Este espaço foi criado com o objetivo de falar um pouco a respeito do Espiritismo, trazer alguns esclarecimentos a respeito desta doutrina tão consoladora.
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22 de jul. de 2019
Reencarnação no Contexto Histórico
“Pois não há nada de escondido que não venha a ser revelado, e não existe nada de
oculto que não venha a ser conhecido”. (JESUS, Mt 10,26).A cada dia que desenvolvemos nossos estudos sobre o tema reencarnação estamos vendo que,
infelizmente, muitas coisas foram expurgadas das Sagradas Escrituras, a verdade pouco lhes importa,
com o objetivo de justificar a manutenção de dogmas religiosos. Dogmas esses que ainda servem aos
interesses das lideranças religiosas, que buscam de todas as formas fazer com que seus fiéis
permaneçam na ignorância e assim sigam acreditando nessa teologia “Adão e Eva”.
Assim, é que já em Êxodo 20, 5, mudaram a preposição, que fatalmente nos levaria à conclusão
da existência da reencarnação, quando trocam o “na” por “até”, vejamos:“... porque eu, Iahweh teu Deus, sou um Deus ciumento, que puno a iniqüidade dos pais sobre os filhos
até a terceira e quarta geração dos que me odeiam”.Só que, com essa mudança, o texto entra em conflito com outra passagem bíblica:“Os pais não serão mortos em lugar dos filhos, nem os filhos em lugar dos pais. Cada um será executado
por seu próprio crime”. (Dt 24, 16) [ [1] ].
Entretanto, se colocarmos a preposição “na” em lugar da usada no texto, ficaremos perfeitamente
coerentes com essa passagem anterior e a justiça divina não puniria um inocente, mas o próprio espírito
culpado que nasceria como neto ou bisneto dele mesmo, ou seja, o próprio criminoso reencarnado como
um de seus descendentes.
Sempre lemos, de outros autores, que a idéia da reencarnação existia no cristianismo primitivo e existe no
judaísmo, como por exemplo, Dr. Severino Celestino da Silva, em Analisando as Traduções Bíblicas, H.
Spencer Lewis, F.R.C, Ph.D., no livro A Vida Mística de Jesus e o teólogo alemão Holger Kersten, autor
de Jesus Viveu na Índia, do qual transcrevemos:
“Até agora, quase todos os historiadores da Igreja acreditaram que a doutrina da
reencarnação foi declarada herética durante o Concílio de Constantinopla em 553. No
entanto, a condenação da doutrina se deve a uma ferrenha oposição pessoal do imperador
Justiniano, que nunca esteve ligado aos protocolos do Concílio. Segundo Procópio, a
ambiciosa esposa de Justiniano, que, na realidade, era quem manejava o poder, era filha
de um guardador de ursos do anfiteatro de Bizâncio. Ela iniciou sua rápida ascensão ao
poder como cortesã. Para se libertar de um passado que a envergonhava, ordenou, mais
tarde, a morte de quinhentas antigas ‘colegas’ e, para não sofrer as conseqüências dessa
ordem cruel em uma outra vida como preconizava a lei do Carma, empenhou-se em abolir
toda a magnífica doutrina da reencarnação. Estava confiante no sucesso dessa anulação,
decretada por ‘ordem divina’”.
“Em 543 d.C. o imperador Justiniano, sem levar em conta o ponto de vista papal,
declarou guerra frontal aos ensinamentos de Orígenes, condenando-os através de um
sínodo especial. Em suas Obras De Principiis e Contra Celsum, Orígenes (185-235 d.C), o
grande Padre da Igreja, tinha reconhecido, abertamente, a existência da alma antes do
nascimento e sua dependência de ações passadas. Ele pensava que certas passagens do
Novo Testamento poderiam ser explicadas somente à luz da reencarnação”.
“Do Concílio convocado pelo imperador Justiniano só participaram bispos do Oriente
(ortodoxos). Nenhum de Roma. E o próprio Papa, que estava em Constantinopla naquela
ocasião, deixou isso bem claro”.
“O Concílio de Constantinopla, o quinto dos Concílios, não passou de um encontro, mais
ou menos em caráter privado, organizado por Justiniano, que, mancomunado com alguns
vassalos, excomungou e maldisse a doutrina da pré-existência da alma, apesar dos
protestos do Papa Virgílio, com a publicação de seus Anathemata”.
“A conclusão oficial a que o Concílio chegou após uma discussão de quatro semanas
teve que ser submetida ao Papa para ratificação. Na verdade, os documentos que lhe
foram apresentados (os assim-chamados ‘Três Capítulos’) versavam apenas sobre a
disputa a respeito dos três eruditos que Justiniano, há quatro anos, havia por um edito
declarado heréticos. Nada continham sobre Orígenes. Os Papas seguintes, Pelágio I (556-
561), Pelágio II (579-590) e Gregório (590-604), quando se referiram ao quinto Concílio,
nunca tocaram no nome de Orígenes”.
“A Igreja aceitou o edito de Justiniano – ‘Todo aquele que ensinar esta fantástica pré-
existência da alma e sua monstruosa renovação será condenado’ – como parte das
conclusões do Concílio. Portanto, a proibição da doutrina da reencarnação não passa de
um erro histórico, sem qualquer validade eclesiástica”. (pág. 240-241).
E especificamente quanto ao judaismo podemos comprovar pelo historiador judeu Flavius Josephus,
citado por Dr. Hernani de Guimarães Andrade, no livro Você e a Reencarnação, à página 28. Dr. Hernani
em referência a WHISTON (The Works of Flavius Josephus, trad. Willian Whiston, M.A., London: War, Loc
& Co. Limited.), diz-nos:Flavius Josephus (37 a 95 a.D.), intelectual e historiador judeu, em sua famosa obraDe
Bello Judaico, faz a seguinte advertência aos soldados judeus que preferiam desertar,
suicidando-se:"Não vos recordais de que todos os espíritos puros que se encontram em conformidade
com a vontade divina vivem no mais humildes dos lugares celestiais, e que no decorrer do
tempo eles serão novamente enviados de volta para habitar corpos inocentes? Mas que as
almas daqueles que cometeram suicídio serão atiradas às regiões trevosas do mundo
inferior?" (Josephus, 1910).
Entretanto, até nessa clássica obra desse autor da antiguidade modificaram o texto para, obviamente,
fugir da idéia da reencarnação, conforme podemos comprovar pela tradução de Vicente Pedroso,
publicada no livro História dos Hebreus, (CPAD, 7ª ed., 2003), que diz o seguinte (pág. 600):
Não sabeis que Ele difunde suas bênçãos sobre a posteridade daqueles, que depois de
ter chamado para junto de si, entregam em suas mãos, a vida, que, segundo as leis da
natureza, Ele lhes deu e que suas almas voam puras para o céu, para lá viverem felizes e
voltar, no correr dos séculos, animar corpos que sejam puros como elas (*) e que ao invés,
as almas dos ímpios, que por uma loucura criminosa dão a morte a si mesmos são
precipitados nas trevas do inferno.
(*) Parece, segundo estas palavras, que Josefo acreditava na metempsicose.
