Mostrando postagens com marcador Drogas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Drogas. Mostrar todas as postagens

20 de out. de 2016

Droga: Traficante e Usuário




«… e não ha nada como estar limpo, cara, mas você precisa de esperança e esperança é algo que você tem que construir dentro de você.” John Lennon

(Por ocasião de sua entrevista em 1971, comentando sua prisão por porte de maconha pela Policia londrina).

Ando muito inquieta, incomodada com a maneira desintegrada como os últimos acontecimentos se passam. Observo como toda a população, aliviada, aplaude. E ela tem razão. Sair do cerco onde aquelas comunidades se encontravam ha três décadas, no mínimo, é motivo de comemoração pela possibilidade de recomeço.

Quem não quer ser livre, quem não quer exercer a liberdade, segundo o seu arbítrio, o famoso direito de ir-e- vir ainda que seja da escola ate a quitanda, do trabalho para casa, do vizinho ate a praça? Essas coisas comezinhas que fazem parte da condição humana, todos as queremos, pois é através deste caminho singelo que vamos costurando nossas historias de vida. Todos nos, seres humanos, independente de nosso berço histórico, cultural e social.

Então quem abre as portas, derruba as barricadas, deixa o caminho livre, sem balas perdidas que nos possam atingir e aos nossos filhos mesmo estando dentro de nossos quartos, são os nossos heróis. Os nossos libertadores, nossos salvadores.

Sem duvida nenhuma.

A estratégia de guerra se impôs e os soldados do bem, da policia pacificadora se fizeram presentes. A comunidade sofrida, cheia de otimismo e com a sua confiança recuperada entregou as informações a quem de direito e tuneis foram explorados, telhados descobertos, paredes foram ao chão, o armamento de guerra foi relocado e o que havia sido roubado recuperado.

E a erva, de todo tipo foi incinerada, a toneladas. A mais bela fumaça jamais vista, o mais belo incêndio provocado pelo homem subiu aos céus… Um verdadeiro apocalipse ao contrario.

Ate mesmo as lagrimas de sofrimento das mães que ficaram sem seus filhos, das esposas sem seus maridos e dos filhos sem seus pais pareceu suportável em nome da vida nova que se anuncia!

E tudo parece se encaminhar para um Happy End bem a maneira dos filmes americanos de bandidos e mocinhos.

Acontece que estamos tão aliviados que parecemos ter nos esquecido do começo de toda esta historia – esquecimento de alivio? – talvez uma bela resistência a maneira de Lacan diante do absurdo da realidade, o que pode nos levar ao absurdo de nega – la.

Não tenho qualquer pretensão de esclarecer as multifaces das interfaces que regem o fenômeno do uso das drogas, tema por demais arraigado e complexo para um simples texto.

Melhor seria escrever um tratado e talvez nem assim lograsse o intento, pois muitos especialistas têm contribuído, sem ponto final. Alias, como todo assunto pertinente ao humano.

O que aqui venho chamar a atenção é para que se não houver um olhar sobre o usuário, se políticas sanitárias, de saúde em nível nacional, não se debruçarem sobre aquele que depende, o dito viciado, o dependente, todos estes últimos acontecimentos de saneamento social terão sido em vão. Afinal é ele quem sustenta a droga, ele é o seu comprador. Um comprador que depende do comercio , um cliente –doente.

Preciso me explicar?

Vão ai alguns exemplos: Fulano é filho de família de viciados de todos os tipos, sexo, álcool, baixa estima, depressão então compreensivelmente entrou nas drogas desde os 16 anos; as suas irmãs, muito esforçadas e voltadas a própria recuperação em termos de saúde mental, fazem de tudo para ajudar o irmão mais novo a sair deste lugar, internações se sucedem ha 14 anos mas Fulano perdeu a critica; sai do hospital e no mesmo ônibus desce no ponto de venda e por la fica anulando a internação. Some uma semana, dez dias, dorme com os mendigos da rua, volta estropiado para casa, machucado, doente, dizendo-se arrependido. Em casa é recebido, banhado, alimentado e vestido; diz que vai estudar ,fazer ginástica, namorar… Porem estes propósitos ate agora, estão somente nas palavras…

