18 de jun. de 2013

Informativo: Junho

“Estudo, disciplina, trabalho e
amor ao próximo”



INFORMATIVO


Boletim informativo do Grupo Espírita Caminho de Damasco – Ano XV nº173,  junho de 2013.


Editorial
O Informativo GECAD deste mês de junho traz para os queridos leitores, uma série de artigos para reflexão e divulgação.
Assuntos como a pouca frequência nas casas espíritas, evangelização infantil nas instituições, a culpa e nossa responsabilidade perante os nossos atos, e mediunidade, são trazidos ao debate por autores espíritas conhecidos e interessados em nos auxiliar a entender os múltiplos problemas que enfrentamos em nossa vida pessoal e em sociedade.
Boa leitura e aproveitem!





Centros Espíritas vazios

Extraído do Jornal O Verbo – junho/2013.
“Companheiros, com justa razão, têm manifestado preocupação com alguns Centros Espíritas vazios, ou seja, pouco frequentados”. Evidentemente que não se pode generalizar, já que muitos outros apresentam excelente média de frequentadores em suas concorridas reuniões. Contudo, quais os motivos de, talvez, a maioria dos grupos Espíritas não estar conseguindo agregar, em suas reuniões, significativo número de frequentadores regulares? De minha parte, apenas com o propósito de colaborar com os que vêm estudando o assunto, naturalmente preocupados com o futuro do Movimento, tomarei a liberdade de enumerar algumas das razões que consigo vislumbrar: 1 – Falta de exemplificação da Mensagem por parte de   suas    lideranças,    que          mantêm
considerável distância dos frequentadores da Casa – às vezes, sequer os cumprimenta.
2 – Dirigentes centralizadores, que, por ciúme de seus cargos, não concedem espaço para trabalhar àqueles que estão chegando pela agora.
3 – Reuniões excessivamente teóricas, priorizando a prática mediúnica em detrimento à prática das tarefas assistenciais, que consideram secundárias.
4 – Ausência de intercâmbio com outros grupos e seareiros, na crítica sistemática contra médiuns e oradores com opiniões divergentes de seus diretores personalistas.
5 – Falta de incentivo aos jovens na Mocidade Espírita, que, praticamente, está se extinguindo.
6 – Pouco ou quase nenhum apoio à Evangelização Infantil, à qual não se destina indispensável investimento humano e espiritual.
7 – Diretores que não se preocupam em formar novos colaboradores da Causa.
8 – Ingerência dos Órgãos Unificadores que apontam o problema, mas não se dispõem auxiliar para que sejam devidamente solucionados.
9 – Carência de verdadeira fraternidade nas reuniões, promovendo necessária abertura aos companheiros que se dedicam à Arte Espírita, tornando a referidas reuniões menos cansativas e rotineiras.
10 – Falta de palestras doutrinárias cujos temas, deixando de ser maçantes e repetitivos, sejam apresentados com certa leveza, interessando a todos.
11 – Buscar a periferia, na certeza de que somente o trabalho na periferia fortalece o Centro.
Foi assim que o Espiritismo cresceu no Brasil!
12 – Tornar o próprio ambiente físico do Centro mais agradável – iluminado e florido, por exemplo! Reunião espírita não é velório!
13 – Não falar em Kardec sem falar em Jesus, e não falar em Jesus e Kardec sem falar em Chico Xavier.
14 – Não pregar moralismo.
15 – Semear e semear, incansavelmente, sem ter pressa de colher.





RELIGIÃO NA EDUCAÇÃO E EVANGELIZAÇÃO

Publicado por Amigo Espírita em 13 junho 2013 às 9:21 em Artigos Espíritas

Educar, segundo Allan Kardec, é criar caracteres, ou seja, caráter para ser empregado no dia-a-dia precavendo-se das distorções ético-morais e espirituais.
    Evangelizar é ministrar os ensinamentos contidos nos Evangelhos de Jesus, o Cristo, que em última instância, são os mandamentos naturais contidos no Código Divino, pulverizados no seio da humanidade em doses homeopáticas desde quando o ser humano surgiu na face da Terra.
    Pelo exposto é imperioso que antes de evangelizar, tem-se que educar.
   No plano material, dentre os espíritos encarnados, a função primordial dos pais de família é educar. Entendo família como esse cadinho de amor onde o Pai da vida coloca seus filhos sob a orientação educacional dos pais para que  educadores e educados quando regressarem à Pátria Maior, no  mais além, cheguem lá  melhores do que quando vieram para cá, no aquém.
    Nessas circunstâncias, surge então uma recíproca  entre direitos e deveres familiares.
   Os genitores, por serem os educadores titulares, têm o dever de dar aos rebentos:  guarda, proteção, sustentação, segurança, equilíbrio e educação, inclusive religiosa. Eles têm o direito a tudo isso.  Entretanto, quando atingirem a madureza, se seus pais estão em dificuldades, o compromisso inverte. Agora são os filhos que têm o dever de lhes proporcionarem as condicionantes elencadas com exceção da educação. Em lugar desta poderá entrar a instrução, se for o caso.
    Nesse raciocínio, não é exagero admitir-se que na educação familial, a religião exerce papel muito importante.  O que vale dizer, que seria ideal se a família elegesse uma religião para complementar a educação dada a quem de direito.  Agora  vêm as tradicionais perguntas.
Uma:  - Qual seria a melhor religião, indicada para essa importante tarefa?
A resposta é simples e direta: “aquela cuja filosofia vier de encontro às necessidades educacionais, disciplinares, éticas e morais dos pais, de acordo com seus conhecimentos, e  que venha auxiliar na convivência fraterna dentre os integrantes do clã”.
    Quanto à denominação e origem, ficam subordinadas ao propósito filosófico a que elas direcionem suas atividades cuja condicionante imperativa é a união em torno dos mandamentos contidos  na Lei do Amor.  
Outra pergunta: - Quando seria o momento para falar ou levar o filho nas casas religiosas?
O exemplo é a melhor forma de educar e evangelizar.
Para ensinar religião não exige necessariamente que os pais sejam religiosos ou freqüentem tal ou qual templo.  Todavia, é de bom costume e tradição que se pertença  uma agremiação religiosa que ensina e pratica o bem, a caridade e o amor.








