4 de ago. de 2014

NÃO IMPORTA O TAMANHO DA CASA ESPÍRITA E SIM SUA SIMPLICIDADE




Valorize o “seu” Centro Espírita – o grupo de irmãos de Ideal que você frequenta.
Não importa seja ele pequenino, humilde, situado numa rua empoeirada na periferia da cidade. 
Sequer importa que o seu público seja constituído por meia dúzia de companheiros.
 
Valorize a tarefa que você é chamado a desempenhar dentro dele.
Varrer o chão.
Limpar o banheiro.
Colocar as cadeiras em ordem.
Cuidar do pequeno jardim.
 
Para se equiparar a Centros maiores e com maior número de frequentadores, não se deixe envolver pela tentação de crescimento desnecessário.
Mantenha a simplicidade.
 
Pureza doutrinária, sobretudo, é onde se respira fraternidade, e não competição.
Valorize o estudo de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, ou de qualquer outra obra da Doutrina, que, ainda que tropeçando nas palavras, algum orador de boa vontade se disponha a fazer.
 
O melhor expositor espírita é sempre o que fala com o coração.
É o que não está atrás de público e de aplausos.
É o que não se transforma em popstar.
Mais conhece Espiritismo é quem mais o vivencia, e não quem mais se ocupa nele.
 
Espiritismo deve ser Cristianismo – se fugir disto complica, e muito.
O ambiente de um Centro Espírita deve ser o ambiente de uma casa cristã, semelhante à Casa dos Apóstolos, em Jerusalém.
Precisa ter criançada a ser evangelizada.
Jovens que chegam para o estudo e para o trabalho assistencial – de preferência, portando os seus instrumentos musicais.
Médiuns passistas curadores – sem necessidade alguma de trabalho específico de cura com o intuito de atrair multidão.
Recipientes com água a ser magnetizada sobre a mesa nua, ou simplesmente coberta com uma toalha singela.
O serviço da Caridade – através da sopa fraterna, pelo menos um dia na semana, da distribuição de roupas e agasalhos, de pães e biscoitos, e dos possíveis gêneros alimentícios.
 
Espiritismo é doutrina de Centro na periferia.
Se fugir da periferia para o Centro, torna a complicar, e muito mais ainda.
Valorize no “seu” Centro Espírita a iluminada tribuna do Consolador.
Compenetre-se de que mediunidade não é para fazer aparecer o médium, mas, sim, transparecer a Mensagem da Vida Imortal!
Infelizmente, há tantos espíritas querendo aparecer mais que a Doutrina...
 
Palestra espírita não é espetáculo – e muito menos quando é paga! – hoje em dia, a estão financiando até através de cartão de crédito!
Reunião em Centro Espírita sério é comunhão com a Espiritualidade Superior, com o sincero propósito de renovação íntima da parte de cada um de seus frequentadores, mas, principalmente, de seus dirigentes.
 
Não faça de “seu” Centro Espírita o espaço onde o seu personalismo impere.
Nem onde a sua frustração de anseio de poder se expresse em atitudes que desmintam as suas palavras bonitas.
 
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 28 de julho de 2014.

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