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12 de mai. de 2015

CASA ESPÍRITA NÃO É SÓ HOSPITAL, É CASA DE CONSCIENTIZAÇÃO, ÚNICA SAÍDA PARA NOSSAS DORES!



Ficamos consternados ao ler pela imprensa as seguintes publicações: “500 km em busca de UTI (mãe e bebês gêmeos viajam mais de 500 km em busca de UTI em Porto Alegre-RS)”; “Falta de estrutura mata idosa no Rio” (Falta de estrutura da rede pública de saúde faz mais uma vítima no Rio de Janeiro); “SUS gaúcho - 500 mil procedimentos não atendidos” (Estudo aponta 500 mil procedimentos não atendidos no SUS gaúcho); “Mitos em torno dos recursos para a saúde”; “Saúde em greve no RS” (justiça determina restabelecimento das emergências); “Pacientes como mercadoria” (Uma doença chamada propina); “Do caos ao colapso na saúde”; “Pesadelo da saúde”; “Hospital é festival de horrores”. 


No Brasil, a Constituição de 1988 tornou, em tese, o acesso à saúde gratuita um direito universal de todo cidadão brasileiro. Para atender a esse objetivo, foi criado, há duas décadas, o Sistema Único de Saúde (SUS). Na prática, no entanto, ocorreu com a saúde algo semelhante ao observado na educação. A precária qualidade do atendimento público empurrou a classe média para o sistema privado. O Ministério da Saúde possui o maior orçamento do governo. O Brasil gasta, com saúde, mais do que outros países em desenvolvimento, e nem por isso possui indicadores mais favoráveis, ou seja, o país não oferece um nível mínimo de atendimento digno.
Observamos o sucateamento do setor público de saúde no Brasil, razão por que os Centros de Saúde não atendem satisfatoriamente a demanda da população, pelo número excessivo de pacientes a serem socorridos, seja por falta de equipamentos básicos necessários em casos de emergência, seja pelo número reduzido dos profissionais de que podem dispor, ou seja, pelos baixos salários que esses profissionais recebem, dentre outros fatores. Tudo isso tem provocado uma reação de abandono do serviço público nesses profissionais.

Muitas vezes as pessoas tendem a buscar meios alternativos para tratar suas enfermidades, e dentre eles estão os espaços religiosos, que possibilitam o acolhimento fraterno, dando importância e atenção ao que a pessoa está sentindo, e que, em muitas das vezes, aproxima-se da real condição do doente. Outras radicalizam mais, preferindo o auxílio das "rezadeiras" ou dos "curandeiros", disponíveis a atender, gratuitamente, através da reza e dos curativos feitos com ervas por exemplo, crendo na cura dessas pessoas apenas pelo fato de terem recebido o "dom de Deus".


Entretanto, alguns procuram as casas de orientação espírita, pois nelas encontram-se tratamentos para o bem-estar dos indivíduos, tendo o centro um papel interessante nesse contexto para prevenção e manutenção da saúde.
Já que o governo tem suas dificuldades na área, os espaços religiosos procuram oferecer alívio a esses males e sofrimentos, como também conforto, solidariedade e acolhimento. Daí a representação da relevância das práticas espíritas na saúde da população. O Centro Espírita percebe a prevenção de saúde de forma ampliada e contínua, através da difusão (sem prosélitos) das suas instruções espirituais. 


Portanto, o papel desempenhado pelas estruturas espíritas e/ou religiosas, de forma geral, pode ser de fato entendido como apoio à saúde (prioritariamente espiritual ) na sociedade.
A temática de práticas espíritas relacionadas à saúde pública é pouco discutida, razão pela qual não encontramos muitas publicações referentes à percepção desse fenômeno social pelos escritores espíritas. O descaso com a saúde pública tem confirmado o papel do apoio social e espiritual do Centro Espírita na percepção do bem-estar e sua relação com a concepção do amor e da caridade como fundamentos da conduta humana, explicados como saudáveis e capazes de manter a saúde relativa da população.


A caridade, apoiada na fé raciocinada que o Espiritismo propõe, dá sentido à vida, oferecendo consolo, renovando energias e dando orientação eficaz ante as situações de angústia, incerteza das idéias e, consequentemente, ante a insegurança pessoal. Essa fé está ligada à vida concreta dos que nela depositam a sua crença. Em todo tipo de religião está implícito um problema central: liberar o homem da incerteza de sua transcendência, dar sentido à sua vida no mundo e além dele. Numa palavra: "conscientização" do mundo espiritual.


Obviamente o Centro espírita não pode e nem deve ser um hospitalzão, entronizando métodos de cura física para os doentes que o procuram, mas uma escola da alma em que se prioriza a terapêutica da educação do ser pela ciência do espírito, a fim de que os doentes possam curar suas próprias doenças.


Jorge Hessen

2 de set. de 2014

NÃO IMPORTA O TAMANHO DA CASA ESPÍRITA E SIM SUA SIMPLICIDADE!




Valorize o “seu” Centro Espírita – o grupo de irmãos de Ideal que você frequenta.
Não importa seja ele pequenino, humilde, situado numa rua empoeirada na periferia da cidade. 
Sequer importa que o seu público seja constituído por meia dúzia de companheiros.
 
Valorize a tarefa que você é chamado a desempenhar dentro dele.
Varrer o chão.
Limpar o banheiro.
Colocar as cadeiras em ordem.
Cuidar do pequeno jardim.
 
Para se equiparar a Centros maiores e com maior número de frequentadores, não se deixe envolver pela tentação de crescimento desnecessário.
Mantenha a simplicidade.
 
Pureza doutrinária, sobretudo, é onde se respira fraternidade, e não competição.
Valorize o estudo de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, ou de qualquer outra obra da Doutrina, que, ainda que tropeçando nas palavras, algum orador de boa vontade se disponha a fazer.
 
O melhor expositor espírita é sempre o que fala com o coração.
É o que não está atrás de público e de aplausos.
É o que não se transforma em popstar.
Mais conhece Espiritismo é quem mais o vivencia, e não quem mais se ocupa nele.
 
Espiritismo deve ser Cristianismo – se fugir disto complica, e muito.
O ambiente de um Centro Espírita deve ser o ambiente de uma casa cristã, semelhante à Casa dos Apóstolos, em Jerusalém.
Precisa ter criançada a ser evangelizada.
Jovens que chegam para o estudo e para o trabalho assistencial – de preferência, portando os seus instrumentos musicais.
Médiuns passistas curadores – sem necessidade alguma de trabalho específico de cura com o intuito de atrair multidão.
Recipientes com água a ser magnetizada sobre a mesa nua, ou simplesmente coberta com uma toalha singela.
O serviço da Caridade – através da sopa fraterna, pelo menos um dia na semana, da distribuição de roupas e agasalhos, de pães e biscoitos, e dos possíveis gêneros alimentícios.
 
Espiritismo é doutrina de Centro na periferia.
Se fugir da periferia para o Centro, torna a complicar, e muito mais ainda.
Valorize no “seu” Centro Espírita a iluminada tribuna do Consolador.
Compenetre-se de que mediunidade não é para fazer aparecer o médium, mas, sim, transparecer a Mensagem da Vida Imortal!
Infelizmente, há tantos espíritas querendo aparecer mais que a Doutrina...
 
Palestra espírita não é espetáculo – e muito menos quando é paga! – hoje em dia, a estão financiando até através de cartão de crédito!
Reunião em Centro Espírita sério é comunhão com a Espiritualidade Superior, com o sincero propósito de renovação íntima da parte de cada um de seus frequentadores, mas, principalmente, de seus dirigentes.
 
Não faça de “seu” Centro Espírita o espaço onde o seu personalismo impere.
Nem onde a sua frustração de anseio de poder se expresse em atitudes que desmintam as suas palavras bonitas.
 
