidam daquele que decorre dos ideais conquistados, da beleza que se expande em toda parte e pode ser contemplada, das inefáveis alegrias do sentimento afetuoso, sem posse, sem exigência, sem o condicionamento carnal.
Por uma herança atávica, grande número de pessoas tem medo do prazer, da felicidade, por associá-lo ao pecado, à falta de mérito, que se tornaria uma dívida a resgatar, ensejando à desgraça vir-lhe empós, ou, talvez, como sendo uma tentação diabólica para retirar a alma do caminho do bem.
Tal castração punitiva, que se prolongou por muitos séculos, ao ser vencida deixou uma certa consciência de culpa que, liberada, vem conduzindo uma verdadeira legião de gozadores ao desequilíbrio, ao abuso, ao extremo das aberrações.
Como efeito secundário, ainda existem muitas pessoas que temem o prazer ou que procuram dissimulá-lo, envolvendo-o em roupagens variadas de desculpismos, para acalmar seus conflitos subjacentes.
Acentuamos, porém, que o prazer é uma força criadora, predominante em tudo e em todos, responsável pela personalidade, mesmo pela esperança. Muitas vezes, é confundido com o desejo de tudo possuir, a fim de desfrutar, mais tarde, da cornucópia carregada de todos os gozos, preferentemente o de natureza sexual.
Wilhelm Reich, o eminente autor da Bioenergética, centrou, no prazer, todas as buscas e aspirações humanas, considerando que a pessoa é somente o seu corpo, e que este é constituído por um sistema energético, que deve ser trabalhado, sempre que a couraça bloqueie a emoção, propondo como terapia a Teoria dos Anéis, a fim de, através da sua aplicação nas couraças correspondentes, poder liberar a emoção encarcerada.
Tendo no corpo somente a razão de ser da vida, Reich tornou-se apologista do prazer carnal, sensual, capaz de levar ao estado de felicidade psicológica, emocional.
A natureza espiritual do ser humano, no entanto, não mereceu qualquer referencial de Reich, assim como de outros estudiosos do comportamento e da criatura em si mesma, na sua complexidade, ficando em plano secundário.
Desse modo, o desejo e o prazer se transformam em alavancas que promovem o indivíduo ou abismos que o devoram.
A essência da vida corporal, no entanto, é a conquista de si mesmo, a luta bem direcionada para que se consiga a vitória do Self, a sua harmonia, e não apenas o gozo breve, que se transfere de um estágio para outro, sempre mais ansioso e perturbador.
Do livro Amor, imbatível amor, de Joanna de Ângelis, obra mediúnica psicografada pelo médium Divaldo Franco.
Nesta entrada da Nova Era em nosso Planeta, notamos que todas as áreas da vida e da ciência, apresentam grande evolução e novas descobertas em seus campos, afim de trazerem mais compreensão e equilíbrio, ou seja, saúde integral para os seres humanos que atuarão no terceiro milênio. Na psicologia não podia ser diferente.
Há algumas décadas, psicólogos em todo mundo começaram a estudar um novo
campo de compreensão para alguns distúrbios de personalidade baseado na estrutura familiar do indivíduo. A esta técnica de observação e tratamento se dá o nome de Constelação Familiar.
E o que é Constelação Familiar?
Constelação Familiar, é uma técnica criada por Bert Hellinger, psicoterapeuta
alemão, que propõe reconstituir a árvore genealógica da pessoa, com o objetivo de
localizar e remover bloqueios do fluxo amoroso de qualquer geração ou membro da
família.
Muitas das dificuldades pessoais, assim como problemas de relacionamento atuais
do indivíduo, são resultados de confusões nos sistemas familiares.
Hellinger nos fala sobre ordens do amor referindo-se a três princípios norteadores do ser humano:
1 – A necessidade de pertencer ao grupo ou clã
2 – A necessidade de equilíbrio entre o dar e o receber nos relacionamentos
3 – A necessidade de hierarquia dentro do grupo ou clã.
Sabemos que quando um conhecimento novo chega ao plano material, ele provém
do plano espiritual. Como grande estudiosa da área de psicologia, a grande benfeitora Joanna de Ângelis tem elucidado bastante esta área de forma abrangente e inovadora.
