5 de jun. de 2019

Sonhos Premonitórios



Discute-se, frequentemente, sobre a possibilidade de se conhecer o futuro. Dizem alguns que o futuro a
Deus pertence. Entretanto, existem situações através das quais algumas pessoas entram numa
determinada faixa vibratória, por revelação feita díretamente por Espíritos, sonhos ou claravidência
sonambúlicas (o espírito fica parcialmente liberto do corpo físico), e elas têm acesso a informações sobre
o futuro.
Não é tão raro quanto se imagina. Embora a maioria desses fenômenos não seja divulgada, quando
acontece entre pessoas ilustres despertam mais interesse e divulgação.
Como exemplo, lembramos dois casos bastante conhecidos: o de Martin Luther King e o de Abraham
Lincoln.
a) Martin Luther KingRevela o jornal parisiense France-Dimanche em seu número 1.130, que dois dias antes de ser
assassinado, o líder negro tivera um sonho em que se via estendido em um caixão mortuário e cercado
de milhares de pessoas. Impressionado como sonho chamou seu amigo Andy Young e telefonou para a
sua esposa informando sobre o acontecido.
Na véspera da tragédia, ele se encontrava discursando para os membros das associações sanitárias em
Memphis, quando surpreendeu a todos falando:
"muitas vezes penso na minha morte e no meu enterro.
Se um dia alguém de vós falar sobre a minha campa, diga que Martin Luther King deu a vida pelos seus
irmãos, para vestir os pobres e alimentar os esfomeados".
Parecia sem sentido o que falara. Porém, a
previsão tornou-se realidade; algum tempo depois, ele foi assassinado.
b) Abraham LincolnAlguns dias antes de ser assassinado, Lincoln teve um sonho que o deixou impressionado. Numa
oportunidade onde se encontrava com algumas pessoas, Inclusive a sua esposa, ele contou:
"Há-uns dez dias recolhi-me muito tarde. Pouco tempo depois de estar deitado, caí em sonolência, pois
estava fatigado e, em breve, comecei a sonhar. Parecia haver, à minha volta, um silêncio de morte.
 

   Subitamente ouvi soluços convulsivos, como se muitas pessoas estivessem chorando. Julguei ter deixado
a cama e que vagueava pelo andar inferior. Aí o silêncio foi quebrado por dolorosos soluços, embora a
pessoa que assim se lamentava estivesse invisível. Andei de sala em sala. Não havia à vista qualquer
pessoa viva, mas, onde quer que passassse, esperavam-me os mesmos lamentos de dor, todos os móveis
me eram familiares. Onde estávam, contudo, aquelas pessoas que assim se lamentavam como sê seus
corações estivessem dilacerados? Sentia-me em verdade, confuso e alarmado. Que significaria tudo
aquilo? Decidido a descobrir a causa do mistério, continuei deambulando até a sala oriente.
Ali me esperava uma surpresa macabra.
Diante de mim erguia-se um cadafalso, no qual repousava um cadáver envolto em vestes fúnebres. Em
volta perfilavam-se soldados, fazendo guarda, e uma enorme multidão. Outros contemplavam
lamentosamente o corpo cuja face estava coberta. Outros soluçavam piedosamente.
- Quem morreu na Casa Branca? - perguntei a um dos soldados. - O Presidente - foi a resposta.
- Ele foi assassinado.
"Da multidão veio, então, uma explosão ruidosa de dor que me despertou do sonho. Não dormi mais
naquela noite e, se bem que se trate de um sonho; desde então encontro-me estranhamente
indisposto".
Não demorou mais do que alguns dias, em 14 de abril de 1865, no Teatro Ford, de Washington, Abraham
Lincoln, era alvejado por um tiro de pistoola, vindo a falecer no dia seguinte.
Sejam quais forem as definições dadas para os sonhos, se não se considera a participação do Espírito,
tornam-se estas sem consistência.
Para uma explicação mais lógica, que elucide este mistério dos sonhos (inalcançável pela Ciência
materialista), trazemos a lume definição de Allan Kardec: "Os sonhos são efeito da emancipação da alma,
que mais independente se torna pela suspensão da vida ativa e de relação. Daí uma espécie de
clarividência Indefinida que se alonga até os mais afastados lugares, até mesmo a outros mundos" (O
Livro dos Espíritos, p. 216).
Neste estado de liberação, provisória (pelo sono), também o Espírito poderá ter acesso aos arquivos do
inconsciente, onde se encontram registrados episódios importantes de sua vida, tanto com relação ao
passado, como ao planejamento com relação ao futuro. Como parte integrante deste, a data e o gênero
de morte.

F. Altamir de Lima

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