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 28 de julho de 2014.

23 de mai. de 2014

O CENTRO ESPÍRITA TEM DONO?



Dá conta de tua administração."- Jesus. (Lucas, 16:2.)

Procurando subsídios para uma palestra, folheava o livro Os Mensageiros ¹, quando me detive de forma mais demorada no capitulo 34 intitulado "Oficina de Nosso Lar". O que alguns anos atrás não me chamou a devida atenção ao ler o livro, desta feita me prendeu de forma especial, mas especificamente à frase em que Isidoro se dirige hospitaleiro a André Luiz:
"Entrem!

A casa pertence a todos os cooperadores fieis do serviço cristão"
Tal assertiva nos reportou-me imediatamente a um diálogo que tive com um confrade amigo meu, acerca da construção de um Centro Espírita, em que o mesmo fazia questão de afirmar a todo o momento; vou construir o meu próprio Centro. Pois não se encontrava muito à vontade na instituição a que pertencia.

Tais afirmações, levou-me fazer, uma análise do assunto.
Alguns irmãos, ao se sentirem melindrados por algum motivo nas instituições a que pertencem, libertam sentimentos negativos, como, o egoísmo e o personalismo e saem a falar em altos brados: Vou fundar o meu próprio centro. Não estou colocando em questão a iniciativa altruísta cristã de construir um centro, mas sim a ênfase dada ao pronome possessivo MEU, que nos dá a clara ideia de posse.


E estes irmãos, após terem construído os "seus centros," usam de forma mal disfarçada do termo MEU, para imporem regras e empecilhos aos que desejam integrar-se às tarefas enobrecedoras da casa, colocando explicitamente o personalismo nas tarefas que foram distribuídas anteriormente. 

Quando estes donos, presidentes e detentores também de outras tarefas e "cargos" da casa, são procurados por trabalhadores da instituição que discordam das suas linhas de pensamento, fazem prevalecer as suas condições de "donos de Centro" e suas opiniões se sobrepõe a tudo. Quem não estiver satisfeito que procure outra casa, aqui eu mando.

Esquecem porém que um grupo espírita é um templo aberto à necessidade e à indagação de todas as criaturas, que não se resume, simplesmente, a simples propriedade particular, mas na sua profundidade maior, à condição de escola de amor cristão, de hospital, de oficina de trabalho e, especialmente, de nossos irmãos desencarnados, que trabalham para o Cristo. 

Tais lembranças reportam-me a ensinamentos de Emmanuel, no livro Fonte Viva, "Na essência, cada homem é servidor pelo trabalho que realiza na obra do Supremo Pai, e, simultaneamente, é administrador, porquanto cada criatura detém possibilidades enormes no plano em que moureja".

Os Mensageiros, livro da série André Luiz (FEB)
(Publicado na revista O Espírita)

20 de abr. de 2014

Reflexões sobre o Centro Espírita



Autor: J. Herculano Pires

Se os espíritas soubessem o que é o Centro Espírita, quais são realmente a sua função e a sua significação, o Espiritismo seria hoje o mais importante movimento cultural e espiritual da Terra.

Temos no Brasil – e isso é um consenso universal – o maior, mais ativo e produtivo movimento espírita do planeta. A expansão do Espiritismo em nossa terra é incessante e prossegue em ritmo acelerado. Mas o que fazemos, em todo este vasto continente espírita, é um imenso esforço de igrejificar o Espiritismo, de emparelhá-lo com as religiões decadentes e ultrapassadas, formando por toda parte núcleos místicos e, portanto fanáticos, desligados da realidade imediata. Dizia o Dr. Souza Ribeiro, de Campinas, nos últimos tempos de sua vida de lutas espíritas: "Não compareço a reuniões de espíritas rezadores! "E tinha razão, porque nessas reuniões ele só encontrava turba dos pedintes, suplicando ao Céu ajuda.

Ninguém estava ali para aprender a Doutrina, para romper a malha de teia de aranha do igrejismo piedoso e choramingas. A domesticação católica e protestante criara em nossa gente uma mentalidade de rebanho. O Centro Espírita tornou-se uma espécie de sacristia leiga em que padres e madres ignorantes indicavam aos pedintes o caminho do Céu. A caridade esmoler, fácil e barata, substituiu as gordas e faustosas doações à Igreja. Deus barateara a entrada a entrada do Céu, e até mesmo os intelectuais que se aproximam do Espiritismo e que tem o senso crítico, se transformam em penitentes. Associações espíritas, promissoramente organizadas, logo se transformam em grupos de rezadores pedinchões. O carimbo da igreja marcou fundo a nossa mentalidade em penúria. Mais do que subnutrição do povo, com seu cortejo trágico de endemias devastadoras, o igrejismo salvacionista depauperou a inteligência popular, com seu cortejo de carreirismo político – religioso, idolatria mediúnica, misticismo larvar, o que é pior, aparecimento de uma classe dirigente de supostos missionários e mestres farisaicos, estufados de vaidade e arrogância. São os guardiães dos apriscos do templo, instruídos para rejeitar os animais sacrificiais impuros, exigindo dos beatos a compra de oferendas puras nos apriscos sacerdotais. Essa tendência mística popular, carregada de superstições seculares, favorece a proliferação de pregadores santificados, padres vieiras sem estalo, tribunos de voz empostada e gesticulação ensaiada. Toda essa carga morta esmaga o nosso movimento doutrinário e abre as suas portas para a infestação do sincretismo religioso afro-brasileiro, em que os deuses ingênuos da selva africana e das nossas selvas superam e absorvem o antigo e cansado deus cristão.

Não há clima para o desenvolvimento da Cultura Espírita. As grandes instituições Espíritas Brasileiras e as Federações Estaduais investem-se por vontade própria de autoridade que não possuem nem podem possuir, marcadas que estão por desvios doutrinários graves, como no caso do roustainguismo da FEB e das pretensões retrógradas de grupelhos ignorantes de adulterados. Teve razões de sobra André Dumas, do Espiritismo Francês, em denunciar recentemente, em entrevista à revista Manchete, a situação católica e na verdade de anti-espírita do Movimento Espírita brasileiro. A domesticação clerical dos espíritas ameaça desfibrar todo o nosso povo, que por sua formação igrejeira tende a um tipo de alienação esquizofrênica que o Espiritismo sempre combateu, desde a proclamação de fé racional contra a fé cega e incoerente, submissa e farisaica das pregações igrejeiras.

Jesus ensinou a orar e vigiar, recomendou o amor e a bondade, pregou a humanidade, mas jamais aconselhou a viver de orações e lamúrias, santidade fingida, disfarçada em vãs aparências de humildade, que são sempre desmentidas pelas ambições e a arrogância incontroláveis do homem terreno.

Para restabelecermos a verdade espírita entre nós e reconduzirmos o nosso movimento a uma posição doutrinária digna e coerente, é preciso compreender que a Doutrina Espírita é um chamado viril à dignidade humana, à consciência do homem para deveres e compromissos no plano social e no plano espiritual, ambos conjugados em face das exigências da lei superior da Evolução Humana. Só nos aproximaremos da angelitude, o plano superior da Espiritualidade, depois de nos havermos tornado Homens.

Os espíritas atuais, na sua maioria, tanto no Brasil como no mundo, não compreenderam ainda que estão num ponto intermediário da filogênese da divindade. Superando os reinos inferiores da Natureza, segundo o esquema poético de Léon Denis, na seqüência divinamente fatal de Kardec: mineral, vegetal, animal e homem, temos o ponto neutro de gravidade entre duas esferas celestes, e esse ponto é o que chamamos ESPÍRITA. As visões fragmentárias da Realidade se fundem dialeticamente na concepção monista preparada pelo monoteísmo. Liberto, no ponto neutro, da poderosa reação da Terra, o espírita está em condições de se elevar ao plano angélico. Mas estar em condições é uma coisa, e dar esse passo para a divindade é outra coisa. Isso depende do grau de sua compreensão doutrinária e da sua vontade real e profunda, que afeta toda a sua estrutura individual. Por isso mesmo, surge então o perigo da estagnação no misticismo, plano ilusório da falsa divindade, que produz as almas viajoras de Plotino, que nada mais são do que os espíritos errantes de Kardec. Essas almas se projetam no plano da Angelitude, mas não conseguem permanecer nele, cedendo de novo a atração terrena da encarnação.

