Há de fato pessoas muito estranhas neste mundo.
Há pessoas que gostam de ser infelizes. Elas fazem de tudo para sofrer.
Se fôssemos olhar psicologicamente, essas criaturas seriam classificadas, algumas, como hipocondríacas, aquelas que têm mania de doença. Elas têm tudo. Se alguém falar que está sentindo uma coisa, elas estão sentindo também; se alguém disser que teve tal doença, elas tiveram também e se alguém falar que o grau de sua doença foi maior, o delas foi superior. Hipocondríacas.
Percebemos que há criaturas assim. Mas, há outras que, formalmente, gostam de sofrer. Elas vão sempre em busca de alguma situação que as leve a dores, a lágrimas, a frustrações. Afirmam serem conduzidas por uma má estrela. Dizem que têm uma má estrela.
Elas são, de si mesmas, pessoas negativas, de autoestima baixa, e porque elas têm uma autoestima baixa, trabalham as energias em torno de si para que as coisas ruins que elas querem, lhes ocorram. Quanta gente que gosta de sofrer! Sofrimentos voluntários, diríamos.
Às vezes, encontramos pessoas que estão se preparando para um determinado concurso e elas dizem assim: Eu vou fazer, mas sei que eu não vou passar.
Elas já estabeleceram sobre as energias cósmicas o que é que elas querem, e elas farão de tudo para provar a sua tese: Eu sei que eu não vou passar. Vou fazer por fazer. E, quando sai o resultado em que foram reprovadas, dizem vitoriosas: Não disse que eu não iria passar? Claro que isto é uma doença psicológica.
Há outras criaturas, uma moça, por exemplo, que está procurando um namorado, está querendo alguém para se relacionar. Aí lhe aparece um rapaz bonito, um Adônis, alguém acima da média e ela será capaz de dizer: É muita areia pro meu caminhão. Eu não mereço.
Vejamos que coisa paranóica. A própria criatura que diz estar buscando uma situação agradável, gosta da situação desagradável.
Encontramos muita gente que, nas diversas situações da vida, em vários momentos da existência, têm para consigo esse autodesamor, ou essa autoestima baixa, ou essa baixa autoestima.
Como é que ela quer que a sua estrela seja boa, se ela faz de tudo para atrair a má estrela?
Verificamos quanta gente gosta de sofrer no mundo, como se o sofrimento fizesse com que elas fossem observadas, acalentadas.
Há criaturas que gostam de se lamuriar, de chorar as tragédias consigo ou de criar tragédias para si. Estão enormes de gordas e dizem que não comem nada, até o momento em que a gente as vê comendo.
Elas dormem a noite inteira, dormem muito e estão sempre se queixando de insônia, como se desejassem que alguém se penalizasse delas. São sofrimentos autoimpostos. As criaturas são doentes psicologicamente, espiritualmente desajustadas.
Devemos evitar esse tipo de comportamento porque, de maneira alguma, vamos sensibilizar as pessoas, vamos conseguir afastar as pessoas do nosso convívio.
Imaginemos alguém que se nos aproxime para se queixar o tempo todo das tragédias da vida, da luta da vida, das dores da vida, das mortes na vida, quando todos sofremos as mesmas coisas e continuamos trabalhando, continuamos com nosso sorriso, continuamos servindo à vida e continuamos a caminhar.
Os sofrimentos voluntários só têm sentido para Deus, para os olhos da Divindade, quando se destinam a socorrer alguém, a salvar alguém numa situação difícil.
Imaginemos alguém que resolva sair a braços dentro d’água, para impedir que outro se afogue, alguém que entre num casario em chamas para retirar quem ali esteja, um animal que ali esteja, colocando em risco a sua própria vida. Este é um sofrimento voluntário, um sacrifício voluntário que tem utilidade.
Mas, fora disto, quando nos defrontarmos com o nosso espelho, cheios de caras e bocas, cheios de lamentação, como se Deus não tivesse Seu olhar voltado para nós, como se as Leis Divinas não nos envolvessem no amor do Criador, certamente teremos que corrigir a nossa postura.
