26 de jan. de 2012

Informativo


“Estudo, disciplina, trabalho e
amor ao próximo”



INFORMATIVO



Boletim informativo do Grupo Espírita Caminho de Damasco – Ano XIV nº161, janeiro de 2012.



Editorial

Mais um ano se inicia cheio de oportunidades em nossas vidas. No GECAD os trabalhos de tratamento espiritual ou também chamadas reuniões mediúnicas, retornaram após as festas de fim de ano apresentando crescente harmonia entre o grupo esperançosos de melhor atender às exigências do delicado e amplo trabalho de esclarecimento e socorro aos irmãos necessitados.
As reuniões públicas de sábados ainda estarão de recesso até o término do carnaval.
Será sem dúvida mais um ano de desafios, talvez maiores do que os anos anteriores, exigindo cada vez mais disciplina e amor.
Estamos preparados? Só Deus sabe!
Estamos cientes das nossas responsabilidades e motivados pelo exercício da fraternidade, bem como honrados por servir a Jesus.
Temos plena confiança Nele e em nossa direção espiritual e demais servidores.
Sucesso a todos e muita paz!



EU TENHO APRENDIDO

(Tradução do texto "I have learned", de William Shakespeare - resumido)

·         Que a melhor sala de aula do mundo está aos pés de uma pessoa mais velha;
·         Que quando você está amando dá na vista;
·         Que ter uma criança adormecida em seus braços é um dos momentos mais pacíficos do mundo;
·         Que ser gentil é mais importante que estar certo;
·         Que eu sempre posso orar por alguém quando não tenho forçpa para ajudá-lo de alguma outra forma;
·         Que não importa quanta seriedade a vida exija de você, cada um de nós precisa de um amigo brincalhão para se divertir junto;


·         Que algumas vezes tudo o que precisamos é de uma mão para segurar e um coração para nos entender;
·         Que os passeios simples com o meu pai em volta do quarteirão nas noites de verão, quando eu era criança, fizeram maravilhas para mim quando me tornei adulto;
·         Que deveríamos ser gratos à Deus por não nos dar tudo que lhe pedimos;
·         Que debaixo da "casca grossa" existe uma pessoa que deseja ser apreciada e amada;
·         Que Deus não fez tudo num só dia; o que me faz pensar que eu possa?
·         Que quando você planeja se nivelar com alguém, apenas está permitindo que essa pessoa continue a magoar você;
·         Que o Amor e não o tempo, é que cura todas as feridas;
·         Que a vida é dura, mas eu sou mais ainda;
·         Que quando o ancoradouro se torna amargo, a felicidade vai aportar em outro lugar;
·         Que eu gostaria de ter dito à minha mãe e meu pai que os amava, uma vez mais, antes deles ter morrido;
·         Que o sorrido é a maneira mais barata de melhorar sua aparência;
·         Que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você está escalando-a;
·         Ao refletir sobre isto, aprendi que tenho muito a aprender;
·         E que se alguém pensa saber tudo, é porque não aprendeu como convém saber!!!


FEB ESTARIA ABANDONANDO O ROUSTAINGUISMO?