Muitas vezes repetem a tentativa, permanecendo errantes entre as hipóstases do Céu e da Terra. Plotino viu essa realidade na intuição filosófica e na vidência platônica. Mas Kardec a verificou em suas pesquisas espíritas, escudadas na observação racional dos fatos. Apoiado na Razão, essa bússola do Real, ele nos livrava dos psicotrópicos do misticismo, oferendo-nos a verdade exata da Doutrina Espírita. Nela temos a orientação precisa e segura dos planos ou hipóstases superiores, sem o perigo dos ciclos muitas vezes repetidos do chamado Círculo Vicioso das Reencarnações, que os ignorantes pretendem opor à realidade incontestável da reencarnação. Pois se existe esse círculo vicioso, é isso bastante para provar o processo reencarnatório. O vício não está no processo, mas na precipitação dos homens e dos espíritos não devidamente amadurecidos, que tentam forçar a Porta do Céu.

Se no Brasil sofremos os prejuízos do religiosismo ingênuo de nossa formação cultural, na França e nos demais países europeus -segundo as próprias declarações de André Dumas – o prejuízo provém de um cientificismo pretensioso, que despreza a tradição francesa da pesquisa científica espírita, procurando substituí-la pelas pesquisas e interpretações parapsicológicas. Esse menosprezo pedante pelo trabalho modelar de Kardec levou o próprio Dumas a desrespeitar a tradição secular da Revue Spirite, transformando-a num simulacro da revista científica do Ano 2.000. As pesquisas da parapsicologia seguiram o esquema de Kardec e foram cobrindo no tempo, sucessivamente, todas as conquistas do sábio francês. Pegada por pegada, Rhine e seus companheiros cobriram o rastro científico de Kardec. O mesmo já acontecera com Richet na metapsíquica, com Crookes e Zollner e todos os demais. Toda a pesquisa psíquica honesta é válida, nesse campo, até mesmo a dos materialistas russos atuais ficaram presas ao esquema de Kardec, o que prova a validade irrevogável desta. Começando pela observação dos fenômenos físicos, todas as Ciências Psíquicas, nascidas do Espiritismo fizeram a trajetória fatal traçada pelo gênio de Kardec e chegaram as suas mesmas conclusões.

As discordâncias interpretativas foram sempre marcadas indelevelmente pelos preconceitos e as precipitações da advertência de Descartes no Discurso do Método e pela sujeição aos interesses das Igrejas, como Kardec já assinalara em seu tempo. A questão da terminologia é puramente supérflua, e como dissera Kardec, serve apenas para provar a leviandade do espírito humano, mesmo dos sábios, sempre mais apegado à forma que ao fundo do problema. No Espiritismo o quadro fenomênico foi dividido por Kardec em duas seções: Fenômenos Físicos e Fenômenos Inteligentes. Na Metapsíquica, Richet apresentou o esquema de Metapsíquica objetiva e Metapsíquica subjetiva. Na Parapsicologia os fenômenos espíritas passaram a chamar-se Fenômeno Psi, com divisão de Psicapa ( objetivos ) e Psigama ( subjetivos ). Quanto aos métodos de pesquisa, Crookes e Richet ativeram-se à metodologia científica da época, e Rhine limitou-se a passar dos métodos qualitativos para os quantitativos, inventando aparelhagens apropriadas aos processos tecnológicos atuais, apelando à estatística como forma de controle e comprovação dos resultados, o que simplesmente corresponde às exigências atuais nas Ciências.

Kardec teve a vantagem de haver acentuado enfaticamente a necessidade de adequação do método ao objeto específico da pesquisa. O próprio método hipnótico de regressão da memória, para as pesquisas da reencarnação aplicado por Albert De Rochas do século passado, foi aproveitado pelo Prof. Vladimir Raikov. Na Romênia, o preconceito quanto ao Espiritismo gerou uma nova denominação para Parapsicologia: Psicotrônica. Com esse nome rebarbativo, os materialistas romenos pretendem exorcizar os perigos de renascimento espírita em seu país.

Todos esses fatos nos mostram que a Doutrina Espírita não chegou ainda a ser conhecida pelos seus próprios adeptos em todo o mundo. Integrado no processo doutrinário de trabalho e desenvolvimento, o Centro Espírita carecia até agora de um estudo sobre as suas origens, o seu sentido e a sua significação no panorama cultural do nosso tempo. É o que procuramos fazer neste volume, com as nossas deficiências, mas na esperança de que outros estudiosos procurem completar o nosso esforço. Lembrando o Apóstolo Paulo, podemos dizer que os espíritas estão no momento exato em que precisam desmamar das cabras celestes para se alimentarem de alimentos sólidos. Os que desejam atualizar a Doutrina, devem antes cuidar de se atualizarem nela.

Livro: O Centro Espírita

18 de abr. de 2014

O Centro Espírita



Autor: Vianna de Carvalho (espírito)


A medida que a Doutrina Espírita alcançava as mentes e os corações ansiosos de esclarecimento e consolo, aumentando a carga de trabalho do ínclito Codificador eis que ele fundou a 1º de Abril de 1858 a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, que funcionou inicialmente na galeria de Valois, n° 35 em Palais-Royal.



Pára que ficassem definidos os seus objetivos, declarou-os no Artigo 1° do seu Regulamento:



-Tem por finalidade precípua o estudo dos fenômenos espíritas e das suas aplicações, as manifestações morais, físicas, psicológicas e históricas da sociedade.



Como continuasse a crescer o número de interessados no estudo dos postulados espiritistas, providenciou a ampliação do Regulamento ainda no mesmo ano, de forma a compatibilizar os interesses gerais com os fundamentos doutrinários da novel Ciência filosófica e religiosa.



Esse cuidado especial do mestre lionês preservaria a mensagem reveladora dos enxertos e adulterações que sempre ocorrem, na razão direta em que se expandem, em que se popularizam as idéias novas.



Dessa forma, aquela Sociedade se tornaria o primeiro Centro Espírita onde os debates saudáveis e os desdobramentos dos conteúdos científicos, filosóficos, morais e religiosos da Doutrina encontrariam campo para serem aprofundados.



Sob a sua presidência, as discussões permaneciam em alto nível e quando se tornavam acaloradas, a sua intervenção sábia acalmava os ânimos a sua autoridade moral e cultural silenciava os mais renitentes. Outrossim, ali teriam lugar as memoráveis tertúlias espirituais, quando venerandas Entidades, utilizando-se de médiuns sérios e dedicados ofereciam lições ricas de sabedoria consolando e iluminando os membros atenciosos interessados no próprio desenvolvimento intelecto-moral bem como no da Humanidade para a qual veio o Espiritismo.



Dirimiam-se dificuldades de interpretação e consolidavam-se no seu recinto as bases do pensamento espírita com vistas ao porvir da sociedade humana.



Exemplo, verdadeiro modelo de instituição, a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas deixou precioso legado, que o Centro Espírita moderno atualiza e mantém.



Célula máter do Movimento por facultar-lhe o desenvolvimento e propagá-lo, é escola de relevante importância para quantos se interessam pelo Espiritismo.



É escola, por oferecer os mais significativos recursos culturais para a educação das almas, encarnadas ou não.