Observar que apesar dos textos serem bem semelhantes, mudaram todo o sentido do original
para fugir da idéia da reencarnação. Dúvida que envolveu até o próprio editor: “Parece, segundo estas
palavras, que Josefo acreditava na metempsicose”, querendo dissimular o pensamento sobre a
reencarnação.
Mas se esqueceu de modificar o que disse Josephus, quando fala no que acreditavam os
fariseus:
“Eles julgam que as almas são imortais, que são julgadas em um outro mundo e
recompensadas ou castigadas segundo foram neste, viciosas ou virtuosas; que umas são
eternamente retidas prisioneiras nessa outra vida e que outras voltam a esta”. (op. cit., pág.
416).
Entretanto, o mesmo não aconteceu com a tradução do livro Atos dos Apóstolos 23, 8, onde se diz que os
fariseus sustentam “a ressurreição”, quando, na verdade, deveria ser “a reencarnação”, conforme nos
informa o historiador judeu.
Podemos ainda acrescentar as informações contidas no livro As Rodas da Alma, onde o Rabino Philip S.
Berg desenvolvendo o tema dentro da ótica cabalista, diz a certa altura (pág. 29):
“Entre todos os que aceitam a doutrina da reencarnação, talvez os cabalistas sejam os
únicos que acreditam que uma alma pode retornar num nível inferior daquele que deixou
em uma vida anterior. Efetivamente, se o peso do tikun (correção) for suficientemente
pesado, uma alma humana poderá se encontrar reencarnada no corpo de um animal, de
uma planta ou até mesmo de uma pedra”.
“A Cabala é o significado mais profundo e oculto da Torá, ou Bíblia”, diz Berg, o que confirma que é um
conhecimento do judaísmo místico, segundo suas próprias palavras.
Trazemos também a opinião de Sérgio F. Aleixo, escritor e estudioso da Bíblia, que em seu
livroReencarnação – Lei da Bíblia, Lei do Evangelho, Lei de Deus, diz o seguinte (pág. 21):
“Neste trabalho, queremos demonstrar que a cultura judaico-cristã tem precedentes
reencarnacionistas incontestáveis, a despeito de as políticas igrejeiras, sustentadas pelos
mais absurdos teologismos, se obstinarem ainda em negá-los”.
É comum a certas pessoas advogarem que devemos, para interpretar a Bíblia, levar em conta o contexto
histórico, mas quando o fato é reencarnação não seguem a sua própria recomendação. Os fatos
históricos estão aí relatados, e não há como mudá-los. Resta então aos fanáticos a humildade de
mudarem de posicionamento em relação ao assunto. Embora sinceramente achamos isso muito difícil,
pois são completamente cegos, cuja única verdade que aceitam é a que lhes ensinaram, pouco importa
se corresponde à realidade ou não. Todos os que pensam diferente deles são “heréticos” que precisam
ser combatidos.
Aos que ainda nos dias de hoje perseguem os Espíritas por causa desse princípio doutrinário do
Espiritismo, recomendamos que leiam mais, mas saiam da literatura de autores “recomendados” e
busquem a verdade em outras obras, principalmente de outros autores, estudiosos e pesquisadores da
reencarnação, que não os de sua corrente religiosa. Somente os que temem a verdade é que proíbem a
leitura de obras fora do “nihil obstat” de sua liderança religiosa.Referências Bibliográficas:ALEIXO, S.F. Reencarnação – Lei da Bíblia, Lei do Evangelho, Lei de Deus, Niterói, Lachâtre, 2003.
ANDRADE, H.G. Você e a Reencarnação, Bauru, CEAC, 2002.
BERG, P. S. As Rodas da Alma, São Paulo, Centro de Estudos da Cabala, 1998.
CHAVES, J. R. A Reencarnação Segundo a Bíblia e a Ciência, São Paulo, 2002.
DIVERSOS. Bíblia de Jerusalém, São Paulo, Paulus, 2002.
KERSTEN, H. Jesus Viveu na Índia. São Paulo, Best Seller, 1988.
LEWIS, H.S. A Vida Mística de Jesus, Curitiba, AMORC, 2001.
SILVA, S. C. Analisando as Traduções Bíblicas. João Pessoa; Idéia, 2001
Por Paulo da Silva Neto Sobrinho
24 de mar. de 2019
Porque a Reencarnação Passou a Ser Condenada Pela Igreja Católica
Aconteceu, porém, que o segundo Concílio de Constantinopla, atual Istambul, na Turquia, em decisão política, para atender exigências do Império Bizantino, resolveu abolir tal convicção, cientificamente justificada, substituindo-a pela ressurreição, que contraria todos os princípios da ciência, pois admite a volta do ser, por ocasião de um suposto juízo final, no mesmo corpo já desintegrado em todos os seus elementos constitutivos.
É que Teodora, esposa do famoso Imperador Justiniano, escravocrata desumana e muito preconceituosa, temia retornar ao mundo, na pele de uma escrava negra e, por isso, desencadeou uma forte pressão sobre o papa da época, Virgílio, que subira ao poder através da criminosa intervenção do general Belisário, para quem os desejos de Teodora eram lei.
E assim, o Concílio realizado em Constantinopla, no ano de 553 D.C, resolveu rejeitar todo o pensamento de Orígenes de Alexandria, um dos maiores Teólogos que a Humanidade tem conhecimento. As decisões do Concílio condenaram, inclusive, a reencarnação admitida pelo próprio Cristo, em várias passagens do Evangelho, sobretudo quando identificou em João Batista o Espírito do profeta Elias, falecido séculos antes, e que deveria voltar como precursor do Messias (Mateus 11:14 e Malaquias 4:5).
Agindo dessa maneira, como se fosse soberana em suas decisões, a assembléia dos bispos, reunidos no Segundo Concílio de Constantinopla, houve por bem afirmar que reencarnação não existe, tal como aconteceu na reunião dos vaga-lumes, conforme narração do ilustre filósofo e pensador cristão, Huberto Rohden, em seu livro ” Alegorias “, segundo a qual, os pirilampos aclamaram a seguinte sentença, ditada por seu Chefe D. Sapiêncio, em suntuoso trono dentro da mata, na calada da noite: ” Não há nada mais luminoso que nossos faróis, por isso não passa de mentira essa história da existência do Sol, inventada pelos que pretendem diminuir o nosso valor fosforescente “.
E os vaga-lumes dizendo amém, amém, ao supremo chefe, continuaram a vagar nas trevas, com suas luzinhas mortiças e talvez pensando – “se havia a tal coisa chamada Sol, deve agora ter morrido”. É o que deve ter acontecido com Teodora: ao invés de fazer sua reforma íntima e praticar o bem para merecer um melhor destino no futuro, preferiu continuar na ilusão de se poder fugir da verdade, só porque esta fora contestada pelos deuses do Olimpo, reunidos em majestoso conclave.
Vivaldo J. de Araújo é Professor e Procurador de Justiça do Estado de Goiás.
10 de mar. de 2019
Morte física e desencarne – porque demoramos para desligar da matéria?
Basicamente o Espírito permanece ligado ao corpo enquanto são muito fortes nele as impressões da existência física.