O Conhecimento sobre a grande importância e influência da estrutura familiar em
nossa personalidade não poderia ser melhor colocado, nos trazendo a tona novas
elucidações sobre tema tão debatido e importante que resume o remédio para todos os males: o grande papel do Fluxo do Amor no desenvolvimento e saúde mental do
individuo.
Esse texto foi baseado no livro Constelação Familiar escrito pelo espírito
A autora enfatiza repetidamente que a família é a base fundamental sobre a qual se
ergue o imenso edifício da sociedade. Quando falta um lar seguro os jovens buscam se organizar em tribos e reagem a tudo que os vincule à estrutura familiar, dando lugar a novos hábitos e a costumes próprios, matando as imagens ancestrais e construindo a própria identidade, agressiva e arrogante, estranha e especial.
O ser humano é estruturalmente constituído para viver em família, a fim de
desenvolver os sublimes conteúdos psíquicos que estão adormecidos. Através da
convivência do lares eles serão liberados de forma positiva.
Como espíritas sabemos que o agrupamento familiar não é um encontro casual no
mundo físico, mas sim uma programação espiritual entre os espíritos comprometidos,seja de forma positiva ou negativa, afim de que haja progresso para todos.
Em uma cultura social saudável, os primeiros relacionamentos afetivos têm por
finalidade a vivência do companheirismo, o desabrochar da humanidade, o amor
duradouro.
O namoro é o primeiro passo no caminho a percorrer afetivamente, quando há
respeito moral recíproco e quando há uma convivência positiva.
Embora a união sexual seja essencial, é fundamental o sentimento de amor que
pode resistir aos conflitos do relacionamento a dois e mais tarde com os espíritos
renascidos no corpo físico como filhos se faz o santuário doméstico.
A constelação familiar do namoro é importante para o futuro alicerce doméstico,
que deverá resistir às tormentas do cotidiano. E quando os problemas se apresentarem aos parceiros, a consciência do dever deve se encarregar de orientar bem o comportamento de ambos em favor do relacionamento e da futura família.
A formação familiar é um campo experimental de lutas íntimas e externas, uma
grande oportunidade para que o espírito evolua de forma pessoal.
O distúrbio de personalidade de um dos membros da família, afeta todo o grupo.
Nem sempre a responsabilidade do mal proceder de um filho é dos pais ou da família, pois a cada um é dado o livre arbítrio e cada um escolhe o quanto quer evoluir. Às vezes o espírito teve várias chances, nasceu em um lar equilibrado, religioso, com boas condições financeiras e mesmo assim optou pelo caminho contrário a luz. Cada pessoa tem sua responsabilidade!
Quem não consegue amar aqueles com os quais convive, dificilmente poderá amar
aqueles outros que não conhece. Com o treinamento doméstico o espírito adquirirá a capacidade de amar com mais amplitude, alcançando a sociedade.
Sabemos que é no mundo espiritual que um casal decide formar um novo grupo
familiar, assumindo responsabilidades perante os futuros filhos, elaborando planos e projetos que devem concretizar na vida material .
Os guias espirituais apresentam aqueles que serão seus filhos, em cuja convivência
desenvolverão os sentimentos de amor, crescimento espiritual, no qual todos deverão atingir as metas que perseguem.
Os espíritos se reencontram e mais tarde há o casamento. Depois vem o primeiro
filho. Os cuidados que o recém nascido exige alteram completamente os hábitos do
casal, propondo novas condutas e atividades, nas quais a renúncia pessoal começa a impor-se em benefício do ser frágil e em desenvolvimento.
Infelizmente a imaturidade psicológica de muitos adultos que se tornam pais, leva-os a comportamentos infantis, procurando manter os mesmo hábitos que tinham antes da constituição da família. Pensam que só pelo fato de sustentarem o lar, já se sacrificam muito.
Muitas mães transferem para as filhas ainda pequenas as angústias e frustrações,
tornando-as modelos infantis, roubando-lhe a infância, precipitando a sensualidade, o desrespeito pelo corpo e pela vida.