Extraído da Revista Opinião Ano X – Nº 103 Novembro 2003

A FEB e Roustaing

            Aproximando-se de seus 120 anos de existência (fundada em 1884), a Federação Espírita Brasileira, a mais importante instituição espírita do País, vive decisivo momento de sua história. Ao convocar Assembléia Geral de seus associados para  reforma estatutária, visando a adequação de seus atos constitutivos às normas do novo Código Civil Brasileiro, a FEB incluiu na pauta também a retirada de recomendação expressa em seu estatuto do estudo da obra “Os Quatro Evangelhos”, do advogado francês J.B.Roustaing, doutrina conhecida entre os espíritas como “roustainguismo” ou “rustenismo” que, entre outros aspectos contrários às posições de Kardec, sustenta  a não encarnação de Jesus que teria sido um “agênere”. É a famosa tese do “corpo fluídico” de Jesus, da virgindade de Maria e de outras conseqüências responsáveis por históricas controvérsias no movimento espírita brasileiro, mas sempre amplamente sustentadas e divulgadas pela FEB.
            A tentativa de alteração estatutária terminou provocando ação judicial promovida pelo escritor espírita Luciano dos Anjos, roustainguista convicto, antigo associado e colaborador da FEB. Sob o argumento de que o estudo da doutrina de Roustaing,  implica em base doutrinária estatutariamente imodificável, Luciano obteve liminar na Justiça carioca impedindo a apreciação dessa proposta na Assembléia Geral da entidade.
Marcelo Henrique esclarece
            O Professor e Mestre em Direito, Marcelo Henrique Pereira que participou recentemente de reunião do Conselho Federativo Nacional, órgão da FEB, coordenador do movimento espírita brasileiro, respondeu a esta entrevista de Opinião, esclarecendo sobre o episódio:
Opinião – Pelo que pôde você perceber, quando participou, no período de 7 a 9 de novembro último, da reunião do Conselho Federativo Nacional, a FEB irá mesmo retirar Roustaing de seus estatutos?
Marcelo - As teorias rustenistas, adotadas por tantas décadas pela FEB, sempre inquietaram todo e qualquer espírita consciente. Afinal, é notória a posição de Kardec, ainda em vida, quanto à obra do seu contemporâneo J.B.Roustaing, a qual o codificador respeitou, mas não recomendou sua adoção como “filosofia espírita”. No entanto, há menção expressa no estatuto febeano recomendando o estudo, a prática e a difusão do Espiritismo, com base nas obras de Allan Kardec, no Evangelho de Jesus “e também na obra de J.B.Roustaing e outras subsidiárias e complementares da Doutrina Espírita”, (art.1º, I, e parágrafos). Aproveitando o momento necessário da adequação dos estatutos sociais das instituições espíritas brasileiras ao novo Código Civil, a Diretoria Executiva, além das mudanças quanto à natureza social (de sociedade para associação) tentou promover a retirada da menção ao rustenismo. Seria uma medida de sintonia plena com a modernidade e de resgate da pureza doutrinária. Daí a medida cautelar intentada e obtida por Luciano.
Opinião – O que pode acontecer agora?
Marcelo – Se será ou não promovida a ação principal, visando a salvaguarda dos interesses rustenistas, não se pode precisar. Não havendo a ação principal, creio ser possível a convocação de uma nova assembléia para deliberação no mérito da mudança. Considero tal circunstância matéria “interna corporis” podendo ser analisada naquela oportunidade. E creio sinceramente que será , porque a tendência felizmente conduz a isso. Entendo que estamos bem próximos de um momento histórico, a ser lembrado como resgate da fidelidade do pensamento kardequiano. O que pude observar no Conselho Federativo Nacional, diante do relato feito pelo Presidente da FEB, é que há um unânime desejo por parte do movimento espírita brasileiro de que se retire Roustaing do estatuto da FEB.
Marcelo: O desejo do movimento espírita é que a FEB se afaste do roustainguismo.
Opinião – Que mais gostaria de acrescentar sobre sua participação nessa reunião do CFN?
Marcelo – Bem, minha participação foi na condição de representante da Associação Brasileira de Divulgadores do Espiritismo (ABRADE), que tem assento naquele Conselho, juntamente com as Federativas estaduais e outros órgãos representativos do movimento espírita brasileiro. Mesmo que minha presença não estivesse especificamente a serviço dos interesses ou das atividades da Confederação Espírita Pan-Americana, CEPA, entidade da qual sou Delegado, em Florianópolis, essa minha vinculação com a Confederação em nenhum momento representou dificuldade ou tratamento diferenciado, por quem quer que seja. Foi um excelente exercício de convivência alteritária e fraterna, demonstrado através da ampla participação, de nossa parte, nos debates e posicionamentos da pauta, com liberdade de expressão em todos os momentos em que desejamos fazer uso da palavra. Mais que isto, durante os intervalos de refeições/confraternização, ficou flagrante o bom relacionamento entre nós e os diversos líderes espíritas (estaduais e nacionais), importando em esforços recíprocos de entendimento e harmonia.
            Saímos do encontro com uma excelente impressão de que há um desejo de união e que já se pode sonhar com a perspectiva de diálogo e parceria, num futuro não muito distante, por exemplo entre CEPA e FEB, para o bem do Espiritismo.