Indivíduos materialistas, que fazem da jornada humana um fim em si, que não cogitam de objetivos superiores, que cultivam vícios e paixões, ficam retidos por mais tempo, até que a impregnação fluídica animalizada de que se revestem seja reduzida a níveis compatíveis com o desligamento.
Certamente os benfeitores espirituais podem fazê-lo de imediato, tão logo se dê o colapso do corpo. No entanto, não é aconselhável, porquanto o desencarnante teria dificuldades maiores para ajustar-se às realidades espirituais. O que aparentemente sugere um castigo para o indivíduo que não viveu existência condizente com os princípios da moral e da virtude, é apenas manifestação de misericórdia. Não obstante o constrangimento e as sensações desagradáveis que venha a enfrentar, na contemplação de seus despojes carnais em decomposição, tal circunstância é menos traumatizante do que o desligamento extemporâneo.
Há, a respeito da morte, concepções totalmente distanciadas da realidade. Quando alguém morre fulminado por um enfarte violento, costuma-se dizer:
“Que morte maravilhosa! Não sofreu nada!”
No entanto, é uma morte indesejável.
Falecendo em plena vitalidade, salvo se altamente espiritualizado, ele terá problemas de desligamento e adaptação, pois serão muito fortes nele as impressões e interesses relacionados com a existência física.
Se a causa da morte é o câncer, após prolongados sofrimentos, em dores atrozes, com o paciente definhando lentamente, decompondo-se em vida, fala-se:
“Que morte horrível! Quanto sofrimento!”
Paradoxalmente, é uma boa morte.
Doença prolongada é tratamento de beleza para o Espírito. As dores físicas atuam como inestimável recurso terapêutico, ajudando-o a superar as ilusões do Mundo, além de depurá-lo como válvulas de escoamento das impurezas morais. Destaque-se que o progressivo agravamento de sua condição torna o doente mais receptivo aos apelos da religião, aos benefícios da prece, às meditações sobre o destino humano. Por isso, quando a morte chega, ele está preparado e até a espera, sem apegos, sem temores.
Algo semelhante ocorre com as pessoas que desencarnam em idade avançada, cumpridos os prazos concedidos pela Providência Divina, e que mantiveram um comportamento disciplinado e virtuoso. Nelas a vida física extingue-se mansamente, como uma vela que bruxuleia e apaga, inteiramente gasta, proporcionando-lhes um retomo tranquilo, sem maiores percalços.
Livro: Quem tem medo da Morte – Richard Simonetti
Autor: Richard Simonetti
21 de dez. de 2015
IMPRESSÕES DIGITAIS PODERIAM PROVAR A REENCARNAÇÃO?
"Mamãe, eu morri num rio...." a frase dita a alguns anos por Felipe (nome adotado para este relato) ao passar sobre uma ponte, chocou sua mãe, que aqui chamaremos de Amélia. O menino, que desde muito cedo manifestava um grande medo do mar, tinha na ocasião apenas dois anos de idade e a família morava em Santos, litoral de São Paulo. Hoje, Felipe tem treze anos e mora com a família na cidade paulista de Jarinu. Já não se lembra mais dos detalhes da estória que contava aos atônitos pais : a de que havia vivido em Campos de Jordão, que se chamava na ocasião Augusto Ferreiro, que mexia com ferragens e cavalos e que havia morrido num acidente em que um automóvel Gol cor de vinho caberá num rio. Quando pequeno, o menino contava ainda detalhes da cidade serrana que não poderia conhecer – como o clima frio e a grande quantidade de flores azuis (hortênsias) nas ruas – já que a sua família atual jamais estivera ali.
O tempo passou e a família de Felipe nunca teve oportunidade de verificar a veracidade da estória. Até que, em dezembro passado, ao assistir ao programa "Espiritismo Via Satélite", hoje "Visão Espirita", no canal executivo da Embratel, dona Amélia conheceu o entrevistado daquele domingo, Dr. João Alberto Fiorini de Oliveira, delegado titular do Serviço de Registros Policiais para Investigações em Curitiba - Paraná. E quando soube que ele realiza pesquisas de casos de reencarnação, utilizando-se de técnicas avançadas de investigação, não teve duvidas: mandou um fax contando sua estória e pedindo o auxilio do perito.
O Dr. Fiorini interessou-se pelo caso e saiu a campo para investigar. Foi a campos de Jordão na semana do Natal de 2000 e, depois de muito procurar por pistas do tal Augusto Ferreiro – individuo que Felipe dizia ter sido em encarnação anterior – não logrou êxito. Consultou registros na Prefeitura , delegacia, cemitério, hospitais... e nada . Nenhum sinal daquele senhor. Até que, passando próximo ao teleférico num ponto de charretes (que em Campos de Jordão desempenham a função de táxi), decidiu parar e indagar aos carreteiros mais idosos.
- "Perguntei a um deles, chamado seu Antônio, se havia conhecido um tal de Augusto Ferreiro. Ele respondeu:" - conheço !, conta Fiorini. "Fiquei perplexo". Tudo indicava, portanto, tratar-se de um caso de paranormalidade, mas não de reencarnação já que Augusto Ferreiro continuava vivo. Fiorini, então, telefonou para a mãe de Felipe e relatou-lhe o fato. Ela por sua vez, contou a estória ao seu filho, que teve uma reação inusitada: entrou em um estado de profunda agitação, quase de pânico, ao se lembrar do verdadeiro Augusto Ferreiro.
Diante disso, Fiorini decidiu ir à procura desse personagem que, nesta altura dos acontecimentos, era a única pessoa capaz de decifrar o enigma. Voltou, então, ao ponto de charretes e, retomados os contatos, foi levado a residência daquele senhor.
Ali, numa casa simples, distante sete quilômetros do teleférico, Fiorini encontrou um ancião de 80 anos que o atendeu com cortesia, mas bastante desconfiado. Soube, então, que Augusto Ferreiro era um apelido. Sue nome verdadeiro é José Chagas, embora ninguém o conheça como tal, ganhara o apelido de Augusto ainda bebê, quando uma outra criança que havia nascido no mesmo dia que ele – esta sim chamada de Augusto – falecera dois dias depois. O "sobrenome" Ferreiro só veio muito mais tarde, quando passou a trabalhar com charretes, metais, ferraduras.... Feitas as apresentações, travou-se o seguinte dialogo:
- Eu trouxe aqui um documento – principiou Fiorini, entregando-lhe o fax que a mãe de Felipe lhe havia enviado com o relato da historia - e gostaria que o senhor o visse e me desse algumas informações.
Augusto Ferreiro dispôs-se a colaborar.
- Esse menino – prosseguiu o delegado – esta dizendo que é o senhor. É claro que está enganado ! Mas existe alguém na sua família que morreu afogado num rio ?
- Não, foi a resposta categórica – não existe.
- Bem, então como explica que um menino que nunca ouviu falar do senhor saiba seu nome, a cidade onde mora e como é essa cidade, mesmo nunca tendo estado aqui ?
- Eu não sei – respondeu, sincero, o distinto senhor - Eu não sei nada sobre esse assunto- finalizou .