Pais masculinos inescrupulosos iniciam os filhos nos vícios, condicionando eles ao
tabaco, álcool, à agressividade, ao desrespeito ao lar e às mulheres.
Outros tantos exibem os filhos como objetos, dessa forma exibem-se a si mesmos
através deles, chamando a atenção para a aparência sem maior preocupação com o
caráter e com a realização íntima.
Geralmente, quando há conflitos sérios entre pais e filhos, estes conflitos tiveram
inicio em outra existência.
A amante desprezada de ontem, retorna como filha rebelde, atormentada, tanto
quanto o filho ingrato e grosseiro é o pai da existência anterior, tendo nova oportunidade de se desculpar.
Sempre funciona a afinidade vibratória que identifica os indivíduos que se
encontram na mesma faixa de pensamento e de evolução, unindo-os e reunindo-os
conforme a necessidade da evolução.
Segundo os estudos de Constelação Familiar, para se manter uma estrutura saudável, os filhos devem sempre aos pais gratidão e respeito, mesmo quando estes não conseguem ter todo o compromisso necessário com os filhos, afinal, foram os pais que lhe deram a vida.
A convivência entre pais e filhos é recurso psicoterapêutico valioso, trabalhando o
inconsciente de ambos, de maneira a serem superados conflitos do passado,
programando a reconciliação e o bem estar através do amor incessante.
Os filhos que são descendentes de genitores negligentes ou inescrupulosos,
perversos ou cruéis, que os pais são mais enfermos do que maus, devem compreender que nesse lar, é que se encontram os mecanismos necessários à regularização do
passado infeliz, agradecendo mesmo assim aqueles que lhe concederam a vida, quando poderiam ter negado e não o fizeram.
Na infância já se pode notar a afinidade ou não existente entre os irmãos, através da
afeição constante ou através das birras e brigas contínuas e da implicância um com o outro.
É natural que a medida que se vão estruturando e avançando os processos
biológicos, as agressões podem significar necessidade de chamar a atenção,
manifestação de ciúme por insegurança emocional, reações psicológicas que vem à
tona...
Esses comportamentos são passageiros, quando não são de ódios anteriores, gerando dificuldades nos relacionamentos passados.
Contudo, as atitudes negativas contínuas denunciam sentimentos infelizes que não
foram superados e ressurgem do inconsciente, devido a outras vidas.
A vigilância dos pais, especialmente nesse período se torna necessária, para que se
trabalhe em favor da harmonia e da compreensão entre todos.
A educadora italiana Maria Montessori quando consultada sobre a época em que se
deveria começar a educação dos filhos, teria dito que vinte anos antes do nascimento dos mesmos, isto é, quando os futuros pais deveriam começar a preparar-se, trabalhar-se emocionalmente para saberem como orientá-los.
Assim cabe aos pais, na saudável convivência com os filhos, observa-lhes as
imperfeições morais e a agressividade especialmente entre eles, corrigindo- lhes tais manifestações, dialogando com paciência e ternura, sem ceder ao comportamento negativo dos filhos.
É normal e até esperado que o pai ou a mãe tenham mais afinidade por um filho do
que por outro, devido a histórias passadas, mas não se deve excluir nenhum filho por outro.
No episódio bíblico da aversão de Caim por Abel, que terminou por cometer
fratricídio, teria sido a preferência de Deus, que aceitava os sacrifícios do segundo em detrimento do outro, que se sentia desprezado.
A lição merece uma reflexão profunda, essa história se tornou um arquétipo apelando para a vigilância dos pais em relação aos filhos.
Muitos pais não educam os filhos em casa e acham que quem educa é a escola. A
escola é apenas um complemento, mas a educação começa em casa.
Além da educação no lar, é muito importante a amizade na família. Quando se
experiência a amizade na família, com muita facilidade ela se expande em relação a
outras fora do círculo biológico, favorecendo o enriquecimento da existência,
estimulando ao trabalho em benefício de todos.