Esse sofrimento autoimposto é pernicioso para nós.
Esse tipo de criatura que se impõe sofrimentos para ser coitada, se deprecia porque a vida foi feita para que pudéssemos nos alegrar, ser felizes.
Disse-nos Jesus que a cada dia já basta o seu mal, a cada dia já bastam suas lutas. Não temos que inventar coisas para sofrer.
Quantas são as pessoas que começam a desconfiar de outras?
Fulano não é meu amigo. Beltrana deve estar falando de mim e, em cima dessas desconfianças, armam um castelo de desgraças e de sofrimentos, até descobrir que não é verdade, que ninguém está falando delas, que ninguém tem nada contra elas e que as pessoas gostam delas.
É esse autodesgostar que faz com que se imagine que as outras pessoas não estejam gostando de nós.
Por outro lado, quem é que disse que as pessoas têm obrigação de gostar da gente, se nós não nos sentimos obrigados a gostar de todo mundo?
Não somos obrigados a gostar de ninguém. Por que todo mundo tem que ser unânime em gostar da gente?
Na medida em que vamos amadurecendo nossa visão de mundo, nossa visão no mundo vamos entendendo que há espaço para que a gente seja feliz, sem buscar sofrimentos voluntários.
Quando alguém começa usar drogas, seja o cigarro, seja o alcoólico, seja o que for, está procurando sofrimentos.
Não são poucas as pessoas que são amputadas, sofrem cirurgias cruéis, por causa do tabagismo. Pouca gente sabe que o tabagismo leva muita gente a amputações, a enfisemas pulmonares, a doenças cardiovasculares, pelo prazer patológico de puxar fumaça e pô-la para fora.
Quantas lesões neurológicas são detectadas pela medicina por causa do alcoolismo. Quantos distúrbios neurológicos, quantos distúrbios sociais, separações, mortes, homicídios e suicídios, orfandade, viuvez, por causa do alcoolismo.
Os indivíduos que pegam um carro, tomam a direção de um veículo alcoolizadas: que desgosto elas têm pela vida, que desamor elas têm por si mesmas e pelos outros, que desconsideração.
Tudo isto são sofrimentos que a pessoa se impõe sem nenhuma necessidade. Bastaria um pouco de respeito a si mesma, bastaria um pouco de autoamor, de autoestima um pouco mais elevada, para que verificasse a importância de não tomar um veículo, depois de haver bebido algum alcoólico. Já não seria de boa orientação se alcoolizar e, ainda depois disso, tomar um veículo...
Allan Kardec perguntou aos Imortais em O livro dos Espíritos, sobre a condição do alcoolizado que cometesse um desatino, se ele teria culpa, já que estava alcoolizado.
E os Espíritos respondem ao Codificador que tem culpa dupla. Primeiro, porque se alcoolizou, isso é contra as leis da natureza. Depois, porque alcoolizado, cometeu o delito.
É por isto que não temos que buscar sofrimentos para nós.
De repente, alguém vai a um banquete, a um jantar e come além da cota, sabendo que não pode, conhecendo o funcionamento do seu fígado, do seu estômago, dos seus rins e, no outro dia, a criatura está lesionada, por causa daquilo que comeu na véspera. Não podia perder a oportunidade de se empanturrar, de comer em excesso, de comer em demasia. Mas, com que prazer, se no dia seguinte estará doente?
Essas são as complicações da mente humana, os paradoxos humanos, principalmente na vida daqueles que buscam sofrimentos voluntários.
Há aqueles que resolvem fazer jejuns intermináveis.
Há aqueles que se tornam anoréxicos e acabam morrendo por inanição.
Jovens ou não, preservemos nossas vidas. Deixemos para que a vida nos imponha qualquer tipo de sofrimento que esteja na nossa pauta de necessidades. Quanto ao mais, busquemos o melhor para a vida, amando-nos, amando e sendo felizes.