Fiorini agradeceu e se despediu, frustrado. Mas, a perplexidade não havia sido só dele, soube-o mais tarde . Naquele dia, o velho Augusto Ferreiro não consegui conciliar o sono. Disse, posteriormente, que custou a dormir e, quando pegou no sono, sonhou com um neto seu, Fernando, que ele não via há quase quinze anos. Fernando era filho de uma de suas filhas, Cidinha, que morava em Ubatuba, litoral norte de São Paulo. O que intrigou o senhor Augusto foi o fato de que o menino, no sonho, só lhe aparecia de costas. E, segundo ele, quando uma pessoa aparecia de costas - num sonho - era porque essa pessoa estava morta.
No dia seguinte, Augusto Ferreiro reuniu os filhos e contou-lhes a estória toda: o aparecimento em sua casa, na véspera, de um sujeito estranho contando uma estória igualmente estranha, de um menino que dizia ser ele e que havia morrido afogado. Depois, emendou o relato do impressionante sonho que tivera com Fernando, que há muito tempo não via, e perguntando-lhes se estavam escondendo algo sobre o neto.
Os filhos ficaram horrorizados. Entre confusos e encabulados, contaram ao pai que seu neto, Fernando, realmente havia falecido há vários anos - afogado - no rio do Boi, em Ubatuba, dragado por um tubo, ao cair de uma ponte que o próprio Augusto havia ajudado a construir. Na ocasião, a família deliberou esconder o fato do avô, para que ele não sofresse. Sim, era verdade, disseram-lhe os filhos, Fernando não estava mais entre eles.
Foi uma comoção geral e Augusto Ferreiro decidiu procurar o estranho que lhe visitara na véspera para contar-lhe o ocorrido. Mas, onde encontra-lo ? Decidiu, então, dirigir-se ao ponto de charretes e deixar recado para Fiorini procurá-lo, caso ele voltasse a passar por ali.
E foi o que ocorreu. No dia de Natal, Fiorini - que havia feito amigos entre os charreteiros - voltou para presenteá-los com panetones e vinhos. Foi quando recebeu o recado de Augusto Ferreiro e voltou a procurá-lo, ouvindo de sua boca a estória toda:
- Há quinze anos, minha filha Cidinha teve um problema de tuberculose e eu fui buscá-la para fazer tratamento aqui em Campos. Ela veio e trouxe o filho, Fernando, que ficou comigo durante o período em que ela se tratava . Na época, um outro filho meu tinha um carro Gol cor-de-vinho e eles passeavam bastante pela cidade; só que esse carro não caiu no rio, não; foi destruído, tempos depois, num incêndio. Eu fazia carrinhos e brinquedos de boi para Fernando, que se afeiçoou bastante a mim, e eu a ele. Foi nessa época que ele conheceu o frio e as flores da cidade. Quando a mãe melhorou, voltaram para Ubatuba e, depois disso, eu nunca mais vi Fernando. Meus filhos contaram, agora, que pouco tempo depois de voltar para casa, meu neto - brincando num rio - foi dragado por um tubo, debaixo de uma ponte que eu ajudei a construir e morreu afogado. Eles esconderam essa estória de mim e só agora eu soube de tudo.
Mesmas digitais
A estória de Felipe, aparentemente, termina aqui. Fiorini gostaria de ter as impressões digitais de Fernando, o neto de Augusto Ferreiro, mas isso não será possível. Fernando faleceu aos seis anos de idade. Dois anos mais tarde, reencarnou em Santos, onde recebeu o nome de Felipe. Se fosse possível confrontar as digitais das duas crianças... Fiorini está convencido de que elas seriam idênticas. E esta seria a prova definitiva da realidade da reencarnação.
Essa, alias, é a polemica tese do Dr. João Fiorini : a de que carregamos as mesmas impressões digitais de uma encarnação à outra quando o intercurso – tempo decorrido entre uma encarnação e a seguinte – é relativamente curto.
Sabe-se que não existem dois seres humanos com as mesmas impressões digitais. Fiorini cita os estudos do medico Almeida Jr., já falecido, que foi professor de Direito da Faculdade do largo São Francisco, em São Paulo, e de Medicina Forense da Escola Paulista de Medicina. De acordo com esses estudos, numa relação sexual existem cerca de dezessete milhões de espermatozóides se debatendo para fecundar um dos óvulos da mulher. Isso resulta na espantosa cifra de possibilidades de combinações diferentes. Daí a improbabilidade de duas pessoas terem as mesmas digitais.
Não obstante, lembra Fiorini, existe - nos Estados Unidos - um serviço centralizado de cadastramento de pessoas com cinqüenta milhões de indivíduos registrados, todos com suas digitais. Pois bem, sempre que ocorre uma repetição de digitais, uma das pessoas envolvidas no episodio já faleceu. Jamais a digital se repete entre pessoas vivas. Como os americanos, de maneira geral, não acreditam na reencarnação, tudo para eles não passa de uma fortuita coincidência.
Segundo Fiorini, quando o período entre as encarnações é longo, as digitais acabam por sofrer a influência genética dos pais do reencarnado. Mas, se a reencarnação ocorre pouco tempo depois de desencarne anterior, a possibilidade de o períspírito manter as digitais inalteradas é bastante acentuada.
Neto de si mesmo.
Entre os casos que estão sendo pesquisados pelo perito, está o de uma criança de Maceió, Alagoas, que segundo a família seria a reencarnação do próprio avô. Também, neste caso, as evidências são significativas. A estória é a seguinte: um advogado de 80 anos de idade faleceu e, em sonhos de vários familiares, avisou que retornaria como seu próprio neto. Ocorre que esse advogado, quando tinha dezoito anos, sofreu um acidente durante uma caçada quando a espingarda que utilizava disparou por acaso e diversos chumbos alojaram-se em sua mão direita. Todos os chumbos foram removidos, menos um, que se instalara na junta do polegar direito; o que resultou numa deformidade local: seu dedo ficou torto puxando para a palma da mão.
O advogado faleceu em 1977 e depois dos avisos em sonho - de que voltaria - em 1999 nasceu seu neto, hoje com três anos de idade. Atualmente, a criança começa a apresentar o mesmo defeito de que seu avô era portador no polegar da mão direita. A família enviou para o Dr. Fiorini as impressões digitais do menino, tiradas rudimentarmente com batom, e xerox de um documento do advogado com sua digital. Numa analise preliminar, Fiorini – que é especialista em identificação – encontrou algumas semelhanças intrigantes, mas como a digital que existe no documento do advogado é aparentemente o polegar esquerdo – talvez devido à sua deformidade na mão direita – os sinais correspondentes na impressão digital da criança estão "espelhados", já que foi tirada da mão direita. Agora, Fiorini aguarda novas impressões digitais do menino, tiradas com maior técnica, para verificar se há - realmente - as tais correspondências.
Lembranças da guerra
Na cidade paulista de Riberão Preto, um outro caso curioso esta sendo investigado pelo delegado Fiorini. O menino Geraldo, (nome fictício) quando tinha apenas três anos e quatro meses de idade, voltou-se para sua avó e disse "Vó, quando eu era grande e você era pequenininha, eu era seu pai"... A frase, dita assim de supetão, deixou a pobre senhora abismada.