No seu labor desdobram-se as instruções que capacitam o aprendiz à conquista de uma existência feliz, enquanto adquire discernimento para conduzir-se com acerto. Ao mesmo tempo, propõe o limar das arestas e o disciplinar da conduta, aprimorando-a e condicionando-a às lições éticas do Evangelho de Jesus, desvelado pela interpretação racional que haure na Codificação.



Doutrina eminentemente educativa, o Espiritismo tem a ver com todos os ramos do conhecimento, por isso mesmo conclamando ao seu estudo sistematizado e cuidadoso, bem como à sua reflexão meticulosa. Nas suas classes ressaltam os valores da inteligência e da razão para serem cultivados, aplicados no comportamento como roteiro de segurança.



Igualmente é oficina de trabalho, por ensejar atividades múltiplas em benefício do próximo e da comunidade.



Sem lugar para a ociosidade dourada ou para a indiferença mórbida, a ação dignificadora nele se desdobra em mil expressões que elevam o ser. completando-o, planificando-o, dando-lhe sentido psicológico a existência planetária.



Desde a sua administração na busca incessante de qualidade até os serviços mais humildes quão indispensáveis, é celeiro de paz que resulta da valiosa aplicação das horas dos seus membros no trabalho libertador.



Da mesma forma é templo de oração, destituído de ritualística, de cerimonial, de qualquer tipo de culto externa, caracterizando-se pela simplicidade, sendo agradável e propicio à elevação dos pensamentos a Deus e à ação da caridade em todas as suas expressões.



Nas suas dependências devam ser preservadas os valores morais, a compostura, a dinâmica do amor, a fim de que a perfeita sintonia com Deus Jesus e os Espíritos Nobres tornem-no ambiente saturado por sutis vibrações, que proporcionam a paz e a renovação.



Lugar de reequilibro e de harmonia, é, também, hospital de almas no qual terapias especializadas-passes água fluidificada (bioenergia), oração, desobsessão e iluminação de consciência -facultem a saúde do corpo, da mente e do espírito, emulando o paciente ao avanço, à vitória sobre si mesmo, sobre as paixões primitivas, que nele predominam.



Não pode ser confundido, porém, com Nosocômios, Casas de Saúde, Clinicas Médicas e semelhantes, competindo com as mesmas, portadoras de bases acadêmicas, pois que desvirtuaria a sua finalidade essencial passando a conflitar com as Entidades especializadas no mister, as quais deve auxiliar e não produzir perturbação.



No seu ambiente não há lugar para exibicionismo de natureza alguma que faça recordar os palcos do mundo, nos quais se projetam os conflitos do ego humano e as lutas características das naturais promoções competitivas do ser.



Tampouco, pode agasalhar ou dar curso às inovações que ressumam do orientalismo ancestral ou das terapias alternativas atuais, desfigurando-/he, entorpecendo-lhe a finalidade superior.



O Centro Espírita é laboratório para experiências, pesquisas mediúnicas elevadas e cumulativas, que confirmam sempre os postulados básicos exarados nas Obras fundamenteis que Allan Kardec divulgou, completando a Codificação



Não é estanque o trabalho que nele se desenvolve, também não é fruto dos modismos; é isento de ortodoxias ou de atavismos; não enseja novidades frívolas ou aterradoras, muito do agrado daqueles que pensam nas glórias vãs da Terra em detrimento da responsabilidade e da seriedade que sempre devem constituir os seus programas.



O Centro Espírita é campo de luz aberto a todos aqueles que tateiam nas trevas da ignorância, da presunção e do egoísmo apontando rumos de libertação.



Atualizá-lo, sem lhe modificar os objetivos básicos; desenvolver as suas atividades, sem lhe alterar as estruturas ético-morais; qualificá-lo para os grandes momentos da hora presente como do futuro é dever de todos os espíritas, preservando as bases doutrinárias que nele devam viger: amor e estudo, ação da caridade fora da qual não há salvação, assim confirmando a promessa do Consolador, feita por Jesus, que abriria os braços para albergar, confortar e libertar todos aqueles que o busquem.

Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, na sessão mediúnica da noite de 25 de julho de 1995, no Centro Espirita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.

23 de mar. de 2014

A CASA ESPIRITA E A MODERNIDADE


A modernidade tem sido uma ferramenta maravilhosa a acelerar a grande caminhada da humanidade na direção do progresso, sendo fator tão almejado nos dias de hoje por todas as comunidades nos mais diversos rincões da geografia terrena.
Assim as ciências têm contribuído de forma notável com os magníficos avanços, trazendo ao homem moderno melhores condições de vida, maior conforto, encurtando distancias, priorizando o tempo e aproximando pessoas sem importar a distancia que se encontrem, desta forma hoje tudo tem sido vivido, assistido e documentado em tempo real.
E é natural que seja assim, a modernidade tem produzido o progresso e o progresso produzido a evolução, e a evolução vem premiando ao homem moderno com maiores e melhores perspectivas de vida, produção e prosperidade.
A modernidade vem trazendo em seu bojo avanços e mais avanços, todos significativos, facultando a todos possuir e gozar de maiores comodidades. Os avanços tem facilitado a vida de muitos que antes viviam em situações penosas e precárias. Tudo isso é muito lógico, louvável e compreensível, sendo mesmo necessário que seja assim.
Contudo, observamos que a aceleração irrefreável dos avanços verificados, tem construído no homem ainda despreparado para o futuro a ganancia em possuir, desejando sempre mais e mais. Uma multidão tem mergulhado neste estado de desejo sem medidas e incontrolável, determinando assim uma situação de consumismo sem limites. Assim tem nascido um abismo perigoso, fundamentado na ânsia por novidades, o homem moderno tem vivido cada vez mais sequioso em sua busca por novidades, e sem perceber vem afundando cada vez mais num charco movediço recheado de descartáveis.
Entendemos, entretanto que a busca por novidades é um direito de todos, um processo maravilhoso, lidimo ao próprio contexto do progresso, contudo não podemos nos esquecer de que a lida com o novo deverá estar sempre subordinada a uma rígida disciplina, não nos permitindo afastar das exigências em torno da qualidade, e balizado pelos parâmetros das necessidades, sob pena de estarmos deslizando imperceptivelmente pelos perigosos despenhadeiros onde tudo se torna simplesmente descartável.
Observamos esta questão de forma criteriosa e preocupada, hoje se descarta tudo, as posses, os bens de utilidade, amizades, pessoas, estamos assistindo ao descarte de estruturas preciosas como o sentimento, as emoções, a moral e as responsabilidades, e em muitos casos temos também testemunhado de forma pesarosa o descarte de lares, de famílias dantes promissoras, maravilhosas, transformando-as em simples escombros, e tudo isso em nome da busca desenfreada em torno das novidades e em nome de uma pseudo modernidade.
Daqui temos observado de forma preocupada os rumos do Movimento Espirita diante a modernidade que assola a atualidade. Muitas vezes se perdendo na lida com as novidades que batem às suas portas a todo o momento. Assim, em nome da modernidade temos descartado e sucateado perolas preciosas e de raro valor. Tudo tem sido descartado pela ânsia de atender às novidades e infelizmente sem a devida acuidade avaliadora. Temos priorizado as novidades que muitas vezes nada trazem consigo de qualitativo e tão pouco de produtivo, mas que simplesmente contemplam a avidez de muitos em torno de novidades.
Não nos esqueçamos de que temos um passado a zelar, e uma história maravilhosa em construção, e que das estruturas Kardequianas não se abre mão, e tão pouco se descarta o zelo imprescindível pela coerência doutrinaria, sobre pena de nos perdermos neste cipoal de novidades e tornarmos a nós mesmos os descartáveis do próximo momento.
Casa Espirita é necessário abrir em seu interior uma ampla reflexão em torno das novidades, sobre o consumismo, e acerca das novidades que tem batido a nossa porta, e principalmente sobre aquilo que é verdadeiramente descartável e sobre aquilo que não é descartável, sob pena de num futuro próximo nos vermos mergulhados em grandes enganos.
Necessário se faça uma ampla reflexão de nossos valorosos instrumentais, amando-os, protegendo-os e guardando-os vigorosamente, e colocando-os dia a dia na pauta do imprescindível. O Pentateuco de Kardec, a monumental obra legada por Francisco Candido Xavier, através de Emmanuel, André Luiz e tantos outros seareiros ilustres que foram as luzes imprescindíveis nas primeiras horas. Joanna de Angelis, Amélia Rodrigues e tantos outros luminares que nos foram valorosos candeeiros desde os primeiros momentos. Movimento Espirita não se pode sucatear perolas, atirando-as ao monturo dos inservíveis e dos descartáveis, simplesmente porque as sereias das novidades cantarolam a nossa porta.
Precisamos urgentemente fazer um retorno, reciclar a simplicidade e a humildade dos primeiros dias!…
Casa Espirita, mantenhamo-nos atentos em torno dos caminhos a seguir, firmes quanto às direções a serem tomadas, sem que haja nenhuma recusa ao precioso e indispensável auxilio da modernidade, mas nos mantendo responsáveis e conscientes de que a qualidade jamais perde o seu prazo de validade e a sua serventia, e que por isso mesmo mantêm-se sempre moderna e atual. Lembremo-nos de que Jesus, ainda que ELE tenha nos trazido a sua mensagem plena em preceitos éticos morais a mais de dois mil anos, mantem-se ainda hoje atual e moderna como nos primeiros dias, e uma grande novidade para tantos quantos anseiam por um caminho melhor, e por todos aqueles que se encontram sedentos por vibrações de paz e de harmonia.
Casa Espirita, espiritas, avante, sempre avante!… Prossigamos modernizando, atualizando, renovando, e progredindo, sem nos esquecer de que Deus, Cristo e Caridade é a bandeira sempre atual e atuante na construção de um mundo melhor.
Que Jesus seja para todos nós a grande modernidade em nossas vidas, luzindo em nossos corações hoje e sempre.