Raul Teixeira
Há pessoas que gostam de ser infelizes. Elas fazem de tudo para sofrer.
Se fôssemos olhar psicologicamente, essas criaturas seriam classificadas, algumas, como hipocondríacas, aquelas que têm mania de doença. Elas têm tudo. Se alguém falar que está sentindo uma coisa, elas estão sentindo também; se alguém disser que teve tal doença, elas tiveram também e se alguém falar que o grau de sua doença foi maior, o delas foi superior. Hipocondríacas.
Percebemos que há criaturas assim. Mas, há outras que, formalmente, gostam de sofrer. Elas vão sempre em busca de alguma situação que as leve a dores, a lágrimas, a frustrações. Afirmam serem conduzidas por uma má estrela. Dizem que têm uma má estrela.
Elas são, de si mesmas, pessoas negativas, de autoestima baixa, e porque elas têm uma autoestima baixa, trabalham as energias em torno de si para que as coisas ruins que elas querem, lhes ocorram. Quanta gente que gosta de sofrer! Sofrimentos voluntários, diríamos.
Às vezes, encontramos pessoas que estão se preparando para um determinado concurso e elas dizem assim: Eu vou fazer, mas sei que eu não vou passar.
Elas já estabeleceram sobre as energias cósmicas o que é que elas querem, e elas farão de tudo para provar a sua tese: Eu sei que eu não vou passar. Vou fazer por fazer. E, quando sai o resultado em que foram reprovadas, dizem vitoriosas: Não disse que eu não iria passar? Claro que isto é uma doença psicológica.
Há outras criaturas, uma moça, por exemplo, que está procurando um namorado, está querendo alguém para se relacionar. Aí lhe aparece um rapaz bonito, um Adônis, alguém acima da média e ela será capaz de dizer: É muita areia pro meu caminhão. Eu não mereço.
Vejamos que coisa paranóica. A própria criatura que diz estar buscando uma situação agradável, gosta da situação desagradável.
Encontramos muita gente que, nas diversas situações da vida, em vários momentos da existência, têm para consigo esse autodesamor, ou essa autoestima baixa, ou essa baixa autoestima.
Como é que ela quer que a sua estrela seja boa, se ela faz de tudo para atrair a má estrela?
Verificamos quanta gente gosta de sofrer no mundo, como se o sofrimento fizesse com que elas fossem observadas, acalentadas.
Há criaturas que gostam de se lamuriar, de chorar as tragédias consigo ou de criar tragédias para si. Estão enormes de gordas e dizem que não comem nada, até o momento em que a gente as vê comendo.
Elas dormem a noite inteira, dormem muito e estão sempre se queixando de insônia, como se desejassem que alguém se penalizasse delas. São sofrimentos autoimpostos. As criaturas são doentes psicologicamente, espiritualmente desajustadas.
Devemos evitar esse tipo de comportamento porque, de maneira alguma, vamos sensibilizar as pessoas, vamos conseguir afastar as pessoas do nosso convívio.
Imaginemos alguém que se nos aproxime para se queixar o tempo todo das tragédias da vida, da luta da vida, das dores da vida, das mortes na vida, quando todos sofremos as mesmas coisas e continuamos trabalhando, continuamos com nosso sorriso, continuamos servindo à vida e continuamos a caminhar.
Os sofrimentos voluntários só têm sentido para Deus, para os olhos da Divindade, quando se destinam a socorrer alguém, a salvar alguém numa situação difícil.
Imaginemos alguém que resolva sair a braços dentro d’água, para impedir que outro se afogue, alguém que entre num casario em chamas para retirar quem ali esteja, um animal que ali esteja, colocando em risco a sua própria vida. Este é um sofrimento voluntário, um sacrifício voluntário que tem utilidade.
Mas, fora disto, quando nos defrontarmos com o nosso espelho, cheios de caras e bocas, cheios de lamentação, como se Deus não tivesse Seu olhar voltado para nós, como se as Leis Divinas não nos envolvessem no amor do Criador, certamente teremos que corrigir a nossa postura.