Hoje, Geraldo tem oito anos e, nesse período, muitas outras revelações sobre supostas vidas passadas foram feitas por ele, como a de que algumas das marcas de nascença que carrega no corpo são resultado de tiros que teria levado em outras vidas.
- Ele vive tendo pesadelos, sempre relativos a guerra – diz Fiorini que, após investigações, descobriu que o bisavô de Geraldo, efetivamente, participou de uma luta armada, a Revolução Constitucionalista de 1932, quando levou um tiro na perna.
Geraldo traz uma marca de nascença na parte posterior da perna esquerda e outras quatro marcas semelhantes às de tiros; duas menores, como se os projéteis tivessem entrado por ali e, duas maiores, como se marcassem a saída dos disparos. Essas marcas maiores estão posicionadas na parte oposta da perna e em diagonal.
Uma informação dada pelo garoto, no entanto, parece não fazer muito sentido. Ele fala da sua participação numa guerra em 1968. Ora, a única guerra que acontecia naquela época, que se saiba, era a do Vietnã. Fiorini levanta uma hipótese:
- Supostamente, ele teria sido um norte-americano nessa encarnação. Como o bisavô de Geraldo morreu em 1950 e a guerra do Vietnã aconteceu em 1968, portanto dezoito anos depois, é possível que Geraldo, realmente, tenha participado dela, já que a idade para alistamento militar nos Estados Unidos é de dezesseis anos. Nesse caso, essa seria uma encarnação intermediária entre a de Geraldo e de seu bisavô.
Analisando as digitais de Geraldo, de sua avó e de seu tio, Fiorini chegou a uma coincidência no tipo de "arco" dos dedos médio e indicador da mão esquerda de todos. Mas, para concluir a pesquisa, Fiorini precisa comparar as digitais do menino com as de seu bisavô. Em quanto isso não ocorre – as buscas estão em andamento - a expectativa permanece.
Divisor das águas
Além destes casos, Fiorini investiga outros igualmente intrigantes, como por exemplo, um que lhe chegou ao conhecimento por meio do conferencista espirita Henrique Rodrigues, de Belo Horizonte. É a estória de um sujeito Italiano chamado Giuliano Bonomi que, certa feita, procurou um pesquisador também Italiano, o professor Rancanelli, para lhe dizer que seu nome verdadeiro era Edward Schimit, que era um cidadão americano e que "durante um combate", entre 1939 e 1945, "dormiu" e depois "acordou" pequenino, numa casa Italiana, onde recebeu o nome com que agora era conhecido". Bonomi forneceu a Rancanelli os nomes dos atuais pais Italianos e dos pais americanos. O professor, que era católico e não acreditava em reencarnação, apenas anotou os dados numa ficha e anexou os retratos dos dois personagens: o italiano e o de sua suposta personalidade anterior, o americano.
Bonomi nasceu em Consenza, ao sul da Itália, em 1972. de posse dessas informações, Fiorini pretende dirigir-se aos dois paises, Itália e Estados Unidos, para pesquisar "in loco" este caso.
Com a documentação dos casos que já investigou e com as que se encontram em andamento, o delegado João Fiorini pretende escrever um livro que, acredita, será um divisor de águas na historia das pesquisas científicas de identificações. A comprovação documental da reencarnação, sem duvida, dará em salto qualitativo não só na investigação policial, como também – e principalmente – em outras áreas do conhecimento científico com ênfase para a Medicina e a Psicologia.
Dr. João Fiorini
13 de mai. de 2015
SUPERDOTADOS E A REENCARNAÇÃO!
O que um superdotado? O que faz na Terra? Qual é o seu futuro? Questões, essas, que somente podem ser respondidas, tendo a reencarnação como explicação. Sem a múltipla existências não há como se conceber o progresso humano, senão, vejamos: “Maiko Silva Pinheiro lia, sem dificuldade alguma, aos 4 anos; aprendeu a fazer contas, aos 5 e, aos 9, era repreendido pela professora, porque fazia as divisões, usando uma lógica própria, diferente do método ensinado na escola. A Revista Época, edição de 15 de maio, 2006 explica que atualmente Maiko estuda economia no Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais, sendo bolsista integral. Aos 17 anos, os diretores do Banco Brascan dizem ter se surpreendido com sua capacidade lógico-matemática".
Consigna a Revista Veja, edição de 28 de abril de 2004, que "Os sinais da inteligência, sobre humano, do jovem americano, Gregory Robert Smith, começaram aos 14 meses, quando resolvia problemas simples de matemática; com 1 ano e 2 meses, ele resolvia problemas de álgebra; aos 2 anos, lia, memorizava e recitava livros, além de corrigir os adultos que cometiam erros gramaticais; três anos depois, no jardim-de-infância, estudava Júlio Verne e tentava ensinar os princípios da botânica aos coleguinhas; aos 10, ingressou na Faculdade de Matemática. Smith criou uma fundação internacional e foi indicado para o Nobel da Paz."
Um garoto de três anos, morador de Reading, a 40km de Londres, obteve em um teste de QI (coeficiente de inteligência) uma pontuação equivalente à dos físicos Albert Einstein e Stephen Hawking. Os testes de vocabulário e com números comprovaram que Oscar Wrigley faz parte dos 2% da população com QI mais alto. Com isso, Wrigley se tornou o mais jovem garoto a fazer parte da Mensa, a sociedade que reúne pessoas com QI alto. O membro mais jovem da Mensa é a garota Elise Tan Roberts, de Edmonton, no norte de Londres, aceita no início deste ano à idade de dois anos e quatro meses.
Encontramos essas mesmas tendências excepcionais em músicos, como Wolfgang Amadeus Mozart, que, aos 2 anos de idade, já executava, com facilidade, diversas peças para piano; dominava três idiomas (alemão, francês e latim) aos 3 anos; tirava sons maviosos do violino, aos 4 anos; apresentou-se ao público, pela primeira vez, e já compunha minuetos, aos 5 anos; e escreveu sua primeira ópera, La finta semplice, em 1768, aos 12 anos. Paganini dava concertos, aos 9 anos,em Gênova, Itália. Na literatura universal, é ímpar o fenômeno Victor Hugo que, precocemente,aos 13 anos, arrebatou cobiçado prêmio da cidade de Tolosa. Goethe sabia escrever em diversas línguas, antes da idade de 10 anos. Victor Hugo, o gênio maior da França, escreveu seu primeiro livro, com 15 anos de idade. Pascal, aos 12 anos, sem livros e sem mestres, demonstrou trinta e duas proposições de geometria, do I Livro de Euclides; aos 16 anos, escreveu "Tratado sobre as cônicas" e, logo adiante, escreveu obras de Física e de Matemática. Miguel Ângelo, com a idade de 8 anos, foi dispensado das aulas de escultura pelo seu professor, que nada mais havia a lhe ensinar. Allan Kardec, examinando a questão da genialidade, perguntou aos Benfeitores: - Como entender esse fenômeno? Eles, então, responderam que eram "lembranças do passado; progresso anterior da alma (...)