Beltrano também não se saiu bem. Advogado e filho de família de advogados bem sucedidos é jovem e bonito. Não se sabe bem porque ele entrou nas drogas, mas enquanto não sai delas vende o que encontra pela frente, seja da mãe, da irma, não importa. Carro, celulares, som, TV… A mãe agora aceitou sua dependência e custeia suas internações que não são baratas, pois o hospital onde ele se adaptou é longe de casa, em outro estado. Ele fica isolado da família, então volta, fica uns dias em casa e quando sente que “o bicho ta pegando”, retorna para a clinica…

Sicrano é bem diferente. Empresário bem sucedido, muito inteligente, fez muito dinheiro. Entrou nas drogas parece que por influencia do irmão mais novo também usuário. Agora se uniu a uma mulher, aparentemente não tem nada em comum, ou tem o uso de drogas, segundo o relato de sua mãe…

O jovem casal seguia o ritmo normal da vida ate que a esposa descobriu que o marido é usuário de crack. A esposa entrou em analise para ajudar-se a compreender o seu papel nisso tudo…

E assim vamos.

A preocupação dos profissionais da área de saúde, em especial da saúde mental emocional, se justifica através de exemplos infindáveis. E é lógico, existem outros tantos outros bem mais dramáticos, quando o afetivo fica completamente lesado e o sujeito dependente chega a oferecer a própria irma ao traficante para saldar dividas, ate chegar aos assassinatos e ao suicídio direto pois o indireto ai já esta implícito.

Hermínio Miranda vira ao nosso socorro e afirmara que: “O Homem tem saudades de Deus” explicando este enorme buraco que precisa ser preenchido a qualquer custo; a Psicanálise propõe uma falta fundamental, e a maioria das Terapias Humanistas e Cognitivas proporá um gerenciamento desta “falta” tornando-a existencialmente suportável e sistemicamente compreendida pelos muitos outros prazeres da auto realização e da auto aprovação.

Mas voltando a Lennon esta é uma tarefa pessoal, “esperança é algo que você terá que construir dentro de você”, cada um a seu tempo , sua maneira , sua escolha, seus valores fundamentais.Trabalho demorado e nem sempre bem sucedido.

Não é uma tarefa pequena a tarefa de viver. Citando Guimarães Rosa: “Viver é dificultoso e carece de coragem”. Fica fácil imaginar então a dificuldade que se eleva a potencia máxima quando você passa a ser regido, dirigido e aprisionado pela dependência química, filha do seu déficit emocional e porque não acrescentar, espiritual.

Temo me afastar do meu objetivo primeiro ao redigir este texto, então retomo a questão: se não houver um programa federal de apoio ao dependente químico grave, todo este esforço atual será passageiro. Ora se sou viciado em tomates e dizimam a plantação e prendem os plantadores de tomates, terei que ou morrer pela falta, o que não seria uma solução ética, ou terei que arrumar quem me forneça ou plantarei eu mesmo? Como fazer? Ate aqui nada que contemple a ética também.

Muito bem me lembrou uma amiga psicanalista que trabalhou na Saúde Publica num centro de recuperação para drogadictos, se não acontecer uma ação multidisciplinar e um apoio clinico a família, visando uma terapêutica do grupo e no grupo, se não forem assentadas as bases que permitam ao sujeito encarar-se, a droga continuara a ser a solução “perfeita” e rápida para “o buraco” onde o mesmo se encontra.

Um programa ativo de combate as drogas deve se propor não só a isolar a quem fornece mas a quem consome, duas pontas de um mesmo problema. Entre um ponto e outro, há tudo mais: família, sociedade, propriedade, educação,saúde, ética, Deus. Enfim, todo o entorno. A presença e ausência de todos estes elementos vitais que farão a diferença na vida de cada pessoa.

E mais,um programa com esta magnitude deve visar a formação da equipe multidisciplinar, ferramentas especificas para a sua execução.

Somente assim poderemos toda a sociedade, bater palmas e respirar aliviados.

A guerra estará vencida. E que maravilhosa será a sensação de termos contribuído para a presença da esperança!

Alcione Albuquerque

26 de dez. de 2015

O MUNDO SÓ É UMA DROGA PARA QUEM SE DROGA NO MUNDO!