Esse sofrimento autoimposto é pernicioso para nós.
Esse tipo de criatura que se impõe sofrimentos para ser coitada, se deprecia porque a vida foi feita para que pudéssemos nos alegrar, ser felizes.
Disse-nos Jesus que a cada dia já basta o seu mal, a cada dia já bastam suas lutas. Não temos que inventar coisas para sofrer.
Quantas são as pessoas que começam a desconfiar de outras?
Fulano não é meu amigo. Beltrana deve estar falando de mim e, em cima dessas desconfianças, armam um castelo de desgraças e de sofrimentos, até descobrir que não é verdade, que ninguém está falando delas, que ninguém tem nada contra elas e que as pessoas gostam delas.
É esse autodesgostar que faz com que se imagine que as outras pessoas não estejam gostando de nós.
Por outro lado, quem é que disse que as pessoas têm obrigação de gostar da gente, se nós não nos sentimos obrigados a gostar de todo mundo?
Não somos obrigados a gostar de ninguém. Por que todo mundo tem que ser unânime em gostar da gente?
Na medida em que vamos amadurecendo nossa visão de mundo, nossa visão no mundo vamos entendendo que há espaço para que a gente seja feliz, sem buscar sofrimentos voluntários.
Quando alguém começa usar drogas, seja o cigarro, seja o alcoólico, seja o que for, está procurando sofrimentos.
Não são poucas as pessoas que são amputadas, sofrem cirurgias cruéis, por causa do tabagismo. Pouca gente sabe que o tabagismo leva muita gente a amputações, a enfisemas pulmonares, a doenças cardiovasculares, pelo prazer patológico de puxar fumaça e pô-la para fora.
Quantas lesões neurológicas são detectadas pela medicina por causa do alcoolismo. Quantos distúrbios neurológicos, quantos distúrbios sociais, separações, mortes, homicídios e suicídios, orfandade, viuvez, por causa do alcoolismo.
Os indivíduos que pegam um carro, tomam a direção de um veículo alcoolizadas: que desgosto elas têm pela vida, que desamor elas têm por si mesmas e pelos outros, que desconsideração.
Tudo isto são sofrimentos que a pessoa se impõe sem nenhuma necessidade. Bastaria um pouco de respeito a si mesma, bastaria um pouco de autoamor, de autoestima um pouco mais elevada, para que verificasse a importância de não tomar um veículo, depois de haver bebido algum alcoólico. Já não seria de boa orientação se alcoolizar e, ainda depois disso, tomar um veículo...
Allan Kardec perguntou aos Imortais em O livro dos Espíritos, sobre a condição do alcoolizado que cometesse um desatino, se ele teria culpa, já que estava alcoolizado.
E os Espíritos respondem ao Codificador que tem culpa dupla. Primeiro, porque se alcoolizou, isso é contra as leis da natureza. Depois, porque alcoolizado, cometeu o delito.
É por isto que não temos que buscar sofrimentos para nós.
De repente, alguém vai a um banquete, a um jantar e come além da cota, sabendo que não pode, conhecendo o funcionamento do seu fígado, do seu estômago, dos seus rins e, no outro dia, a criatura está lesionada, por causa daquilo que comeu na véspera. Não podia perder a oportunidade de se empanturrar, de comer em excesso, de comer em demasia. Mas, com que prazer, se no dia seguinte estará doente?
Essas são as complicações da mente humana, os paradoxos humanos, principalmente na vida daqueles que buscam sofrimentos voluntários.
Há aqueles que resolvem fazer jejuns intermináveis.
Há aqueles que se tornam anoréxicos e acabam morrendo por inanição.
Jovens ou não, preservemos nossas vidas. Deixemos para que a vida nos imponha qualquer tipo de sofrimento que esteja na nossa pauta de necessidades. Quanto ao mais, busquemos o melhor para a vida, amando-nos, amando e sendo felizes.
Raul Teixeira
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