Os pais são o exemplo dos filhos, por isso eles devem dar o exemplo em relação ao
trabalho também. O trabalho produz uma conexão entre o indivíduo e o progresso
sociocultural, estimulando mudança de hábitos, libertação de vícios, crescimento
interior e despertamento para ideais adormecidos e a preservação deles.
Também é muito importante o dialogo dentro do lar e a educação sexual deve
começar dentro de casa!
Desde quando o sexo foi estudado e discutido pela primeira vez pelo neurologista e
psiquiatra Freud, criador da psicanálise, houve uma libertação da ignorância em relação a isso.
Graças a visão espírita além do sexo ter suas funções orgânicas, desempenha
também um papel emocional muito significativo, pelo modo como é vivenciado.
Na atualidade, devido a muitos fatores sociológicos e educacionais, o sexo tornouse instrumento de fama, de poder e de domínio.
Tornou-se instrumento de comércio, foi montada toda uma indústria de perversão
e de permissividade, fascinando as pessoas atormentadas.
Nos lares sem dignidade, multiplicam-se os casos de pedofilia, que se espalham
pelas comunidades, estimuladas pelo turismo sexual infantil e pela internet.
A educação sexual deve fazer parte do programa familiar, as questões devem ser
abordadas com naturalidade, no dia-a-dia, sem precipitação nem atraso.
O que a criança não aprende no lar pode aprender em outros lugares e de uma
forma que não é a correta.
A maneira como cada um de nós vive a jornada terrestre irá estimular o nosso
crescimento espiritual ou necessidade de refazer o caminho através da recuperação que nos será proposta.
Como psicóloga tenho visto muito a terceirização na educação dos filhos e isso me
preocupa! Muitos pais não estão se colocando no lugar de pais, mas no lugar de ``
tios`` ou `` amigos``, confundindo assim a constelação correta de seu grupo familiar, trazendo consequências alarmantes na personalidade futura de seus filhos.
Existem pais que mal saem com seus filhos, quem sai são as babás, então elas
sabem com quem as crianças brincam, conhecem os pais das outras crianças, enquanto os próprios pais não sabem com quem a criança está tendo contato no seu dia-a-dia.
Recentemente me contaram a história de um casal que, devido a muitos
compromissos de trabalho e que tem uma boa condição financeira, pagavam uma babá para levar a filha na praia durante as suas férias. Ou seja, ao invés dos pais tirarem férias com a filha, mandavam a babá viajar com a filha uma vez ano ano, assim teriam até ``sossego``. E sendo que era a sua única filha.
É compreensível quando os pais trabalham e não podem passar o dia por conta dos
filhos. Nesse caso o recomendável é que a babá fique somente de dia e que depois do trabalho eles cuidem dos filhos, lhes deem atenção, conversem com eles, fiquem com eles até dormirem, lhes dando bastante atenção e amor.
O princípio básico da Constelação Familiar é que devemos honrar nossos
antepassados, respeitando a hierarquia, e nos posicionando no lugar correto que nos cabe, lugar de pai, mãe, filha, esposa e assim consecutivamente, sem inverter ou se colocar em um papel que não é o nosso.
Na raiz psicológica do transtorno depressivo ou de comportamento afetivo, encontra-se uma insatisfação do ser em relação a si mesmo, que não foi solucionada.
Predomina no Self um conflito resultante da frustração de desejos não realizados, nos quais impulsos agressivos se rebelaram ferindo as estruturas do ego que imerge em surda revolta, silenciando os anseios e ignorando a realidade.
Os seus anelos e prazeres disso resultantes, porque não atendidos, convertem-se em melancolia que se expressa em forma de desinteresse pela vida e pelos seus valiosos contributos, experienciando gozos masoquistas, a que se permite em fuga espetacular do mundo que considera hostil, por lhe não haver atendido as exigências.
Sem dúvida, outros conflitos se apresentam, e que podem derivar-se de disfunções reais ou imaginárias da libido, na comunhão sexual, produzindo medos e surdas revoltas que amarguram o paciente, especial mente quando considera como essencial na existência o prazer do sexo, no qual se motiva para as conquistas que lhe parecem fundamentais.