Culpa e Responsabilidade

Dr. Alírio de Cerqueira Filho

     A culpa que sentimos é resultado de séculos de condicionamento dentro do pensamento judaico-cristão, aliás uma distorção do pensamento cristão, que intrinsecamente, não estabelecia a culpa e a punição como posteriormente acabou acontecendo. Por esse pensamento tudo o que fazemos e que não está dentro dos padrões rígidos dessa pseudomoral instituída é um pecado e deve ser punido violentamente. Durante séculos esse pensamento oriundo do judaísmo; do olho por olho, dente por dente, manipulado e distorcido pelas doutrinas "cristãs" por interesse próprio vem imperando dentro da cultura ocidental. Eu digo distorcido, pois se observarmos os Evangelhos, o Cristo jamais se referiu ao erro dessa forma como as várias religiões cristãs durante séculos pregaram, a do pecado e da punição por ele. Basta analisar as passagens na qual ele se refere a mulher adúltera, quando ele disse que atirasse a primeira pedra aquele que não tinha pecados, o momento de encontro com a mulher hemorroísa, a sua postura com Maria de Magdala e perceberemos que ele via o erro de uma maneira natural, fazendo parte das experiências de evolução do ser humano..
     Mas infelizmente as suas palavras foram distorcidas e durante séculos este pensamento deturpado tem imperado, como ainda hoje, na cultura ocidental a ponto do mesmo ainda estar imerso no inconsciente coletivo da nossa cultura. Isso faz com que a culpa esteja impregnada em nós mesmos.
     Analisemos as razões para isso, à luz da psicologia transpessoal. Esta ciência tem estudado inúmeras questões que tem atormentado o ser humano durante séculos as quais não se encontram explicações dentro da ciência materialista/reducionista. A explicação mais plausível para a culpa que muitas pessoas trazem e que são inexplicáveis no momento atual, pois estas não fizeram nada que justifique ou explique estas culpas é que elas cometeram estas ações pelas quais sentem culpa em seu passado espiritual. Pelos estudos que tem sido feito pelos pesquisadores no mundo inteiro a reencarnação é um fato. Isso explicaria estas culpas imensas que muitas vezes as pessoas sentem, sem razão aparente. Isso acontece devido a séculos passando por experiências, nas quais vivenciamos muito intensamente, este paradigma judáico-cristão distorcido. Por isso a culpa ainda persegue muita gente, mesmo quando temos tudo, teoricamente, para nos libertar dela.
     O que fazer para se libertar da culpa? Só existe um caminho para libertar a nossa consciência; assumindo a responsabilidade pela nossa vida. É necessário refletir que o erro faz parte da evolução natural de todas as pessoas. Quando cometemos um erro, analisando-se aqui o erro, como sendo algo que contraria a lei de amor, isto é, uma atitude de desamor ou pseudo-amor, por nós mesmos ou a outras pessoas, a natureza, o cosmos. Muitas vezes dentro do paradigma judáico-cristão distorcido, muitas coisas que são tidas como erros ou pecados, não o são, dentro da lei de amor. Então quando cometemos um erro, estamos assumindo uma postura egóica. Esta atitude errada pode acontecer por ignorância ou por desprezo ao que é correto, que está dentro dos princípios da lei de amor. Toda atitude equivocada tem a sua conseqüência.
     Torna-se fundamental para a libertação da culpa, que é uma atitude inconseqüente, pois não corrigimos com ela o erro cometido, assumir a responsabilidade pelo erro e buscar reparar as suas conseqüências. Com isso estaremos aprendendo com o erro e isso faz com que evoluamos, diferentemente da culpa e da punição que lhe é conseqüente, na qual a pessoa simplesmente se pune pelo erro e se acha uma vítima por tê-lo cometido, sem assumir o aprendizado dele decorrente.
     Resumindo, todas as vezes que sentirmos culpa por algo que tenhamos feito ou que simplesmente nos achemos culpados mesmo que não haja uma razão aparente, é necessário refletir fazendo a nós mesmos estas perguntas: o que posso tirar de aprendizado desta experiência? como posso agir para reparar as conseqüências dos meus atos? Com isso estaremos assumindo a responsabilidade pela nossa vida e conquistando a nossa felicidade.
     Outro efeito importante da meditação é a paz interior, um refúgio onde você pode escapar da turbulência do seu dia-a-dia. O hábito de meditar diariamente vai lhe ajudar a desligar-se do estresse e trará calma e energia para você enfrentar melhor os desafios que têm em sua vida.



