25 de fev. de 2012

A Prece como Terapia.




Os batimentos do seu coração podem alterar as ondas cerebrais de uma pessoa que esteja próxima, estabelecendo uma sincronicidade entre o seu coração e o cérebro do outro, determinando uma sintonia entre emoções e pensamentos
.





Durante muito tempo a ciência concentrou-se na importância do cérebro como fonte do pensamento e coordenador de todos os reflexos nervosos, e ao coração foi dada uma função secundária. Recentes trabalhos desenvolvidos pelo Centro de Pesquisa do Heart Math, no Colorado, nos Estados Unidos, descobriram que os batimentos cardíacos de uma pessoa são capazes de determinar as ondas cerebrais de outra, ou seja, que o coração pode comandar o cérebro. Esses resultados foram obtidos através de eletrocardiogramas e eletroencefalogramas, medindo as mudanças que ocorriam nas ondas cerebrais, de acordo com os estímulos que eram emitidos, de amor, de ódio, frustração, ansiedade etc.




A psicóloga clínica Júlia Kiskos, formada pela USP, que tem participado de diversos congressos nos Estados Unidos e Europa sobre Ciências e Consciência e Medicina comportamental, revela-nos os resultados de recentes pesquisas científicas sobre mediunidade e cura à distância, desenvolvidas nos Estados Unidos.




Durante cerca de dez anos, participou dos trabalhos do Dr. Hernani Guimarães Andrade, na investigação de poltergeist, reencarnação e estados alterados de consciência. Atualmente faz parte do grupo Noel, onde desenvolve, junto à médium Martha Gallego Tomás, trabalhos de cura.





P -Você percebe uma diferença de concepção entre os estudiosos americanos e brasileiros, em relação a cura e mediunidade?




R - Eles não discutem se o passe funciona ou não; querem saber como funciona. Eles já ultrapassaram a questão da dúvida; não agem movidos pela paixão; não estão preocupados com o dono do fenômeno. Reconhecem que o fenômeno existe e resolvem investigá-lo. Além disso, eles possuem uma grande dotação de verbas que permite desenvolver as pesquisas.




Desde 1992, quando o Ministério Americano de Saúde reconheceu o Departamento de Medicina Alternativa, eles vêm estudando as práticas alternativas, entre eles a cura espiritual. Então você tem condições de apresentar o seu projeto, expor a sua metodologia e tem dois anos para mostrar resultados.




P - Existe um rigor científico muito grande ou há uma maior abertura em relação às investigações?




R - O rigor é absoluto, mas eles querem investigar e vão atrás.




Existem diversas pesquisas sobre a atuação da mente sobre a matéria, que eles chamam de influência da consciência. Por exemplo, em 93 foi desenvolvida uma pesquisa pelo exército americano. Eles recolheram o DNA da saliva de uma pessoa. Essa pessoa foi colocada numa outra ala do laboratório e era estimulada positiva e negativamente. Sempre que ela tinha pensamentos negativos ou depressivos, respondendo aos estímulos recebidos, o DNA, sincronicamente também se retorcia. Os resultados mostraram que o material coletado, mesmo à distância, ainda respondia ao estímulo do seu dono. E o DNA voltava à sua forma normal, quando a pessoa, que estava passando pelo teste, tinha pensamentos positivos. Isso vem confirmar uma teoria já muito debatida, sobre a memória das células. No momento em que você pensa uma coisa, seu corpo está reagindo; isto é sincrônico.




Outra pesquisa desenvolvida no Japão, em 94, com monges budistas e cristais de gelo, é muito interessante. Os cristais de gelo têm um formato maravilhoso. Os monges começaram a vibrar pensamentos de desarmonia, a envolvê-los em vibrações de poluição e, mesmo congelados, os cristais se distorceram, perdendo sua forma natural. Quando foram emitidas vibrações de beleza, harmonia eles voltavam ao formato original.




Outro experimento, também no Japão, é o de uma lagoa comprovadamente poluída. Um grupo de monges, diariamente, mentalizavam a água limpa, transparente, como fonte de vida e de energia. Foi feita a análise da água e ela tinha se despoluído.




P - Então, o mundo em que vivemos é o reflexo dos nossos pensamentos e dos nossos desejos?




R - Nós estamos em conexão direta. Eles chegaram à conclusão de que a consciência de forma, como nós a temos, tem todas as propriedades de um campo quântico. Os pesquisadores de ponta já ultrapassaram o paradigma mente/cérebro porque hoje se fala em energia espiritual. Como é que a consciência imaterial pode atuar sobre algo material como o DNA ou o cristal de gelo? Hoje em dia têm-se inúmeras teorias buscando entender como é que funciona a questão da consciência. Já existe um consenso de que a mente não é local. A mente não é o cérebro, nem fruto do cérebro. Ela não está localizada em parte alguma do seu corpo. Ela age sincronicamente em qualquer evento, no exato instante em que você mentaliza alguém. Ela não obedece às leis do tempo/espaço, causalidade e determinismo da física tradicional. Ela tem propriedades quânticas.