Vivendo em uma sociedade eminentemente eróti ca, estimulada por um contínuo bombardeio de imagens sonoras e visuais de significado agressivo, trabalhadas especificamente para atender as paixões sensuais até a exaustão, não encontra outro motivo ou significado existencial, exceto quando o hedonismo o toma e o leva aos extremos arriscados e antinaturais do gozo exorbi tante.
Ao lado desse fator, que deflui dos eventos da vida, o luto ou perda, como bem analisou Sigmund Freud, faz-se responsável por uma alta cifra de ocorrências depressivas, em episódios esparsos ou contínuos, as sim como em surtos que atiram os incautos no fosso do abandono de si mesmo. Esse sentimento de luto ou perda é inevitável, por ferir o Self ante a ocorrência da morte, sempre considerada inusitada ou detestada, ar rebatando a presença física de um ser amado, ou gera dora de consciência de culpa, quando sucede impre vista, sem chance de apaziguamento de inimizades que se arrastaram por largo período, ou ainda, por atos que não foram bem elaborados e deixaram arrependimen to, agora convertido em conflito punitivo. Ainda se ma nifesta como efeito de outras perdas, como a do tra balho profissional, que atira o indivíduo ao abismo da incerteza para atender a família, para atender-se, para viver com segurança no meio social; outras vezes, a perda de algum afeto que preferiu seguir adiante, sem dar prosseguimento à vinculação até então mantida, abrindo espaço para a solidão e a instalação de confli to de inferioridade; sob outro aspecto ainda, a perda de um objeto de valor estimativo ou monetário, produzin do prejuízo de uma ou de outra natureza...
Qualquer tipo de perda produz impacto aflitivo, per turbador, como é natural. Demora-se algum tempo, que não deve exceder a seis ou oito semanas, o que cons titui um fenômeno emocional saudável. No entanto, quando se prolonga, agravando-se com o passar do tempo, torna-se patológico, exigindo terapêutica bem elaborada. Podem-se, no entanto, evitar as conseqüências enfermiças da perda, mediante atitudes corretas e preven tivas.
Terapia profilática eficaz, imediata, propiciadora de segurança e de bem-estar, é a ação que torna o indiví duo identificado com os seus sentimentos, que deve exteriorizar com freqüência e naturalidade em relação a todos aqueles que constituem o clã ou fazem parte da sua afetividade.
Repetem-se as oportunidades desperdiçadas, nas quais se pode dizer aos familiares quanto eles são im portantes, quanto são amados, explicitar aos amigos o valor que lhes atribui, aos conhecidos o significado que eles têm em relação à sua vida... Normalmente se adi am esses sentimentos dignificadores e de alta magni tude, que não apenas felicitam aqueles que os exteriorizam, mas também aqueloutros, aos quais são dirigi dos, gerando ambiente de simpatia e de cordialidade. Nunca, pois, se devem postergar essas saudáveis e verdadeiras manifestações da afetividade, a fim de se rem evitados futuros transtornos de comportamento, quando a culpa pretenda instalar-se em forma de arre pendimento pelo não dito, pelo não feito, mas, sobretu do pelo mal que foi dito, pela atitude infeliz do momento perturbador... Esse tipo de evento de vida-a agressão externada, o bem não retribuído, a afeição não enunci ada - pode ser evitado através dos comportamentos liberativos das emoções superiores.
Muitos outros choques externos como acidentes, agressões perversas, traumatismos cranianos contribu em para o surgimento do transtorno da afetividade, por influenciarem os neurônios localizados no tronco cere bral próximo ao campo onde o cérebro se junta à me dula espinal. Nessa área, duas regiões específicas en viam sinais a outras da câmara cerebral: a rafe, encar regada da produção da serotonina, e o locus coeruleus, que produz a noradrenalina, sofrendo os efeitos cala mitosos dessas ocorrências, assim como de outras, desarmonizam a sua atividade na produção dessas valio sas substâncias que se encarregam de manter a afeti vidade, propiciando a instalação dos transtornos de pressivos.