Bezerra de Menezes, psicografia Jairo Avellar

17 de out. de 2013

Fora do centro espírita




Wellington Balbo – Bauru – SP – escritor e palestrante
Milhares de pessoas sofrem por desconhecimento dos princípios básicos da constituição divina. Ignoram leis como ação e reação, influência dos espíritos na vida dos encarnados, importância da prece e de manter o padrão vibratório em sintonia com a espiritualidade maior e etc.

Milhares de pessoas transitam pela Terra sem nem sequer imaginar o que estão fazendo aqui, desconhecem, portanto, os objetivos da existência humana, ou seja, de sua própria existência. Vivem por viver, portam-se como autênticas máquinas biológicas; alimentam-se, dormem, acordam e trabalham completamente alheias a outras circunstâncias da vida.

Essa falta de ciência das leis divinas é extremamente prejudicial para o progresso do espírito que temporariamente está reencarnado.

E por isso são inúmeras pessoas que se suicidam direta ou indiretamente. Diretamente quando desalentadas aniquilam o corpo físico. Indiretamente quando minam a golpes de irreflexão o envoltório carnal que lhes serve de instrumento sagrado para o progresso.

E em face desta realidade é que se torna fundamental estender as idéias reveladas pelos Espíritos para além das paredes do centro espírita.

A questão não se resume a retirar pessoas de determinada religião e transformá-las em espíritas, mas sim modificar corações e esclarecer mentes por meio das realidades trazidas a nós pelos imortais.

E como, então, estender as lições da espiritualidade para além do horizonte do centro espírita, de modo a deixá-las mais acessíveis ao maior número de pessoas?

Dentre as tantas maneiras de massificar a Doutrina Espírita uma boa sugestão é programar palestras espíritas para espaços neutros, tais como, escolas, casas de cultura, ginásios, clubes e etc.

Tenho comparecido a muitas cidades para palestras e constatado que a realização de eventos espíritas em espaço neutro contribui para que mais pessoas se façam presentes.

Óbvio que fica a curiosidade:

Por qual razão o público não espírita comparece em maior número quando a palestra é fora do centro espírita?

Difícil saber ao certo. Contudo podemos citar como algumas razões os chamados modelos mentais obsoletos que muita gente tem do centro espírita e o famigerado preconceito que, quer queiramos ou não, ainda existe.

No entanto para quebrarmos esse paradigma e oferecermos ao público o que é de fato o Espiritismo é imperioso trabalhar com criatividade. E não podemos deixar de concordar que promover palestras e outros eventos espíritas além do universo espírita é fazer uso da criatividade.

A propósito a USE Intermunicipal Bauru realizou recentemente a feira do livro espírita em uma praça no centro da cidade de Bauru, bem em frente a tradicional igreja. Foi sucesso total, muita gente saia da missa e procurava a barraca de livros para se informar mais sobre o Espiritismo.

Buscavam livros de conforto e esclarecimento; queriam saber se é possível reencontrar os entes amados que se foram e tantas outras inquietações que deixam o coração humano em sobressaltos.

Outra experiência de sucesso e que certa vez tive o prazer de participar é a feira do livro espírita da cidade de Jaú, realizada em Shopping Center da cidade. Que maravilha! Quanta gente nova que ouviu falar de Espiritismo numa iniciativa desse quilate.

Citei as duas cidades, porém sei que empreendimentos como esses espalham-se por todo o território nacional.

Peço licença para narrar uma experiência. Em uma das localidades pelas quais passei recentemente pude verificar na palestra uma quantidade grande de pessoas que se declarava não espírita. Acharam interessante o tema e compareceram para saber de que se tratava. Estiveram presentes católicos e praticantes de diversas outras filosofias de vida.

Todos saíram do recinto curiosos para saber mais sobre Allan Kardec, André Luiz, Emmanuel, Jerônimo Mendonça e tantas figuras históricas de nossa doutrina.

Por isso deixo para sua análise, caro dirigente: pense seriamente na possibilidade de promover palestras e outros eventos espíritas em ambientes neutros. Vale lembrar que não faço apologia contra o centro. O centro é nossa escola e oficina de trabalho, jamais o abandonaremos! Todavia, considere a idéia de estreitar os laços com sua comunidade.

A iniciativa indubitavelmente será excelente para a sociedade, pois em posse de informações como a imortalidade da alma, comunicabilidade dos espíritos, pluralidade dos mundos habitados, lei de ação e reação e etc., certamente muitos desvios comportamentais, suicídios, abortos e crimes serão evitados.

Um romantismo descabido e ingênuo de minha parte?

Creio que não. É só termos paciência e semearmos o bem divulgando as leis da vida enunciadas pela nossa incomparável Doutrina Espírita.

E em futuro não muito distante poderemos não ter os centros espíritas abarrotados de gente, todavia teremos um planeta repleto de pessoas conscientes de seu papel na sociedade e certas de que a vida, seja aqui ou além, não cessa jamais.

2 de out. de 2013

A CASA ESPÍRITA DE PORTAS SEMPRE ABERTAS! NUNCA SE APAGA UM PONTO DE LUZ!!!!



Aprendemos que o Centro Espírita é uma escola e também um hospital para os espíritos encarnados e desencarnados. Mas, escola tira férias e hospital não. Qual devemos seguir?

Conversando com vários espíritas de várias casas espíritas vemos que há muita dúvida sobre o recesso de fim de ano e carnaval das casas espíritas. Uns são a favor e outros contra. Os argumentos são vários: "o movimento cai nessa época do ano", "precisamos descansar", "o ano foi difícil", "outras localidades também fecham", "os dirigentes e médiuns viajam, não compensa abrir", "cai a vibração da casa, não há substitutos à altura", “não podemos parar, os espíritos não tiram férias”, “hospital não fecha”, etc.