Nossa Opinião

O “FUMUS BONI JURIS”

            “Fumus boni juris” é uma expressão latina que significa “fumaça do bom direito”. Sempre que um juiz concede uma liminar, atendendo, sem ouvir a parte contrária, a um pedido formulado em juízo, pressupõe a existência de um forte  indício do bom direito.
            No caso da ação de Luciano contra a FEB, o Juiz carioca viu presente esse requisito e impediu a Assembléia Geral da FEB de apreciar a pretendida retirada de Roustaing de seu estatuto. Como está ele redigido, a doutrina roustainguista seria, aparentemente, tão essencial aos objetivos da entidade que retirá-la de seus atos constitutivos poderia se constituir numa ação de violência à sua própria natureza. Para o estatuto febeano, tal como está vazado, a recomendação do estudo e à adesão às idéias de J.B.Roustaing se constituiria em algo análogo ao que, em Direito Constitucional, se chama de “cláusula pétrea”: aquela que, em hipótese alguma, pode ser removida de uma Constituição.
            Se esse entendimento persistirá até o final da demanda não se sabe. Mas só o fato de o Poder Judiciário haver assim entendido provisoriamente demonstra a visceral e umbilical ligação  existente entre o “espiritismo” concebido e, até hoje, divulgado pela FEB, e a doutrina do Advogado de Bordéus. Dessa maneira, mesmo que formalmente retirado de seu estatuto, Roustaing terá deixado suas marcas indeléveis naquela venerável instituição e no movimento espírita brasileiro.
            Não se pode esquecer, entretanto, que a Federação Espírita Brasileira é uma associação de pessoas, com um quadro de associados detentores do pleno direito de lhe dar a estrutura e o rumo que melhor entenderem e que essa prerrogativa é só deles e não do movimento espírita como um todo. O Conselho Federativo Nacional, órgão por ela criado e presidido, com o objetivo de congregar as Federações Espíritas estaduais, é uma entidade a que aderem aqueles organismos que, livremente, assim o quiserem e forem aceitos, submetendo-se às normas estatuídas pela entidade instituidora e mantenedora. Mesmo assim, é visível, na medida em que melhor se qualifica e se “kardequiza” o movimento espírita brasileiro, o crescimento de uma consciência maciçamente contrária à doutrina roustainguista. Mais cedo ou mais tarde, a pressão externamente exercida sobre a histórica posição doutrinária da FEB teria de lhe produzir alguma inquietação e desconforto, diante da condição que ela própria se arrogou de representar o movimento espírita  do Brasil.
            O que, no entanto, não podem perder de vista os espíritas realmente livre-pensadores e que têm optado por outros direcionamentos e outras formas organizacionais, fiéis em sua origem, em sua história e em sua prática, à estrutura kardequiana de pensamento, é que todas as crenças e expressões de consciência individual ou coletiva, desde que lícitas e honestas, são respeitáveis. O roustainguismo da FEB, embora inconciliável com muitas e fundamentais posições de Kardec, é uma questão que diz respeito apenas à FEB e seus associados. Estes, quando aderiram àquela entidade associativa, o fizeram por convicção aos princípios ali estatuídos. Algumas campanhas anti-roustainguistas feitas no Brasil, muito mais do que exercerem o saudável exercício do debate de idéias, têm descambado para um desrespeitoso enfrentamento agressivo à instituição FEB. Discordar de suas idéias é um direito que todos temos. Respeitar, no entanto, suas crenças religiosas, reconhecendo-lhe o direito de autogestão e, até, de preservação das matrizes fideístas que, eventualmente, hajam plasmado sua mais íntima identidade é um dever do qual não nos podemos furtar.
            Assim, seja qual for a decisão final e mesmo que o “fumus” vislumbrado pelo julgador conduza ao reconhecimento da existência de uma identidade construída historicamente com o intuito de marcar uma questão de fé irrenunciável, porque religiosa, o problema será exclusivamente da FEB e das pessoas e entidades que, livremente, de forma direta ou indireta, a ela aderiram. Nunca dos espíritas realmente livre-pensadores que se inspiram no ideal e nas propostas de Allan Kardec. (A Redação).