Vimos atender o pedido de diversos jovens e pais que chegam até nós, solicitando um esclarecimento sobre as drogas. Comecemos então, pela definição do termo: droga é qualquer substância estranha ao nosso corpo, que, estando dentro dele, nos cause alterações fisiológicas ou psíquicas, assim, droga é aquele remédio que você toma para sarar da gripe ou a vacina que você tomou quando era pequeno... mas não pára por aí, pois também pode ser utilizada para deprimir, estimular ou perturbar nossa atividade cerebral, por isso são chamadas drogas psicotrópicas.

São depressores : álcool ; soníferos ou hipnóticos (barbitúricos); ansiolíticos (acalmam, inibem a ansiedade) as principais drogas pertencentes a essa classificação são os benzodiazepínicos (diazepam, lorazepam, etc); opiáceos (aliviam a dor e dão sonolência) como a morfina, heroína, codeína e meperidina; inalantes ou solventes (colas, tintas, removedores, etc).

São estimulantes : anorexígenos (diminuem a fome), como as anfetaminas; cocaína ; rebites (utilizados por caminhoneiros, para atravessarem as noites sem dormir).

São perturbadores : mescalina (do cacto mexicano), THC (substância ativa da maconha), psilocibina (de certos cogumelos), lírio , LSD , ecstasy , anticolinérgicos .

O tabaco não provoca grandes alterações cerebrais, portanto não é classificado como psicotrópico. Um dos grandes portais para o vício é a facilidade de se obter a droga. No contexto legal, as drogas se dividem em drogas lícitas e ilícitas. Drogas lícitas são aquelas vendidas legalmente, controladas ou não, como: álcool, cigarro, cola de sapateiro, moderadores de apetite, estimulantes (rebites), morfina, éter, benzina, barbitúricos, xaropes (opióides) e tranqüilizantes. Ilícitas são as drogas comercializadas ilegalmente, como a maconha, cocaína, heroína, crack, LSD e tantas outras.

Independentemente de ser lícita ou não, a droga causa diversos males ao organismo (alguns irreversíveis), dependendo do modo que ela é utilizada. É destes males e o porquê vamos atrás das drogas.



Vamos agora refletir um pouco sobre os grandes prejuízos que as drogas (de qualquer espécie) trazem ao espírito e ao perispírito. Como já dissemos, tudo que fazemos, absorvemos ou emanamos energia, positiva ou negativa, dependendo do quê estivermos fazendo/pensando. Ao consumirmos uma droga, uma tragada no cigarro, um gole na bebida alcoólica, uma injetada, aspirada, seja lá como consumirmos, liberamos uma grande quantidade de energia, como se fosse uma fumaça, que fica à nossa volta. Imagine que esta fumaça fosse um perfume que lhe agrada. Você se sente bem ao lado de quem está usando, então, procura ali permanecer. Assim funciona no mundo invisível: ficamos envoltos por energias negativas, espíritos imperfeitos, a fim de aproveitarem aquele "barato" também, se aproximam de nós e absorvem esta energia. Quando o efeito passa, eles, querendo mais, influenciam nossas idéias, a fim de que consumamos mais e mais. "Mas e o meu livre arbítrio???", pergunta aquele manézinho. Pois é, temos nosso livre arbítrio para escolher entre consumir ou não. Porém, estas influências espirituais atingem nosso subconsciente, e por muitíssimas vezes, o que pensamos que é nossa idéia ou vontade é a ideia ou vontade de um espírito que está ao nosso lado, nos influenciando positiva, ou negativamente.

Quando nosso organismo está em desequilíbrio fisiológico, nosso perispírito tenta "sugar" aquele "mal" acumulado naquela parte do corpo, bombardeando aquela região com energia positiva. Porém, quando isto acontece por muito tempo, o perispírito se desgasta tanto, que se machuca também, aí passamos aquele problema para nosso corpo espiritual. Que problema? Aos fumantes, uma mancha negra na região do pulmão, aos alcoólatras, geralmente uma mancha negra na região do fígado, aos usuários de drogas psicotrópicas, geralmente uma mancha negra na região da cabeça, lembrando, no perispírito. Daí provém as dores que os espíritos de viciados dizem sentir no Plano Espiritual, e a maioria das doenças que nos afetam desde nosso nascimento ao reencarnarmos, pois quando o perispírito está em desequilíbrio energético, a matéria tenta absorver este problema, resultando em males no corpo físico.