Aprendemos sobre as vibrações difíceis da época de carnaval e a facilidade dos ataques espirituais sobre os invigilantes. Assim como aprendemos que na época de Natal as vibrações são excelentes porque pessoas estão mais abertas ao amor, a caridade, a fraternidade, etc., e consequentemente, há facilidade em receber auxílio espiritual. Então, por que não nos unirmos para auxiliar os trabalhadores do Cristo com nossas preces e vibrações na época de carnaval? Por que não reforçar os ensinamentos de Jesus na época de Natal?

Vejamos o que disse Chico Xavier: “Para mim, centro espírita tinha que abrir todo dia, o dia inteiro...Se é hospital, como dizemos, como é que pode estar de portas fechadas?!...O centro precisava se organizar para melhor atender os necessitados. O que impede que o centro espírita seja mais produtivo é a centralização das tarefas; existe dirigente que não abre mão do comando da instituição...Ora, de fato, a instituição necessita de comando, mas de um comando que se preocupe em criar espaço para que os companheiros trabalhem, sem que ninguém esteja mais preocupados com cargos do que com encargos...”

Diante de tal assunto escrevi para Richard Simonetti e pedi sua opinião. Eis o que ele respondeu: “As reuniões públicas, de atendimento fraterno, passes e palestras, não devem sofrer interrupção. No CEAC em Bauru, funcionam ininterruptamente. Assim como hospitais, núcleos de saúde e serviços de utilidade pública, não param nunca. 

Colaboradores que viajam são substituídos por companheiros. Cursos em andamento são interrompidos na segunda quinzena de dezembro. Voltam em fevereiro. Cursos novos começam em março. Grupos mediúnicos interrompem atividades por duas semanas, no final do ano. Voltam logo no início. Biblioteca, Livraria, tesouraria, funcionam sem interrupção.”

Como vemos, uma grande parte dos trabalhos devem ser tratados como HOSPITAL, porque pedem um socorro imediato. Já o estudo pode ser tratado como ESCOLA, podendo ter uma pausa maior.

Elias B. Ibraim escreveu para o Jornal “Verdade e Luz” de Ribeirão Preto (Edição abril/98): “Todos temos consciência de que dirigentes e médiuns podem viajar, evidentemente. Eles fazem jus ao direito de visitar parente, amigos, confraternizar. O que eles não tem direito é de fechar o Centro Espírita. Nas suas ausências, companheiros e companheiras, preparados, devem substituí-los. Pode, inclusive, ser adotado o sistema de rodízio para efeito de faltas, desde que não sejam prejudicadas as atividades do Centro.”

Jesus disse: “Deus trabalha até hoje e eu também”. Portanto, não tiram férias. Os espíritos não disseram que Jesus é nosso guia e modelo? Então, sigamo-lo.
Quando dizemos que Divaldo e Chico nunca tiraram férias do Espiritismo costumamos ouvir: “Não estou preparado. Estou longe da evolução deles.” Perguntemos: “Quando estaremos preparados?” “Por que, muitos de nós, só agimos diante da dor e quando nos é conveniente?” “No trabalho remunerado não faltamos e não tiramos além de 30 dias de férias no ano. 

Por que com a parte espiritual somos negligentes?” Precisamos lembrar que a cobrança será maior pelo que deixamos de fazer, do que pelo que fizemos. E que serão mais cobrados aqueles que mais entendimento tiver.

5 de jul. de 2011

O Trabalho Espiritual em um Centro Espírita.

1. INTRODUÇÃO

Em um Centro Espírita, os dois planos da vida se irmanam. Veremos os serviços que os benfeitores espirituais realizam durante as atividades de um Centro Espírita.
Os servidores espirituais de dividem entre médicos, enfermeiros, auxiliares, técnicos e colaboradores. Os trabalhos são divididos pelos seguintes setores: de Vigilância, de Enfermagem, de Esclarecimentos e de Comunicação. Os trabalhos são coordenados por um dirigente e contam com dezenas de servidores.
Nos conta o autor espiritual -trabalhador espírita que desencarnou em 1987 - que, antes da reunião pública começar, os trabalhadores do plano espiritual se reúnem com o dirigente dos trabalhos para orientação.
"Reunindo-nos no salão apropriado, o Irmão Joel convocou-nos ao serviço, dizendo: - Meus irmãos, iniciaremos os preparativos para as atividades desta noite. Cumpre-nos lembrar que todos nós somos necessitados ante a Providência Divina, pois que ainda nos reconhecemos imperfeitos. Entretanto ninguém realiza a ascensão espiritual sem esforço e trabalho. Somente servindo ao semelhante estaremos enriquecendo-nos. Todo trabalho no bem oferece-nos os valiosos recursos da experiência. Valorizemos, pois, a oportunidade que o Senhor nos oferece e tratemos de realizar o melhor,certos de que o amparo do mais alto não nos faltará. Busquemos a inspiração no amor de Jesus para com todos nós e recordemo-nos de suas sublimes palavras quando afirmou: -"Toda vez que o fizestes a um destes pequeninos, é a mim que o fizestes". Iniciemos os preparativos."

2. SETOR DE VIGILÂNCIA


Este setor atua para que a disciplina e a ordem sejam mantidas, em benefício de todos, pois muitos espíritos ainda pouco esclarecidos e renitentes no mal, tentam investir contra as atividades de libertação espiritual que ocorrem na Casa Espírita.
Há também os espíritos enfermos, sob as conseqüências dolorosas dos seus equívocos ou premidos pelo remorso, que são trazidos para a recuperação através da auto-educação. Cabe aos servidores deste setor a assistência fraterna a esses espíritos, inspirando-lhes bom ânimo e esperança e estimulando-os a construírem uma nova realidade para si mesmos, sem se deixarem levar pelo desespero.
O autor espiritual descreve que a movimentação dos trabalhadores era intensa, mas que tudo era feito com dedicação, alegria e gentileza, em clima de verdadeira fraternidade.
Um ambiente "interexistente" amplia-se para além das paredes de alvenaria do auditório de reuniões, destinado a receber os Espíritos desencarnados que serão assistidos.
O Setor possui equipamentos a serem utilizados para defesa, no trato com Espíritos ainda cegos para a luz da verdade. São equipamentos elétricos, que tem como base descargas de energia. Podem ter a forma de projéteis, de lança-raios ou de canhões (para a defesa de colônias).
Esses instrumentos servem para dispersar os irmãos ainda totalmente ligados à matéria e não preparados para a necessária auto-transformação, que tentam investir contra o trabalho do Pai. É importante manter a disciplina e harmonia no ambiente ("orai e vigiai"), para que o necessário trabalho no bem seja realizado.
André Luiz, no livro "Os Mensageiros", capítulo 20, visita um Posto de Socorro e conversa com Alfredo, trabalhador do mesmo, a cerca da necessidade de se ter um sistema de defesa contra o mal. Alfredo lhe esclarece, relatando a lenda hindu da serpente e do santo.
Enfim, os recursos de defesa não devem ser interpretados como armamento ou violência. São ainda os recursos indispensáveis no trato com os ignorantes da Lei do Amor.
O autor observa que pensamento é vida e as atitudes mentais das criaturas exteriorizam-se, plasmando o ambiente espiritual. O clima de paz, as emanações saudáveis, o trabalho edificante, as orações, o pensamento reto e a mensagem consoladora criam vibrações que se cristalizam, formando um halo de luz protetor, que envolve o núcleo de serviço do Centro. Isto torna o ambiente propício ao trabalho dos benfeitores espirituais.
"O bem faz bem primeiramente a quem o executa. Quando os homens descobrirem a importância do serviço em favor do semelhante, estarão a caminho da solução definitiva dos seus problemas".
O serviço com Jesus é, antes de tudo, a nossa conscientização de partícipes na obra da criação, cabendo-nos realizar o melhor ao nosso alcance, honrando a oportunidade de realização que o criador nos concede."