Procedem, também, dos eventos de natureza perinatal, quando o Self, em fixação no conjunto celular, experienciou a amargura da mãe que não desejava o filho, do pai violento, dos familiares irresponsáveis, das pelejas domésticas, da insegurança no processo da gestação, produzindo sulcos profundos que se irão manifestar mais tarde como traumas, conflitos, transtor nos de comportamento... A inevitável transferência de dramas e tragédias de uma para outra existência carnal, insculpidos que se encontram nos refolhos do Eu profundo - o Espírito viajor de multifários renascimentos carnais - ressumam como conflito avassalador, a princípio em manifestação de melancolia, de abandono de si mesmo, de descon sideração pelos próprios valores, de perda da auto-estima...
Pode-se viver de alguma forma sem a afeição de outrem, sem alguns relacionamentos mais excitantes, no entanto, quando degenera o intercâmbio entre o Self e o ego o indivíduo perde o direcionamento das suas aspirações e entrega-se às injunções conflitivas, tom bando, não poucas vezes, no transtorno depressivo.
Esse ressumar de arquétipos profundos, em forma de imagens arquetípicas punitivas, aguarda os fatores que se apresentam nos eventos de vida para manifes tar-se, amargurando o ser, que se sente desprotegido e infeliz.
Incursa a sua consciência em culpa de qualquer natureza, elabora clima psíquico para a sintonia com outras fora do corpo somático, que se sentem dilapida das, e sendo incapazes de perdoar ou de refazer o pró prio caminho, aspiram ao destorço covarde e insano, atirando-se em litígio feroz no campo de batalha men tal, produzindo sórdidos processos de parasitose espi ritual, de obsessões perversas.
Quando renasce o Self assinalado pelas heranças pregressas, no momento em que se dá a fecundação, por intermédio do mediador plástico ou perispírito, im primem-se, nas primeiras células, os fatores necessári os à evolução do ser, que oportunamente se manifes tarão, no caso de culpa e mágoa, de desrespeito por si mesmo, de autocídio e outros desmandos, em forma de depressão. A hereditariedade, portanto, jamais descar tada, é resultado do processo de evolução que conduz o infrator ao clima e à paisagem onde é convidado a reparar, a conviver consigo mesmo, a recuperar-se...
Pacientes predispostos por hereditariedade à incursão no fosso da depressão carregam graves procedimentos negativos de experiências remotas ou próximas, que se fixaram no Self, experimentando o impositivo de liberação dos traumas que permanecem desafiadores, aguardando solução que a psicoterapia irá proporcionar.
Uma catarse bem orientada eliminará da consciência a culpa e abrirá espaços para a instalação do otimismo, da auto-estima, graças aos quais os valores re ais do ser emergem, convidando-o à valorização de si mesmo, na conquista de novos desafios que a saúde emocional lhe irá facultar, emulando-o para a individuação, para a conquista do numinoso.
Em razão do largo processo da evolução, todos os seres conduzem reminiscências que necessitam ser tra balhadas incessantemente, liberando-se daquelas que se apresentam como melancolia, insegurança e recei os infundados, desestabilizando-os. Ao mesmo tempo, estimulando-se a novas conquistas, enfrentando as di ficuldades que os promovem quando vencidas, desco brem todo o potencial de valores de que são portado res e que necessita ser despertado para as vivências enriquecedoras.
O hábito saudável da boa leitura, da oração, em convivência e sintonia com o Psiquismo Divino, dos atos de beneficência e de amor, do relacionamento fraternal e da conversação edificante constitui psicoterapia profilática que deverá fazer parte da agenda diária de todas as pessoas.
Livro: Triunfo Pessoal Psicografia de Divaldo Franco
Considera fácil negar alguma coisa a essas criaturinhas encantadoras e de rostos angelicais que pedem com tanta doçura?
Uma conhecida educadora do nosso país alerta que não é fácil dizer não aos filhos, principalmente quando temos os recursos para atendê-los.
Afinal, nos perguntamos, o que representa um carrinho a mais, um brinquedo novo, se temos dinheiro necessário para comprar o que querem? Por que não satisfazê-los?
Se podemos sair de casa escondidos para evitar que chorem, por que provocar lágrimas?
Se lhe dás tanto prazer comer todos os bombons da caixa, por que fazê-los pensar nos outros?
