20 de out. de 2021

Relacionamento, Casamento e Espiritismo


Todos passamos nossas vidas buscando o sucesso, a felicidade, a prosperidade. Queremos ter êxito em nossa carreira, alcançar estabilidade financeira, independência e, acima de tudo, encontrar a felicidade. No entanto, o que nos faz feliz?

Grande parte das pessoas associa a felicidade a um relacionamento afetivo ou casamento. Para muitos, sem isso não há alegria, não há felicidade plena. Contudo, o que muitas vezes acontece, é que mesmo tendo um relacionamento, não somos felizes. Isso porque a felicidade está dentro de nós. Se não aprendermos a encontrar a felicidade dentro de nós e sozinhos, não saberemos ser felizes com um companheiro. Se colocarmos a responsabilidade de nossa felicidade nas mãos de outra pessoa, jamais encontraremos um companheiro que seja capaz de atender nossas expectativas.

Ter um relacionamento amoroso, sem dúvidas, pode trazer muita alegria, mas a felicidade não está condicionada a isso. Na visão Espírita, há no homem mais do que apenas necessidades físicas: há a necessidade de evoluir. E, de acordo com esse pensamento, o casamento e os relacionamentos afetivos têm a finalidade de nos fazer progredir.

Allan Kardec, em sua obra “O Livro dos Espíritos”, indagou: "Será contrário à lei da Natureza o casamento?". Os espíritos se pronunciaram com a seguinte resposta: "É um progresso na marcha da Humanidade... Sua abolição seria regredir à infância da Humanidade e colocaria o homem abaixo mesmo de certos animais que lhe dão o exemplo de uniões constantes”.

No livro “O Evangelho segundo o Espiritismo”, Kardec afirmou que "Na união dos sexos, de par com a lei material e divina, comum a todos os seres viventes, há outra lei divina, imutável como todas as leis de Deus, exclusivamente moral - a Lei do amor. Quis Deus que os seres se unissem, não só pelos laços carnais, como pelos da alma, a fim de que a afeição mútua dos esposos se transmitisse aos filhos, e que fossem dois, em vez de um, a amá-los, cuidar deles e auxiliá-los no progresso" capítulo 22, item 3.

Portanto, de acordo com o Espiritismo, um relacionamento deverá traduzir-se em amor, respeito, amizade, lealdade, compreensão, cumplicidade, entre outros.
Não basta ter um companheiro que levamos à tira colo e apresentamos aos amigos e família nas ocasiões sociais. É preciso que, de fato, essa relação, nos traga algum tipo de evolução. É preciso que valha a pena!

Se o caminho que estamos trilhando é socialmente adequado e nos torna “uma mulher/homem casada(o)”, mas, no entanto, não nos faz feliz, nos traz estagnação e um certo “contentamento”, é hora de mudar. É o momento de buscarmos nossa felicidade, ainda que sozinhos!

Não tenha medo do desconhecido, do novo. Na verdade, o que devemos temer é o que já conhecemos e que não nos faz bem. Precisamos nos tornar conscientes, aprender a recomeçar e a escolher novos caminhos toda vez que a estrada escolhida estiver nos desviando de nossos objetivos, de nossa felicidade e, principalmente, de nossa evolução

Raquel Rayons

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