3. SETOR DE ENFERMAGEM



Sob a orientação de um Espírito superior treinado em medicina espiritual, trabalham enfermeiros, técnicos e auxiliares, trajando uma túnica alva, com delicado e luminescente emblema em ton azul celeste, na altura do tórax, no lado esquerdo, indicadores de atividades ligadas à medicina.
Muitos dos servidores atuaram na área da Medicina quando encarnados, porém o autor destaca que, no Plano espiritual, não basta o conhecimento técnico: torna-se imprescindível a aquisição de virtudes. Nas tarefas que devem desempenhar não utilizam só a razão, usam sobretudo o coração.
O Setor atua nas atividades de manipulação de fluídos e substâncias medicamentosas; auscultação de pacientes; acompanhamento do serviço dos médiuns passistas, com aplicações ou transfusões de energias e execução de cirurgias.
O autor espiritual questionou seu orientador, Marcos, sobre a realização de cirurgias. Marcos o esclareceu dizendo que os encarnados que realmente se esforçam no aprendizado das verdades eternas e buscam realizar a reforma íntima, conseguem a intercessão direta dos servidores do Setor de Enfermagem, através da análise criteriosa da situação à luz da Lei de Causa e Efeito, considerando os atenuantes e méritos adquiridos.
Na narrativa, Marcos ressaltou o importante papel desempenhado pelo perispirito no processo reencarnatório. Os servidores do Setor de Enfermagem atuam diretamente no corpo fluídico, semimaterial, alterando-lhe algumas disposições com interferência cirúrgica. Como conseqüência natural, erradicam diversas enfermidades físicas que são causadas pelo desequilíbrio do ser e transmitidas do perispírito ao corpo físico.
As cirurgias espirituais, em certos casos, são realizadas durante o processo natural do sono. A fluidoterapia evita males orgânicos e psíquicos.
O Setor utiliza ânforas transparentes para guardar substâncias vitais , usadas no tratamento de enfermos. As substâncias são retiradas dos vegetais e manipuladas pelos técnicos do Setor, alcançando resultados significativos.
Os servidores da enfermagem também atuam na fluidificação das águas. O autor assim descreve tal processo:
" Neste instante, alguns companheiros do Setor de Enfermagem aproximaram-se da mesa onde se encontravam os recipientes com água. Por alguns minutos buscaram um estado de concentração e em perfeita sintonia, estenderam as mãos sobre os vasilhames, enquanto o dirigente da equipe, através de comovente oração, buscava as dádivas celestes. Dos servidores do bem, luminosa energia desprendia-se, enquanto que dos céus, como resposta à súplica proferida, jorravam pétalas radiantes sobre as águas. Invisível aos olhos humanos, essas substâncias fluídicas desfaziam-se em contato com as águas, que as absorviam instantaneamente."
O dirigente da equipe relata que todos os copinhos recebem eflúvios balsâmicos e revigorantes que atuarão como tônico reconstituinte, e complementa dizendo: " - O homem na Terra está longe de compreender a infinita bondade de Nosso Pai. A água fluidificada é recurso valioso, embora, vezes sem conta, ele não lhe valorize os abençoados terapêuticos."
Cabe destacar que a água é um excelente condutor de energias e que não importa se os recipientes estão fechados ou abertos, eles recebem os eflúvios balsâmicos e revigorantes do mesmo modo.

4.
SETOR DE ESCLARECIMENTOS




O Setor atua auxiliando, através da intuição, os encarnados encarregados dos estudos e comentários evangélicos e doutrinários, e também presta assistência no trabalho de Atendimento Fraterno.
O autor descreve que os servidores deste Setor utilizam livros e uma espécie de fichário, semelhante a um arquivo, que consultam para desempenharem suas atividades.
Com relação a atuação junto aos responsáveis pelos comentários e estudos doutrinários, o autor espiritual destaca uma situação que costumava ocorrer com ele quando encarnado, atuando como divulgador da Doutrina Espírita: " Eu buscava estudar. Preparava os estudos. No entanto, quantas vezes, dialogando com os companheiros, um exemplo novo, uma idéia mais concreta, um pensamento mais amplo assaltavam minha mente, facilitando a compreensão do tema em estudo! Ah! Quantas vezes a presença espiritual é tão concreta e não nos damos conta!"
"Toda a vez que o homem se predispõe a conhecer a verdade e divulgá-la em nome do amor, estará recebendo assistência espiritual."
Sobre a assistência dada ao trabalho de Atendimento Fraterno, os espíritos também se utilizam da intuição dos encarnados, de acordo com as suas possibilidades mediúnicas, para orientar os tarefeiros encarnados sobre as orientações mais adequadas a serem dadas aos necessitados que buscam a Casa.
Há ainda o serviço de Atendimento Fraterno aos desencarnados:
" Igualmente, assistimos diversos espíritos desencarnados em perturbação, dialogando com eles, demoradamente, esclarecendo-os quanto 'a nova realidade a que estão vinculados. Aprendemos aqui que a verdade é imprescindível à iluminação das criaturas, entretanto há que ser dosada de acordo com a maturidade de cada um. Por isso, para que realizemops o melhor ao nosso alcance, participamos, sempre que possível, de cursos e conferências que nos permitam o sublime aprendizado de esclarecer sem ferir, ajudar sem violentar e colaborar sem exigir."

5. SETOR DE COMUNICAÇÕES

Este Setor serve como área de apoio aos demais setores, fornecendo-lhes recursos que servirão de base para o desempenho das tarefas de cada setor. As informações prestadas a outros setores são obtidas a partir de telas eletromagnéticas, comunicadores de longa distância, receptores, auscultadores vibracionais, etc.
Marcos, o orientador do autor do livro em sua visita a Casa Espírita, destaca o intercâmbio entre os setores a partir do trabalho do Setor de Comunicações:
"Fornecimento de dados ao Setor de Vigilância, aquisição de informações para o atendimento do Setor de Enfermagem, colaboração valiosa aos servidores do Setor de Esclarecimentos."
O autor destaca: "equipamentos os mais diversos eram instalados nos mais variados locais, destacando-se aos meus olhos uma grande tela luminescente fixada no salão de reuniões."
Ante a dúvida do autor sobre a necessidade da espiritualidade usar os equipamentos para obter as informações, Marcos esclarece: "Antes de mais nada, cumpre-nos considerar que estamos agindo na Crosta, ou seja, em meio onde nossa ação encontra quase sempre muitos obstáculos.Entre eles, destacamos as vibrações mentais desequilibrantes oriundas de grande porcentagem de espíritos encarnados no planeta e dos desencarnados. Em meio hostil, as nossas realizações seriam desenvolvidas de forma mais lenta e penosa, não fosse o concurso desses aparelhos."
O Setor de Comunicações realiza, ainda, serviços de atividades externas, tais como: visitas a familiares ou necessitados pelos quais os freqüentadores oram e incursões nas regiões inferiores do plano espiritual, no trabalho de intercâmbio e auxílio a Espírito sofredores e necessitados.
Com relação ao trabalho da espiritualidade de visitar as pessoas pelas quais os freqüentadores pedem, o autor destaca a importância de se ter um desejo sincero de ajudar e de ter fé. O auxílio sempre é dado, porém a intenção e a sinceridade auxiliam no processo de ajuda.
"Templo, hospital, escola, oficina, sublime educandário das almas, o Centro Espírita é a bondade e misericórdia de Deus, materializados na Terra, em benefício das criaturas."

6. OUTROS ESCLARECIMENTOS


1. "Quando duas ou mais pessoas reunirem-se em meu nome, aí eu estarei." Jesus.