ENTREVISTA COM CHICO XAVIER SOBRE O TEMA TABAGISMO

P – A ação negativa do cigarro sobre o perispírito do fumante prossegue após a morte do corpo físico? Até quando?
R – “O problema da dependência continua até que a impregnação dos agentes tóxicos nos tecidos sutis do corpo ,espiritual ceda lugar à normalidade do envoltório perispirítico, o que, na maioria das vezes, tem a duração do tempo correspondente ao tempo em que o hábito perdurou na existência física do fumante. Quando a vontade do interessado não está suficientemente desenvolvida paro arredar de si o costume inconveniente, o tratamento dele, no Mundo Espiritual, ainda exige quotas diárias de sucedâneos dos cigarros comuns, com ingredientes análogos aos dos cigarros terrestres, cuja administração ao paciente diminui gradativamente, até que ele consiga viver sem qualquer dependência do fumo.” (EMANUEL)

Redução da resistência orgânica

P – Como descreveria a ação dos componentes do cigarro no perispírito de quem fuma?
R – “As sensações do fumante inveterado, no Mais Além, são naturalmente as da angustiosa sede de recursos tóxicos a que se habituou no Plano Físico, de tal modo obsedante que as melhores lições e surpresas da Vida Maior lhe passam quase que despercebidas, até que se lhe normalizem as percepções. O assunto, no entanto, no capítulo da saúde corpórea, deveria ser estudado na Terra mais atenciosamente, de vez que a resistência orgânica decresce consideravelmente com o hábito de fumar, favorecendo a instalação de moléstias que poderiam ser claramente evitáveis. A necropsia do corpo cadaverizado de um fumante em confronto com o de uma pessoa sem esse hábito estabelece clara diferença.” (EMMANUEL)

P – Sendo o perispírito o substrato orgânico resultante de nossas vivências passadas, seria certo raciocinar que uma criança, nascida de pais fumantes, já teria nessa circunstância uma prova inicial a ser vencida, em conseqüência de certas tendências negativas de vidas passadas?
R – “muitas vezes os filhos ou netos de fumantes e dipsômanos inveterados são aqueles mesmos espíritos afins que já fumavam ou usavam agentes alcoólicos em companhia deles mesmos, antes do retorno à reencarnação. Compreensível, assim, que muitas crianças (espíritos extremamente ligados aos hábitos e idiossincrasias dos pais e dos avós) apresentem, desde muito cedo, tendências compulsivas para o fumo ou para o álcool, reclamando trabalho persistente e amoroso de reeducação.”

P – No Mundo Espiritual Maior há tratamento para fumantes inveterados, ou seja, como se faz na Terra, através de quotas diárias cada vez menores, etc. As indagações decorrentes são: se o fumante não abandonar o cigarro durante o transcurso da vida física terá de fazê-lo, inarredavelmente, na esfera espiritual? E quanto tempo exigirão tais tratamentos antitabágicos para fumantes desencarnados? Na vida extrafísica também ocorrem reincidências ou recaídas dos dependizados do fumo?
R – “Justo esclarecer que não apenas quanto ao fumo, mas igualmente quanto a outros hábitos prejudiciais, somos compelidos na Espiritualidade a esquecê-los, se nos propomos a seguir para diante, no capítulo da própria sublimação. O tratamento na Vida Maior para que nos desvencilhemos de costumes nocivos perdura pelo tempo em que nossa vontade não se mostre tão ativa e decidida, quanto necessário, para a liberação precisa, de vez que nos planos extrafísicos, nas vizinhanças da Terra propriamente dita, as reincidências ocorrem com irmãos numerosos que ainda se acomodam com a indecisão e a insegurança.”