O Doutor Richard Wolman, de Harvard, incorporou o conceito de Inteligência Espiritual às demais teorias em voga. Esse conceito seria a capacidade humana de fazer perguntas fundamentais sobre o significado da vida e de experimentar, simultaneamente, a conexão perfeita entre cada um de nós e o mundo em que vivemos. Não é exatamente o que define a Doutrina Espírita, mas já é um avanço no entendimento integral do indivíduo. Pesquisadores, como Ian Stevenson, Brian L. Weiss, H. N. Banerjee, Erlendur Haraldsson, Hellen Wanbach, Edite Fiore, e outros, trouxeram resultados notáveis sobre a tese reencarnacionista.
As pesquisas sobre a Reencarnação não cessam nas teses dessas personalidades apontadas. Estudos sobre esse tema crescem, constantemente. A Física, a Genética, a Medicina, e várias escolas da Psicologia vêm sendo convocadas para oferecer o contributo das suas pesquisas.
Só através do processo reencarnatório, como lembra Léon Denis, podemos compreender como certos indivíduos, ao encarnarem, mostram desde tenra idade a capacidade de trabalho e de assimilação que distingue as crianças superdotadas. Cada um apresenta ao (re)nascer os resultados da sua evolução, a intuição do que aprendeu, as habilidades adquiridas nas múltiplas propriedade do pensamento, a habilidade para esta ou aquela atividade, finalmente o resultado de um trabalho secular que deixou impresso no seu tecido perispiritual sinais profundos, gerando uma espécie de automatismo psicológico.
Estamos convictos de que, nos próximos vinte ou trinta anos, assistiremos a Academia de Ciência, declarando esta importante constatação como, há dois mil anos, Jesus ensinou a Nicodemos: “É necessário nascer de novo”. E Allan Kardec a confirmou em “O Livro dos Espíritos”, declarando que somente com a Reencarnação entendemos, melhor, a Justiça de Deus e a Evolução da humanidade.
Jorge Hessen
17 de mar. de 2015
FECUNDAÇÃO: INÍCIO DA FORMAÇÃO DE UM NOVO SER
O ser humano sempre teve curiosidade sobre os mistérios da vida. Com as descobertas científicas, em particular a do microscópio, o homem foi capaz de vislumbrar o momento do encontro entre óvulo e espermatozóide, ao qual denominou fecundação. A explosão de vida que surge desse encontro surpreendeu e surpreende até hoje. O surgimento de um ser único e com identidade genética própria, a partir do simples encontro de duas pequenas células, é algo que deixa qualquer um deslumbrado.
Porém, informações que nos são dadas pela generosidade dos amigos do plano espiritual mostram que tal encontro não é tão simples assim. Inúmeros são os fatores que envolvem o retorno de um espírito ao corpo físico e para observá-los o homem ainda não foi capaz de desenvolver instrumentos adequados.
Falaremos sobre as gestações que envolvem um espírito reencarnante, deixando para abordar as fecundações sem espíritos quando comentarmos sobre as complicações da gravidez.
Não existe fórmula fixa para a reencarnação. André Luiz nos lembra que acreditar que existe uma técnica invariável no serviço reencarnatório seria a mesma coisa que dizer que a forma de morrer é única para todas as pessoas. A reencarnação pode envolver grandes planejamentos ou ocorrer de forma compulsória, dependendo da evolução e grau de merecimento do ser reencarnante. Em Entre a Terra e o Céu , o Ministro Clarêncio explica a André Luiz que milhares de renascimentos na Terra ocorrem de maneira automática, bastando para isso o magnetismo dos pais, aliado ao forte desejo do espírito reencarnante.
Mas em que momento ocorre essa ligação? Em A Alma da Matéria, Dra Marlene Nobre ressalta que as orientações dos Espíritos Superiores não deixam dúvidas de que a união da alma com o corpo ocorre no instante da concepção. Isso demonstra a importância desse momento no processo reencarnatório. A partir daí, ao longo de toda gestação, o feto estará sujeito a influências físicas, mentais e espirituais provenientes de sua mãe e do meio ambiente.
Em Missionários da Luz, André Luiz nos fornece um relato detalhado sobre os mecanismos envolvidas na reencarnação de Segismundo. Destacaremos aqui as informações referentes à fecundação.
Em 1943, ano em que o livro foi psicografado, André Luiz nos explicava que o perispírito do reencarnante atua sobre o óvulo, dirigindo-o na seleção do espermatozóide, de modo a escolher o mais “útil” à programação reencarnatório. Essa informação só foi comprovada pela ciência em 1991, quando um estudo realizado em conjunto por cientista americanos e israelenses, demonstrou que uma substância produzida pelo óvulo ou por suas células vizinhas, era a responsável pela seleção do espermatozóide mais apto. Tal descoberta provoca uma mudança significativa nos estudos sobre fertilidade, uma vez que até então, acreditava-se que o espermatozóide “vencedor” seria o mais rápido.
Assim, passamos a entender um pouco melhor porque em alguns casos de anomalias cromossômicas, entre milhões de espermatozóides, aquele que fecunda o óvulo é “anormal”.
André Luiz prossegue seu relato descrevendo que o encontro entre os gametas dos pais gera um microscópico globo de luz, sobre o qual Alexandre ajustou a forma de Segismundo que se encontrava interpenetrada no perispírito de sua mãe. Quando isso ocorre ele nos conta que “essa vida latente começou a se movimentar”.
Através de relatos como os de André Luiz, podemos compreender melhor as emoções provocadas pela divisão celular aparentemente desordenada de um zigoto, capaz de gerar um novo ser. Não é o acaso que orienta sua formação, mas sim um espírito em busca de aprimoramento. A “construção” de seu corpo é apenas o primeiro passo de sua nova jornada.
Dra. Cristiane Ribeiro Assis (AME-SP)
Ginecologista e obstetra, com especialização em Medicina Fetal
23 de dez. de 2014
REENCARNAÇÃO! PODE ME AJUDAR A ENTENDER?
O que é a Reencarnação? Para que serve?
Reencarnar é voltar a viver num novo corpo físico. É uma nova oportunidade de aprendizado, como prova do amor de Deus para seus filhos. Só através da reencarnação se prova a justiça e a bondade de Deus, pois é a única explicação racional para as desigualdades sociais existentes no mundo. Como explicar o fato de crianças que morrem em tenra idade, enquanto outras criaturas vivem quase 100 anos? Como explicar os que nascem com saúde perfeita, enquanto outros nascem com deficiências físicas grosseiras? Somente a reencarnação nos dá a chave desse "mistério". Com as múltiplas experiências na carne, temos a chance de adquirir e aprimorar conhecimentos que ainda nos faltam nos campos do intelecto e da moral. Além de reatar as amizades com nossos inimigos e reparar erros do passado. Quando estivermos evoluídos moral e intelectualmente, não mais necessitaremos reencarnar.
Quantas reencarnações tivemos e teremos?
