3 de ago. de 2019

A TAREFA DO PASSE

74. A tarefa do passe deve ter horário fixo?
Sim. Entre os encarnados, a tarefa do passe é apenas uma pequena parte da tarefa que ocorre a nível espiritual. Certamente os benfeitores espirituais têm também sua programação, que se vincula à nossa. Não raro, durante todo o dia, a Espiritualidade prepara o ambiente da casa espírita para o recebimento da vasta gama de espíritos sofredores que vêm receber o lenitivo do passe. Em todas as tarefas da casa espírita, a ordem e a disciplina presidem o progresso. (Veja questão 68)
75. A tarefa do passe precisa de um coordenador?
O Espiritismo não endossa qualquer tipo de hierarquia. Pelo contrário, sabe- se que de acordo com a Doutrina, o indivíduo que está investido da maior autoridade é necessariamente aquele que mais doa de si próprio. No entanto, a tarefa deve ter um coordenador, que represente para os passistas a fonte segura de orientação respaldada na experiência, e para os pacientes seja a fonte de referência segura para o esclarecimento. Conforme temos aprendido, o coordenador será o indivíduo que controla a entrada de pessoas na câmara de passes, e que toma as decisões cabíveis nas eventualidades que venham a ocorrer. Além disso, é também tarefa do coordenador esclarecer os pacientes quanto à importância do passe e à necessidade de empenho na reforma íntima de cada qual, como elemento único para a cura definitiva do Espírito.
76. O grupo de passistas deve orar em conjunto antes do início da tarefa?
Sim. A prece em conjunto antes do início da tarefa facilita a integração de todos no propósito único de servir ao próximo, além de elevar o passista a estado mental mais próprio à afinização com os Espíritos responsáveis pelo passe.
77. Os passistas devem fazer a prece final em conjunto?
Sim, no sentido de agradecer a oportunidade de participarem de mais uma tarefa em nome do Cristo.
78. Durante cada “rodada” de passes, alguém deverá fazer a prece em voz alta?
Não. Embora tal prática seja utilizada por várias casas espíritas, recomenda- se que cada passista faça suas preces individualmente e em silêncio, propiciando maior concentração e maior integração com o paciente ao qual está servindo. A prece em voz alta tende a atrapalhar pacientes e passistas que preferem fazer suas próprias preces, assim como muitas vezes faz com que paciente e passista pensem que não devem se concentrar mentalmente, pois alguém já está fazendo isso por eles.
79. O passista precisa tomar passe antes da tarefa?
Não há necessidade. A própria Espiritualidade, durante todo o dia, auxilia na preparação do passista para a tarefa. É particularmente importante que, ao acordar, o passista não deixe de fazer suas preces, procurando desde cedo a sintonia mental com os benfeitores espirituais, e participe da prece de início dos trabalhos, pela qual estabelece- se em definitivo a ligação Espírito- passista para a execução da tarefa, ligação esta que deve ser mantida, por parte do passista, através da prece contínua durante toda a tarefa.
80. A tarefa do passe pode se desenvolver paralelamente à exposição doutrinária?
De forma ideal, a tarefa do passe deve ser realizada antes do início ou após o término da exposição doutrinária, para se evitar a quebra do raciocínio nos espectadores, através da intervenção necessária para se tomar o passe. O mesmo acontece em relação aos passistas, que muitas vezes adentram a câmara do passe insatisfeitos por não poderem assistir à palestra da ocasião. Atualmente, observamos que na maioria das casas espíritas a administração do passe antes da exposição doutrinária é praticamente inviável, devido ao elevado número de pacientes, pois número considerável de pessoas acostumou- se – erroneamente – a enxergar a tarefa do passe como um serviço adicional que a casa espírita presta aos ouvintes da preleção da noite, e não como um serviço especializado, cujo uso deve ser baseado na necessidade. (Veja questões 81 e 82)
