13 de jul. de 2014

Se quiseres a paz, prepara-te para a guerra



            "Se quiseres a paz, prepara-te para a guerra" é um mote utilizado por muitos governantes para, em tempos de relativa paz, justificar o enorme investimento armamentista e os gastos bélicos de seus países, com o intuito de proteger a sua nação contra a agressão de vizinhos inamistosos. 

            Também empresários e empreendedores utilizam esse argumento junto aos seus subordinados estimulando-os a atitudes agressivas nos embates econômicos frente à concorrência.

            Ensinam-nos que vivemos em um mundo em constante guerra, onde o vitorioso é aquele que vence o seu inimigo, independente dos meios que utiliza para este fim.

            Um estudo mais atento dessa frase vai nos mostrar para qual guerra devemos nos preparar, pois entenderemos quais são os verdadeiros inimigos a serem combatidos.

            Quando Jesus disse que não veio trazer a paz mas a divisão (Mt 10, 34 a 36) reafirmou a ideia de que aquele que quisesse segui-lo, deveria abdicar de muitos prazeres, ir contra muitos interesses mundanos o que, efetivamente, traria a oposição e a divisão (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.23, itens 9 a 18).

            A grande luta que deve ser travada não é contra nenhum inimigo externo, mas contra as nossas próprias imperfeições, que são os maiores impositivos para a felicidade. A verdadeira guerra, contra a qual devemos nos preparar, é uma guerra intestina, interna, que certamente, ocorrerá dentro de cada um de nós. 

            O cristão, o espírita e todos aqueles que almejam a paz devem estar plenamente dispostos a enfrentar essa luta, pois a harmonia interior, o equilíbrio e a serenidade, recursos indispensáveis à felicidade, serão conquistas obtidas sob muito esforço, renunciando a muitos prazeres que, aparentemente têm importância, mas na realidade são coisas que, quando analisadas em profundidade, não possuem valor algum ao Espírito imortal. São valores transitórios que estão arraigados no inconsciente do ser e, por esse motivo, para serem rompidos é necessário um esforço muito grande de desprendimento e desapego, ou seja, uma verdadeira guerra e um grande desejo de realmente conquistar valores perenes para a alma imortal, cujo resultado será a paz.

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