Não se pode precisar o número de reencarnações que uma pessoa já teve, pois isso depende do estado evolutivo em se encontra o Espírito. Uns evoluem mais rápido por seu maior esforço, portanto necessitam de passar menor número de vezes na carne, outros são mais lentos permanecendo mais tempo no mundo de sofrimentos. Tudo dependerá de nós. Quanto mais rápido progredirmos moral e intelectualmente, menos encarnações teremos que sofrer. Quando nosso Espírito tiver alcançado todos os graus de evolução moral e intelectual, seremos Espíritos puros. Um exemplo de Espírito puro é o Mestre Jesus.
E quando chegarmos à perfeição, o que faremos?
Seremos encarregados de cumprir os desígnios de Deus, colaborando com a manutenção da ordem universal e transformando-nos em Seus mensageiros nos mais diversos mundos habitados. O trabalho nunca acabará, pois a criação divina é incessante e há diversos mundos em faixa de evolução diferentes. Os Espíritos fazem parte do conjunto de inteligências que governam o Universo, mas, em termos de existência, estão ligados a Deus assim como as folhas em uma árvore.
O Espírito sempre reencarna no mesmo sexo?
Não, pois o Espírito necessita vivenciar as experiências específicas aos dois sexos, como aprendizado para seu aprimoramento moral e intelectual. A escolha de cada sexo, depende da prova ou expiação que se deve passar. Não é verdadeira a idéia de que a cada encarnação o Espírito mude de sexo. Às vezes, vive diversas vidas com um mesmo sexo, para só depois situar-se em outro campo da sexualidade. Também não é correto o pensamento de que a homossexualidade é produto da mudança de sexo do Espírito antes da sua encarnação. O homossexual é um ser em desequilíbrio moral ou vivencia uma vida resgatando um passado delituoso.
Por que não nos lembramos das nossas vidas passadas?
O esquecimento temporário das vidas passadas é uma necessidade. Não devemos nos lembrar das vidas passadas enquanto estamos encarnados, e nisso está a sabedoria de Deus. Se lembrássemos do mal que fizemos ou dos sofrimentos que passamos, dos inimigos que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos, não teríamos condições de viver entre eles atualmente. Pois, muitas vezes, os inimigos do passado hoje são nossos filhos, irmãos, pais e amigos, que, presentemente, se encontram junto de nós para a reconciliação. Por isso a reencarnação é uma bênção de Deus para seus filhos. As lembranças de erros passados certamente trariam desequilíbrios de toda ordem, uma vez que estamos muito mais perto do ponto de partida do que do ponto de chegada, em termos de caminhada evolutiva. Depois de desencarnado, normalmente nos lembramos de parte desse passado, conforme o grau evolutivo em que nos situamos.
Como posso saber das minhas outras encarnações?
Convém, por enquanto, não saber. Allan Kardec nos mostra com coerência e bom senso, que não devemos buscar saber o que fomos noutras vidas. Os Espíritos estão todos sujeitos à lei de evolução e, por isso, quando se remonta ao passado, depara-se com situações morais bem piores do que aquela em que atualmente se encontra. Ao recordarmos experiências infelizes de outras vidas, certamente ficaríamos perturbados mentalmente. Seria muito difícil para alguém viver uma encarnação, sabendo que fora noutras existências um assassino cruel, ou alguém que tivesse tirado a própria vida. Assim, o esquecimento das vidas passadas ajudaria, por exemplo, um rei que agira com irresponsabilidade no passado, e que foi condenado a viver encarnado numa favela. Ele aproveitaria sua encarnação, sem que as lembranças da boa vida que tivera o perturbasse. Do mesmo modo, um antigo inimigo poderia reencarnar como nosso filho, facultando assim as condições de reparar erros e extinguir mágoas. A lembrança de outras vidas seria um tormento para a vida de relação e impediria a ação inteligente da Lei, contribuindo para a melhoria do Espírito. Mas, não podemos nos esquecer que o esquecimento do passado é apenas momentâneo. Na vida espiritual as recordações voltam à mente do Espírito com naturalidade, segundo as condições evolutivas de cada um. Só em casos excepcionais Deus permite que durante a vida carnal, o homem saiba de alguns fatos ligados ao seu passado.
Qual o tempo que separa as encarnações?
Não há tempo definido, pois depende da necessidade do Espírito em depurar-se, expandindo seus conhecimentos intelectuais e morais, passando por provas e expiações. Quanto mais endividado com a Lei de Deus, menos tempo permanece o Espírito no mundo espiritual. Digamos que aqui seja o local onde se pagam as contas e se conseguem novas oportunidades de crédito. Se tem muitas dívidas e deseja novos créditos, ele vem mais freqüentemente e em menor espaço de tempo, pois quer se ver livre dos débitos e abrir novas possibilidades para sua felicidade como filho do Altíssimo. Portanto, o tempo que separa as encarnações depende da condição evolutiva do Espírito.
Os líderes umbralinos também organizam encarnações?
As encarnações dos Espíritos obedecem, como tudo, a uma lei. É evidente que tudo se fundamenta em uma ordem universal e seria acreditar no caos e na desordem pensar que coisas tão importantes como a programação da vida de um ser imortal pudesse ser feito por entidades sem nenhum compromisso com o Bem, com a lei de Deus. As encarnações obedecem a um projeto divino, mesmo que aparentemente possa parecer o contrário, em algumas situações. Nada acontece sem que o Criador de todas as coisas o queira. Os Espíritos superiores trabalham em Seu nome e realizam todas as suas obras, desde os planos mais primitivos até os mais elevados.
Uma alma que atingiu a perfeição, não volta a reencarnar?
A reencarnação é uma necessidade da alma imperfeita que, através das experiências na matéria, aprende o que necessita para sua definitiva libertação da ignorância e conquista do direito de viver na Vida Eterna. Os Espíritos puros não necessitam mais dessa experiência, pois já atingiram seu objetivo. Só reencarnam nos mundos materiais para cumprirem missões de grande importância, nas regiões onde houver necessidade. O maior exemplo de encarnações missionárias é Jesus.
Se o nosso arquivo desta vida e das vidas passadas se encontram gravadas em nosso perispírito e ele tende a desaparecer com a nossa evolução, como e onde ficam estes arquivos?
Já dissemos em perguntas anteriores que a memória do Espírito não se encontra no perispírito. Este é um conceito retirado de livros psicografados (que não foram submetidos ao Controle Universal - inexistente) e não do pensamento dos Espíritos superiores responsáveis pela Codificação. A teoria contraria as Obras Básicas e evidentemente não encontra fundamento lógico que possa explicá-lo. A memória da individualidade se encontra na intimidade do Espírito, em seu arquivo permanente, no que se chama "sensorium comune". O perispírito é matéria. Seria uma incoerência acreditar que a coisa mais importante para Espírito, que são suas experiências vividas, pudesse estar atrelada e confinada à matéria. Veja mais sobre o assunto em perguntas anteriores, nesta mesma página.
A partir de qual momento é considerada o surgimento do ser humano: fecundação, do surgimento do sistema nervoso, ou do nascimento?
