12 de jun. de 2013

O casamento e o vaso chinês

Um dia há muito tempo atrás, um homem e uma mulher receberam um presente precioso, de um sábio amigo e que eles chamavam de Pai.

Este presente era um raríssimo vaso de porcelana chinesa e que devia representar para eles o símbolo daquela união entre dois seres, que naquele momento, aparentemente se amavam.

Contudo os dias passaram e num momento de descontrole, aqueles dois seres, numa fração de desequilíbrio e de raiva brigam e aquilo que parecia amor eterno num determinado momento, era agora ódio e desentendimento.

O vaso precioso que simbolizava aquela união foi jogado ao chão e os cacos foram usados para ferir, um ao outro. Aquele encontro naquele momento não tinha mais jeito e para evitar conseqüências piores os dois resolvem seguir os seus caminhos separados. era melhor separar algo legalmente o que de fato já estava separado. E assim seguiu a vida...

O mundo girava e o tempo passou, algumas dezenas ou centenas de anos, rolaram pela ampulheta do tempo e um dia num novo local, num novo país, os mesmos dois seres imortais se encontram novamente. Eles recebiam mais uma oportunidade, neste nosso planeta de provas e expiações, para se redimirem e corrigirem os desencontros do passado. É claro que eles não lembravam o passado de maneira consciente, mas sentiam que havia algo em comum. O encontro fortuito de um dia, seguidos de outros encontros, olhares e sorrisos que sinalizavam um interesse de parte a parte, serviram para selar uma nova união.

Depois de alguns meses de envolvimento, de planos e promessas mútuas resolvem eles se unirem pelos laços sagrados do casamento, segundo os costumes e rituais da época presente.Agora eles viviam um união indissolúvel, até que a morte os separasse, ao menos assim pensavam eles naquele momento.

Mal sabiam eles que o vaso chinês que tinham recebido no passado distante e que devia simbolizar o amor eterno havia sido quebrado. Eles recebiam nova oportunidade de voltarem ao mundo da matéria, mas agora com o compromisso de juntarem os cacos do vaso quebrado e tentarem colar pecinha por pecinha, até a sua reconstrução completa.

Esta tarefa inconsciente a ser realizada pelo casal de amigos, no inicio da união parecia fácil, mas saibam vocês que juntar caquinhos de porcelana, pode ferir os dedos, cortar a pele, machucar, sangrar e as vezes doer muito. Quando isto aconteceu na união dos nossos amigos, eles sofreram muito, sendo que muitas vezes pensaram em jogar todas as peças do vaso novamente no lixo, porque afinal ainda não seria possível continuar e muito menos concluir a tarefa mais uma vez empreendida.

Contudo neste momento eles sem o saberem de maneira consciente receberam do Pai um recipiente de cola , que iria ajudá-los na reconstrução. Esta cola era quase mágica, pois alem de colar o vaso quebrado ajudava a curar as feridas provocadas pelos cortes, superficiais e também os profundos, onde antes sangrava e doía, agora já se encontrara a cura.

Este recipiente divino de cola medicinal se chama "Evangelho Segundo o Espiritismo", que trazia para os nossos amigos o esclarecimento e o consolo para as suas mazelas e suas dores. Questões que antes não tinham respostas agora eram compreendidas. Dores e aflições continuavam a existir, só que agora eles compreendiam os motivos das mesmas e assim pouco a pouco eles conseguiram começar a tarefa antes interrompida. Sim, eles estavam conseguindo superar os velhos conflitos e juntos estavam construindo um novo lar de entendimento e fraternidade. A união que antes já fora dissolvida agora estava sendo construída sob a ótica sublime do amor e isto era realmente algo maravilhoso.

Para selar e concluir a tarefa restava esclarecer apenas mais um fato deveras relevante aos nossos amigos. Eles imaginavam que a união era até que a morte os separasse, pois agora descobriam que ela seria para todo sempre. Quando existe amor, nem a morte separa porque a nossa relação continua do lado de lá.

É assim que devemos encarar as relações afetivas dentro dos nossos lares, famílias compostas na sua grande maioria de seres comprometidos pelo passado remoto e que hoje se reencontram para reconstruírem os seus vasos de porcelana chinesa.

Juntemos pois os cacos e apliquemos o medicamento precioso, que é o AMOR ensinado pelo nosso Mestre amigo, no seu Evangelho de Luz.

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