P - Que propriedades são essas?




R - O nosso equipamento físico está planejado para três dimensões: altura, largura e profundidade. Einstein, na sua teoria de relatividade, acrescentou a quarta dimensão. Mas acontece que essas partículas atômicas funcionam em “n”dimensões e espaços. E é como se busca verificar hoje, em quantas modalidades de outros espaços essa consciência pode funcionar.




P - Como se põe a consciência a serviço da cura, da recuperação, do combate às doenças?




R - Aqui está a diferença básica entre nós e os pesquisadores americanos. No Brasil, nós não precisamos de provas. Nós temos o conhecimento empírico, desenvolvido em muitos anos de experiência, e nós sabemos que funciona.




P - E nós temos a fé...




R - A gente acredita porque vê os resultados. Eles querem saber como funciona.




O primeiro experimento, iniciado em 87, foi feito no Hospital Geral de São Francisco na Unidade Coronariana, com 400 pacientes, pelo Dr. Randolph Byrd.




À medida que os pacientes foram entrando, eles selecionaram 200 nomes. Só que nem os pacientes, nem os enfermeiros, nem os médicos sabiam da experiência.




Duzentos nomes foram enviados para diversos locais de diversas procedências religiosas, protestantes, católicos, budistas, para que orassem por eles.




Estatisticamente, eles obtiveram um resultado muito positivo: alta mais rápida, menor intercorrência, melhor recuperação do que os duzentos pacientes que não receberam orações.




Nos últimos três anos, existem mais de 204 trabalhos publicados em jornais médicos americanos sobre a atuação da prece à distância ou sobre a influência mental à distância. Existem experiências feitas com aidéticos, alcoólatras, pessoas com depressão, câncer, em grandes hospitais americanos. Através dos resultados, eles perceberam que “algo” tinha alterado o comportamento da mostra selecionada. O que é, e como funciona, eles querem descobrir. Eles estão chamando de cura espiritual.




P - Não se trata mais só do poder da mente ou da consciência, há um novo aliado que é o componente espiritual, o sentimento amoroso que envolve a oração?




R - Nas pesquisas, investiga-se, afinal, para quem estão rezando as pessoas: para Jesus, para Jeová, para Maomé ou Buda. Descobriram que basta que as pessoas se liguem a um poder maior, um poder cósmico, não importa o nome que ele tenha. Os americanos chamam de sentimento espiritual, no sentido de transcendência, de ligação com o mais alto.




P - Como a oração tem sido aplicada nas sessões de tratamento à distância, aqui no Brasil?




R - Tem-se notado em algumas pesquisas que, quando você não direciona a prece para o efeito que você quer, você obtém resultados melhores. Por exemplo, se tem uma pessoa com câncer terminal, e muitas vezes, ela nem sabe que está sendo tratada. Seria bobagem estar vitalizando os órgãos. O que se tem de fazer é enviar vibrações analgésicas para que ela dependa menos dos remédios, para que, na passagem para o outro lado, seu perispírito seja menos impregnado com medicamentos, e abrindo o campo dela, clareando para que os mentores possam se aproximar, para que ela tenha uma passagem melhor. Há que ser ter um certo discernimento quando se faz um trabalho à distância. Não se pede o que se gostaria de obter, mas o que é melhor para aquela criatura.




P - Tem diferença entre a qualidade e a quantidade de pessoas que estão vibrando?




R - A eficácia não está na quantidade, mas na qualidade. Não adiante ter dez, doze pessoas, sendo que quatro estão desconectadas, ou vieram de má vontade. Melhor lidar com poucas pessoas, desde que estejam profundamente conscientes do que estão fazendo. Mas se você tem um grupo que está perfeitamente sintonizado, melhor ainda, porque os benfeitores, quando não utilizam toda aquela energia para aquelas pessoas que você focalizou, guardam aquela energia e podem redistribuí-la pra outras pessoas necessitadas.




P - E que resultados têm sido obtidos nos grupos de cura à distância?




R - No grupo Noel, nós temos casos de câncer tumores, cirurgias marcadas, casos de gravidez de risco, recém-nascidos com problemas congênitos, tudo o que você possa imaginar de doenças físicas é encaminhado para esse trabalho. Como este tipo de tratamento não exclui o acompanhamento médico depois da cura, quando encaminhados a um médico, ele pode justificar como remissão espontânea, erro de diagnóstico, auto-sugestão. Os americanos vêem os resultados e acreditam na cura, mas não sabem como nós conseguimos esses resultados. Então, nós temos o conhecimento empírico, mas não temos a verba para as pesquisas. Eles estão procurando demonstrar como a coisa funciona, embora não tenham o conhecimento espiritual ou mediúnico que nós temos.





Reportagem de Míriam Portela - Folha Espírita

Retirado do site Centro Espírita Fraternidade e Amor

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