A partir da fecundação já existe a ligação da alma com o corpo, embora a concretização da reencarnação se dê apenas no nascimento. O Espírito se liga ao corpo que lhe dará vida física desde o instante da concepção por um laço fluídico e entra em uma fase que Allan Kardec chamou de "perturbação", ou seja, ele vai perdendo a plenitude de sua consciência à medida que a gravidez avança, como se tivesse adormecendo. Quando nasce as lembranças de sua vida anterior estão completamente apagadas. Sobre as três últimas perguntas, sugerimos leitura das questões 344 a 360 do Livro dos Espíritos.
É verdade que a Terra passa de um mundo de expiações para um mundo de regeneração, e que este mundo praticamente começaria junto com a virada do milênio? E ainda, que muitos dos Espíritos que hoje desencarnam, se não tiverem seu campo vibratório em sintonia com esse novo mundo que se aproxima (regeneração), somente poderão reencarnar em outros planetas ainda em expiação?
Sim, a Terra passa por um processo acelerado de transformação. Suspeita-se que a profunda crise humana, chamada pelos Profetas de "A grande tribulação", esteja se aproximando do nosso tempo. Não há uma época específica para o ponto crítico dessa crise e o próprio Jesus afirmou que só Deus saberia o dia exato que isso aconteceria. Disse, no entanto, que por determinados sinais seus seguidores poderiam reconhecê-la. Veja mais detalhes nas Escrituras, Evangelho Segundo Mateus, capítulos 24 e 25. Quanto aos Espíritos que desencarnam, se não tiverem condições para viver numa sociedade de regeneração, certamente serão levados para outros mundos, conforme seu próprio grau evolutivo. Claro, isso acontecerá num tempo específico. Só em períodos distintos existem migrações de Espíritos humanos para outros orbes.
3 de mai. de 2014
A REDENÇÃO DE JUDAS NA REENCARNAÇÃO COMO JOANA D'ARC!
Estamos na semana santa e não podíamos deixar de falar deste que é o personagem mais atacado e vilipendiado pelas religiões neste período, tendo até um dia específico aonde malhamos bonecos que o simbolizam. Como espíritas, cremos na reencarnação, na evolução do espírito e num Deus soberanamente justo e bom, e não podemos deixar de desenvolver nossas ponderações sobre este espírito com estas perguntas:
Qual de nós nunca traiu a Jesus em nossos pensamentos e atos?
Quantas vezes já não trocamos Jesus por moedas de ouro ou outros favores?
Quantos religiosos hoje em dia não vendem Jesus pelas riquezas materiais?
Este homem na verdade simboliza nossa sociedade materialista e que ainda prefere ver o argueiro no olho do irmão, e não vê a trave no seu olho!
A história de Judas é muito diferente do que foi relatada pela Igreja no decorrer do tempo.
Segundo o que foi mencionado pelos Espíritos, depois de superar uma cobrança de sua consciência pelos enganos cometidos à sombra de seu amor por Jesus, Judas reencarnou abraçando os ensinamentos do Mestre.
Nesta encarnação, foi apedrejado e queimado na fogueira inquisitorial da Igreja medieval no século xv.
Judas viveu na própria pele, pela oportunidade da reencarnação, as mesmas circunstâncias de crueldade e traição infringidas a Jesus.
Por seu empenho pessoal, sustentado em seu profundo amor pelo Cristo, conseguiu finalmente se perdoar, superando o seu remorso pelo arrependimento. Retornou então o posto de apóstolo, nas imensidões do Universo, ao lado do Mestre.
Todo este trabalho individual de superação das imperfeições começa pelo arrependimento. Judas é o símbolo maior desta virtude. Judas Iscariotes e Joana d‟Arc são personagens de uma só
Entidade Espiritual em duas encarnações diferentes.
Porém, Judas, conforme em informação mediúnica, antes da reencarnação como Joana d‟Arc, houve outras reencarnações expiatórias e preparatórias para esta última. A reencarnação como Joana foi, sem dúvida nenhuma, a que elevou seu Espírito à hierarquia da santidade e o libertou, para sempre das reencarnações compulsórias.
Abaixo transcreveremos uma mensagem transmitida por Allan Kardec à médium Zilda Gama, em 17 de junho de 1923 e consta da obra “Diário dos Invisíveis” - Ed. Pensamento:
- “Judas já expirou, em muitos séculos de ríspidas provas, as conseqüências de sua inesquecível falta.
Tantos anos transcorridos após a tragédia do Gólgota, o seu delito, - para muitos, imperdoável, - acha-se, de todo, reparado. O traidor dos tempos idos já é um Espírito evoluído, acrisolado pela dor, um dos Emissários do Criador e já desempenhou entre vós grandiosa missão de devotamento, submissão às leis siderais e resignação, tendo padecido quase todos os martírios infligidos a Jesus, pois escolheu
provas idênticas a fim de abreviar a sua redenção.
Vós o conhecestes com o nome de Joana d’Arc, a heroína de Orleans, a supliciada de Ruão, cuja existência tem notável semelhança com a do Nazareno. Ambos foram libertadores; um, de almas, outro, de povos.
conheceram a efêmera glória terrena e, logo após, tremendas decepções. Um, teve entrada triunfante em Jerusalém; outro, em Orleans.
Ambos foram traídos e abandonados, em transe aflitivo, pelos que eles beneficiaram, terminando suas missões terrenas sob atrozes martírios.
Não estranheis, pois, que o Iscariotes seja mesma alma redimida de Joana d’Arc. Sabeis como ela finalizou sua dolorosa existência na França, tendo escolhido, voluntariamente, acerbas penas para resgate completo de suas culpas.
Desde o instante em que a consciência de Judas foi flagelada no pelourinho do remorso, ao passo que ascendia espiritualmente, melhor compreendeu a vastidão do delito que cometera contra Jesus e
quis repará-lo de modo heroico.
Foram essas as derradeiras provas solicitadas pelo falso discípulo do Enviado Celeste; e a jovem de Domremy, antes de as consumar, as vozes de seus amigos invisíveis, quase todos seus antigos companheiros da Palestina, prometeram-lhe uma esplêndida vitória, que não era da Terra, como supuseram os seus sarcásticos algozes, mas dos mundos radiosos habitados por alma evoluídas.
No transcurso de quase dois milênios ocorreram as duas tragédias, a do Gólgota e a de Ruão. E é tempo de dizer-vos: “Perdão e esquecimento para os crimes de Iscariotes; glória à heroína de Domremy, a mesma alma transfigurada, redimida, iluminada, em dois corpos diferentes!”
Todos nós, Irmãos, como Iscariotes, temos tido as nossas quedas tremendas, os nossos desvios tenebrosos da senda da Virtude.
Porém, o Senhor do Universo, na sua generosidade infinita, faculta-nos os meios de redenção.Por isso, também os concedeu ao traidor do meigo Nazareno, estendendo-lhe a sua mão salvadora.
Iscariotes, redimido, acrisolado pelos embates da dor e pelo desempenho dos mais penosos deveres, ele é, há muito, uma das mais rútilas glórias da humanidade e um dos mais dedicados servos da Majestade Suprema!”
O Evangelho Segundo Judas Iscariotes
Rubens Santini – Abril/2008
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