18 de jul. de 2019

A Destinação do Espiritismo


Quando entregou as obras básicas da codificação para o mundo, Allan Kardec imaginava que o
Espiritismo se tornaria uma crença comum e que a aceitação dos seus princípios científico, filosófico e
moral transformassem em um tempo relativamente curto as concepções de vida material da sociedade
terrena.
E não foi bem isso que ocorreu ao longo de mais de 150 anos de existência da Doutrina dos Espíritos.
A assimilação do Espiritismo por parte da coletividade parece lenta e vem criando uma situação de
indiferença para muitas pessoas envolvidas com a doutrina, até mesmo entre espíritas que consideram a
imortalidade da alma "uma ficção para se ver no cinema".
Ocorre que se a filosofia espírita fosse integralmente aceita e se tornasse uma questão de sobrevivência,
a sociedade terrena iria mudar positivamente em diversos aspectos.
No entanto, essa aceitação se torna uma utopia na medida em que ainda não se percebe sincero
interesse dentro do movimento para fazer uma divulgação educativa abrangente, capaz de renovar
hábitos e atitudes dessa sociedade ainda muito materialista.
Além disso, o Espiritismo é tido e visto como uma religião que vem sendo manipulada por lideranças,
"espiritualmente ligadas à Igreja Católica", que querem a todo custo negar a sua identidade com o
conjunto de princípios baseados em leis naturais.
A Doutrina dos Espíritos poderá efetivamente contribuir para promover profundas transformações na
sociedade, mas isso levará ainda muito tempo já que carece de uma sensata avaliação, uma definição de
caminhos e estratégias que se identifiquem com a atual realidade social e espiritual do nosso conturbado
mundo.
Entre os mais de dois milhões de adeptos do Espiritismo existentes no Brasil, é bem provável que um
terço ainda permaneça psquicamente atrelado a outras seitas espiritualistas, acendendo velas, incensos,

cantando mantras e fazendo "promessas" aos "santos espíritas e católicos" para resolverem seus
mesquinhos problemas existenciais.
Muitos cansaram de buscar "consultas espirituais" em suas próprias instituições. Agora recorrem aos
"guias" de outros terreiros...
 


Por Carlos Antonio de Barros

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