26 de jun. de 2013

Os Tipos de Passe



Segundo explicação de Allan Kardec no Capítulo XIV, item 33 do livro A Gênese, existem três tipos de passes:


Passes Magnéticos
Passes Espirituais
Passes Mistos
Vejamos seus respectivos conceitos conforme o livro Técnicas de Passes do autor Luiz Dallarosa:

Passes Magnéticos:


O passe magnético é aplicado sem o auxílio de entidade espiritual; pois é transmitido pelas mãos ou pelo sopro do fluido humano, daquele que aplica o passe para o doente, sem a presença do espírito desencarnado, embora, como se sabe, dificilmente o médium se encontra sozinho nessas ocasiões.


Tanto Allan Kardec como André Luiz dizem que, por si mesmo, o passista pouco pode realizar em comparação com aqueles que, ao mesmo tempo, servem de intermediário de espíritos especialistas em imposição de mãos. Em o Livro dos Médiuns, Allan Kardec afirma que há pessoas dotadas de força magnética aumentada pela ação dos espíritos, mesmo à sua revelia e conhecimento.


Não é aconselhável, portanto, os centros espíritas adotarem esse tipo de passe, porque há perigo do "endeusamento" do passista, e ele crer-se possuidor de dons especiais, superiores aos que realmente tem, advindo-lhe sérios prejuízos e comprometendo a idoneidade da própria instituição.

Passes Espirituais:


Denominamos aqui de passe espiritual ao que é efetuado, diretamente, pelo espírito desencarnado, sobre o enfermo, utilizando fluidos mais puros, mais finos do que os do magnetismo humano. Segundo Allan Kardec e André Luiz, essa assistência do plano espiritual realiza-se tendo sempre como base o mérito do paciente, em consequência da lei de causa e efeito.


Há autores que o denominam de passe espiritual direto. Muitas vezes, respondendo evocações e preces formuladas por encarnados e desencarnados, o passe é feito pelos protetores espirituais, mesmo sem a presença de médiuns.


O espírito emite sobre o doente um conjunto de radiações, que são:


1º- fluidos emanados de seu sentimento, seja de natureza boa ou má;
2º- radiações de sua aura individual, mais ou menos, benéfica, de acordo com seu próprio grau de evolução;
3º- fluidos que podem captar, em qualquer lugar e em volume, conforme as necessidades da ocasião.


André Luiz, em suas obras, relata muitos casos desse tipo, em que o plano invisível realiza nas sessões espíritas ou nos lares e, principalmente à hora da prece, quando as pessoas sentem os fluidos, cuja origem ignoram.


Também os benfeitores espirituais ou familiares distantes, comumente, realizam emanações fluídicas, em benefício de encarnados doentes.


Passes Mistos:


Allan Kardec em A Gênese, cap. XIV, denomina essa sessão magnética de "magnetismo misto", "semiespiritual", ou "humano-espiritual". Esse passe resulta da combinação de fluido humano do médium com o fluido espiritual do espírito.


Há outras denominações, qual seja, passe espírita ou passe espiritual indireto, que é o passe que se pratica normalmente nos centros espíritas.


O próprio Allan Kardec diz que "não é na fórmula que está a eficácia da prece, mas na fé", do mesmo modo a execução do passe, quanto à sua eficácia, depende das condições de cooperação entre espírito, médium e doente, para que todos os recursos, magnéticos individuais e da Natureza possam, efetivamente, estabelecer um intercâmbio de elevado nível, onde a boa vontade e a fé sejam as pilastras básicas de todo o transcorrer da operação: o Passe.


Por sua vez, André Luiz explica que o passista (médium), embora forneça seus fluidos próprios, é, na realidade, um intermediário entre o espírito que o assiste, que é o verdadeiro magnetizador, e o enfermo. Porém, nem o encarnado, nem o desencarnado são possuidores do dom, nem doadores; apenas são transmissores de qualidades que fluem de uma entidade e outra, cuja única fonte e orientação vem do Alto.


A função do médium é movimentar os fluidos com a supervisão dos amigos espirituais, dependendo da necessidade espiritual e orgânica do enfermo.

Trecho de texto retirado do livro: 
Técnica de Passes
de Luiz Dallarosa e colaboradores
Págs. 156, 157 e 158

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