81. Qual é o número ideal de passistas trabalhando simultaneamente?
Esse número dependerá de três fatores: tamanho da câmara de passes, quantidade de trabalhadores disponíveis e número de pacientes a serem atendidos. (Veja questão 69)
82. Há necessidade de passista reserva?
Sim. É um fato comum eventualmente um dos passistas da equipe estar impossibilitado de comparecer à tarefa. Para se evitar que o trabalho seja desestruturado em função da ausência de um companheiro, recomenda- se que a equipe de passe tenha pelo menos um passista reserva. O passista reserva também estará disponível para substituir qualquer passista que apresente indisposição durante o tarefa ou para trabalhar juntamente com os outros caso no dia da tarefa o número de pacientes ultrapasse a quantidade costumeira, além, é claro, de proporcionar um rodízio dos tarefeiros, criando maiores facilidades para todos. (Veja questão 83)
83. Pode- se fazer rodízio de passistas?
Sim. Tal prática é recomendável pois possibilita que os tarefeiros possam se alternar na tarefa, usufruindo das exposições doutrinárias e outras atividades que, normalmente, não teriam condição de participar, facilitando o aspecto de integração dos componentes da casa espírita como um todo. Além disso, como cada qual tem suas peculiaridades fluídicas, o rodízio permite que haja maior variação fluídica a cada tarefa, propiciando atendimento mais amplo por parte da equipe espiritual. Onde todos trabalham mais, cada um, individualmente, trabalha menos.
84. O passista deve posicionar- se à frente ou atrás do paciente?
Não há regra. Mesmo à frente do paciente, o passista pode posicionar- se mentalmente atrás dele.
85. Pode- se usar música mecânica durante a tarefa do passe?
Sim. A música auxilia a criação de pensamentos nobres, desde que sejam reproduzidas faixas com temas espiritualizantes, e em baixo volume. (Veja questão 72)
86. Pode- se usar música ao vivo durante a tarefa do passe?
Sim. Deve- se, porém, evitar a formação de coros em momento indevido, restringindo a manifestação artística ao grupo ou à pessoa responsável. Além disso, as músicas devem naturalmente estar baseadas em mensagens positivas. (Veja questão 87)
87. Pode- se cantar durante a tarefa do passe?
Em geral, a cantoria durante a tarefa do passe mais atrapalha do que ajuda, pois cada um controla a intensidade de sua voz deliberadamente, e algumas pessoas chegam a cantar muito alto, vindo a atrapalhar a concentração de passistas e pacientes. (Veja questão 86)
88. Quando o passe deve ser em equipe?
Nos casos em que o coordenador da tarefa, pela sua experiência, julgar conveniente. Freqüentemente, tais passes são aplicados em companheiros que estejam vivenciando processos obsessivos ao nível da subjugação ou em casos que o paciente necessite de tipos de fluidos diferentes. Nesses casos, a aplicação do passe em equipe tanto fornece mais vasta gama de elementos para o trabalho da Espiritualidade, como proporciona a todos maior segurança, em virtude da possibilidade de haver manifestação mediúnica sem controle por parte do paciente. (Veja questão 9)
89. A tarefa do passe deve funcionar exclusivamente dentro da casa espírita?
Muitas casas espíritas mantêm equipes de passistas que atendem aos irmãos necessitados em suas residências ou em hospitais, quando estes encontram- se impedidos de locomoção por algum motivo. Neste caso, a tarefa é dirigida pela própria casa espírita como se fosse uma tarefa interna. O que não deve ocorrer é um passista, deliberadamente, assumir a responsabilidade de dar passes fora do controle e do âmbito da casa espírita a que esteja vinculado. A tarefa do passe é completamente vinculada às questões da mediunidade, e naturalmente, deve ser trabalhada com segurança, afim de se evitar os escolhos comumente encontrados nos casos de mediunismo mal direcionado. (Veja questão 50)
Por: Eugênio Lysei Junior

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