E, além do mais, é tão fácil e mais agradável sermos bonzinhos...
O problema é que ser pai é muito mais que apenas ser bonzinho com os filhos. Ser pai é ter uma função e responsabilidade sociais perante os filhos e perante a sociedade em que vivemos.
Portanto, quando decidimos negar um carrinho a um filho, mesmo podendo comprar, ou sofrendo por lhe dizer não, porque ele já tem outros dez ou vinte, estamos ensinando-o que existe um limite para o ter. Estamos, indiretamente, valorizando o ser.
Mas, quando atendemos a todos os pedidos, estamos dando lições de dominação, colaborando para que a criança aprenda, com nosso próprio exemplo, o que queremos que ela seja na vida: uma pessoa que não aceita limites e que não respeita o outro enquanto indivíduo.
Temos que convir que, para ter tudo na vida, quando adulto, ele fatalmente terá que ser extremamente competitivo e, provavelmente, com muita flexibilidade ética, para não dizer desonesto.
Caso contrário, como conseguir tudo? Como aceitar qualquer derrota, qualquer não, se nunca lhe fizeram crer que isso é possível e até normal?
Não se defende a ideia de que se crie um ser acomodado, sem ambições e derrotista. De forma alguma. É o equilíbrio que precisa existir: o reconhecimento realista de que, na vida, às vezes se ganha e, em outras vezes, se perde.
Para fazer com que um indivíduo seja um lutador, um ganhador, é preciso que ele aprenda a lutar pelo que deseja, sim, mas com suas próprias armas e recursos, e não fazendo-o acreditar que alguém lhe dará tudo, sempre, e de mão beijada.
Satisfazer as necessidades dos filhos é uma obrigação dos pais, mas é preciso distinguir claramente o que são necessidades do que é apenas consumismo caprichoso.
Estabelecer limites para os filhos é necessário e saudável.
Nunca se ouviu falar que crianças tenham adoecido porque lhes foi negado um brinquedo novo ou outra coisa qualquer.
Mas já se teve notícias de pequenos delinquentes que se tornaram agressivos quando ouviram o primeiro não, fora de casa.
Por essa razão, se você ama seu filho, vale a pena pensar na importância de aprender a difícil arte de dizer não.
Vale a pena pensar na importância de educar e preparar os filhos para enfrentar tempos difíceis, mesmo que eles nunca cheguem.
O esforço pela educação não pode ser desconsiderado.
Todos temos responsabilidades no contexto da vida, nas realizações humanas, nas atividades sociais, membros que somos da família universal.
Redação do Blog Espiritismo Na Rede baseado no verbete Educação, do livro Repositório de sabedoria, v. 1, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
No justo momento em que a técnica atinge as culminâncias, e o homem sofre aflições sem termo, somos convidados a recordar Jesus-Cristo exclamando: “Eu vendi o mundo!” A ciência vaticinou, para o século corrente, a morte das doutrinas espiritualistas, tendo em vista a marcha natural do progresso intelectivo. E em verdade, até à metade do século passado, a filosofia espiritualista não passava de um amontoado de informação místicas e de arranjos dogmáticos incapazes de competir com os sistemas filosóficos vigentes, resistindo aos descobrimentos da ciência investigadora. Coube a Allan Kardec a inapreciável tarefa de demonstrar, pela pesquisa experimental, a realidade do fenômeno da imortalidade da alma. E, graças a isso, o Codificador da Doutrina Espírita se destaca entre os vates do pensamento universal, pelo gigantesco empreendimento de positivar, consoante os dados oficiais da indagação, a continuação da vida além da morte. A tarefa era, a princípio, sob todos os aspectos intratável, considerando-se a posição da ciência ante os rudimentos da nascente Psicologia. De um lado, o cientificismo pontificava arbitrário, e o empirismo, no outro extremo, ditava leis falseadas sobre a verdade. Kardec, porém, embrenhou-se no matagal das informações. Não foi somente um coligidor dos informes dos Espíritos. Foi, antes de tudo, um admirável garimpeiro da verdade, separando da ganga o ouro rebrilhante, na mensagem eterna. De 1854 a 