P – Há pessoas que alegam não poder deixar de fumar porque o cigarro é uma companhia contra a solidão. Que tem a considerar sobre isso?
R – “Em nossa palavra, não desejamos imprimir censura ou condenação a ninguém, mas, ao que nos parece, o melhor dissolvente da solidão é o trabalho em favor do próximo, através do qual se forma, de imediato, uma família espiritual em torno do servidor.”

P – Afirmam muitos fumantes que, sem cigarros, não conseguem pensar com clareza, memorizam mal e não conseguem permanecer calmos. A pesquisa médica objetiva e imparcial, inobstante, revela que o fumo é um veneno para os nervos. Qual sua opinião?
R – “A opinião médica, no assunto, é a mais justa. Considerando os prejuízos dos amigos fumantes contra eles mesmos, a racionalização não se revela bem posta.”

P – O fumante que, após anos de luta contra o hábito arraigado de fumar, finalmente consegue desligar-se da dependência da nicotina, do alcatrão, do furfurol, do monóxido de carbono e de tantos outros componentes tóxicos, estará conseguindo, em termos espirituais, um feito luminoso?
R – “Conseguir esquecer o hábito arraigado de fumar é, realmente, uma vitória espiritual de alto alcance.”

P – Pesquisas médicas revelam que a dependência física dos fumantes, sua “fome” de nicotina e derivados do fumo, costuma ser mais compulsiva que a dependência orgânica dos viciados em narcóticos. Isto é certo se o enfoque for do Plano Espiritual para o Plano Físico?
R – “Acreditamos que ambos os tipos de dependência se equiparam na feição compulsiva com que se apresentam, cabendo-nos uma observação: é que o fumo prejudica, de modo especial, apenas ao seu consumidor, quando os narcóticos de variada natureza são suscetíveis de induzir seus usuários a perigosas alucinações que, por vezes, lhes situam a mente em graves delitos, comprometendo a vida comunitária.”

P – Algumas indústrias do fumo em vários países, pressionadas pelas autoridades de saúde pública, para não diminuir sua clientela dispõem-se a fabricar sucedâneos de cigarros com pouca ou nenhuma nicotina, recorrendo a aromatizantes, etc. Seria válido tal recurso industrial?
R – “Compreendendo as nossas próprias dificuldades, em matéria de renovação íntima, sempre difícil para todos aqueles que cultivam sinceridade para com a própria consciência, não devemos subestimar o esforço da indústria, no sentido de atenuar a nicotina ou suprimi-la, recorrendo a meios pacíficos que auxiliem os fumantes a esquecê-la sobretudo gradativamente.”

P – É viável imaginar-se que um fumante, tendo desencarnado, tão logo desperte do letargo da morte física sinta desde aí o prosseguimento da vontade insopitável de fumar?
R – "Quando o espírito não conseguiu desvencilhar-se de hábitos determinados, enquanto no corpo físico, é compreensível que esses mesmos hábitos não o deixem tão logo se veja desencarnado.”

P – Em que consistem os cigarros etéricos, no plano extrafísico, utilizados por espíritos fumadores? Enfim, é mais fácil deixar de fumar no Plano Físico ou no Plano Espiritual?
R – “O fumo, decorrente de recursos condensados para a sustentação de hábitos humanos, em derredor do Plano Físico, é constituído por agentes químicos semelhantes àqueles que integram o fumo, no campo dos homens. E,em se tratando de costume nocivo da entidade espiritual, tanto encarnada quanto desencarnada, tão difícil é a erradicação do hábito de fumar na Terra quanto nos círculos de atividade espiritual que a rodeiam, no que tange à sensações de ordem sensorial.”