E quando nos drogamos, além do "barato" que sentimos, ganhamos de brinde vários "amigos" espirituais, geralmente de ex-viciados, que como não possuem mais um corpo físico, consomem as drogas através de nós. Aí rola a famosa obsessão, quando os espíritos inferiores nos influenciam ao uso das drogas.

Por isso, a melhor saída é a famosa frase "orai e vigiai", pois quando acompanhados de bons espíritos, estamos sujeitos a boas influências.

Não deixe de ler : O Livro dos Espíritos , livro II, cap. IX, de Allan Kardec; Nós os jovens , pelo espírito Rosângela; Não pise na bola , de Richard Simonetti; Um roqueiro no além , pelo espírito Zílio. Existem diversas obras de estudo e romances que tratam sobre as drogas. Consulte uma boa livraria espírita e desenvolva o tema em sua Mocidade!

Randal Juliano

5 de out. de 2015

O MUNDO SÓ É UMA DROGA PARA QUEM SE DROGA NO MUNDO!



Vimos atender o pedido de diversos jovens e pais que chegam até nós, solicitando um esclarecimento sobre as drogas. Comecemos então, pela definição do termo: droga é qualquer substância estranha ao nosso corpo, que, estando dentro dele, nos cause alterações fisiológicas ou psíquicas, assim, droga é aquele remédio que você toma para sarar da gripe ou a vacina que você tomou quando era pequeno... mas não pára por aí, pois também pode ser utilizada para deprimir, estimular ou perturbar nossa atividade cerebral, por isso são chamadas drogas psicotrópicas.

São depressores : álcool ; soníferos ou hipnóticos (barbitúricos); ansiolíticos (acalmam, inibem a ansiedade) as principais drogas pertencentes a essa classificação são os benzodiazepínicos (diazepam, lorazepam, etc); opiáceos (aliviam a dor e dão sonolência) como a morfina, heroína, codeína e meperidina; inalantes ou solventes (colas, tintas, removedores, etc).

São estimulantes : anorexígenos (diminuem a fome), como as anfetaminas; cocaína ; rebites (utilizados por caminhoneiros, para atravessarem as noites sem dormir).

São perturbadores : mescalina (do cacto mexicano), THC (substância ativa da maconha), psilocibina (de certos cogumelos), lírio , LSD , ecstasy , anticolinérgicos .

O tabaco não provoca grandes alterações cerebrais, portanto não é classificado como psicotrópico. Um dos grandes portais para o vício é a facilidade de se obter a droga. No contexto legal, as drogas se dividem em drogas lícitas e ilícitas. Drogas lícitas são aquelas vendidas legalmente, controladas ou não, como: álcool, cigarro, cola de sapateiro, moderadores de apetite, estimulantes (rebites), morfina, éter, benzina, barbitúricos, xaropes (opióides) e tranqüilizantes. Ilícitas são as drogas comercializadas ilegalmente, como a maconha, cocaína, heroína, crack, LSD e tantas outras.

Independentemente de ser lícita ou não, a droga causa diversos males ao organismo (alguns irreversíveis), dependendo do modo que ela é utilizada. É destes males e o porquê vamos atrás das drogas.



Vamos agora refletir um pouco sobre os grandes prejuízos que as drogas (de qualquer espécie) trazem ao espírito e ao perispírito. Como já dissemos, tudo que fazemos, absorvemos ou emanamos energia, positiva ou negativa, dependendo do quê estivermos fazendo/pensando. Ao consumirmos uma droga, uma tragada no cigarro, um gole na bebida alcoólica, uma injetada, aspirada, seja lá como consumirmos, liberamos uma grande quantidade de energia, como se fosse uma fumaça, que fica à nossa volta. Imagine que esta fumaça fosse um perfume que lhe agrada. Você se sente bem ao lado de quem está usando, então, procura ali permanecer. Assim funciona no mundo invisível: ficamos envoltos por energias negativas, espíritos imperfeitos, a fim de aproveitarem aquele "barato" também, se aproximam de nós e absorvem esta energia. Quando o efeito passa, eles, querendo mais, influenciam nossas idéias, a fim de que consumamos mais e mais. "Mas e o meu livre arbítrio???", pergunta aquele manézinho. Pois é, temos nosso livre arbítrio para escolher entre consumir ou não. Porém, estas influências espirituais atingem nosso subconsciente, e por muitíssimas vezes, o que pensamos que é nossa idéia ou vontade é a ideia ou vontade de um espírito que está ao nosso lado, nos influenciando positiva, ou negativamente.