DE QUEM É A MEDIUNIDADE?
Wilson Focássio

Muitas pessoas portadoras de mediunidade se encontram em dúvida sobre a necessidade ou não de desenvolver essa aptidão.
     A mediunidade poderá ser comparada a um rio perdido na planície, como explica E.Armond. Se ele continuar solto, sem destino, poderá causar enchentes e provocar distúrbios ao meio ambiente.      Entretanto, se prudentemente alargamos suas margens, desviarmos seu trajeto fazendo-o tão somente correr no seu leito, ele ficará forte e poderá, agora, organizado, gerar energia, fazer irrigação, em fim, ser útil à coletividade. Assim é a mediunidade. Uma força que está dentro do médium que poderá ser desenvolvida ao “deus dará”, porém por prudência, seria melhor que organizássemos esse desenvolvimento, pois só assim poderias ter certeza que seria uma faculdade responsável. Muitas pessoas possuem essa aptidão já em fase adiantada de desenvolvimento e procuram se afastar dos locais onde devem usar essa aptidão exatamente porque temem que indo uma primeira vez, não podem deixar de ir jamais. Vale lembrar que a mediunidade não é um atributo das doutrinas, ou seja, nenhuma doutrina é dona da mediunidade. Ela é de propriedade do médium, das pessoas que a porta, pois foi a própria pessoa que antes de encarnar pediu essa faculdade a fim de lhe auxiliar no progresso nesta atual encarnação. Qualquer religião poderá fazer uso da mediunidade como um excelente acessório de desenvolvimento do ser humano.
     As pessoas mal informadas acham que a mediunidade pertence à doutrina Espírita. Na realidade o espiritismo aproveita as pessoas que tem essa aptidão a fim de elaborar um trabalho social de intercâmbio com o Plano Espiritual, com a finalidade de dar um consolo a quem estiver necessitado. A Igreja Católica vale lembrar, até o ano 325 d.C. praticava a mediunidade, pois essa era a orientação dos seguidores do Cristo. Depois do concílio de Nicea, no citado ano, a cúpula da igreja resolveu não se utilizar mais dessa excelente ferramenta de trabalho, e passou a nortear os passos dos seus fiéis sob outra ótica religiosa. É oportuno salientar que uma ambulância poderá ser útil se colocada a serviço do bem, nos hospitais no transporte a doentes, entretanto, se ela ficar jogada à margem da estrada, certamente ficará a mercê de ferrugem e de ladrões. Existem dois tipos de mediunidade:
     Mediunidade tarefa e mediunidade natural, esta conquistada.
     O homem do futuro, aquele que habitará a Terra quando esta for elevada da categoria de REGENERADA, será um médium por excelência. Todos serão médiuns no futuro. A conquista da mediunidade é algo demorada, pois demanda muito desenvolvimento psíquico e, principalmente moral.     Por isso a mediunidade natural é mais difícil e é rara por estes momentos. Já a mediunidade tarefa é mais comum, pois ela nos é ofertada pelo Plano Espiritual para que possamos, através do bom senso, mais rapidamente liquidarmos nossos débitos das vidas passadas e, quiçá os deslizes desta própria encarnação. Essa mediunidade, tarefa, por ser “emprestada” não só nos será tirada, como também nos será cobrado o seu bom uso enquanto esteve sob nosso domínio. Portanto, lembramos aos senhores médiuns que, antes de encarnar essa aptidão foi pelos senhores solicitada ao Plano Espiritual para que com maior rapidez e segurança pudessem estabelecer a tomada de seu próprio crescimento. As restrições que o nosso cérebro sofre enquanto estamos encarnados não nos permite lembrarmos daquilo que é tratado em outro plano de vida. Em vista de tal esquecimento, o jovem que chega a maturidade, ou seja, quando chega o momento de usar tal ferramenta, vê-se cercado pelos compromissos da vida material e coloca sua aptidão mediúnica de lado. O simples esquecimento não o liberta do compromisso, por isso sempre será prudente que as pessoas que possuem uma sensibilidade mais aguçada procurem saber se possuem ou não a faculdade mediúnica. A mediunidade é uma coisa muito simples, não exigindo maiores preocupações aos seus portadores, porém, assim como o rio é simples, há der se dar atenção para ela, pois se assim não for, através do sofrimento a cobrança certamente virá.      Para encerrar este comentário, enfatizam-se outras doutrinas praticam a mediunidade e que ela não é um atributo exclusivo da Doutrina Espírita.
A mediunidade pertence a quem a porta e não a uma doutrina.



"I" Até a próxima!

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