24 de mai. de 2012

Sobre as sessões espíritas (Parte 3/3)




- De que recursos dispõe o participante de uma reunião mediúnica para identificar a natureza dos Espíritos?

Divaldo Franco –Pelos frutos conhecem-se as árvores, pelas ações o caráter dos homens, pela qualidade das comunicações aqueles que as trazem. Em O Livro dos Médiuns, o Codificador estabelece um critério quase infalível.

Em primeiro lugar, examinemos o que dizem os Espíritos. Depois, reflexionemos em torno do instrumento do qual eles se utilizam. E, por fim, vejamos quem assina o conteúdo do que eles apresentam.

Os participantes observarão a qualidade da mensagem, o caráter do médium e, depois, o mensageiro que se apresenta.

- A partir de que idade o jovem espírita pode participar de trabalhos mediúnicos?

Divaldo Franco – Desde quando esteja disposto a assumir responsabilidades. As jovens médiuns que colaboraram com Kardec oscilavam entre 12 e 15 anos de idade, mas há muita gente de 40 anos que não sabe manter perseverança nem responsabilidade. O problema não é de idade cronológica e sim de maturidade espiritual.

- Não basta que o jovem espírita tenha conhecimento teórico da Doutrina?

Divaldo Franco – Tudo aquilo que fica reduzido a palavras carece de fundamentos, de atos. Se ele tem conhecimento teórico da Doutrina, necessita pôr à prova esses conhecimentos através da boa prática do Espiritismo.

- Quais as causas do sono de que muitos companheiros se queixam quando participam de uma reunião mediúnica? Como evitá-lo?

Raul Teixeira – As causas podem ser várias. Desde o cansaço físico, quando o indivíduo vem de atividades muito intensas e, ao sentar-se, ao relaxar-se, naturalmente é tomado pelo torpor da sonolência. Também, pode ser causado pela indiferença, pelo desligamento, quando alguém está num lugar, fisicamente, entretanto pensando em outro, desejando não estar onde se acha. Compelido por uma circunstância qualquer, a pessoa se desloca mentalmente.

O sono pode, ainda, ser provocado por entidades espirituais que nos espreitam e que não têm nenhum interesse em nosso aprendizado para o nosso equilíbrio e crescimento.

Muitas vezes, os companheiros questionam: “– Mas nós estamos no Centro Espírita, estamos num campo protegido. Como o sono nos perturba?” Temos que entender que tais entidades hipnotizadoras podem não penetrar o circuito de forças vibratórias da Instituição, ficam do lado de fora. Mas, a pessoa que entrou no Centro, na reunião, não sintonizou-se com o ambiente, continua vinculada aos que se conservam fora, e através dessa porta, desse plug aberto, ou dessa tomada, as entidades que ficaram lá de fora lançam seus tentáculos mentais, formando uma ponte. Então, estabelecida a ligação, atuam na intimidade dos centros neuroniais desses incautos, que dormem, que se dizem desdobrar: “– Eu não estava dormindo... apenas desdobrei, eu ouvi tudo...” Eles viram e ouviram tudo o que não fazia parte da reunião. Foram fazer a viagem com as entidades que os narcotizaram.

Deparamos aí com distúrbios graves, porque quando termina a reunião o indivíduo está fagueiro, ótimo e sem sono, e vai assistir à televisão até altas horas, depois de se haver submetido aos fluidos enfermiços. Por isso recomendamos àqueles que estão cansados fisicamente, que façam um ligeiro repouso antes da reunião, ainda que seja por poucos minutos, para que o organismo possa beneficiar-se do encontro, para que fiquem mais atentos durante o trabalho doutrinário. Levantar-se, borrifar o rosto com água fria, colocar-se em uma posição discreta, sempre que possível ao fundo do salão, em pé, sem encostar-se, a fim de lutar contra o sono.

Apelar para a prece, porque sempre que estamos desejosos de participar do trabalho do bem, contamos com a eficiente colaboração dos Espíritos Bondosos. Faze a tua parte que o céu te ajudará.

Temos, então, o sono como esse terrível adversário de nossa participação, de nosso aprendizado, de nosso crescimento espiritual. Não permitamos que ele se apodere de nós. Lutemos o quanto conseguirmos, e deveremos conseguir sempre, para combatê-lo, para termos bons frutos no bom aprendizado.

- Como se devem portar os médiuns e os demais membros de um grupo, antes e depois do trabalho mediúnico?

Divaldo Franco – Como verdadeiros cristãos. Devem manter a probidade, o respeito a si mesmos e ao seu próximo; ter uma vida, quanto possível, sadia, sabendo que o exercício mediúnico não deve ser emparedado nas dimensões de apenas uma hora de relógio, reservada a tal mister.

Do livro: Diretrizes de Segurança
Por: Divaldo P. Franco e J. Raul Teixeira

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