Quando nosso organismo está em desequilíbrio fisiológico, nosso perispírito tenta "sugar" aquele "mal" acumulado naquela parte do corpo, bombardeando aquela região com energia positiva. Porém, quando isto acontece por muito tempo, o perispírito se desgasta tanto, que se machuca também, aí passamos aquele problema para nosso corpo espiritual. Que problema? Aos fumantes, uma mancha negra na região do pulmão, aos alcoólatras, geralmente uma mancha negra na região do fígado, aos usuários de drogas psicotrópicas, geralmente uma mancha negra na região da cabeça, lembrando, no perispírito. Daí provém as dores que os espíritos de viciados dizem sentir no Plano Espiritual, e a maioria das doenças que nos afetam desde nosso nascimento ao reencarnarmos, pois quando o perispírito está em desequilíbrio energético, a matéria tenta absorver este problema, resultando em males no corpo físico.

E quando nos drogamos, além do "barato" que sentimos, ganhamos de brinde vários "amigos" espirituais, geralmente de ex-viciados, que como não possuem mais um corpo físico, consomem as drogas através de nós. Aí rola a famosa obsessão, quando os espíritos inferiores nos influenciam ao uso das drogas.

Por isso, a melhor saída é a famosa frase "orai e vigiai", pois quando acompanhados de bons espíritos, estamos sujeitos a boas influências.

Não deixe de ler : O Livro dos Espíritos , livro II, cap. IX, de Allan Kardec; Nós os jovens , pelo espírito Rosângela; Não pise na bola , de Richard Simonetti; Um roqueiro no além , pelo espírito Zílio. Existem diversas obras de estudo e romances que tratam sobre as drogas. Consulte uma boa livraria espírita e desenvolva o tema em sua Mocidade!

Randal Juliano

30 de set. de 2013

Descriminalizar drogas não resolve o problema e pode agravá-lo

Marlene Nobre
A droga constitui-se hoje verdadeira calamidade pública em nosso país à semelhança do que já acontece em muitos outros.

A situação é tão grave que se chegou ao ponto de sugerir a liberação da maconha aos usuários. Uma heresia, a nosso ver, porque a sociedade não pode concordar com hábitos nocivos que levam à morte e à ruína de uma pessoa. Não podemos dar sinal verde ao que destrói a vida das pessoas.

Pode-se ter uma ideia da gravidade da situação quando se sabe por exemplo que cerca de 190 milhões de pessoas são usuárias de maconha no mundo, segundo estimativa da ONU.

Engana=se quem pensa que a maconha é inofensiva. Estudos recentes realizados pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) constataram que o hábito de fumar maconha, mesmo em pouca quantidade, pode danificar a memória.

E a situação é pior quando o uso é crônico e se inicia antes dos 15 anos de idade. Nesse caso o risco é ainda maior, porque a sustância liberada com o uso da maconha - o tetrahidrocanabinol – tem efeito tóxico e cumulativo sobre o desempenho cerebral, danificando-o com maior intensidade.

Estudo científicos tem demonstrado que jovens que fumam maconha por seis anos ou mais têm o dobro de possibilidade de sofrer de episódios psicóticos, distúrbios mentais graves, do que pessoas que nunca fumaram a droga.

Claro que há pessoas que fumam maconha diariamente por toda a vida sem que sofram consequências negativas graves, assim como há quem fume cigarros até os 100 anos de idade e não desenvolva câncer de pulmão. Mas, até agora, não temos condições de saber quem é tolerante à droga e quem não é. Então, a maconha é, sim, perigosa e isto tem servido de conduta aos profissionais da saúde que lidam com o problema.

Estudos feitos em animais mostraram que, expostos ao componente ativo da maconha, eles deixam de produzir seus próprios canabinoides naturais que estão associados ao controle do apetite, da memória e do humor e passam a apresentar, aumento da ansiedade, perda de memória e depressão.

Por tudo isso hoje, seguramente já se sabe que a maconha não é tão inofensiva e recreativa como alguns imaginam. Assim, o caminho não é o da descriminalização do uso de drogas. E também não se pode desanimar de dizer que o mundo definitivamente perdeu a guerra contra as drogas ilícitas. O caminho que temos de tomar é o da educação, o da prevenção.

