3 de mai. de 2019

Como os espíritos socorristas agem para fazer um resgate espiritual no Umbral?


Não existe uma regra específica na literatura sobre como são feitos os resgates espirituais, mas na literatura existem inúmeros relatos de operações de resgate e de como os espíritos socorristas agem no Umbral para socorrer um espírito infeliz. Aqui citaremos uma:

Os humanos desencarnados que escolheram residir na Zona Inferior – uma região de escuridão relativa – onde eles existem até começarem a ter sede de luz e amor… não são deixados à própria sorte para encontrar o caminho para o céu. Eles são ajudados e guiados.

Um grupo de espíritos comunicou-se com o Rev. G. Vale Owen como eles propositadamente desceram de sua posição de luz e amor para a Zona Inferior (chamada Umbral na literatura espírita) no Livro Três, da obra A Vida Além do Véu.

O valente grupo de espíritos cruzou a fronteira entre o primeiro nível do céu e a Zona Inferior. Onde almas sofredoras residem na ignorância e abnegação até que determinem que a vida em um ambiente de amor e bondade é superior a uma vivida submersa em nossas emoções mais básicas de ódio, egoísmo e ciúme.

Comumente, desencarnados nas Zonas Inferiores não seriam capazes de ver, tocar ou sentir um espírito superior, já que os espíritos superiores são menos densos. Quando um espírito superior deseja ser notado, ele mesmo poderá se tornar visível – mesmo assim um espírito superior parecerá irradiar luz, o mesmo efeito quando pessoas que viveram em experiências de quase morte ou tiveram visões, vêem seres de luz que eles chamam de anjos.

Esse grupo de espíritos sacrificadores queria descer e ser visto. Eles disseram ao médium G. Vale Owen que seu objetivo era ser percebido e não se mover invisível:

Assim, tendo passado através daquela área onde as pessoas passam ao sair da terra, e da qual já falamos resumidamente, passamos aos reinos mais escuros. Agora sentimos a pressão na alma aumentando, sendo necessário um coração forte e cautela nos passos para o combate.

 Porque você notará que nós não estávamos procurando aquele método pelo qual os mais elevados podem sustentar seu contato com aqueles da escuridão, sendo invisíveis a eles. 

Estávamos nos condicionando, como até aqui, ao ambiente das esferas inferiores à nossa, assim como a esta, de estado ainda mais baixo, para que ganhássemos corpo, ainda que sem dúvida não tão denso e bruto como os dos habitantes propriamente, mas mesmo assim bem próximo disso para, de vez em quando, sermos visíveis a eles se desejarmos, e rapidamente, e mesmo para que pudessem, em algumas ocasiões, estar conscientes do nosso contato com eles e que eles mesmos possam nos tocar.

 Então fomos bem vagarosamente e andando, e o tempo inteiro inspirando a condição que nos era ambiente para este mesmo fim e propósito.

Em 1949, em um livro psicografado pelo falecido grande médium brasileiro Francisco (Chico) C. Xavier, o espírito André Luiz descreveu o que ele, como membro de um grupo de espíritos, experimentados como eles também, desceram profundamente nas esferas inferiores da terra.

“Podemos não estar em cavernas infernais, mas chegamos ao grande império das inteligências perversas e atrasadas que habitam perto da superfície do planeta, onde os encarnados sofrem sua contínua influência. 

Chegou a hora de fazermos um pequeno testemunho. Uma grande capacidade de abnegação é crucial para que possamos alcançar nossos propósitos. Podemos falhar por falta de paciência ou falta de sacrifício. Para a maioria dos irmãos e irmãs atrasados que encontramos, não seremos mais do que desencarnados inconscientes de nossos próprios destinos.

Começamos a inalar as substâncias espessas que flutuam ao nosso redor, como se o ar fosse composto de fluidos viscosos.

Eloi ofegou e, apesar do meu sentimento de opressão asfixiante, tentei copiar a abordagem de nosso instrutor, que, silencioso e extremamente pálido, estava se ajustando à metamorfose.

Eu estava desorientado e percebi que nossa integração intencional com os elementos daquele plano inferior nos desfigurava enormemente. Pouco a pouco, nos sentimos mais pesados. Senti como se tivesse repentinamente me reconectado ao meu corpo físico porque, embora ainda estivesse no controle de minha própria individualidade, encontrei-me coberto de matéria densa, como se tivesse sido inesperadamente forçado a usar armaduras pesadas”.


O resgate espiritual no Umbral não é uma coisa tão simples, pois segundo os relatos, os espíritos socorristas precisam diminuir a sua vibração, tornando-se mais densos, podendo sofrer algumas influências do ambiente umbralino.

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