A cooperação dos servidores espirituais faz-se constante em todas as agremiações voltadas ao Bem e à Verdade, espíritas ou não. Quanto às instituições espiritas, a atuação do mundo invisível se faz em benefício de todas elas . A Casa Espírita materializa-se na crosta sob a inspiração do mais alto. Cada instituição tem suas características próprias e à medida que se desenvolve, novos recursos são mobilizados da Vida Maior, sob a assistência do diretos espiritual. O amor de Jesus está sempre presente através de seus mensageiros.

2. Fora do halo luminoso que cerca e protege a Casa Espírita, turbas de Espíritos se agitam. Atraídos pela movimentação dos encarnados e pelas luzes espirituais e grande quantidade de Espíritos sofredores imploram auxílio. Espíritos desencarnados do Setor de vigilância são encarregados de selecionar aqueles que se candidatam à recuperação. Ele se utilizam de aparelhos ("capacitores vibracionais"), identificando os Espíritos sofredores cujas vibrações demonstrem sinceros arrependimento e verdadeiro desejo de renovação. Tais Espíritos entram no Centro, na enfermagem. Para aqueles desencarnados que ainda continuam sustendo pensamentos desequilibrantes, somente o tempo e a dor poderão facilitar-lhes a modificações necessárias. E tudo o que podemos fazer é por eles orar.

3. A música elevada repercute nas criaturas, pacificando-as e
harmonizando-as, com sua linguagem universal. Está a música presente na vida do homem, desde os tempos mais remotos, sendo a mais sublime dentre todas as expressões de arte, sensibilizando profundamente a muitas criaturas. Embora não seja fator indispensável para a prática do Bem, a música pode ser considerada como elemento de auxílio na desintoxicação mental das criaturas e no equilíbrio das emoções.
"... comecei a perceber uma chuva de pequeninas pétalas suavemente coloridas que caiam sobre os presentes, modificando-lhes o estado íntimo para melhor."

4. O instante da prece inicial a Jesus é proferido nos dois planos, Espiritual e material, interligados no mesmo propósito. Os sinceros sentimentos do dirigente encarnado harmonizam-se com os do mentor espiritual da reunião. Tênue luz se irradia dos presentes, e vibrações salutares derramam-se por sobre o ambiente, propiciando paz reconforto. Mas, nem todos os presentes assimilam aquelas dádivas e seus benefícios, pois mantêm seus pensamentos nas preocupações diárias, por falta de disciplina mental, que se conquista pela auto-educação. Somente com o amadurecimento, as criaturas poderão avaliar os sublimes valores da oração. ( L E, q.659-660 )
"Onde estiver o vosso tesouro, ali estará o vosso coração." Jesus

5. Nas tarefas de divulgação doutrinária, o médium está sempre acompanhado por seu guia espiritual. Os recursos ou registros do médium somam-se à inspiração do benfeitor, cuja tarefa é auxiliar seu tutelado, sugerindo-lhe idéias, coordenando-lhe os pensamentos. Aqueles que veiculam a mensagem doutrinária, através da palavra, não necessitam, pois, apenas estudar, mas, vivenciar os postulados abraçados. Se suas palavras provierem do coração, das suas experiências e vivências, acrescidas dos seus recursos intelectivos, a mensagem tocará e sensibilizará a platéia.
"IDE E PREGAI..." Jesus.
Os comentários evangélico-doutrinários, se ouvidos atenciosamente, podem influenciar os ouvintes interessados, permitindo-lhes através de suas mensagens, realizar uma profunda avaliação da vida, através de valioso processo terapêutico de auto-avaliação, agindo em seu próprio auxílio.
"Ajuda-te que Deus te ajudará."
Muitos dos freqüentadores das reuniões espíritas não conseguem registrar os ensinamentos esclarecedores, porque permanecem presos às preocupações familiares e profissionais. O aproveitamento do que está sendo comentado dependerá do interesse de cada um, pois, a redenção espiritual é conquista de ordem individual. Outrossim, o sono, assumido por alguns durante as reuniões doutrinárias, revela a falta do cultivo da atenção e, por vezes, uma mente preguiçosa que somente o tempo e a dor poderão transformar. Alguns, no entanto, sofrem influenciação espiritual negativa à distância, por não conseguirem seus agressores penetrar nos Centros Espíritas. Contudo, a principal questão ainda é a indiscilplina mental do indivíduo, que se compraz nessa situação.
Esses obstáculos à renovação do Homem desaparecerão quando ele compreender a Paternidade Divina e conscientizar-se que a vida na Terra é passageira, que sua morada são as estrelas e que seu destino é a perfeição.

6. Os Espíritos desencarnados, trazidos para a reunião, são acomodados em auditório reservado, beneficiando-se, igualmente, das mensagens evangélicas, assistidos pelos companheiros do Setor de Vigilância e de Esclarecimento. Nesse auditório é instalada uma grande tela luminescente. À medida que o palestrante discorre suas mensagens, inúmeros quadros de graça e beleza formam-se na tela gigantesca, permitindo aos desencarnados visualizarem cenas comovedoras. Este fenômeno tem por base o poder criador do pensamento, aliado à vontade ativa. Enquanto fala, o expositor das verdades celestes emite, intensamente, os próprios pensamentos, imantados pela viva emoção que lhe nasce da intimidade do Espírito.
Os desencarnados, ouvindo a mensagem e acompanhamento os quadros vivos que se reproduzem na grande tela, recordam-se das próprias experiências. Revêem acontecimentos em que malograram, constatam equívocos, analisam as próprias quedas, e reincidência nos erros. Compreendendo, agora, a verdade libertadora que se negaram a enxergar, entregam-se a copiosos prantos, cegos que estavam no egoísmo destruidor. O arrependimento é sempre assinalado por lágrimas sinceras, que representam a limpeza interior. Com toda a certeza, elas prenunciam a renovação íntima.
"Vinde a mim todos vós que vos achais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e encontrareis o descanso para vossas almas, porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve." Jesus

7. Por vezes, as inúmeras atividades desenvolvidas pelos benfeitores passam desapercebidas entre os companheiros desencarnados. Vários serviços exteriores, para socorro aos necessitados ou visitas preces e vibrações solicitadas para os nomes de encarnados e desencarnados, anotados em cadernos ou papéis, previamente preparados.
Os servidores espirituais fazem uso de um pequeno aparelho com visor. Ao se passar o aparelho sobre os nomes anotados, alguns se destacam, como que emoldurados de luz, registrando o sensor as vibrações emantadas ( ao escreverem-se os nomes, ficam registrando o sensor as nossas disposições mentais e emocionais ). Portanto, ao nos lembrarmos dos nomes e os escrevermos, estamos fazendo por eles uma prece.
"Estivessem esses irmãos encarnados ou desencarnados, seriam visitados e assistidos em nome do Amor de Jesus e graças ao mecanismo das orações e dos apelos feitos pelos que se lembravam deles."

8. Durante os trabalhos do passe, os Espíritos do Setor de Enfermagem, movimentam-se silenciosos e com muito respeito. Por possuírem profundos conhecimento acerca de irradiação e exteriorização das próprias energias, influenciam diretamente os médiuns passistas, auxiliando-os nas tarefas de fluidoterapia. Os fluídos vitais dos médiuns passistas, associam-se aos fluídos espirituais, beneficiando as criaturas a nível material, emocional e espiritual. Ë muito importante a posição de quem recebe o menor assimilação das energias salutares. A vontade e a disciplina mental dos assistidos favorece ação dos benfeitores espirituais. O seu aproveitamento dependerá, naturalmente, do interesse de cada indivíduo.
"Ainda aqui, a vontade e a disciplina mental são a base do fenômeno que observamos."

"NA SEARA DO BEM"
Livro psicografado por Luis Antonio Ferraz, Pelo Espírito Antônio Carlos Tonini ( 1947-1987 ).



Texto retirado do site: http://www.cema.org.br/ResumodeLivros.htm