A sociedade tem que se movimentar. A nossa voz parece muito débil quando se vê o agravamento da situação da droga em nosso país. Especialmente a epidemia de crack que vem dizimando uma boa parcela de nossos jovens.

Num recente debate, na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, concluiu-se que a venda indiscriminada de bebidas a jovens, sem o devido controle, além de funcionar como uma espécie de porta de entrada para o consumo de outras drogas seria argumento suficiente para derrubar qualquer inciativa de liberação do consumo de drogas no país. Falando sobre o perigo do crack, o médico psiquiatra Emanuel Fortes Silveira Cavalcanti, representante da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), presente ao debate da comissão do Senado, lembrou que o consumo da droga tem aumentado no país e que, em Goiás, por exemplo, 60% dos julgamentos de crimes têm como réus usuários da droga.

Ele reclamou especialmente da “falta de controle” do governo sobre as indústrias químicas que fabricam éter e acetona, insumos fundamentais para o refino da cocaína e, por consequência, do crack, que é um derivado da droga.

O fato é que o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack no país não está conseguindo conter a epidemia do uso dessa droga que causa horror e morte.

Tal plano não tem sido capaz de atender a um terço dos 95% dos municípios envolvidos com a gravíssima questão que põe em risco a juventude do nosso país.

As cracolândias espalham-se rapidamente. O oxi, droga mais devastadora ainda que o crack, também já está presente em 13 estados brasileiros, fazendo crescer a ameaça aos mais jovens.

A realidade é que descriminalizar e legalizar drogas no país não resolve o problema e pode agravá-lo.

Tomemos por base a experiência da Holanda. Lá a droga é legalizada desde 1976, constituindo-se, sem dúvida, no país mais permissivo em relação ao uso de drogas. Pois bem, a Holanda não mais permitirá que turistas frequentem cofeeshops para fumar maconha, porque também lá já se comprovou os efeitos deletéreos da droga. Somente os que já são cadastrados poderão fazê-lo. Não há dúvida que o melhor caminho continua sendo o da prevenção e não o da legalização.

Por isso mesmo as Associações Médico-Espíritas estão se movimentando no sentido de auxiliar na prevenção de tão grave problema. Os nossos médicos em parceria com as Casas Espíritas poderão auxiliar a minimizar o problema auxiliando o dependente químico com os argumentos indispensáveis da espiritualidade.

Oxalá possamos ter êxito em tão difícil empreendimento.

O abuso de drogas e os meio de combate





Muitas vezes nós nos perguntamos o que acontece com o espírito que vem a falecer em pleno uso de drogas. Qual o destino deles?

No livro Caminhos de Volta cada mensagem psicografada por Chico Xavier é antecedida pelas explicações do médium sobre a reunião em que ela foi obtida e os motivos que a determinaram.

Nesse livro, na lição de número 25, o médium explica:
Na véspera de nossa reunião comentávamos, num grande grupo de amigos, o problema do abuso de drogas, que vai assumindo grandes proporções em nosso tempo. O assunto ficara em suspenso. Mas, na sessão pública da noite imediata, O Livro dos espíritos nos deu a estudo a questão 950, levando-nos a analisar os caminhos difíceis do suicídio. No encerramento de nossas tarefas, Emmanuel escreveu a página “Apoio no Lar”, ponderando quanto à importância do auxílio espiritual no lar, para que nos afastemos das induções ao suicídio ou à fuga de nossos compromissos. 

Nessa mensagem – intitulada Apoio no Lar - Emmanuel afirma que conhece de perto os companheiros que enveredaram no excesso de drogas psicoativas e que o fizeram buscando o suicídio indireto: ”....ao atravessarem as barreiras da desencarnação em semelhante desequilíbrio, conservam no corpo espiritual os estigmas da prática indébita que os levou à degeneração dos seus próprios centros de força”.

Há, portanto, muito sofrimento, uma vez que o abuso de drogas, que os levou à morte prematura, desestrutura os chacras ou centros de força do corpo espiritual ou períspirito, causando grandes desequilíbrios.

Os que assim desencarnam não se apresentam na condição de trabalhadores que alcançaram o fim do dia, agradecendo a pausa de descanso e sim na posição de trânsfugas de sanatórios em que lhes cabia assistência mais longa.