P – Com apenas ligeiras restrições quase todos os países do mundo admitem o consumo social e a promoção do fumo, tendo em vista sua vultosa contribuição ao erário em forma de impostos, empregos, etc. Que é mais importante: racionalizações baseadas na predominância de valores econômicos que aumentam a riqueza de uma sociedade, ou a preservação de outra riqueza, a representada pela saúde humana?
R – “O assunto é complexo, de vez que somos impulsionados, pelo espírito de humanidade, a considerar que o fumante arruína as possibilidades unicamente dele mesmo, requisitando, de modo quase que exclusivo, o manejo da própria vontade para exonerar-se de um hábito que lhe estraga a saúde. Partindo do princípio de que o uso do fumo se relaciona com a liberdade de cada um, indagamos de nós mesmos: não será mais compreensível que o homem pague ao seu grupo social essa ou aquela taxa de valores econômicos, pela permissão de usar uma substância unicamente nociva a ele próprio, aumentando a riqueza comum, do que induzi-lo a uma situação de clandestinidade a que se entregaria fatalmente o fumante inveterado, sem nenhum proveito para a sociedade a que pertence? Como vemos, é fácil observar que a supressão do tabagismo é um problema de educação, com sólidos fundamentos no autocontrole.”

P – Obséquio explicar-nos a relação “fumo-constituição molecular do perispírito” e os reflexos de um sobre o outro, nos dois Planos da Matéria.
R – “Qualquer hábito prejudicial cria condições anômalas para o perispírito, impondo-lhe condicionamentos difíceis de serem erradicados. Quanto à definição do relacionamento ‘hábito nocivo-constituição molecular do perispírito e os reflexos de um sobre o outro nos dois planos da matéria’, em nos reportando às vivências da Terra, ainda não dispomos de terminologia própria a fim de apresentar por dentro o fenômeno em si, como seria de desejar.”

P – Pode dizer-nos se em civilizações extraterrenas mais evoluídas que a terrestre, sobrevivem esses problemas compulsivos de tabagismo, alcoolismo e tóxico?
R – “Nas civilizações sublimadas, que consideramos por muito mais evoluídas que a civilização terrestre, os problemas de tabagismo, alcoolismo e toxicomania, efetivamente não existem.” (EMMANUEL)


Fumo e mediunidade

P – Você considera o hábito de fumar um suicídio em câmara lenta? Por quê?
R – Creio que o hábito de fumar não pode ser definido por suicídio conscientemente considerado. Será um prejuízo que o fumante causa a si mesmo, sem a intenção de se destruir, mas o prejuízo que se deve estudar com esclarecimento, sem condenação, para que a pessoa se conscientize quanto às conseqüências do fumo, no campo da vida, de maneira a fazer as suas próprias opções.

P – Você teria alcançado condições de desempenho de seu mandato mediúnico, ao longo de mais de meio século de trabalho incessante, se fosse um dependente da nicotina?
R – Creio que não, com referência ao tempo de trabalho, de vez que a ingestão de nicotina agravaria as doenças de que sou portador, mas não quanto a supostas qualidades espirituais para o mandato referido, de vez que considero "o hábito de cultivar pensamentos infelizes” uma condição pior que o abuso da nicotina e, sinceramente, do “hábito de cultivar pensamentos infelizes” ainda não me livrei.

P – Que é que você habitualmente aconselha aos fumantes enfraquecidos por derrotas sucessivas, vêm pedir orientação, forças renovadas e motivação para vencer a dependência física e mental criada pela nicotina?
R – A prece e o trabalho, em meu entendimento, são sempre os melhores recursos para defender-nos contra qualquer desequilíbrio.

(Chico Xavier)


Analise o quadro abaixo e reflita: Para quê agredir tanto a si próprio?








"I" Até a próxima!    

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