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6 de jul. de 2011

Crises e Você...





Detestai o mal, apegai-vos ao bem. (Paulo - Romanos - 12:9)

Justificando as suas problemáticas aflitivas, você relaciona as crises que enxameiam o mundo, sobrecarregando as criaturas de angústias.
E anota:
crise entre as nações, que se entregam a lutas encarniçadas;
crise nas finanças, que sustentam a balança das trocas internacionais;
crise nos negócios, que padecem ágios superlativos;
crise na saúde dos homens, que se decompõe sob a inspiração de estupefacientes, agressões e permissividades;
crise de trabalho, em que multidões de cidadãos cruzam os braços, ora superados pela tecnologia, ora vitimados pelas contingências sócio-econômicas vigentes nos diversos países;
crise na compreensão dos direitos e deveres humanos, nos quais os Organismos Mundiais se debatem, sem encontrar solução satisfatória;
crise de alimentos, ante a diminuição da fertilidade dos solos;
crise ambiental, que a poluição de variada nomenclatura ameaça de extinção a Natureza, conseguintemente, o homem;
crise de natalidade humana, em que as opiniões se dividem e se disputam predominância;
crise de confiança, uma vez que a civilização não logrou uma ética de fraternidade entre os homens;
crise de amor, porque as explosões da sensualidade enxovalham as elevadas expressões da beleza e da alegria...
* * *
Há muita crise, no entanto, você pode modificar a paisagem que lhe parece anárquica, em marcha para a desagregação.

Não acuse o caído - levante-o.

Não exorbite dos seus direitos - cumpra com os seus deveres.

Não exprobre o errado - vença o erro.

Não afira valores por meio de medidas exteriores - conceda a todos a oportunidade de crescer.

Não dissemine o pessimismo - faça claridade onde você esteja.

Não disperse o tempo na inutilidade - produza alguma coisa de positivo.

Cultive a compaixão pelos irmãos combalidos e conceda-lhes um pouco de você.

Terapêutica eficiente para a crise moral que você constata na Terra: exercício do amor, em que o Cristo viveu.

Quanto às demais crises, as generalizadas, não se preocupe com elas demasiadamente.

Realize sua parte.

Saia da crise interior em que você se debate sem rumo, iniciando, agora, um programa dignificante em favor de você mesmo, e perceberá que o mundo está miniaturizado em você, sendo você, em razão disso, uma célula importante do organismo universal que deverá permanecer sadia a benefício geral.

E, conforme asseverou Paulo, “deteste o mal e apegue-se ao bem”, sempre e invariavelmente.

Marco Prisco
(Da obra “Sementes de Vida Eterna” - Psicografia de Divaldo Franco)

Estranha crise.





O mundo vem criando soluções adequadas para a generalidade das crises que o atormentam.

A carência do pão, em determinados distritos, é suprida, de imediato, pela superprodução de outras faixas de terra.

Corrige-se a inflação, podando a despesa.

O desemprego desaparece pela improvisação de trabalho.

A epidemia é sustada pela vacina.

Existe, porém, uma crise estranha - e das que mais afligem os povos - francamente inacessível à intervenção dos poderes públicos, tanto quanto aos recursos da ciência nas conquistas modernas.

Referimo-nos à crise da intolerância que, desde o travo de amargura, que sugere o desânimo, à violência do ódio, que impele ao crime, vai minando as melhores reservas morais do Planeta, com a destruição consequente de muitos dos mais belos empreendimentos humanos.

Para a liquidação do problema, que assume tremendo vulto em todas as coletividades terrestres, o remédio não se forma de quaisquer ingredientes políticos e financeiros, por ser encontrado tão-somente na farmácia da alma, a exprimir-se no perdão puro e simples.

O perdão é o único antibiótico mental suscetível de extinguir as infecções do ressentimento no organismo do mundo.

Perdão entre dirigentes e dirigidos, sábios e ignorantes, instrutores e aprendizes, benevolência entre o pensamento que governa e o braço que trabalha, entre a chefia e a subalternidade.

Consultem-se nos foros - autênticos hospitais de relações humanas - os processos por demandas, questões salariais, divórcios e desquites baseados na intransigência doméstica ou na incompatibilidade de sentimentos, reclamações, indenizações e reivindicações de toda ordem, e observe-se, para além dos tribunais de justiça, a animosidade entre pais e filhos, a luta de classes, as greves de múltiplas procedências, as queixas de parentela, os duelos de opinião entre a juventude e a madureza, as divergências raciais e os conflitos de guerra, e verificaremos que, ou nos desculpamos uns aos outros, na condição de espíritos frágeis e endividados que ainda somos quase todos, ou a nossa agressividade acabará expulsando a civilização dos cenários terrestres.

Eis por que Jesus, há quase vinte séculos, nos exortou perdoarmos aos que nos ofendam setenta vezes sete, ou melhor, quatrocentos e noventa vezes.

Tão-só nessa operação aritmética do Senhor, resolveremos a crise da intolerância, sempre grave em todos os tempos. Repitamos, no entanto, que a preciosidade do perdão não se adquire nos armazéns, por que, na essência, o perdão é uma luz que irradia, começando de nós.

Por: Emmanuel
(Do livro 'Mãos Unidas' - Francisco Cândido Xavier)

Na hora da crise.





Na hora da crise, emudece os lábios e ouve as vozes que falam, inarticuladas, no imo de ti mesmo.
Perceberás, distintamente, o conflito.
É o passado que teima em ficar e o presente que anseia pelo futuro.
É o cárcere e a libertação.
A sombra e a luz.
A dívida e a esperança.
É o que foi e o que deve ser.
Na essência, é o mundo e o Cristo no coração.
Grita o mundo pelo verbo dos amigos e dos adversários, na Terra e além da Terra.
Adverte o Cristo, através da responsabilidade que nos vibra na consciência.

Diz o mundo: “acomoda-te como puderes”.
Pede o Cristo: “levanta-te e anda”.

Diz o mundo: “faze o que desejas”.
Pede o Cristo: “não peques mais”.

Diz o mundo: “destrói os opositores”.
Pede o Cristo: “ama os teus inimigos”.

Diz o mundo: “renega os que te incomodem”.
Pede o Cristo: “ao que te exija mil passos, caminha com ele dois mil”.

Diz o mundo: “apega-te à posse”.
Pede o Cristo: “ao que te rogue a túnica cede também a capa”.

Diz o mundo: “fere a quem te fere”.
Pede o Cristo: “perdoa sempre”.

Diz o mundo: “descansa e goza”.
Pede o Cristo: “avança enquanto tens luz”.

Diz o mundo: “censura como quiseres”.
Pede o Cristo: “não condenes”.

Diz o mundo: “não repares os meios para alcançar os fins”.
Diz o Cristo: “serás medido pela medida que aplicares aos outros”.

Diz o mundo: “aborrece os que te aborreçam”.
Pede o Cristo: “ora pelos que te perseguem e caluniam”.

Diz o mundo: “acumula ouro e poder para que te faças temido”.
Diz o Cristo: “provavelmente nesta noite pedirão tua alma e o que amontoaste para quem será?”

Obsessão é também problema de sintonia.
O ouvido que escuta reflete a boca que fala.
O olho que algo vê assemelha-se, de algum modo, à coisa vista.

Não precisas, assim, sofrer longas hesitações nas horas de tempestade.
Se realmente procuras caminho justo, ouçamos o Cristo, e a palavra dele, por bússola infalível, traçar-nos-á rumo certo.

Emmanuel
(In: Religião dos Espíritos - Francisco Cândido Xavier)