Segundo o Benfeitor, eles permanecem no mundo espiritual como alucinados e dependentes das drogas...

Por isso demoram-se em regimes de reajuste e, quando recobram a própria harmonia, sentem-se sem forças nos seus mecanismos e estruturas do corpo espiritual.

Qual o caminho a seguir? Sem dúvida, voltar à carne, à vida terrestre, pelas portas da reencarnação. E serão encarnações muito difíceis, porque as repercussões dos abusos de drogas estarão presentes nos novos corpos físicos. Estes funcionarão como se fossem cárceres, em virtude dos abusos anteriores.

Não devemos esquecer, pois, segundo acentua o mentor, que estamos diante de uma verdadeira catástrofe mundial nos dois lados da vida humana. E que o empenho na erradicação do mal acontece em ambos os lados.

Segundo o benfeitor, na Terra, devemos persistir nos meios de combate às drogas, exercendo controle no fornecimento de psicotrópicos, de tal maneira que os especialistas dificultem ao máximo a sua indicação; combatendo as plantações dos vegetais que lhes dão origem; mantendo as restrições legais ao fabrico de semelhantes agentes para que não haja facilidades de acesso.

É imprescindível evitar qualquer sinalização de permissividade. A sociedade escolherá uma via errônea se permitir o abuso de drogas em qualquer nível.

O conselho do benfeitor é que se dê apoio ao lar, uma estrutura fundamental no combate à expansão desse hábito pernicioso que vai se transformando atualmente em verdadeira pandemia.

Como evitar que milhares de criaturas fujam da existência através das drogas? Sem dúvida, a resolução desse grave problema não é simples, mas é preciso aumentar no mundo a compreensão fraterna, a tolerância construtiva. Não podemos esquecer que os melhores antídotos da solidão e da fuga são a compreensão e o amor.

Somente a vivência dos valores espirituais poderá salvar milhares de criaturas do processo obsessivo e do desequilíbrio, da enfermidade e da morte. Por isso é tão importante o entendimento e a bondade dentro do lar, garantindo, quanto possível, a tranquilidade e a segurança dos seres que foram chamados a conviver sob o mesmo teto.

Nós sabemos o quanto a inconformação e a violência nos grupos sociais ou domésticos são prejudiciais à vida espiritual, ao clima de paz. Por isso é tão importante o conselho de Emmanuel aos pais e responsáveis:
Serve e perdoa, socorre e ajuda sempre entre as paredes do lar, sustentando o equilíbrio dos corações que se te associam à existência e se te interessas realmente no combate ao suicídio e à deserção, reconhecerás os prodígios que se obtêm dos pequenos sacrifícios em casa por bases da terapêutica do Amor.

Marlene Nobre

12 de jun. de 2013

DROGAS: FONTE DE PRAZER OU SOFRIMENTO


Um dos temas mais interessantes da atualidade é, sem sombra de dúvida, aquele que se relaciona com uso de drogas. Estudar e avaliar seus efeitos nas esferas biopsíquica, social e espiritual, constitui-se ação impostergável.
É bastante fazermos uma retrospectiva na história da humanidade, para constatarmos, que o uso de drogas não é um problema de agora. Na bíblia é relatada a história de uma das primeiras vítimas: "E começou Noé a cultivar a terra e plantou uma vinha. Bebeu do vinho e embriagou-se; e achava-se nu dentro da sua tenda" (Gênesis 9, 20-21).

Nas civilizações antigas mascavam-se determinadas folhas, para se obter energia e disposição, a fim de vencer as intempéries e os perigos. Na Índia e no Egito eram conhecidos os efeitos das drogas para provocar a liberação parcial do espírito (desdobramento); através desse fenômeno comunicavam-se com os desencarnados, os quais eram interpretados como deuses. Cristóvão Colombo, quando esteve nas Américas, fez menção a respeito dos índios, habitantes daquelas terras que, através de um canudo de determinada planta, inalavam uma substância, que os tornava excitados.

Portanto, registros sobre o uso e conhecimento dos efeitos das drogas, sempre estiveram presentes na história da humanidade.

Na atualidade, no entanto, os reflexos nocivos do uso abusivo de drogas alcançaram vários setores da sociedade, onerando as finanças públicas, desestruturando famílias, causando sofrimento e morte.