1869, pesquisou, selecionou, reparou, fez acréscimos, sopesou e apresentou uma doutrina que pudesse enfrentar o materialismo, justamente no momento em que Engels e Marx iriam desdobrar os conceitos hegelianos, favorecendo os aspectos dialético e histórico, já que o materialismo mecanicista não podia resolver o problema fundamental da imortalidade por lhe faltarem os elementos basilares para destruir a realidade da alma. Com Hegel, o pensamento passou a ser uma função do cérebro, cuja atividade era pensar, controlando as manifestações nervosas da vida. Allan Kardec se distinguiu pela tarefa de demonstrar que o pensamento não é apenas uma função do cérebro, sendo este a conseqüência de um pensamento anterior que nele atua através de um outro cérebro mais sutil, comando geral e força dinâmica mantenedora do equilíbrio: o psicossoma. E acolitado por figuras da enfibratura de Crookes, Zölner, do caráter de Lombroso e de Lodge que vieram a público, posteriormente, apresentar o resultado das suas pesquisas, Kardec demonstrou, à saciedade, o sentido incontroverso da imortalidade da alma, em experiências que se tornaram notáveis, realizadas mais tarde, com o curso de médiuns do quilate de Florence Cook, Eusápia, Daniel Home... A tarefa se avultava por estarem em jogo os sistemas do monismo e do dualismo. Allan Kardec demonstrou também que o homem não é constituído apenas de duas peças: o corpo e alma. Mas é formado por uma tríade de elementos: o espírito, perispírito e matéria, sendo o perispírito encarregado de funções específicas na engrenagem harmoniosa da vida hominal. E quando o materialismo ateu, no seu aspecto dialético, veio a campo combater a Doutrina Espírita, o Espiritismo, como escola filosófica, na sua feição dialética, apresentava “O Livro dos Espíritos” como protesto nobre ao abuso e à arbitrariedade das informações hegelianas, às doutrinas nele inspiradas, bem como às velhas fisolofias espiritualistas sem fundamentação científica. E a previsão da ciência, que aguardava para o século presente a morte das doutrinas espiritualistas, faliu, porque o século XX, com os seus valiosos descobrimentos e tirocínios, não pode retificar um único conceito da doutrina postulada pelo gigante lionês que, na atualidade, se faz o maior antídoto aos grandes males que afligem a Humanidade. Como o materialismo é um veneno letal, o Espiritismo é o seu anticorpo, preparado para diminuir ou dirimir os efeitos terríveis dos ódios organizados secularmente e agora disseminados pelo ateísmo existencialista. Enquanto o homem avança pelas trilhas do prazer, outros homensaparecem como exegetas do trabalho e apóstolos da caridade, formando a mentalidade para o Terceiro Milênio que colocará bem alto o estandarte da luz cristã refletida na mensagem nobre da Doutrina Espírita. E embora se previsse o soçobro das religiões no século XX, Allan Kardec, semelhante a Copérnico, que veio por cobro às fantasias a respeito do sistema solar, por também termos às superstições a respeito da imortalidade da alma, arracando-a do sobrenatural e do dogma, retificando a sua feição mística, graças à documentação experimental de que a bibliografia espírita é farta, enriquecendo a ciência espiritualista para competir e esclarecer a ciência atual, ajudando-a na busca da verdade. Ante as dores que se acumulam inevitáveis para os próximos tempos, sem nos desejarmos transformar em Parcas a tecerem a túnica mortuária da Civilização, o Espiritismo é a grande esperança, porque afirma não ser a morte mais do que uma grande transição para o despertamento na verdadeira vida: a Vida Imortal. Pontifiquemos, desse modo, com Nosso Senhor Jesus-Cristo, o herói da sepultura vazia, atendendo o programa da solidariedade universal, transferindo o sangue novo da fé para os corações esfacelados pelo medo e acendendo em toda a parte a lâmpada da convicção imortalista. Sigamos a trilha da verdade, cumprindo o nosso dever para, vitoriosos, atingirmos o porto da nossa gloriosa Imortalidade. Autor: Vianna de Carvalho (espírito) Psicografia de Divaldo Franco