Ante as repetidas notícias, através da mídia, destacando a insensibilidade dos traficantes e o sofrimento dos escravos do vício, os demais cidadãos angustiados questionam: Até quando?...

Todo sofrimento tem um termo, mas somente acontecerá quando forem eliminadas as suas causas. Existem traficantes porque existem pessoas imaturas que, acovardadas ante os desafios da vida ou movidas por curiosidade, iniciam-se no uso de substâncias de efeito tóxico e delas tornam-se escravas. Não acreditam nas possibilidades que lhe são inerentes e que seriam suficientes para torná-las vencedoras.

Quanto à legalidade, existem as drogas lícitas e as ilícitas. Entre as consideradas legais ou licitas, nós poderíamos incluir o cigarro e as bebidas alcoólicas.

O cigarro, que há tempo faz parte do dia-a-dia de uma considerável parcela da população, gera dependência, causando a médio e longo prazo, problemas cardiovasculares e vários tipos de cânceres. Os alcoólicos, que conquistam cada vez mais consumidores jovens, têm sido uma das causa principais da violência urbana e dos acidentes de trânsito. O alcoolismo, hoje considerado um problema de saúde, é responsável por uma grande parcela de ocupação dos leitos hospitalares, faltas no ambiente de trabalho, desestrutura familiar, cirrose hepática, câncer e perda da memória.

Lembramos de um dos melhores professores de matemática que tivemos no curso ginasial (primeiro grau). Destacava-se, na época, pela sua rapidez de raciocínio e competência profissional. Era consumidor de alcoólicos; perdeu o controle e tornou-se alcoólatra. Anos depois o encontramos; ele nos apresentou um problema de matemática de nível ginasial para que resolvêssemos, pois não conseguira resolver. Ao lermos o problema constatamos ser um dos mais elementares. O álcool havia prejudicado sua memória, incapacitando-o para o exercício profissional. Mas não ficou restrito à memória os danos causados pelo álcool; alguns anos depois, com pouco mais de 40 anos, retornava ao plano espiritual, vítima de cirrose hepática.

Após essa exposição superficial, a respeito das drogas lícitas, não podemos deixar passar a oportunidade de tecermos também algumas considerações sobre as drogas alucinógenas ou ilícitas. Estas têm conseqüências mais devastadoras, não apenas pelo seu efeito nocivo na saúde do consumidor, mas também, pela ganância dos traficantes, em luta pelo domínio de áreas de venda.

O mundo tem passado por uma vertiginosa transformação, exigindo de todos, adequações psicológicas e espirituais. Mas é justamente o que não tem acontecido; alguns espíritos imaturos, na sua maioria oriundos de lares desestruturados, sentem-se como peixe fora da água; buscam através das drogas amortecer as angústias que os atormentam. Fogem momentaneamente da realidade, por força do efeito alucinógeno; porém, quando cessa esse efeito, sentem-se mais angustiados, necessitando de repetidas doses que os conduzem inexoravelmente à dependência e à autodestruição; destruição física, destruição moral, destruição de sonhos e da dignidade, porque o usuário torna-se escravo do vício.

Os efeitos das drogas não se restringem apenas ao corpo físico; a sua ação vigorosa, complementada por astúcia de espíritos perversos, desagrega a personalidade, liberando dos arquivos do subconsciente imagens de dramas vividos em encarnações anteriores. Atingido esse estágio, que na maioria das vezes torna-se irreversível, vem, a seguir, a loucura ou a morte.

Ante o exposto, que representa o drama vivido pelo dependente de drogas enquanto encarnado, é oportuno lembrarmos, que ele não termina com a morte. As desarmonias causadas na tessitura perispiritual e a dependência (necessidade da droga) lhe causarão muitos transtornos, até que se reabilite com as leis da vida, o que se dará através de outras oportunidades reencarnatórias.

Portanto não encontramos motivos para interpretar que o uso de drogas proporcione prazer, quando na realidade é fonte de sofrimento e destruição. (F. Altamir da Cunha).

Obra consultada: As drogas e suas conseqüências – Editora Espírita Cristã Fonte Viva. Autores: Celso Martins, José Alberto Pastana, Luiz Carlos Formiga, Oswaldo Moraes de Andrade, Roberto Silveira.